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Arrependimentos...





Mansão Dos Aoi Bara - Mundo dos Mortos 


No grandioso jardim da mansão do clã, dois homens caminhavam. O céu, multicolorido como uma aurora boreal, apresentava um cenário semelhante a uma noite comum, mas com uma diferença notável: três luas iluminavam o firmamento. Estrelas brilhavam e viajavam individualmente, em um espetáculo celeste contínuo. Ao redor do majestoso jardim, pétalas eram levadas pela brisa suave.

Apenas o som de seus passos podia ser ouvido. Eram Yochitomo e Takumi, os irmãos mais importantes da última geração. Mesmo com tamanha nobreza, hoje, praticariam um ato simples, algo inimaginável para guerreiros tão implacáveis. Suas mãos, que outrora foram armas letais, agora regavam gentilmente o jardim. Embora não fosse necessário, pois naquele mundo nem tudo seguia a lógica do mundo dos vivos, o hábito lhes fazia bem.


-  Então...? Como está sendo o treinamento dela? - Yochitomo perguntou, acariciando as pétalas com a ponta dos dedos, após regá-las.


-  Hm, quem deveria saber é você... É sua filha, certo? Por que não procura por si mesmo? - Takumi retrucou, pegando o regador das mãos do irmão e substituindo-o por uma pá. - Aqui, pegue.


-  Ah sim... Na verdade, eu mesmo decidi que não teríamos contato até que ela estivesse concluído os treinos...- Yochitomo respondeu com toda a calma, começando a misturar melhor a terra em volta das raízes. - Caso contrário, ela entenderia as coisas de maneira errada e dependeria de minhas instruções para tudo... Não, Yochi deve caminhar com as próprias pernas primeiro.


Takumi suspirou, cruzando os braços - Então, se algo ocorrer com ela, a culpa é toda sua... Estamos falando de Yosuki sendo o professor. Sabe aonde isso a levaria, certo?


Yochitomo sorriu brevemente, soprando as frágeis pétalas nas flores - Pare de agir como se não confiasse em nosso velho irmão... Essa sua birra deveria ser resolvida com ele o quanto antes - levantou-se serenamente - Yosuki mudou muito desde aquilo... - Hesitou por um momento.


O pugilista dragão sacudiu a cabeça em concordância, sabendo muito bem a que se referiam - Você realmente tem um ponto... - olhou para cima, permitindo que a brisa dançasse em seu rosto. - ...No fim, acho que ninguém teve real culpa por aquilo...




Momentos no passado, floresta de Nara


Antes de todas as guerras, antes de toda a tristeza, caos e injúrias causadas por Saigai, Kurama viveu uma época de grande prosperidade. Na verdade, nunca antes a família Aoi Bara havia sido tão próspera.

As antigas leis, criadas pelos anciões, ditavam que os Rosas Azuis só poderiam se casar e multiplica-se entre si. No entanto, se engana quem pensa que essas leis eram motivadas por ideais eugenistas. Havia muitas especulações sobre os possíveis danos da mistura de raças. Os antigos, temiam prejudicar aqueles que protegiam. O que poderia acontecer se a mistura acarretasse em doenças? Ou talvez, incompatibilidades genéticas? Eram dúvidas mortais e aos poucos se tornou um tabu absoluto. 

Tudo, no entanto, sofreu uma  mudança drástica com uma história de amor proibido entre um membro e uma humilde moradora de Nara. Sim todos se recordavam dessa historia, enaltecida em contos para adolescentes. O jovem guerreiro, conhecido por sua lealdade e habilidades excepcionais, se apaixonou por uma jovem rica. O amor floresceu em segredo, desafiando as normas rígidas e arriscando severas punições. Apesar do medo, decidiram seguir seus corações, unindo-se em uma cerimônia discreta. 

Para a surpresa de todos, não apenas sua união foi harmoniosa, mas também gerou uma descendência saudável e forte, sem as temidas doenças ou incompatibilidades. Seus filhos mostraram habilidades notáveis e uma saúde robusta. 

Com a descoberta, a lei foi abolida, permitindo que os membros do clã, seguissem seus corações e pudessem se casar com qualquer pessoa, independentemente de suas origem, com uma condição: Suas crias seriam tratadas como membros do clã, e assim sendo, treinadas por eles.

    Esta mudança trouxe uma nova era de união e prosperidade, quebrando velhos paradigmas e abrindo caminho para um futuro mais abrangente.  


Alguns inicialmente foram obviamente contra! Um deles, era o tão cabeça oca, Yosuki. Jamais poderia aceitar aquilo. O que aconteceria se tivesse que se conter a cada minuto? O que seria dele se seus filhos fossem menos fortes? Bom, a verdade é que isso durou até que o mesmo fosse fisgado por uma estrangeira. O coração duro como uma pedra, foi tão facilmente amolecido...

E lá estava, sob a grandiosa floresta, trajado com um terno feito sob medida. Devidamente perfumado, cabelos escovados, pele do rosto limpa. Quem olhasse de longe, jamais imaginaria o bárbaro arqueiro de contos fantásticos. 


- Mas que inferno! Trate de entrar aí e ficar quieto! - Não falava com uma pessoa, mas sim contra sua própria gravata, que insistia em sair do lugar.


- Tá difícil ai grandalhão? - Uma voz suave ecoava. Das árvores surgiu uma garota de cabelos negros como a noite, óculos redondos refletiam olhos castanhos que, sob a luz, brilhavam quase como âmbar. Era inegavelmente linda. Seus traços delicados, pele clara e feições harmoniosas compunham uma beleza singular. Vestia roupas longas e elegantes: um sobretudo vermelho que se destacava no cenário, uma toca aconchegante e luvas - Vem cá, deixa eu te ajudar. - Gentilmente se aproximou, e o gigante, normalmente tão confiante, permaneceu parado e um pouco sem graça.


- E o que eu posso fazer... Você me acostumou tão mal. - Os caninos pontudos ficavam expostos em seu sorriso largo. Era nítido que Yosuki estava animado. 


- Hm, sei, eu acredito em você. - Após ajeitar a gravata, a garota lançou leves tapinhas naquele rosto robusto e então lentamente lhe acariciava os ombros, como se buscasse pequenos sinais de assimetria, mas não havia nenhuma - Por que escolheu essas roupas se o objetivo é um passeio pela floresta?


O homem engoliu em seco, quase como se tivesse sido descoberto.  Antes que pudesse dizer algo, a garota tomava a frente. 


- Quer saber? Eu até que gostei. Me parece aquele... Como é mesmo o nome? - Estalava constantemente os dedos, tentando lembrar.



-  Não pergunte pra mim, não assistimos muitos filmes por aqui. 


- Ah, Espião Noturno! Isso! - A garota sorria ao notar o homem alheio a tudo aquilo. - É um livro, na verdade. Bom, ele conta a história de um homem... Não, na verdade, um agente secreto. Mas que também é um pai de família, sabe? Ele é durão em suas missões, nunca perde em uma luta, mas eu nem acho isso o mais interessante. Não, não, é justamente a ideia de ele ser um pai amoroso com suas crianças, mas ter que esconder o seu outro lado. Essa brincadeira de duas caras... é algo que você faz muito bem...


Simplesmente, não importa o quanto ela falasse, ou o que era dito. Eu só tinha olhos para seu jeito de se expressar. Suas mãos dançando e gesticulando enquanto falava. A animação em sua entonação...O seu sorriso. Eu definitivamente, me perdia em meio a tantas informações...Como era tolo...


 - Então... Você gosta do fato de eu parecer um espião? - Uma gota de suor escapava da testa do gigante. 


A garota suspirava e então olhava para o lado  - Você nem me ouviu, não é?


-  A-ah! Eu sinto muito, é que... 


Era simplesmente impossível pra mim. Como alguém que vivia o agora. Lutava o agora. Como alguém como eu poderia pensar em um futuro com mais alguém? Como um homem tão egoísta, podia expressar tudo isso? 


Antes que pudesse arranjar uma justificativa, a garota gargalhava, alheia a tudo aquilo - Eu estou apenas brincando! - Se aproximava tão sutilmente, como um rastejar de serpente. Abraçou o grande homem pela cintura. - Tudo isso é tão novo pra você, certo? 



Quando foi a ultima vez que permiti sentir tanta vulnerabilidade por alguém?



Yosuki sentiu o calor do abraço, um contraste tão marcante com seu corpo robusto e tenso. O perfume suave que ela exalava misturava-se com o aroma fresco da floresta, era quase surreal. Respirou fundo, relaxando um pouco, as mãos grandes e calejadas pousando delicadamente nos ombros dela  - Está me subestimando Chikako ... 



No fim, acho que estava mais pronto para enfrentar monstros e adversidades, do que aquilo. 



Ela se afastou um pouco, apenas o suficiente para o olhar nos olhos, a expressão suave - Está tudo bem, ok? Não precisamos apressar nada...Digo, já vai fazer um ano dês de que começamos nosso relacionamento...



Yosuki sorriu, um sorriso genuíno, cheio de uma ternura rara - Bom, antes de qualquer coisa, porque não vem comigo e veja o que aprontei para hoje? - A mão gentilmente estendida para ela  - Deixei o melhor pro final... 


 Em plena primavera, as folhas nunca foram tão verdes. Uma variedade de frutos estava à disposição, pendendo dos galhos como pequenas joias. Pássaros cantavam alegremente, compondo uma sinfonia natural. Não havia nenhum sinal de chuva para estragar o encontro, e o sol brilhava com uma intensidade amena. 

O aroma fresco da vegetação preenchia o ar, misturado ao doce perfume das flores silvestres. O chão, coberto por um tapete de folhas e pétalas, parecia um caminho para celebridades. A frente, logo, o aroma de comida espalhava-se ao ar. A garota arregalava os olhos ao ver uma enorme cabana feita a mão. Aparentemente, construída recentemente. Uma fogueira enorme com troncos e uma mesa para dois devidamente montada. Yosuki planejou cada detalhe daquele encontro. 


- Não brinca...Você...Fez tudo isso....Sozinho? - A garota levava as mãos a boca 


-  Chikako Haruna... - O nome dela escapou de seus lábios com uma suavidade incomum. - Vamos iniciar nosso encontro? 


Chikako ficou imóvel por um momento, as palavras pairando no ar. Os olhos se encheram de lágrimas, um sorriso tremulo se formou aos lábios. - Ah, cara... Você... Você... Tipo, por quê? - Ela tentou falar, mas a emoção a dominou. - E que eu sou tão tagarela, sabe...Devo encher seu saco a cada minuto! Hehe


Yosuki soltou um suspiro de alívio, um sorriso terno surgindo em seu rosto. - E a novidade nisso?


Chikako riu nervosamente, enxugando as lágrimas que teimavam em cair. - Hm... Acho que não tenho escolha, tenho? 


Yosuki sorriu e balançou a cabeça. - Obviamente não. Então, senta aí que eu vou trazer algo para bebermos!


Ele caminhou até o depósito, abrindo a porta com um ranger suave. Lá dentro, puxou uma garrafa de vinho artesanal, um tesouro da família, feito pelas próprias mãos do clã. Com cuidado, limpou a poeira da garrafa, revelando a idade da bebida: uma maturação de aproximadamente cento e cinquenta anos.

De volta à bancada, abriu a garrafa com um estalo satisfatório. O líquido vertido nas taças era de um vermelho profundo, quase como sangue. O aroma que se espalhou pelo ar era intenso e complexo, uma mistura de notas adocicadas e fermentadas que prometiam um sabor inigualável. Entregou uma taça a Chikako, cujos olhos brilhavam de emoção e expectativa.


- Um brinde - Yosuki ergueu a taça, seus olhos fixos nos dela.


Chikako que transmitia alegria e um toque de incredulidade. Ergueu a taça - Um brinde! 


O vinho, ao tocar seus lábios, era tão rico e encorpado quanto seu aroma prometia, aquecendo-os por dentro e iniciando aquele momento, com uma conversa longa. 


- Então, me conta mais da sua família! Você me prometeu que me contaria para eu poder fazer meu trabalho de faculdade, certo? - Os olhos da garota brilhavam em curiosidade - Sabe, futuramente, poderia até fundamentar uma matéria de fato! Já pensou? 


- Hehe...Eu acho que pode não ser....- Yosuki respondeu, um sorriso torto. Sua voz quase não foi ouvida - Uma boa ideia...


- Dizem que os Aoi Bara são uma família de guerreiros, certo?! Porque não me conta mais dos seus feitos... Quem é o líder atual? Quem são seus membros? Você sabe, eu sou gamada em tudo isso! - Chikako se ajeitava na cadeira, ansiosa para ouvir cada detalhe.


- Eu... Não posso... - Um silêncio pesado pairava entre eles. - Não ainda... - Finalmente murmurou, com voz baixa.


Chikako permaneceu calada, seus óculos brilhando à luz do sol, escondendo seus olhos. - Eu...Entendo. - Após um minuto em silencio, seu sorriso voltava a se abrir - Quer saber...Não prescisa...se é tão importante. É melhor assim...Certo? 


O gigante se ergueu, pegando uma flecha que estava cravada no solo. Ele a repartiu em dois, um gesto carregado de significado. - Chikako... Em nossa família, existe um voto de confiança muito grande. E qualquer informação exige grande responsabilidade - Começou, olhando para ela com seriedade. -  No entanto...Eu confio em você...Sei que é uma boa de boa índole ....Mas preciso de sua palavra...- O olhar afiado do homem, lia qualquer sinal de hesitação - Me prometa...Que guardará os segredos da minha família com cuidado... 


Chikako observou atentamente, compreendia a profundidade do gesto. Seu coração acelerou, não apenas pelo momento, mas pela intensidade. Aquilo era um vínculo sagrado, um compromisso que transcendia palavras. - Eu...Prometo!...Protegerei as informações com minha vida...




Momentos mais tarde - Mansão Dos Aoi Bara


- Você contou pra ela! - A voz de Takumi explodia como um tufão furioso, ecoando pelas paredes de pedra - Qual o seu problema??


A sala de reuniões, iluminada por velas de chama bruxuleante, estava repleta de tapeçarias antigas e armas decorativas nas paredes. O chão de madeira maciça reverberava os passos pesados dos irmãos enquanto discutiam.


Yosuki, firme e resoluto, encarava o irmão com olhos de aço. Em seu pescoço, residia o colar com metade de uma flecha quebrada - Eu já disse! Confio na palavra dela! Pare de agir como se só estivesse indignado com a situação! Desde o dia que eu a trouxe pra cá, você fica com essa sua cara de mula! Esconde o nítido desgosto de ter uma não Aoi Bara no nosso pátio! Pensa que não noto como olha pra esposa de Yochitomo também? Não confia em ninguém! Admita de uma vez que tem um amargo preconceito! 


Takumi, sempre calmo, agora fervia de indignação, o rosto contorcido de raiva - É claro que eu tenho! Estamos em uma era perigosa de ataques iminentes e você nos coloca em uma situação de merda como essa?! Faltou as reuniões importantes por causa do seu namorinho patético! Se tivesse comparecido saberia dos rumores! 


Yosuki deu um passo à frente, os músculos tensionados e a voz grave, carregada - Eu sei o que estou fazendo. E se você confiasse em mim, saberia que não sou tão imprudente. Quer saber mais? O mais velho aqui sou eu! Você que me deve mais respeito! 


Takumi, com os punhos cerrados, lançou um olhar de pura frustração ao irmão. - Isso não é só sobre você, Yosuki! É sobre todos nós. E eu não vou ficar parado enquanto você coloca nossa família em risco por causa de uma... uma...


- Diga, Takumi! Ande termine a frase! - Yosuki interrompeu, a voz baixa e ameaçadora. - Uma o quê?



- A droga de uma jornalistazinha desconhecida! - Takumi gritou, mas antes de terminar a frase, a mão pesadíssima do caçador de bestas atingiu seu nariz, com um ranger perturbador. O impacto o lançou contra um conjunto de armaduras, o som metálico ecoando pelo ambiente. Sangue, muito sangue, pintava o carpete agora. Seu nariz, quebrado, jorrava como um riacho.


- Não a desonre em minha frente! - Mesmo furioso, o gigante, no fundo...Não queria chegar há esse ponto.


Sem deixar barato, o pugilista assoou o nariz e cuspiu fragmentos de um dente. Catando um escudo no chão, ele o lançou como um prato em direção à testa do gigante, fazendo com que o supercílio de Yosuki fosse cortado, manchando sua visão de sangue. Logo, Takumi avançou alcançando os tornozelos, desequilibrando-o com uma rasteira e seguindo, erguendo a perna em uma joelhada alta que explodiu em seu queixo. O som dos dentes se golpeando um ao outro, era agoniante. 

    Antes que pudesse voltar o pé ao chão, o pugilista teve seu calcanhar agarrado pelos dedos poderosos de seu irmão, que o ergueu como uma pena e em um movimento tão simples, sentiu seu estomago revirar, ao ser golpeado ao solo como uma maça humana. Só lhe restou tempo de proteger a nuca com os antebraços. 

Ambos ficaram parados, longe um do outro, exaustos, doloridos. Apenas os gemidos de dor eram ecoados. 


A sala de reuniões, agora um campo de batalha, refletia a intensidade do curto confronto. As tapeçarias rasgadas. O silêncio era denso.


- Você é um péssimo irmão! Uma vergonha como Aoi Bara! - gritou Yosuki, limpando o corte no supercílio. - Tem medo de tudo! Verme covarde! Não aprendeu nada! 


- Olha quem fala! - Takumi socou o chão - Eu... Eu... Te odeio! Porque você só não morre de uma vez?! 


A essa altura, todos os demais guerreiros do clã se aproximavam para dar os primeiros socorros. Ao lado de um jovem de cabelos negros, surgia Yochitomo. - Droga! Vocês não têm jeito! Tsc!, Yoritomo! Chame os médicos!


- Certo, pai! - O garoto sumia entre as pessoas.


Se erguendo com teimosia, Yosuki cambaleava em direção à porta de saída. - Eu não quero a aprovação de nenhum de vocês! Saiam da minha frente! - Abrindo espaço entre seus próprios familiares, o homem caminhava para a solidão, e nada o impediria...


Eu nem poderia imaginar...Que meu destino mudaria a partir daquela decisão 




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