Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

O conto do padre e da bruxa: Parte 01

O Padre Tomás Sinclair caminhava tranquilo pela paróquia, suas sandálias marrons de couro faziam barulhos conforme passava, a batina preta arrastando pelo chão o peso incomodava naquela manhã, mesmo o colarinho apertava deixando sufocado. Nas mãos carregava um crucifixo simples de madeira, presente do padre João o mesmo que ele estava indo visitar, debaixo do braço um toca fitas novo. Ele não sabia se seu amigo possuí tal aparelho moderno entre suas quinquilharias antiquadas.

Parou à três metros de distância antes de chegar na porta, dois dias antes esteve dentro daquela sala, dois dias nos quais suas convicções e sua fé foram duramente testados. Viu e viveu coisas além da sua compreensão, enquanto olhava para porta analisava cada detalhe dos terríveis acontecimentos.

De repente a porta abre revelando o velho padre João segurando no andador, sua pele escura marcada pela idade,os óculos como de costume apoiado na cabeça, no rosto um sorriso bondoso.

— Oi meu amigo —falou João com dificuldade —venha vamos entrar.

Tomás respirou fundo observando seu amigo de longa data, quantas lições este velho lhe ensinou, quantas salvarão sua vida, ontem elas salvarão o mundo.

—Só faz dois dia que estivemos juntos João —diz abraçando seu amigo— parece que foi á décadas atrás.

—Vamos pelo seu olhar cansado, temos muito sobre o quê conversar?— João termina a pergunta levantando as grossas sobrancelhas— não é mesmo filho?

João não esperou a resposta virou voltando para a sala. Tomás seguiu pensativo, como poderia explicar os fatos, falar dos assassinatos, os ferimentos espalhados pelo corpo fazia lembrar da verdade.

Ao entrar na sala, ela parecia ser a mesma de sempre com a mesa de madeira rústica perto da janela, as cortinas brancas abertas mostrando a macieira, os velhos livros espalhados por toda parte, sua estranha coleção de bugigangas amontoadas nos cantos, a imagem de Jesus crucificado pendurada atrás da porta. Demorou alguns instantes observando as gotas de sangue caindo na imagem os ferimentos na testa de Cristo fizeram lembrar das vítimas não suportou e virou rosto.

— Tomás sente —apontou o velho padre a cadeira a sua frente—imagino quantas perguntas tem a fazer?

Sem encarar João ele sentou, tirando alguns livros de cima da cadeira lendo de relance o título " Inferno de Dante". Ele mesmo passou pelo inferno em vários estágios nesses dois dias como no livro, sobrevivendo, porém não escapou ileso, sentia as dúvidas borbulhando dentro dele. Cruzando as mãos machucadas sobre o colo, olhou seu amigo que tanto confiava, quase perdeu a vida por ele.

—A missão não foi fácil—afirmou João-nunca é, trouxe a gravação do interrogatório?

João estendeu as mãos na direção de Tomás dizendo:

—Filho te escolhi para a missão, porquê confio em você e nos seus julgamentos.

Não estava certo pensava Tomás angustiado, torno-se padre para ajudar pessoas, salvar vidas e não para tirar.Podia ter salvo o mundo mas ao matar havia destruído o mundo de alguém.

—Nem sempre é fácil ou agradável o caminho lembra?— Perguntava João arrumando o óculos no rosto, o semblante cansado pela idade.—Nem para os fracos.

Sim era verdade nada tem sido fácil muito menos agradável nesses dois dias. Tomás não sentia fraco, muito menos forte, sentia que havia falhado, tropeçou na fé e isso estava causando um vazio.

—Porquê eu João?—falou com a voz quebrada pela dor—porquê?

—Porquê —segurou na mão de Tomás dizendo—eu estou velho e muito cansado—a pele flácida das mãos magras confirmava as palavras dele. João  não poderia segurar uma arma, muito menos uma faca sem tremer.

— Eu sei, porém fiz coisas das quais me arrependo— falou angustiado—eu matei João.

— Imagino que para salvar milhões.— apertou a mão dando apoio ao amigo—Vidas que já estavam pelo mal condenadas.

Era a dura verdade, nem mesmo um exorcismo salvaria as jovens, suas almas já haviam partido tragadas pelas trevas.

- Alivia tua carga filho, eu te enviei tudo está nas minhas mãos- mostrou as mãos -existem coisas terríveis caminhando pelo mundo cabe a nós ajudar da melhor forma possível.

- Nós- questionou Tomás indignado- somos padres pelo amor do pai eterno, ajudamos pessoas guiando suas almas para o caminho do céu, não isso João. - Ele apontou o toca fitas- não isso, dezenas morreram naquela escola, eu matei três, três pessoas.

João paciente aguardava Tomás desabafar, "o primeiro trabalho é desgastante" meditou João lembrando da  primeira missão, as criaturas que enfrentou naquele fatídico dia, as consequências foram uma semana rezando sem parar, foi quase afastado do cargo e sua sanidade questionada pelos bispos do Conselho. Observando o amigo sentado na sua frente, a reação dele era o esperado.

- Posso escutar a gravação?

Tomás colocou o rádio na mesa rebobinou a fita, sendo o único som presente na sala. Um clique foi ouvido indicando que estava pronto, porém ele não se sentia preparado para escutar, conhecer os detalhes, saber dos nomes das vítimas.
João percebendo o conflito do amigo apertou o botão do play, logo uma voz masculina escapou pelo falante deixando a atmosfera da sala pesada.

- Sou o detetive Juan Ramirez de Albuquerque iniciando o interrogatório as 21:00, na sala encontra- se o suspeito Adam Stuart Hart de 16 anos e sua Advogada Anaid Tecah de 31 anos.

- As informações estão corretas senhora?

-Sim senhor detetive,- respondeu a advogada.

- Senhor Hart pode começar nos contando os motivos da briga na hora da entrada.

-Estava chuvoso todos os estudantes saíam dos carros apressados correndo da chuva, menos eu resolvi andar tranquilo parando na entrada, cumprimentando meus colegas do time de futebol.

-Todos paramos conforme um volvo preto cruzava o estacionamento molhado, aguardavamos um novo aluno provavelmente algum filhinho de papai podre de rico, mas quem desceu do veículo foi uma mulher vestindo calça jeans escura e sobretudo vermelho, seu andar parecia angelical, os cabelos castanhos sedosos batiam na cintura.
Lembro do meu coração palpitar frenético dentro do peito.

-Eu nunca quis tanto uma mulher como queria ela, sempre fiquei com quem quisesse, na hora que me desse vontade e nenhuma jamais negou meu pedido. Observando a desconhecida jurei fazer qualquer coisa para ter alguns minutos á sós com ela.

-Fiquei admirando cada gesto, o andar suave quase felino dela, o delicado balançar dos quadris. Achei tão sedutor que se pudesse agarrava ela ali mesmo sem nenhum pudor na frente de todos.

-Por favor tenha modos rapaz-interrompe o detetive exaltado- entendeu?

- Sim desculpe - respondeu o rapaz.

- Voltemos ao relato- insistiu impaciente o detetive - depois o quê aconteceu rapaz?

-Num dia normal meus amigos estariam fazendo piadas diante da expressão estampada na minha cara, porém não era um dia normal e jamais seria, eu pressentia senhor detetive.

Uma respiração alta e descompassada escapa dos altos falantes sobrepondo ao do rapaz.

- Tomás você pres- fala sussurrando devagar -sente, Tomás.

Tomás assustando recua chegando perto da porta.

-Santo pai- toca na maçaneta para sair.- Temos que sair daqui João, venha.

O velho padre ficou firme no lugar apontando a cadeira com autoridade.

-Homens de Deus não fogem- Tomás sentiu a força de cada palavra- nunca fogem- o velho padre afirmou olhando para ele-João jamais falou daquele jeito - sente e enfrentarmos juntos- ordenou.

Obediente ele sentou apertando o crucifixo.Sem aviso a voz do rapaz continua monótona saindo do alto falante dizendo:

-Deixei de respirar quando ela passou pelo nosso grupo, por instantes podia jurar que nossos olhares se encontraram e escutei ela chamando meu nome, segurei o desejo de avançar em cima dela.
Escutei meu amigo Brian dizendo:

-Vou pegar esta mulher.

-Feito louco do meu lado Brian saiu andando na direção da desconhecida,
antes que pudesse me conter avançei sobre ele, mas Stuart chegou primeiro acertando um soco no meio da cara de Brian, fazendo ele cair para trás. Logo o alvoroço da briga torno-se coletivo os alunos estavam trocando chutes e socos por toda parte, sangue jorrando das bocas e dos narizes quebrados deles, enquanto eu só assistia.

- Vi Margareth correndo para chamar os professores, logo eles apareceram assustados com a situação contendo os mais exaltados, escutei o professor de educação física ameaçando chamar á Polícia.

Olhamos artodoados uns para os outros não entendíamos os motivos da briga, só sabiam que estavam machucados e encrencados.
Eu tive sorte por pouco a professora March não arrastou junto com a multidão para a secretária.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro