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Capitulo 11: A quinta Gema


Já é de noite, as luas, as estrelas e o anel de Nether iluminam a noite. Graças aos poderes de Cibra sobre a água, as chamas dos escombros da casa foram apagados. Infelizmente não foi possível salvar o corpo da mãe de Kira, Yliss, as chamas consumiram o seu corpo junto com a casa que só emite fumaça, dos escombros recém apagados.

Sentada no chão, abraçando as pernas, com sua mochila ao seu lado, Kira não pode fazer mais nada, além de chorar e observar seu lar destruído e sua mãe morta.

Dorik e Grico procuram pelo aerocarro, e encontram os destroços dos Átomos, queimado, junto com os restos de uma horta queimada, no que era antes os fundos da casa de Kira. Percebendo que não há mais nada a fazer sobre a aerocarro, Dorik se afasta de Grico, deixando o procurar algo que ainda pudesse ser utilizado, e caminha em direção a Tegiz e Cibra, que estão um pouco afastados de Kira, conversando.

– E então? – pergunta Tegiz, de braços cruzados, ao Dorik.

– Então que o aerocarro já era junto com a casa. – responde Dorik em um tom seco de voz, cruzando os braços. – Mas não é por isso que vim falar com vocês. O que quero falar é sobre a Kira.

– O que tem ela? – pergunta Cibra, com as mãos na cintura.

– Vamos fazer ela vir junto conosco ou não? – pergunta Dorik.

– Eu voto que ela venha conosco! – responde Cibra, tirando a mão da cintura e a estendendo como se tivesse mostrando algo aos dois.

– É uma questão complicada Cibra. – diz Tegiz, com a mão direita segurando o queixo, enquanto o braço esquerdo segura o outro braço. – Kira acaba de perder a mãe, ela ainda deve estar em choque. De tempo a ela.

– Mesmo assim ela é uma de nós. – fala Cibra apontando com o polegar da mão livre para Kira, que está a suas costas. – Ela tem que vir conosco.

– Para que? – indaga Dorik. – Já sabemos que a próxima Gema será de Grico. Então por que ela deve vir conosco?

– Para nos ajudar, caso algum problema ocorra. – responde Cibra, com as duas mãos estendidas, como se estivesse segurando algo invisível com elas.

– Isso é algo que ela deve decidir sozinha, não podemos forçar ela fazer isso. – responde Tegiz também cruzando os braços como Dorik.

– Mas vocês dois não querem que ela vá junto conosco? – pergunta Cibra confuso e ao mesmo tempo dando de ombros.

– Queremos, mas não queremos força-la. – responde Tegiz.

De repente Tegiz, Cibra e Dorik veem Grico passar por eles e ir até onde Kira está sentada. Ele gentilmente põem a mão em cima de um dos ombros de Kira, se abaixa ao lado dela, na altura dos olhos de Kira e fala a ela:

– Sei que você deve estar passando por uma grande dor nesse momento. Mas como sabe, você também pode usar uma das Gemas, e precisamos que venha junto conosco.

– Você sabe quem foi que fez isso? – pergunta Kira sem desviar os olhos dos restos de sua casa.

Grico desvia o olhar para Cibra, Dorik e seu irmão, então Tegiz responde, com um pouco de pesar na voz, se aproximando dele e de Kira:

– Foi Zinteck. Sinto muito que isso tenha acontecido.

– Se eu tivesse estado aqui antes. – fala Kira cerrando os olhos e enterrando o rosto nos joelhos.

– Nunca diga isso e nem pense isso! – diz Dorik sério a Kira. As palavras de Dorik fazem Kira tirar o rosto dos joelhos e voltar seu olhar para ele. – Poderia ter sido diferente? Poderia! Mas jamais poderemos saber. Não podemos voltar para mudar as coisas, só podemos aceitar o que aconteceu, ir em frente e continuar com nossas vidas por aqueles que nos deixaram. Continuar vivendo é a vontade daqueles que nos deixaram.

– Você fala como se já tivesse perdido alguém. – responde Kira enxugando com a mão uma discreta lagrima em seu olho.

– Pode não parecer. – começa a falar Grico. – Mas Dorik, Cibra, meu irmão e eu perdemos também pessoas importantes para nós. Somos todos órfãos. E decidimos que continuaríamos com nossas vidas.

– Por isso nós também precisamos saber: Ira junto conosco procurar a próxima Gema? – pergunta Cibra. – Pode não querer isso, mas você é uma de nós agora. Nais nos treinou para ficarmos com as Gemas, achamos importante que todas as Gemas estejam juntas.

Kira pega e abre a mochila a seu lado, de dentro dela ela tira o adereço para a cabeça dourado, em forma de um dragão esguio, onde está incrustada agora a Gema verde, piscando, indicando onde encontrar a próxima Gema. Ela o leva a testa e o prende, como uma testeira, deixando os cabelos longos e pretos por cima da testeira, deixando discretamente a mostra apenas a Gema em sua testa.

– Eu já tinha me decidido, quando me explicaram que se tratava da Gema, eu tinha me decidido ir junto com você. – responde olhando para os quatro jovens. – Isso não mudou agora.

Todos mostraram leves sorrisos nos rostos, orgulhosos da decisão de Kira. Porém Dorik fecha os olhos assente com a cabeça.

– Então temos que ir para o leste. – diz Tegiz a todos, examinado a Gema em sua mão direita. – É onde as Gemas apontam.

– Mas podemos passar a noite aqui antes de irmos? – pergunta Kira um pouco insegura.

– Não vejo problema. – responde Tegiz com um sorriso caloroso no rosto.

– Obrigada! – agradece Kira sorrindo e enxugando uma pequena lagrima em seu rosto.

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Após três dias de viagem a pé, Tegiz, Cibra, Dorik, Kira e Grico se encontram em uma planície, com grama alta, chegando a altura da cintura, e algumas árvores retorcidas. Sem o aerocarro de Dorik, com poucos suprimentos e com os quatros sóis de Nether brilhando fortes no céu, os cinco jovens estão esgotados e famintos, enquanto caminham todos em direção a próxima Gema.

– Sinto falta do Átomos! – fala Dorik, atrás de todos, carregando sua mala na mão esquerda e seu cajado na mão direita, usando o como bengala. Mesmo com sua jaqueta preta presa na cintura para diminuir o calor, Dorik continua a transpirar e está encharcado de suor.

Para evitar o calor e a desidratação, Cibra usa de sua magia e de sua Gema para produzir pequenos jatos d'água, saindo da ponta de seu dedo para a sua boca, rosto e pescoço.

– Cibra, pode me ver um pouco de água? – pergunta Dorik cansado, mas sem deixar de manter a pose séria.

– Lamba meus pés e eu pensarei no assunto. – responde Cibra com um sorriso cínico no rosto. Carregando sua bolsa de viagem no ombro enquanto também usa o seu tridente como bengala.

– Prefiro morrer de sede! – responde Dorik sério.

– Então morra de sede! – responde Cibra, mudando o tom de voz de cínico para sarcástico. – Oh não! Você não pode morrer de sede por causa de sua Gema! Então eu acho que você vai viver para sempre com sede!

– Querem parar com isso vocês dois! – exclama Kira virando o rosto para Cibra e Dorik atrás dela, com algumas gotas de suor escorrendo de seu rosto. – Já tá difícil tolerar esse calor, e com vocês discutindo não torna isso mais fácil.

– Ele que começou! – responde Cibra de forma ingênua, apontando com o polegar para Dorik atrás dele.

Grico, que também está suando por causa do calor, se volta para seu irmão, que está à frente dele e pergunta:

– Então Tegiz, nós já estamos chegando?

– Não sei Grico. – responde Tegiz ao seu irmão. – Simplesmente não sei.

Tegiz, que está à frente de todos, aguentando bem o calor, uma vez que sua Gema lhe protege do calor do fogo, ela também lhe protege do calor do tempo.

Após isso todos ficam em silencio, continuando a sua caminhada através da grama alta. Após meia hora de caminhada a grama começa a ficar cada vez mais alta e mais alta, passando da altura de Dorik, que é o mais alto entre os cinco.

– Esperem um pouco! – fala Kira parando de repente, farejando algo no ar. Todos param e se voltam para ela. – Sinto cheiro de água.

– Onde? – pergunta Cibra animado.

– Naquela direção. – responde Kira apontando para o leste.

Sem pensar duas vezes, Cibra corre em disparada na direção em que Kira apontou, adentrando e desaparecendo na grama alta.

– Espere ai Cibra! – avisa Tegiz. – Você pode se perder!

É inútil, o desejo de se refrescar na água e mais forte, e Cibra ignora o aviso de Tegiz completamente. Sem opções, Tegiz, Dorik, Kira e Grico correm pela grama alta atrás de Cibra. Apesar da grama ser bastante mole, ainda é difícil afastá-la do caminho para passar, como cada folha de grama está muito junta uma das outras, é como abrir uma cortina bem grossa e pouco flexível. Enquanto correm atrás de Cibra, percebem que estão inclinando um pouco para baixo.

Por fim eles chegam onde a grama alta acaba, e se deparam com um grande lago, dentro de uma cratera torta, o leste do lago é mais raso que o oeste. Com águas cristalinas, reluzindo com o brilho dos quatro sóis, alimentado por um pequeno riacho ao oeste do lado, que trazia água até ele, fazendo uma pequena cachoeira. Algumas árvores estão próximas ao lago, crescendo acima da grama alta. Contudo, não encontram Cibra em lugar nenhum. Eles deixam suas armas e malas em um canto, próximo a uma árvore de tronco curvado próxima ao lago.

– Não vejo Cibra. – fala Tegiz procurando ao redor.

– Quem se importa? – responde Kira indo em direção ao lago na parte mais rasa. – Vamos aproveitar da água.

Kira se ajoelha na margem do lago e pega um pouco de água com as mãos. Nesse momento Grico dá um grito de alegria e pula na água, usando apenas sua bermuda, espalhando água ao mergulhar.

– Pare com isso! – repreende Kira ao Grico, que está com a cabeça molhada acima da água.

– E por que? – pergunta Grico usando a mão para jogar os cabelos molhados para trás.

– Porque está contaminando a água!

– Nossa, como você é chata Kira! – responde Grico, saindo da água com desgosto.

Uma vez com Grico fora do lago, Kira mergulha as duas mãos na água, recolhe um pouco de água, levando até a boca e bebendo dela. Assim que a água refrescante desse por sua garganta, Kira faz um suspiro de satisfação. Quando se serve mais da água, com ela já em sua boca, Cibra, emerge do lago, apenas com sua bermuda e fala com um sorriso para Kira.

– E ai Kira! Aproveitando a água!

Como um reflexo ao ver Cibra emergindo do lago, Kira cospe toda água de sua boca para o lado esquerdo dela. Com uma expressão de nojo no rosto, ela continua a cuspir até a última gota de saliva em sua boca. Quando não tem mais o que cuspir, Kira fala entre dentes com uma expressão de nojo:

– Nojento! Vou vomitar!

– Relaxa Kira! – fala Cibra com tranquilidade, ainda dentro do lago. – Da para beber ainda a água.

– O caramba que dá! – exclama Kira se erguendo do chão irritada. – Por que você acha que não se bebê água de piscina?

– Eu ainda não fiz xixi na água, isso é coisa de criança. – responde Cibra se deitando e começando a nadar de costas, bastante relaxado de tranquilo. – Só vi peixe no fundo do lago.

– Não me faz ter ideias piores ainda! – fala Kira ainda brava, fechando os olhos e tapando os ouvindo, tentando não imaginar que pode ter bebido água com, além do suor de Cibra, a urina dele.

– Vocês não vão entrar? – pergunta Cibra a Tegiz, Dorik e Grico. Ignorando as reclamações de Kira. – A água está ótima!

– É claro! – responde Grico, pulando novamente no lago, espalhando água ao mergulhar.

Kira fica inconformada ao ver Grico também pulando na água, pensando que estão contaminando ainda mais a água. Tegiz e Dorik se aproximam, ficando ao lado de Kira, que olha para eles e pede:

– Tegiz! Dorik! Botem juízo na cabeça desse dois!

Sem falar nada, Dorik tira seus e camiseta e pula no lago junto com Cibra e Grico, usando apenas sua calça preta. Kira fica ainda mais sem palavras. Tegiz tira o colete, a camiseta e as botas, ficando apenas com a calça, dá uns tapinhas no ombro de Kira e fala com um sorriso:

– Se não pode vencê-los, junte-se a eles!

Após dizer isso, Tegiz mergulha na água do lago.

Percebendo que não consegue mais convencer ninguém a não entrar na água, Kira dá de ombros. Tira as botas, ficando apenas de miniblusa e saia, e mergulha no lago junto com Tegiz, Cibra, Dorik eGrico. Brincando e se divertindo na água, acabando com o cansaço.

Enquanto descansam e se divertem, também, por ummomento, eles se esquecem dos problemas, como se esses problemas nunca tivessemexistido ou acontecido. De que estão em uma missão para procurar a última Gema,de que Zinteck está atrás deles e das Gemas, e se esquecem dos sentimentos detristeza e preocupação, que nutriam ao longo do tempo. Principalmente Kira, quese esquece da tristeza de ter perdido uma mãe e um lar, ambos destruídos porZinteck.

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Começa a escurecer, Tegiz, Cibra, Dorik, Kira e Grico estão fora da água e com as roupas molhadas. Eles começam a preparar as barracas. Uma barraca para Tegiz e Grico, uma para Cibra e Dorik e uma terceira apenas para Kira. Com as barracas já armadas, Kira pega sua mochila e chicote, olha para os quatro jovens e fala para eles:

– Vou me trocar! – sua voz muda para o tom de aviso. – Se algum de vocês tentar espiar, eu juro que não saíram vivos. – ela olha desconfiada para Cibra e aponta o dedo para ele, em ameaça. – Principalmente você Cibra!

Cibra mantem se estático, enquanto ela entra na barraca com suas coisas. Uma vez com ela dentro da barraca e fechada, Cibra olha para Tegiz, Dorik e Grico e pergunta animado, em voz baixa, com o polegar erguido:

– Vamos espiar?

– Você quer morrer? – responde Dorik com sarcasmo.

– Melhor terminarmos de montar o acampamento. – fala Tegiz mudando de assunto, voltando os olhos para Cibra. – Cibra, já que você respira em baixo d'água, pega uns peixes para nós.

– Quem disse que vou fazer isso? – responde Cibra em desafio.

– De fato! – pontua Dorik com cinismo na voz. – Todos sabem que você não tem capacidade para pescar. Nem para pescar em um aquário.

Percebendo que está sendo desafiado, Cibra responde:

– Então prepara uma fogueira que vou trazer os peixes.

Pegando o seu tridente, Cibra vai até o lago e vai atrás de peixes para o jantar.

Assim que Cibra desaparece no lago, Dorik se volta para Tegiz e pergunta:

– Quer que ajude com a fogueira?

– Não precisa! – responde Tegiz. – Grico e eu cuidamos da fogueira. Mas quero que você monte um varal para colocarmos as roupas molhadas.

– Está bem! – fala Dorik, confirmando com a cabeça.

– Vamos Grico! – fala Tegiz se afastando de Dorik.

– Tá bom! – fala Grico seguindo o irmão.

Já é de noite, após um pouco de trabalho, novas mudas de roupas e tempo. Tegiz, Cibra, Dorik, Kira e Grico estão sentados ao redor de uma fogueira, abaixo de uma árvore de tronco retorcido, com os galhos sendo usados de varal, enquanto as roupas úmidas se secam com o calor que sobe vindo das chamas da fogueira. Fogueira está feita com as magias de fogo de Tegiz.

Enquanto são envolvidos pelo calor e luz da fogueira, também aguardam pelos peixes que Cibra pescou e preparou. Que estão atravessados por palitos fincados no chão, próximo a fogueira, para assá-los.

– Acho que já estão prontos? – fala Cibra pegando um dos peixes com o dedos. Ele está vestindo uma camiseta regata num tom de azul bem claro e uma bermuda xadrez de azul e branco.

Cibra pega o palito atravessado no peixe que tocou, encrava os dentes na carne, arranca um pedaço e começa a saboreá-lo. Vendo que Cibra já está se servindo, todos os outros ao redor da fogueira também começam a comer os peixes assados.

Todos estão bem satisfeitos com a comida e a fogueira. Porém, enquanto todos saboreiam o peixe assado e o calor da fogueira, Grico está perdido em seus próprios pensamentos. Tegiz percebe o comportamento do irmão, que está sentado ao seu lado. Preocupado ele pergunta:

– Algum problema Grico? – pergunta Tegiz ao irmão, que está usando uma camiseta branca e uma nova bermuda preta, mais ainda usando o mesmo boné branco virado ao contrário.

Grico olha para o irmão, que está usando uma outra camiseta branca, calça preta, e seu costumeiro colete vermelho. Um pouco surpreso, por ter sido chamado a atenção, Grico responde ao Tegiz:

– Não é nada. Só estava pensando na minha Gema.

– Verdade! – fala Cibra enquanto mastiga um pedaço da carne do peixe. – A próxima Gema é sua. Animado com a ideia?

– Sim, mas... Ao mesmo tempo eu fico pensando: depois que tivermos as Gemas o que faremos em seguida?

– Essa é uma boa pergunta. – pontua Kira, usando uma minissaia com estampa camuflada verde e uma mini blusa verde clara colada ao corpo. – O que faremos depois de conseguirmos as Gemas, Tegiz?

Quando Kira termina a pergunta, Tegiz para no momento que ia dar uma próxima mordida em seu peixe, olha para Kira e responde:

– Na verdade ainda não pensei a respeito disso.

– Pensa em derrotar Zinteck? – pergunta Dorik sério, sem desviar os seus olhos do seu peixe assado. Usando a mesma jaqueta preta com capuz, mas com outra camiseta branca e calça preta.

Tegiz, assim como todos ficam um momento em silêncio, que é interrompido com a resposta de Tegiz:

– Eu não sei!

Depois da resposta de Tegiz, ninguém mais falou, terminaram sua refeição em silêncio. Mesmo que Tegiz tenha respondido isso, todos pensaram a mesma coisa: Logo teriam que enfrentar Zinteck. Não por que mais ninguém queira, mas por serem agora os únicos capazes disso.

Terminado o jantar Cibra se levanta, espreguiça e fala:

– Acho melhor já dormimos!

– Não é bem assim Cibra! – exclama Dorik ainda sentando, sem olhando para a fogueira. – Ainda precisamos decidir ainda quem ficara de vigia, caso Zinteck ou outra coisa apareça enquanto dormimos.

– Fico feliz que tenha se oferecido primeiro. – diz Cibra sorrindo, dando leves tapas nas costas de Dorik.

Dorik não fala nada, apenas responde fulminando Cibra com seu olhar de desprezo.

– Então ficarei com o segundo turno. – se oferece Tegiz enquanto se levanta do chão.

Percebendo que Tegiz concordou com a ideia de Cibra, imaginando também que Kira e Grico também concordam. Dorik aceita o alistamento forçado que Cibra lhe fez.

– Acho que Cibra pode ficar com o terceiro turno. – continua Tegiz.

– Eu fico! – responde Grico, querendo mostrar suas capacidades e seu valor, mesmo não tendo ainda uma Gema como os demais.

– Perfeito! – exclama Cibra, enquanto sorri e junta as mãos. – Ficarei com o quarto turno.

– Ótimo então! – fala Kira se levantando. – Vamos dormir.

Todos passam por Dorik até suas barracas, lhe desejando boa noite. Quando todos passaram por ele, Dorik se vira para todos, com uma expressão séria no rosto e diz de forma séria.

– Lembre-se que posso mata-lo enquanto dorme Cibra.

Nenhum deles, principalmente Cibra, ligou ou considerou a ameaça de Dorik como verdadeira.

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Na tarde da noite, com a luz da fogueira, das luas e das estrelas para iluminar, Tegiz mantem a vigília. Ele está sentando em uma pedra que fizera com seus poderes, com a Klangre embainhada, presa a cintura, observando o tremular das chamas. Ouvindo os sons ao seu redor, prestando atenção se alguém ou algo se aproxima, mas só escuta o som dos insetos, pássaros noturnos e dos estalos dos gravetos em chamas.

A calmaria que o ambiente traz com seus sons, o calor reconfortante das chamas, assim como sua dança bruxuleante, somados ao cansaço de Tegiz pela viagem a pé, fazem com que ele comece a piscar de sono. Ciente que não pode e nem deve dormir, Tegiz tenta manter-se acordado brincando com as chamas. Como não pode se queimar graças a sua Gema, Tegiz puxa um pouco das chamas, fazendo com ela desenhos no ar.

Enquanto se distrai, Tegiz escuta o som de folhas secas e galhos sendo pisados atrás dele. Ele imediatamente se levanta segurando o cabo da Klangre.

– Quem está ai? – fala Tegiz a escuridão, com uma voz séria e ameaçadora.

Saindo da escuridão, se aproximando da luz da fogueira aparece Grico, com seu arco e flechas nas costas. Com as mãos espalmadas e levantadas, mostrando estar desarmado.

– Sou eu, o Grico! – avisa ele. – Pode ficar calmo Tegiz!

Tegiz respira aliviado, tirando a mãos do cabo de sua espada, relaxando.

– Que susto Grico. – fala Tegiz. – Achei que fosse algum dos soldados de Zinteck, ou algum animal.

– Lamento lhe desapontar. – responde Grico baixando as mãos e relaxando os braços, com um leve tom de sarcasmo na voz. – Sou apenas eu.

– Já está na hora de me render? – pergunta Tegiz olhando para a lua azulada, Azraq. A vez de Grico seria quando Azraq estivesse a pino, contudo faltava um pouco para elas ficar nessa posição.

Em Nether as três luas tem nomes diferentes: Azraq, Fiddatan e Yaqut. Azraq emite um brilho azulado e é a maior lua de Nether. Fiddatan é a mais brilhante das luas e a última a se por, com um forte brilho prateado. Yaqut é a menor e a primeira lua a aparecer nos céus, emitindo um luar avermelhado.

– Ainda não, apenas não consigo dormir. – responde Grico.

– Então quer ficar no meu lugar? – pergunta Tegiz.

– Se quiser.

– Obrigado! Estou começando a dormir aqui.

Tegiz passa por Grico e lhe dá leves tapinhas nas costa, caminhando até as barracas.

– Boa noite Grico! – fala Tegiz sem olhar para o irmão, enquanto caminha para as barracas.

– Boa noite! – responde Grico se sentando na pedra que seu irmão fizera enquanto espera a noite passar.

As horas passam e o turno de Cibra chega, mas Grico resolve não chama-lo. Tem se sentido um inútil por não ter ainda sua Gema, então decide mostrar seu valor ficando o resto da noite de vigia. Além disso, não sente nenhum pingo de sono, pensar em ter a próxima Gema não o deixa dormir.

Há alguns dias atrás não sabiam quem ficaria com a próxima Gema, poderia ser qualquer um deles. Agora, com apenas uma Gema faltando, é certeza que ela pertence a Grico.

Finalmente os primeiros raios de luz do amanhecer começam a aparecer, minguando aos poucos a luz das estrelas e das luas, relevando as árvores, plantas, o lago e o rio, ocultos pelas escuridão da noite. As três luas de Nether começam a desaparecer no horizonte, dando lugar aos quatro sois que se erguem no outro lado. O céu escuro começa a ficar colorido pelo amanhecer. Os pássaros e insetos noturnos começam a silenciar. A luz da fogueira, quase extinta se torna insignificante. E Grico mantem-se acordado, observando esse belo amanhecer.

De repente Grico se levanta, está inconsciente, em transe. Ele começa a andar, sem controle sobre seu corpo e começa a seguir pela margem do rio. Após um tempo andando, com a manhã completamente feita, ele para e começa a cavar o leito do rio com as mãos nuas, desesperado, como um cachorro a procura de seu osso enterrado.

Grico para de cavar, ainda em transe, pega do buraco que cavou uma pedra. Ele a segura e passa a mão gentilmente nela, como se essa pedra fosse um ser vivo. Com a pedra em suas mãos, ele a mergulha nas águas do rio, limpando a sujeira de suas mãos e da pedra.

Quando ele tira as mãos e a pedra da água, Grico finalmente sai do transe. Ele olha confuso ao redor, sem saber como chegou até aqui. Ele olha para suas mãos e se vê segurando uma pedra icosagonal, com uma cor branca bastante pura. Saindo dessa pedra uma luz branca pulsante. Então o medalhão de Grico, escondido por de baixo de sua camiseta, pula para fora da camiseta e gruda na pedra. A luz pulsante muda para uma luz constante e intensa, forçando Grico a fechar os seus olhos. Uma voz aparece na cabeça de Grico que lhe diz:

Essa Gema lhe reconhece como seu portador, a partir de agora ela lhe amplificara os elementos que controla e lhe protegera desses elementos.

A luz desaparece, Grico olha para suas mãos e percebe que no seu dedo indicador direito, preso a ele, está um anel de ouro, com o formado de um dragão esguio mordendo a própria cauda. Na extremidade oposta onde a cabeça e a calda se encontram, encrustado no anel como uma pedra pequena, está agora a Gema branca de Grico.

Extasiado por ter agora a sua Gema, Grico a admira em seu dedo, preso em seu próprio mundo, durante alguns segundos. Quando volta a si, ele percebe que deve voltar ao acampamento e corre o mais rápido que pode, seguindo o rio até o acampamento. Bastante ansioso para contar para seu irmão e aos outros o que conseguiu.

De volta ao acampamento, na queda do rio para o lago, Grico para e se depara com um homem, usando um capacete que lhe cobre todo o rosto, com um visor para os olhos. Vestindo um uniforme prateado por baixo de uma armadura de combate, feita de placas de titânio nos braços, pernas, e na região do dorso, carregando um rifle de plasma, apontado para Grico, que está em uma posição acima dele. Grico também encontra seu irmão, Cibra, Dorik e Kira, rendidos, com as mãos levantadas e cercados por outros dez homens vestidos da mesma forma. São soldados, mas não são soldados de Zinteck, são soldados de Sarie.

– Renda-se sem resistência ou atiraremos! – avisa o soldado, em voz alta, com a arma apontada para Grico.

Grico se prepara para lançar um feitiço, mas ele para quando vê Tegiz fazendo um não com a cabeça. Grico entende e levanta as mãos acima da cabeça, mostrando que vai se render. Rapidamente dois soldados vão até Grico e o levam para junto dos outros prisioneiros.

Uma vez todos juntos, um dos soldados fala em voz alta:

–Vocês estão presos por invadirem uma zona de proteção ambiental. Tem o direitode ficarem em silêncio. Tudo o que disserem pode e será usado contra vocês. Nosacompanhem, pacificamente, até a nossa nave onde serão levados para Zarkiem e depoisjulgados.   

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