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Saco Vazio Não Para em Pé



"Querido Diário,

Hoje, enquanto explorava os arredores do lago, deparei-me com uma descoberta intrigante. 

O relógio marcava exatamente duas e meia da tarde. Entre as frutinhas que consegui reunir para o meu almoço improvisado, encontrei um objeto incomum: um diário antigo. Não possui nome, é feito de couro e folhas impermeáveis. 

Estava enterrado, mas surpreendentemente suas páginas parecem resistir ao tempo e à umidade. Ainda não tive a chance de vasculhar seu conteúdo, mas mal posso esperar para fazê-lo. "


O ronco persistente ecoava na barriga de Yochi, que se via envolvida em uma agonia crescente. De onde vinha toda aquela fome? Considerando o que havia sido dito, talvez fizesse sentido; quanto mais tempo passasse sem uma alimentação adequada, mais rápido seu corpo consumiria os últimos estoques de energia, de maneira ainda mais voraz do que uma pessoa normal.


"Estou ficando sem opções..." - Pensava a pobre garota, enquanto lentamente se sentava, apoiando-se em uma árvore próxima. Não tinha a menor ideia de como sobreviver, nem mesmo instruções para isso.


Anteriormente, até tentou caçar coelhos, mas sua mira com o estilingue era terrível e, mesmo acertando alguns alvos, sua força era insuficiente para causar um impacto letal nos animais, na verdade, se que os feria de verdade.


- Hm...Bem, nesse caso....- A garota esticava a mão até o diário velho que encontrará. 


Apesar de poucos saberem, possuía um hiperfoco natural em leitura. Desde jovem, como virgem sagrada, era incumbida de decorar textos aos montes, ler as escrituras com precisão, de novo e de novo. O volume de páginas que devorava diariamente treinou sua mente para absorver uma quantidade impressionante de informações em um curto período de tempo. E agora, era hora de usar tudo a seu favor


- Isso é...!- Seus olhos se arregalavam. 


Diante deles, estendiam-se os desenhos meticulosos, traçados por uma mão firme cinquenta anos atrás. Pertenciam a um militar conhecido como "Major Ji", cuja história ecoava nas páginas amareladas pelo tempo. Os detalhes minuciosos de cada ilustração capturavam a essência do local, desde os contornos das montanhas distantes até os menores detalhes das árvores e rochas.


- Quem diabos é esse? - Os dedos da garota saltaram gentilmente até a última página do diário, revelando um pequeno retrato antigo, uma fotografia desbotada pelo tempo. Na imagem, um homem bem vestido posava com orgulho, trajando uniforme militar e ostentando com pompa a bandeira de Kurama ao fundo. Seus olhos, marcados por uma expressão determinada, fitavam o espectador com intensidade.


Entre os desenhos, desdobrava-se uma narrativa envolvente, uma crônica dos conflitos que assolaram aquele território décadas atrás. Cada imagem era uma janela para o passado, revelando os heróis e vilões de uma batalha esquecida pelo tempo. As táticas militares eram meticulosamente delineadas, cada movimento estratégico registrado com precisão impressionante.  Era como se o próprio campo de batalha ganhasse vida nas páginas desbotadas, transportando-os para uma era de glória e tragédia.


- Hm... Agora eu entendo, não é um simples diário. É um livro de estratégias militares. - Yochi murmurou com frustração. No fim das contas, aquilo não ajudaria em nada! Com um gesto irritado, ela jogou o pequeno caderno atrás do ombro e revirou os olhos, abraçando-se com força.


Por sorte, um pequeno esquilo curioso se aproximava lentamente, observando com olhos inquisitivos. Ela permaneceu imóvel por um momento, olhando o animalzinho com interesse, até que sua mão se ergueu lentamente em um gesto de tentativa de interação. Então, com um movimento rápido, Yochi saltou em direção ao esquilo, mas sua investida foi em vão. O ágil animalzinho já estava longe, deixando-a debruçada no chão


- Natureza:1, Yochi: 0... -  Lentamente, ela fechou os olhos, sentindo o cansaço começar a dominá-la enquanto fantasiava sobre grandes pedaços de carne suculenta, caldos fumegantes e até mesmo um pedaço de doce para saciar seu desejo.

No entanto, em meio às suas fantasias gastronômicas, uma frase familiar ressoava em sua mente, trazendo-lhe uma dose de realidade. Era algo que seu pai lhe disse logo no primeiro encontro. Uma lição que ela não podia ignorar.


Sabia que a pesca é uma das práticas mais antigas da humanidade? Desde muito tempo, os humanos desenvolveram milhares de técnicas de pesca. Mas, acredite, nenhuma delas é tão eficaz quanto a tradicional...Veja, tudo se baseia em paciência...Não adianta tentar pegá-los com as mãos, e mesmo que consiga, esses danados sempre encontram um jeito de escapar.


De repente, uma ideia genial surgiu em sua mente! O brilho de determinação em seu olhar permaneceu, mas agora acompanhado de um mistério, como se ela tivesse descoberto algo incrível, algo que poderia mudar o jogo. - E se eu...? 


Um sorriso ardente iluminou o rosto da garota enquanto ela se erguia e recolhia novamente o diário, correndo em direção ao interior da floresta.



Mais duas horas se passaram. 

  Nesse momento, Yochi estava exatas 9 horas sem comer, e os efeitos começavam a se manifestar. Ela sentia uma fraqueza crescente, acompanhada por tontura e uma sensação persistente de fome. Seu estômago roncava com insistência, como se protestasse contra o vazio que o consumia. Apesar disso, estranhamente, Yochi parecia manter uma calma incomum diante da situação.

Retornando às margens do rio, ela recolheu todo tipo de material disponível: madeira, ossos, cordas antigas, restos de pano. Juntou tudo em um canto, determinada e concentrada.

Para alguém sem experiência alguma em sobrevivência na mata, suas ações poderiam parecer inexplicáveis. Como ela, que nunca estivera sozinha na floresta, sabia o que pegar e como usar esses materiais? A resposta permanecia invisível para todos, exceto para ela mesma.


- Entendo... - murmurou Yochi para o nada, como se estivesse em diálogo consigo mesma. - Então, acha que podemos repetir a mesma armadilha, mas em uma proporção um pouco maior...? Digo, a paliçada de estacas da pagina cinquenta e oito...


Uma voz ecoava em seus ouvidos em resposta, firme como a de um general:


- Vejamos! Qual o tamanho estimativo, cadete!?


Yochi ponderou por um momento antes de responder:


- Hipoteticamente....Cinco metros e meio....- Ela gesticulava algo grande com as mãos 


- Oh! Pelos Deuses! O que está tentando predar? Um urso! 


Yochi soltou uma leve risada enquanto continuava a separar os objetos:


- Na verdade, um pouquinho maior...


Lentamente, as suspeitas eram sanadas. Não era nenhum tipo de alucinação ou imagem. Muito pelo contrário. Se não sabia como construir uma armadilha, então chamaria alguém que sabe. Direto do mundo dos mortos apenas para a ensinar. 

Aquele à sua frente era a alma encarnada do dono do diário, Major Ji. 

   Yochi não sabia se seria trapaça ou não, mas estava em uma situação extrema, e tudo era válido! 


- O que estamos tentando caçar é um peixe de proporções exuberantes... Nunca vi demônio assim em toda a minha vida... - Ela lentamente amarrava algumas cordas, assim como ele a auxiliou.


-Oh, criatura! Por que ir atrás de um bicho desse tamanho quando se pode pegar animais mais fáceis? Um rato já é muito em tempos de guerra! - O mais velho gritava com firmeza até que fitou nos olhos determinados daquela garota. 


Finalmente, entendeu tudo. Aquele olhar ardente era algo que ele já teve quando jovem. A "fome" que talvez ela estivesse sentindo não era física... Aquilo era fome por conquista. Yochi não queria qualquer peixe. Queria o maior dali. Queria vencer a adversidade suprema. Isso foi uma das coisas que o cativou a ajudá-la, embora fosse engraçado, uma garota se interessar tanto por mecanismos de guerra.


- Eu entendi o que meu tio disse....- Ela começava a desabafar enquanto calculava em uma folha. 


- Tio? Ele é tão cabeça oca quanto você, cadete!? - Uma risada escapava do mais velho. - Isso, agora calcule o diâmetro! - O indicador do mais velho apontava as paginas e sua instrução era ouvida. 


- Na verdade, ele disse para mim: "Observar mais". Acredito que ele queria que focasse nos detalhes.... E agora tudo faz sentido. - A garota limpava o suor da testa e então se erguia, bebendo um pouco de sua garrafa. - Um peixe de tais proporções é invencível nas águas. Tudo que entra em seu território é comido vivo... Mas isso se apenas observarmos de maneira desleixada...


O mais velho arregalou os olhos, um tanto curioso com a explicação.


- Mas se esse mesmo peixe estivesse fora da água? E quando ele se encontra na terra?  Será que ainda consegue ser tão ameaçador assim? - A garota levava o indicador até o lábio enquanto olhava para os céus. - E se... Tirarmos ele da água?


Uma gargalhada alta ecoava pelo cenário e então o major coçava a barba orgulhosamente - Você é realmente uma pentelha ambiciosa, em? 



Com o sol se pondo lentamente no horizonte, Yochi trocou suas roupas ajustadas por uma vestimenta mais confortável. Vestia um par de shorts de tecido resistente, uma blusa folgada e algumas chinelas. Amarrando seus cabelos em um rabo de cavalo, ela se preparou para a tarefa árdua que tinha pela frente. Passou a tarde quase toda apenas anotando as instruções. 


" Hora de por a mão na massa..." 


Com determinação, Yochi começou a cavar buracos estratégicos ao longo da margem do lago, observando atentamente cada detalhe do terreno em busca dos locais mais propícios para sua armadilha. O suor escorria pelo seu rosto enquanto ela mergulhava a faca na terra úmida, cortando e preparando as cordas com habilidade. A cada nó firme, ela lembrava dos ensinamentos do experiente major, que a orientava pacientemente a cada passo do processo.

Depois de cavar, amarrar e preparar os dispositivos, começou a martelar estacas no chão com determinação, marcando o terreno com os pontos de ancoragem para as cordas. Cada golpe ressoava pela floresta enquanto ela se esforçava para garantir a estabilidade da armadilha. A ideia era criar uma barragem improvisada, capaz de deter o avanço das águas em alguns metros quando ativada, transformando a margem do lago em uma prisão rasa para qualquer criatura que se aventurasse por ali. 


À medida que o trabalho progredia, podia sentir o calor do sol desaparecendo lentamente no horizonte, dando lugar a uma paleta de cores vibrantes que tingiam o céu de laranja e roxo. A luz diminuía gradualmente, lançando sombras alongadas sobre a paisagem serena. Apesar do cansaço que começava a pesar em seus músculos, ela persistia arduamente, determinada a completar sua armadilha antes que a escuridão da noite caísse por completo.


Com as últimas cordas amarradas e os últimos ajustes feitos, finalmente deu um passo para trás, admirando o resultado de seu trabalho árduo. Sua armadilha estava montada, pronta para o grande momento. No entanto, antes que pudesse sentir qualquer sensação de alívio ou orgulho, a exaustão começou a se abater sobre ela, pesando em seus ombros e obscurecendo sua visão.


"Será que é o suficiente... E se... Ele for mais forte do que imaginamos? E se puder escapar daqui?" 


As dúvidas ecoavam em sua mente enquanto ela lutava para afastar os pensamentos negativos. Mas antes que pudesse receber qualquer aprovação ou reconhecimento do major Ji, a conexão com ele foi perdida. A fadiga e o cansaço finalmente a alcançaram, deixando-a sem energia para continuar. Agora, estava à mercê da sorte, sem saber se sua armadilha seria eficaz ou não.


- Meleca... - murmurou, enquanto se deixava cair no chão, completamente exausta. Sua bochecha comprimida ao solo. 


Seus olhos se fechavam lentamente, e a escuridão parecia envolvê-la por completo. Estava tão perto... Tão perto do seu objetivo, da sua conquista. Mas então, uma voz familiar ressoou, interrompendo o desânimo.


Você é mesmo uma menina muito criativa, sabia? Não posso deixar você sozinha nem por um minuto que já começa a tentar mexer nas coisas !


 Uma voz ressoava em sua mente. Era tão familiar... Era Tokiwa 


"Eu...lembro disso..." - As mãos de Yochi tremiam enquanto ela se agarrava ao solo, buscando forças para continuar - "Ela estava tão adoentada...Aproveitei quando saiu e peguei tudo que tinha em casa.  Juntei na mesa..."


Uma risada suave escapou de seus lábios pálidos, aquecendo o ar ao seu redor.


"Quando ela chegou... eu tinha feito o melhor que pude... sujei a casa inteira... me cortei muitas vezes... Mas consegui fazer um bolo... Eu observei ela fazendo tantas vezes que copiei sua receita secreta..." 


Por algum motivo, o solo parecia levemente mais morno e a sensação que vinha em seu corpo, era quase como: Descansar a cabeça sobre o colo de sua mãe. 



Hmm! Ficou muito bom! Mas não quero você mexendo mais na cozinha sem eu estar olhando! Olha esses dedos? Imagina se tivesse se cortado pra valer? Sei que quer cuidar de mim, mas primeiro precisa se cuidar!



Com um suspiro profundo, os olhos de Yochi se abriram lentamente, revelando uma determinação renovada em seu olhar.  Ergueu-se do chão, a terra macia grudando em suas bochechas, enquanto o vento brincava com seus cabelos.


"Sim, ela está certa..." - murmurava, com um sorriso sereno nos lábios. "Dessa vez... quem vai cuidar de você, serei eu então..."


Os olhos tão azuis quanto os céus, eram focados na agua e a expressão, antes delicada, se tornava seria e determinada. Seria tudo ou nada agora....



A noite engolia a floresta. A lua brilhava entre as águas calmas do lago, no entanto, aquela luz não era o bastante para suas profundezas... tão escuras, frias. Dizem que ali era lar de uma criatura indomável! Redes se partem em seu corpo! Anzóis conspiram contra os pescadores, puxando-os para dentro! Lanternas não o alcançam!

Diante de seus olhos, nada escapava. Seu corpo, repleto de cicatrizes de batalhas anteriores com seus outros descendentes, nenhum deles era tão infame quanto ele! Por isso mesmo, os devorou.

Dentro daquele lago, somente um ser estava no topo da cadeia alimentar! E ele farejava sua próxima presa! Quanto tempo fazia desde que comeu um humano? Tão deliciosos! Os únicos seres que sabem gritar por sua vida quando vulneráveis.

No entanto, durante todo aquele dia, um único ser o ousava desafiar.

Não era grande, não possuía caninos nem presas. Tratava-se de uma humana magra, fraca, pequena e tão frágil. Ela esteve o observando durante o dia todo; aquilo era uma afronta sem tamanho! Por acaso, disputava território?


Em seu instinto animal, apenas uma ordem era cravada:

Se ela ousar pisar na água novamente, devorarei sem pensar duas vezes!

Enquanto viajava entre as margens em busca de mais uma vítima, um cheiro familiar vinha em suas narinas. Era inconfundível. O doce aroma humano permeava as margens; lá estava ela, tão vulnerável. Vestida com aquele casaco rosa de antes, calças jeans, parecia tão desatenta. O grandioso predador aproximava-se em silêncio, tão devagar que nem mesmo ondas eram emitidas. 

Tudo estava tão quieto....Ela nem se mexia. Estaria ela exausta? 

O predador já estava a alguns metros; bastava saltar, era apenas alcançá-la com a boca! No entanto estava tão perto da terra. Era arriscado, se conseguisse ao menos agarrá-la, bastaria retornar às águas. 

Seu olhar fixo na presa, a fome o consumindo. A tensão no ar era palpável. Os músculos se preparavam para o ataque iminente, enquanto a silhueta da garota se destacava contra o reflexo da lua na água.


Deu uma chance a ela, mas ela parecia estar tão inerte em seus pensamentos. Isso significava que só podia ser agora!


Com um impulso desesperado, o carniceiro lançou-se em direção à garota desatenta, suas mandíbulas se abrindo para capturá-la. O som da água se rompendo preencheu o ar enquanto ele se lançava em um movimento voraz.

Um som estrondoso ecoou pela floresta quando suas mandíbulas se fecharam, mas em vez de sentir a carne entre seus dentes, ele percebeu que o que mordia, não era carne.

Confuso e desorientado, o carniceiro se viu aprisionado em uma piscina rasa de trapos e folhas, enredado pela astúcia da armadilha preparada pela garota. Sua visão obscurecida pelas folhagens, sua força era inútil contra a firmeza das estacas cravadas na terra lamacenta. Quanto mais se debatia, mais afundava.

Uma colisão de força fez tremer as estruturas da armadilha, lançando ondas pela superfície do lago. Parecia que o carniceiro ainda poderia romper as estacas a qualquer momento e escapar. Por um instante, até mesmo sons de ranger ecoavam. Mas a resistência das estacas provou ser maior do que o carniceiro esperava. Mesmo com todo o seu poder e força, ele não conseguiu se libertar. Sua única opção seria girar a cabeça em direção à água e se empurrar, mas aí estava o grande problema. As estacas não estavam só cravadas de modo comum, mas sim inclinadas, o que fazia com que, toda vez que a criatura forçasse, ela lutasse sozinha contra o próprio peso.


Era inútil; estava vulnerável na terra, tanto quanto um peixinho dourado fora de seu aquário. Suas nadadeiras poderosas empurravam terra e água de um lado para o outro, mas logo a exaustão chegava. A grandiosa calamidade, foi encalhada....


- Hm, não é que deu certo mesmo... -De uma árvore próxima, emergia uma figura feminina, envolta na penumbra da noite. Sua pele pálida contrastava com as sombras, enquanto olheiras profundas sublinhavam seus olhos cansados. No entanto, um sorriso largo, quase sinistro, adornava seus lábios - Você deu trabalho, sabia...?


Os olhos da criatura se arregalavam de pavor enquanto tentava se debater mais uma vez, suas nadadeiras batendo freneticamente contra a terra firme, em uma tentativa desesperada.



Hm...Bom apetite....Yochi....



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