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Capítulo 19: A destruição de uma Gema



A aeronave do exército de Sarie sobrevoa a base de Zinteck, se dirigindo ao ponto onde o sinalizador roxo, com a fumaça se esvanecendo, foi disparado. Nesse ponto, estão os Elementais aguardando para serem levados, antes dos bombardeios começarem.

É uma aeronave prateada de grandes asas, com turbinas nas asas e na parte de traz da aeronave. A parte de trás da aeronave é mais quadrada atrás e mais triangular na cabine do piloto, com ponta bem arredondadas e aerodinâmicas.

Há apenas algumas dias, uma aeronave parecida havia os levado para Zarkiem, para serem julgados por invasão de uma zona de proteção, crime do qual foram inocentados. Agora uma aeronave parecida se aproxima deles, não para prendê-los, mas para leva-los como heróis.

Quando a aeronave fica próxima o suficiente, ela começa a desacelerar e a pousar lentamente, próximo aos Elementais. O som dos motores começa a ficar mais alto. Lufadas de ar, vindas dos motores da aeronave, começam a assoprar e a ficarem mais fortes conforme se aproxima. Ao pousar, a aeronave não desliga os motores, ela os mantem ligados, deixando mais rápido e fácil para ela decolar.

Tegiz protege o rosto do vento com o braço. Cibra apesar de receber o mesmo vento, não se protege, devido a proteção do vento que sua Gema lhe dá, além de estar carregando o pesado grimoa de Windar com os dois braços. Dorik apenas segura a jaqueta preta, que cobre o globo que está carregando. Globo esse quem tem dentro a cabeça de Naistin, o mestre dos Elementais e aprendiz do Grande Arcano Windar. Já Kira protege o rosto do vento com uma das mãos, enquanto com a outra segura a saia, para que o vento não a levante. Grico também protege o rosto do vento, com um dos braços, enquanto sua outra mão segura o boné, para não ser soprado pelo vento.

Uma porta de correr, na lateral na aeronave, se abre. Dentro dela está um dos soldados de Sarie, com sua armadura e capacetes prateados, segurando um cabo de segurança dentro do compartimento da aeronave.

– Senhores, entrem rápido! – pede o soldado em voz alta, devido ao som dos motores. Enquanto faz um gesto, com o braço, para entrarem rápido na aeronave.

Seguindo o pedido do soldado, os Elementais se apressam para entrar na aeronave. Um a um, Tegiz, Kira e Grico entram e se sentam nos bancos do compartimento da aeronave, ajudados pelo soldado, que os puxá para dentro da aeronave pelos braços. Quando chega a vez de Cibra e Dorik subirem, o soldado pergunta a eles:

– O que são essas coisas?

– Confidencial! – responde Cibra em voz alta, para que ela não seja abafada pelo som dos motores da aeronave.

– Temos um pequeno compartimento no fundo da aeronave, senhores! – fala o soldado em voz alta, apontando para o fundo da aeronave. – Eu carrego para os senhores!

Ao ouvir isso, Cibra fica até um pouco aliviado, por saber que alguém carregaria o livro para ele. Porém vai ter que aguentar um pouco mais, pois Dorik olha para o soldado e responde, enquanto segura mais firme o globo coberto com sua jaqueta:

– Agradecemos! Mas vamos guarda-los sozinhos!

O soldado assente com a cabeça, para desapontamento de Cibra.

Cibra e Dorik entram na aeronave, sem ajuda do soldado. Uma vez dentro da aeronave, eles vêm que nos fundos estão quatro armários com portas de metal. Eles abrem um deles, que está vazio, apenas com prateleiras. Cibra coloca primeiro o pesado livro. Ao descarregar, finalmente, o livro coberto por um pano, Cibra começa a agitar os braços, para relaxá-los e fazer circular melhor o sangue por eles. Depois ele se senta em um dos bancos vazios, ao lado de Tegiz, peto da cabine dos pilotos. Dorik pousa com cuidado o globo com a cabeça de Naistin dentro do armário, coberto com sua jaqueta preta.

Tendo os dois objetos guardados, Dorik fecha a porta e se senta no último banco que sobrou, perto dos armários. Para sua sorte, não é ao lado de Cibra, é ao lado de Grico.

Uma vez estando todos dentro o soldado fecha a porta de correr da aeronave. Um estalo confirma que está fechada. O soldado entrega a cada um dos Elementais fones de ouvidos, com alças e microfones. Eles os colocam na cabeça, dessa forma abafam o som dos motores e facilita a comunicação.

Cibra bate no batente, da entrada para o compartimento dos pilotos, chamando a atenção dos soldados, que estão pilotando a aeronave, e fala para eles:

– Todos dentro! Já pode decolar.

O piloto e seu copiloto, ambos de armadura e capacete, confirmam com a cabeça que entenderam a ordem.

A aeronave começa a sair do chão. Ao chegar a uma determinada altura ela voa, acelerando, percorrendo o céu. Para longe da base de Zinteck e das outras aeronaves que se aproximam. A uma certa altitude e distancia da base, o piloto fala por um rádio em seu capacete

– Atenção todos! Pacote recuperado! Repito, pacote recuperado! Podem fazer a festa!

Por pequenas janelas nas paredes das aeronaves, os Elementais observam as outras aeronaves de Sarie se aproximarem da cidade de Zinteck, preparando-se para dar início ao bombardeio. Quando todas inclinam os narizes para fazer os rasantes, correntes de raios, vindas do chão, destroem metade da esquadrilha, explodindo do as no ar.

– Naves destruídas! Naves destruídas! – fala um dos pilotos de uma das aeronaves ainda inteira. – Escudos ao máximo! Manobras evasivas!

Outra corrente de raios, vinda da base de Zinteck, sobe aos céus contra as aeronaves restante, antes que pudessem fazer algum movimento no ar. No momento que os raios atingem as aeronaves, uma redoma azulada transparente se forma ao redor delas, protegendo as aeronaves e os pilotos. Através das pequenas janelas da aeronave de transporte, impotentes, os Elementais apenas observam chocados e preocupados.

– Escudos enfraquecidos! – fala um dos pilotos pelo rádio. – Se formos atingidos de novo nós...

Mas antes que pudesse falar algo, a aeronave do piloto é destruída por mais um dos raios.

– Todos os pilotos, recuar! – ordena Tegiz ao soldados, pelo microfone preso aos fones de ouvido.

Tegiz e os outros Elementais, observam pela janela de sua aeronave, as aeronaves de bombardeio que sobraram, começarem a recuar, enquanto desviam do raios que vão em direção a eles.

– O que está fazendo isso? – pergunta Cibra, observando pela janela preocupado.

O piloto aperta um botão da aeronave e um pequeno drone, com quatro hélices, é solto da parte de baixo da aeronave. O pequeno drone voa em direção da origem dos raios, na cidade de Zinteck. Uma pequena tela de plasma, no painel do piloto, é ligada, mostrando o que vê a câmera que o drone carrega. Ao se aproximar da origem dos raios, a câmera do drone registra que, ainda, há uma pessoa na cidade, disparando os raios contra as aeronaves de bombardeio.

– Senhores, precisam ver isso! – avisa o piloto.

Todos os Elementais se levantam de seus acentos e vão até a cabine do piloto, onde observam a pequena tela.

A tela mostra um homem de coturno preto, com um braço esquerdo mecânico e uma perna esquerda mecânica. Seu rosto está coberto por uma máscara prateada, com a forma de um crânio.

– Zinteck! – exclama Tegiz, reconhecendo de imediato a pessoa na tela, que estende sua mão humana para o drone. Um raio é disparado da mão de Zinteck em direção ao drone, antes da tela ficar preta.

– O canalha não morre? – exclama Kira.

– Tire-nos daqui agora! – ordena Tegiz ao piloto.

– Sim senhor! – responde o piloto, que imediatamente acelera a aeronave e a movimenta para longe da base em direção ao deserto.

De repente a aeronave em que estão começa a sacudir e um tela azulada aparece através das janelas da aeronave.

– Algo nos atingiu! – avisa o copiloto. – É melhor todos se sentarem e apertarem os cintos.

Concordando com a sugestão do copiloto, os Elementais voltam a seus lugares, prendendo bem as fivelas dos cintos de segurança, de quatro pontas, no peito. A aeronave chacoalha mais uma vez, mas graças aos escudos ela não foi destruída. Porém ela é uma aeronave de transporte, é lenta e de difícil manobra, em relação a um jato, se tornando um alvo fácil.

Mais uma vez a aeronave chacoalha, mais forte. E outra vez, ainda mais forte. Nessa vez o chacoalho da aeronave acaba fazendo Grico bater a cabeça e ficar inconsciente.

– Grico! – exclama Tegiz ao ver o irmão inconsciente.

Levado por seus impulsos, Tegiz acaba soltando a fivela do cinto de segurança, se levantando da segurança de seu acento e indo socorrer seu irmão mais novo.

– Volte a seu acento senhor! – avisa o soldado que abriu a porta da aeronave. Mas Tegiz o ignora, já está de pé e de frente para Grico.

Kira, que está sentada ao lado de Grico fala a Tegiz:

– Ele está bem, só está inconsciente.

Tegiz fica aliviado em saber disso.

Entretanto, antes que O Elemental Ígneo pudesse retornar ao seu acento, a aeronave é atingida mais uma vez. Dessa vez o raio faz um enorme buraco na porta lateral da aeronave. O impacto faz a aeronave chacoalhar e se inclinar para o lado do buraco. Tegiz, que ainda está de pé, perde o seu equilíbrio acaba escorregando e caindo em direção ao buraco da aeronave.

– Tegiz! – exclama Kira ao ver o Elemental caindo para fora da aeronave.

Ainda sentada, Kira, rapidamente, pega o seu chicote e estende para Tegiz, com esperança que ele consiga pegá-lo. Tegiz tenta pegar a ponta do chicote, mas apenas sente o chicote roçar pelas ponta de seu dedo médio. Tegiz cai para fora da aeronave, em direção ao deserto, ouvindo o grito de todos pelo seu nome pelos fones.

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Um grande desespero percorre a aeronave que continua a desviar dos raios, enquanto Tegiz cai no chão arenoso do deserto, a mais de cem metros de altura. Até que por fim atinge o solo com um som surdo.

Cibra, Kira e Dorik gritam pelo nome de Tegiz nos microfones, enquanto o soldados na aeronave chamam pelo Elemental Ígneo. Todos esperançosos de que ele possa responder, mas, ao mesmo tempo, pensando que ele não sobreviveu.

Tegiz abre os olhos e vê o céu do amanhecer. Ele está deitado no chão do deserto, sua respiração e seu batimento estão acelerados. Surpreso e confuso, o Elemental tenta recapitular os acontecimentos dos últimos instantes.

Ele se lembra da aeronave ser atingida e ficar com um rombo. Ele lembra de ter caído. Não era para ter sobrevivido, mas está vivo de alguma forma. Tegiz começa a se levantar e consegue ficar de pé. Mas não entende como, caindo daquela altura era para estar incapaz de ficar de pé, de se sentar e até mesmo ter dificuldade de respirar. Porém nenhum de seus ossos está quebrado, nem mesmo está com um arranhão ou machucado.

Quando olha para a Gema na sua mão direita, ele finalmente entende o que aconteceu. Ele caiu no solo arenoso do deserto, na terra, sua Gema evitou que o impacto com a terra o ferisse. Graças a proteção da Gema, ele está vivo.

– Tegiz, por favor, responda! – grita uma voz em seu ouvido. – Tegiz!

Finalmente Tegiz percebe que ainda está com o hadfone na cabeça. E a voz que está gritando no microfone é a de Kira.

– Calma! Calma! – responde Tegiz ao microfone. – Eu estou bem, fiquem tranquilos. Todos na aeronave se acalmam e ficam aliviados ao ouvir a voz de Tegiz pelos fones.

– Que bom, ele está vivo. – fala Dorik com a voz bem despreocupada.

– Meu irmão está bem? – pergunta Tegiz.

– Sim, mas está inconsciente! – responde Cibra pelo microfone. – Não se preocupe, já vamos pegá-lo!

Antes que o piloto começasse a mover a aeronave para baixo, uma nova corrente de raios cruza os céus. Tegiz segue com os olhos os raios, que passam quase raspando pela aeronave.

– Não façam isso! – grita Tegiz ao microfone, olhando preocupado para a aeronave no céu. – Fujam o mais longe que podem e me deixem pra trás!

– Tegiz o que está falando? – responde Kira. – Se ficar você pode morrer!

– Se vocês vierem me pegar todos morrem!

– O Elemental Ígneo tem razão! – confirma o piloto. – Se nos aproximarmos seremos alvo fácil.

– Tegiz, você tem certeza disso? – pergunta Cibra.

– Tenho! Me deixem e fujam!

Uma corrente de raios corta os céus. Tegiz, imediatamente, faz um movimento de arremesso para cima e fala ao mesmo tempo:

Lançar pedra!

Então um grande pedaço de pedra, se desprende do chão, e sobe, tão rápido quanto um raio. A grande pedra fica entre a corrente de raios e a aeronave, sendo atingida pelos raios e se transformando em poeira. Salvando a aeronave e seus ocupantes.

– Mas Tegiz não podemos te deixar! – fala Kira ao microfone.

Pelos fones, a voz de Kira continua a pedir para Tegiz não fazer isso, tenta convencê-lo a ser resgatado. Mas é inútil, ele a ignora.

– Cuidem do meu irmão por mim. – pede Tegiz ao microfone.

Tegiz tira o hadfone da cabeça e quebra as alças ao meio. Em seguida, jogo o hadfone partido no chão e o esmaga.

– Tegiz! Tegiz! – chama Kira pelo microfone, sem resposta. Não sabe que Tegiz destruiu o hadfone. – Precisamos retornar agora!

Cibra se vira para o piloto e fala:

– Piloto! Vamos sair daqui o mais rápido possível. É uma ordem.

– Sim senhor! – responde o piloto.

– O que? – exclama Kira surpresa, começando a ficar aflita. – Não! Não podemos deixa-lo pra trás! Temos que voltar!

Antes que Kira pudesse soltar a fivela de seu cinto de segurança, Dorik segura sua mão, impedindo-a de fazer isso. Dorik olha nos olhos dela e fala bastante sério:

– Já chega Kira! Tegiz está nos dando a chance de fugirmos. Se retornamos, estaremos desperdiçando o sacrifício de Tegiz para proteger seu irmão e a nós. Eu lamento, mas é verdade.

Kira começa a morder os lábios de frustração e começa a se acalmar. Sentido como se algo amargo está descendo pela garganta, ela começa a aceitar e admitir que todos tem razão. Infelizmente, não há o que possa ser feito. Eles precisam abandonar o Elemental Ígneo. Precisam abandonar Tegiz.

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Parado em pé na areia do deserto, com os sóis já bem visíveis, Tegiz olha para o céu, observando a aeronave, que leva seu irmão e os outros Elementais, se afastando cada vez mais dele e da cidade de Zinteck. Eles estão seguindo seu pedido. Apesar de estar com o medo, em ser abandonado, esse medo é insignificante, perto do alivio que sente em saber que seu irmão, e os outros Elementais, estão bem.

Entretanto, Tegiz não tem tempo para se preocupar, precisa encontrar uma forma de sair do deserto. Ele pensa em pegar uma das aeromotos, escondida atrás de um dos rochedos próximos. Contudo, logo desiste da ideia, pois sabe que o pulso eletromagnético deve ter pego as motos, tornando meros pedaços de sucatas inúteis. O Elemental Ígneo se depara com sua única opção, uma opção que sempre soube que teria que enfrentar algum dia. Lutar contra Zinteck, sozinho, e derrota-lo. Uma tarefa quase impossível, mas ele não tem escolha.

O Elemental Ígneo se vira para a cratera, onde está a base de Zinteck, e se depara com o próprio. Ele está parado em pé a beira da cratera. Tegiz não pode ver seus olhos, mas sabe que ele o está encarando.

Tegiz caminha passo a passo a passo, pensando em todas as atrocidades que Zinteck realizou. O assassinato de seu mestre, Naistin; A morte de Yliss, a mãe de Kira; As duas vezes em que quase matou Dorik; Os vários ataques que fez, que trouxe destruição e a perda de muitas vidas. Pensar nessas coisa o deixa com mais fúria, e apesar de não gostar de matar, ele sabe que não sentira nenhum remorso por matá-lo.

Zinteck, por sua vez, continua em pé, imóvel, à beira da cratera. Ele apenas observa um pequeno empecilho. Mais um incomodo que logo eliminara de sua frente.

Ao ver que seu oponente está mais próximo, Tegiz acelera o passo e começa a correr. Ele estende sua mão direita, enquanto corre, para Zinteck e fala:

Bola-de-fogo!

Uma bola-de-fogo é disparada da mão de Tegiz em direção a Zinteck. Zinteck continua parado, com seu braço esquerdo mecânico, ele rebate o ataque do Elemental para outra direção. A rebatida de Zinteck faz a bola-de-fogo atingir o solo, longe dele, e explodir com o impacto.

Novamente Tegiz dispara outra bola-de-fogo e muitas outras seguidas, em quanto corre na direção de Zinteck. Como a primeira, Zinteck se protege rebatendo todas as bolas-de-fogo para os lados, com reflexos quase automáticos. Porém entre as bolas-de-fogo disparadas, Tegiz faz com que duas pedras voem em direção a Zinteck. Zinteck percebe as pedras, como elas são mais densas e pesadas que as bola-de-fogo, ele transforma seu braço em uma arma e dispara contra as pedras. Reduzindo as em fumaça e poeira.

Aproveitando da fumaça e poeira das pedras destruídas, Tegiz saca a Klangre, ele tenta um ataque, com um movimento de cima para baixo com sua lamina. Porém, Zinteck consegue bloquear o ataque com seu braço mecânico, transformado em uma arma.

Enquanto bloqueia o ataque do Elemental Ígneo, Zinteck transformar seu braço mecânico em uma espada. Tegiz tenta um novo ataque, no lado direito de Zinteck, mas, novamente, ele consegue bloquear.

Os dois começam trocas, sucessivas, de golpes. Tegiz atacando e Zinteck bloqueando, à beira da cratera. Em nenhum momento Zinteck demonstra estar com dificuldade em bloquear os ataques, por outro lado, Tegiz está se esforçando ao máximo, para conseguir uma brecha na defesa de Zinteck.

Vendo que não está conseguindo brecha na troca de golpes, Tegiz muda a estratégia. Ele segura a espada com a mão direita e novamente ataca Zinteck com ela, que defende. Rapidamente, com a outra mão livre, Tegiz espalma ela na direção do rosto de Zinteck, coberto pela máscara prateada em forma de crânio, e fala:

Jato-de-chamas!

Tegiz faz um jato de chamas, sair de sua mão, na direção do rosto de Zinteck. Infelizmente, Zinteck desvia com rapidez e facilidade do ataque do Elemental. Ao ver seu oponente exposto, Zinteck cerra o seu pulso direito e desfere um soco na barriga de Tegiz.

Além do forte golpe, direto no estômago, que o faz perder o ar, Tegiz sente um forte choque, como se a mão de Zinteck estivesse eletrocutada. Tanto o golpe quanto o choque fazem Tegiz cancelar a magia e se curvar.

Uma vez curvado, Zinteck golpeia Tegiz com seu cotovelo mecânico diretamente na nuca de Tegiz, fazendo o desabar de bruços no chão.

– Achou mesmo que venceria com esse truque barato? – fala Zinteck com cinismo, enquanto observa seu oponente, caído de bruços aos seus pés, tossindo e tentando recuperar o ar.

Zinteck caminha ao redor do Elemental Ígneo e fazendo sua lamina voltar a ser o seu braço mecânico. Ele o segura por trás, pelo pescoço, com sua mão mecânica e o levanta, suspendendo no ar.

– Olhe bem o que você fez! – fala Zinteck com fúria, apertando cada vez mais o pescoço de Tegiz, erguendo-o na direção da cidade dele. A cidade está parada e sem vida, como um cidade fantasma. Com vários pontos destruídos por ele e os outros Elementais. – Você e seus amigos, fizeram isso com minha cidade!

Zinteck aproxima Tegiz da beirada cratera, deixando pendurado no ar, balançando as pernas. Ao mesmo tempo, Tegiz sente cada vez mais a mão mecânica se fechando aos poucos em seu pescoço, ficando cada vez mais difícil conseguir respirar.

– Eu poderia jogá-lo daqui e vê-lo cair! – continua Zinteck. – Ou quebrar seu pescoço aqui mesmo. Mas ao invés disso vou mata-lo de forma lenta e dolorosa. Até que implore para te matar.

Tegiz está se debatendo no ar, ainda segurando sua espada, se forçando a não soltá-la, quando de repente sente seu corpo ser jogado contra o chão. Zinteck começa a bater várias, vária e várias vezes o rosto de Tegiz contra o solo seco e arenoso do deserto. Felizmente, Zinteck ignora que, graças a Gema, Tegiz não se machuca com o impacto de sua cabeça contra o solo.

– Acha que me derrotou? – fala Zinteck enquanto bate a cabeça de Tegiz contra o chão a cada frase dita. – Vou reconstruir minha cidade! Meu exército! Farei eles maiores e melhores!

Com o rosto no chão, Tegiz sente uma forte corrente elétrica vinda do braço mecânico de Zinteck, que segue pela sua nuca, para o resto do seu corpo. O choque é tão forte e a dor é tão grande que o faz gritar em agonia. Mesmo assim não solta da Klangre. Se recusa a morrer desarmado.

– Por fim, quando eu terminar com você, irei destruiu a todos que seu opuserem a mim. – volta a falar Zinteck mansamente. Ele solta o pescoço de Tegiz e começa a pisar, com sua perna mecânica, em cima da cabeça de seu oponente, esfregando o rosto de Tegiz contra a terra. – Como fiz com seu mestre, matarei todos os outros Elementais. Incluindo seu irmão!

Virando o rosto, com dificuldade, Tegiz cospe um pouco de terra da boca. Com a palma da mão esquerda na terra ele fala:

Tremor

Um forte tremor começa. Um tremor tão forte que faz o chão em que estão deslizar e cair dentro da cratera, fazendo Tegiz e Zinteck caírem junto com as pedras.

Os dois rolam caindo pelas paredes da cratera, junto com grandes pedaços de pedra e terra. Ao pararem de cair, Tegiz imediatamente se levanta, um pouco tonto, com a espada ainda em mãos, com o rosto e as roupas sujas mais ileso. Graças a proteção de sua Gema ao elemento terra. Ele olha para Zinteck e vê que ele ainda está caído, de costas para o chão, com as roupas rasgadas e partes do corpo, ainda humanas, feridas.

Vendo que seu inimigo ainda está indefeso, ainda tonto pela queda, Tegiz faz um movimento com o braço, de cima para baixo enquanto fala:

Lançar pedra!

Caindo da beirada da cratera, um enorme pedregulho desce bem em cima da perna mecânica de Zinteck, esmagando-a. O som do metal e das partes mecânicas sendo esmagas desperta Zinteck, que imediatamente transforma o seu braço mecânico em um canhão de tiros de plasma e dispara no enorme pedregulho, explodindo-o e reduzindo-o a pedra menores. Dessa forma libertando sua perna.

Zinteck levanta a perna mecânica, para observar melhor os estragados. Está completamente destruída. Esmagada, pingando fluidos e soltando faíscas, Zinteck não pode mais usá-la como apoio, pois virou sucata inútil.

Ele se ergue um pouco do chão e volta o olhar para Tegiz, que caminha em sua direção, com sua espada em mãos. Com o braço mecânico ainda transformado, Zinteck o aponta para o Elemental e dispara. Rapidamente Tegiz bloqueia o disparo com a Klangre e reflete o disparo de plasma para Zinteck, acertando o rosto e jogando sua máscara prateada em forma de crânio para longe.

Agora com a cabeça encostada no chão, com fumaça siando dela, Zinteck está indefeso. Aproveitando essa oportunidade, Tegiz espalma sua mão vazia para Zinteck, que geme e se recontorce.

– Bola-de-fogo! – fala Tegiz.

Uma bola-de-fogo é disparada da mão de Tegiz e atinge o braço mecânico de Zinteck, destruindo-o. Deixando apenas um toco de braço mecânico, que solta faíscas e estala.

Sem suas partes mecânica, Zinteck não tem como atacar, se defender ou mesmo fugir.

Tegiz se aproxima mais de Zinteck. Ao ficar perto suficiente, ao lado de Zinteck, ele consegue ver o rosto de seu inimigo sem a máscara, pela primeira vez. E o que vê é algo que o deixa enojado, ao mesmo tempo, não consegue desviar os olhos.

O rosto de Zinteck é todo deformado, cheio de cicatrizes de queimaduras. Não tem lábios ou nariz. Sua boca sem lábios mostra continuamente os dentes e gengivas, como um sorriso macabro. No lugar do nariz está apenas o osso nasal exposto, coberto por um pouco de pele e carne. Seus olhos são pretos, esbugalhados e por alguma razão não piscam. Quando Tegiz olha melhor, percebe que os olhos de Zinteck não tem sobrancelhas, cílios e nem pálpebras. É o rosto de algo que devia estar morto, mais ainda respira. No queixo, ou o que sobrou dele, um tipo de adesivo metálico com estrias, como uma caixa de som.

Percebendo que Tegiz ainda está com olhar fixo em seu rosto deformado, lentamente ele move o braço direito para agarrar a perna de Tegiz. Mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, Tegiz encrava a ponta da Klangre no braço de Zinteck. O Elemental torce a espada, mas ele não grita ou geme, apenas resmunga, não de dor mas de raiva, tentando livrar o braço transpassado pela lâmina da Klangre.

– Eu não sinto dor! – fala Zinteck, com os dentes da boca sem lábios, abrindo e fechando, de uma forma nojenta, a cada palavra pronunciada. Parte do som de sua voz sai da fita, em baixo de seu queixo. Tegiz então percebe que a fita é algum tipo de sintetizador de voz, para ajudar Zinteck a falar, uma vez que sem os lábios fica difícil pronunciar sons consonantais.

– Mas posso te matar. – responde Tegiz pisando em cima do peito de Zinteck, que não resmunga o geme com a pisada em seu peito.

– Se me matar você morrera junto comigo.

– Besteira!

– Quando tentei tomar a Gema de meu irmão, eu perdi uma perna, um braço, meu rosto e meu coração. Coloquei uma bomba no lugar do meu coração.

– Está mentindo!

– Olhe você mesmo então.

Tegiz não acredita em nenhuma palavra de Zinteck, mas sabe que ele tem capacidade, e loucura, para fazer algo assim. Tegiz abre o coturno preto de Zinteck, rasga a camisa preta no lado do coração. Onde devia estar o coração está apenas uma cavidade, de metal, separando-a da carne. Dentro da cavidade uma pedra prateada, parecendo estar encrustada no coração.

– Essa é a Gema que eu fabriquei. – explica Zinteck. – Você deve ter encontrado o livro de meu irmão. Dentro dele está o segredo de como fabricar uma Gema, eu a fabriquei, e a coloquei no lugar do meu coração. Antes tinha um coração mecânico, eu o tirei e coloquei minha Gema no lugar.

As suspeitas de Dorik estavam corretas, Zinteck realmente conseguiu fabricar uma Gema, e está ouvindo dele próprio.

– Essa Gema, em particular, está liga a uma bomba, dentro da mesma cavidade. – continua a explicar Zinteck. – Se algo me acontecer, a minha Gema se destruirá. A destruição criara uma explosão de energia, tão grande que consumiria Zarkiem inteira e ainda sobraria espaço.

– Eu não acredito! – responde Tegiz, com uma bola-de-fogo crescendo na mão onde está sua Gema, mirada para o rosto de Zinteck.

– Acredite no que quiser garoto. Mas está disposto a se matar para me matar? Se me deixar vivo, você também vivera. Volte para Zarkiem. Veja seu irmão e seus amigos. Você terá outras oportunidades para me matar. Viva, para lutar outro dia!

Na mão de Tegiz, a bola-de-fogo que crescia começa a diminuir, até desaparecer.

– Isso garoto. – fala Zinteck. – É uma decisão sabia. Viva pelo seu irmão. É o que ele, seus amigos e seu mestre gostariam que você fizesse.

– Seu o deixar vivo, me odiaram para sempre pelo que fiz! – exclama Tegiz sorrindo, se ajoelhando em cima do peito de Zinteck.

A bola-de-fogo reaparece na mão de Tegiz, crescendo a cada segundo. Um terror e raiva crescem em Zinteck. Ele tenta desesperadamente soltar seu braço, não consegue. Tegiz levanta a mão com a bola-de-fogo, enquanto Zinteck resmunga e começa a urrar de raiva. Tegiz desce a palma da mão, com a bola-de-fogo, na Gema de Zinteck, enquanto grita:

Impacto Explosivo!

A palma da mão de Tegiz, atinge a Gema de Zinteck e a destrói, com uma explosão.

Rapidamente,uma esfera de energia, prateada e brilhante, começa a crescer e a consumir tudoao seu redor. Ela consome a cidade, a cratera e parte do deserto, incluindo Zinteck e Tegiz. Como se mais um sol aparecesse, nessa manhã no deserto.

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Longe da batalha entre Tegiz e Zinteck, a quilômetros de distância, dentro de uma aeronave, com um rombo em uma de suas laterais, estão Cibra, Dorik, Kira e Grico, que ainda está desmaiado. Além dos Elementais, eles estão acompanhados de três soldados de Sarie. Todos voltando para a capital de Sarie, Zarkiem, para recuarem de Zinteck, que sobreviveu, de alguma forma, da explosão de pulso eletromagnético.

Um silêncio pesado preenche o ar dentro da aeronave. Ainda mais pesado são os sentimentos que todos estão tendo, com exceção de Grico que está desmaiado, por conta de uma batida forte na cabeça, durante um solavanco, que a aeronave passou, quando estava sendo atingida pelos raios de Zinteck. Os sentimentos, dos que estão conscientes, são sentimentos fortes de preocupação e perda, uma vez que tiveram de abandonar, Tegiz para poderem se salvar. Mesmo que Tegiz tenha pedido, isso não diminui a dor que sentem.

Enquanto estão em silêncio, eles refletem sobre os eventos ocorridos, imaginando se Tegiz sobreviverá ou se vai morrer. Se morrer, como contar para Grico que seu irmão falecera.

De repente, um forte estrondo é escutado fora da aeronave. O estrondo é tão forte, quanto um trovão em uma tempestade. Todos olham pelas janelas. Nas paredes da aeronave, e observam uma esfera de luz e energia, crescendo, exatamente onde está a cidade de Zinteck.

A visão da esfera de luz deixa todos assustados. Todos se perguntam o que aconteceu, ou se Tegiz está vivo. E essas perguntas só aumentam ainda mais seus receios.

Começam ao ouvir outro barulho, de dento da aeronave. Mais precisamente de um dos armários. Todos voltam o olhar para os armários, em especifico, para o armário onde está a cabeça de Naistin e o Grimoa Dourado de Windar. O som que o armário faz é de batidas, como se algo dentro está tentando sair a força.

Mas antes que qualquer um pudesse pensar em se levantar para verificar, o armário se escancara violentamente. De dentro dele, saem quatro esferas de luz, que flutuam no ar. Todos ficam surpresos e assustados, cobrindo os rostos das luzes, ou de qualquer outra coisa que as luzes podem fazer.

As quatro esferas de luzes param de flutuar e pousam, gentilmente, no colo de cada um dos Elementais. Os Elementais, que estão acordados, estranham as luzes em seus colos, como se um gato que não conhecessem pulou neles. As luzes começam a se esvanecer, Cibra, Dorik e Kira começam a sentir um peso nas pernas.

Quando a luz se esvai completamente, Cibra, Dorik e Kira se deparam, cada um, com um livro em seus colos. Cada um dos livros, tem um quinto do tamanho do Grimoa Dourado de Windar. Cada um dos livros tem uma capa com uma cor diferente. O livro de Cibra tem a cor azul, o livro de Dorik preto, o de Kira é verde, e o de Grico, que está inconsciente, é branco.

Todos voltam os olhos para o armário de onde saíram os livros e percebem que o globo transparente, com a cabeça de Naistin, coberto pela jaqueta preta de Dorik, ainda está no armário. Porém, o Grimoa Dourado de Windar, não está mais lá. O que está no lugar é um livro vermelho, do mesmo tamanho que dos outros quatro livros, que provavelmente deve pertencer ao Tegiz.

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