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Os Anéis do Poder

Nunca antes fui feita prisioneira. Meu povo sempre teve a habilidade de confrontar quaisquer invasores que tentassem atacar nossas terras, porém a fortuna não estava ao nosso favor. Fomos vencidos e eu, uma poderosa Nganga capaz de curar os mais diversos enfermos, fui levada como espólio de guerra.

Fui encaminhada para um calabouço onde fiquei enjaulada com mais três prisioneiros que, depois descobri, também eram famosos por suas habilidades de cura em seus respectivos locais de origem. Nosso destino começava lentamente a ficar mais claro.

Finalmente pudemos ter uma palavra com a rainha do reino que recentemente estava conquistado todo o continente. Seu império era vasto e ela controlava tudo com punhos de ferro, concentrando todo o poder em si própria.

— Nobres magos e respectivos feiticeiros. — disse a rainha — Espero que gostem das minhas modestas acomodações, imagino que estejam perguntando porque os estou mantendo em cativeiro por todo esse tempo.

— Para nos usar como garantia ao controle sobre meu povo, tenho certeza — bradou nervosamente a praticante de seidhr das tribos do norte.

— Provavelmente para nos escravizar como servos a fim de produzir medicina para a realeza — ponderou o já idoso druida das tribos do oeste.

— Você está parcialmente certo, nobre druida. E eu não preciso de vocês para manter o controle de nada aqui, bruxa do norte — Disse a rainha com certo desdém — Eu estou aqui para propor um desafio a todos vocês.

Todos olhamos espantados para a rainha, pensando se tratar de alguma brincadeira sádica, mas seu olhar confiante e decisivo logo nos fez perceber a seriedade da proposta.

— De que se trata esse disparate? — Adicionou a xamã nórdica.

— Nenhum disparate, venho aqui para lhes propor um belo jogo. Vejam, não é a toa que eu consegui conquistar todos os reinos com tanta facilidade. Tenho em mãos esse anel.

— O Anel da Fortuna — exclama o alquimista, se esforçando para acreditar no que está em frente aos seus olhos.

— Exatamente, sábio. — Completa a rainha enquanto caminha tranquilamente entre nós. — Com ele tenho o poder para conquistar qualquer império, pois a sorte sempre estará ao meu lado. Porém há uma batalha da qual o oponente eu não posso vencer com a mera sorte, e esse oponente é o tempo...

— Uma batalha que nenhum mortal poderá vencer — pondera a völva nórdica.

— Ninguém até os dias de hoje. E para dar cabo nesse pequeno objetivo que reuni todos vocês aqui, para buscar uma fórmula da juventude eterna, algo que me dê a imortalidade e me faça imune ao tempo.

— Mas isso é um ultraje... — insistiu a maga do norte — O tempo é o elemento mais fundamental da natureza, nenhum humano ou outro ser vivo pode vencê-lo. É loucura!

Mostrando um claro nervosismo, a rainha dispara com uma incrível velocidade 3 flechas na bruxa que não tem tempo sequer de reagir ao ataque, e tomba sem vida a nossa frente.

— É esse tipo de atitude negativa que eu não espero desse meu pequeno... conselho... Mais alguma objeção ao meu pedido?

Ao proferir essas palavras o tempo parece ter parado, pude sentir toda a aflição concentrada na sala. Enquanto a rainha possuísse o Anel da Fortuna ela se tornara invencível, e aliado ao seu gênio difícil, não seria uma boa ideia contrariá-la.

— Muito bem... é esse tipo de silêncio respeitoso que eu espero de vocês. A minha tarefa está dada e... para deixar esse desafio um pouco mais interessante... a cada semana de trabalho que o objetivo não for concluído, cada um de vocês irá pagar com a própria vida de acordo com a ordem de que cada reino foi conquistado. Para manter o desafio justo... O vencedor, claro. Terá sua vida poupada e será meu conselheiro pessoal na eternidade.

Cada um dos magos olhou aflito uns para os outros, mas sabiam que a objeção ao plano da rainha levaria a morte imediata, então o prazo de uma semana alongada de vida era a melhor opção. Mas todos eles sabiam, naquele instante, que alcançar o objetivo da rainha era um feito impossível, e a hora de cada um iria chegar vez ou outra.

— Deixarei os senhores a pensar sobre minha proposta e a iniciar os trabalhos. Todos os ingredientes que foram achados em seus respectivos aposentos estão disponíveis nesse calabouço. Volto em uma semana com comida para dois, pois imagino que um de vocês não irá precisar de alimento.

Uma semana se passou enquanto nós nervosamente ponderamos nossas escolhas. Diversas fórmulas diferentes pareciam brotar, mas o medo de nós cooperamos era maior por se um de nós fosse o autor sozinho da fórmula, os outros iriam morrer.

Decidimos então concentrar nossos esforços em descobrir um jeito de se livrar da rainha, apesar da magia a proteger das batalhas, talvez ela seja vulnerável a uma forma menos direta de morte, algo camuflado.

— Aqui estou de volta para o meu mais valioso conselho de magos e bruxos. E estou completamente ansiosa para o resultado. Imagino que seja sua chance de brilhar, druida da tribo dos Darinos.

— Vossa Majestade... desenvolvi uma poção da juventude que a deixará para sempre jovem e com vigor.

— Muito próprio de um druida criar uma poção... conte-me sobre ela.

— Bem minha rainha, é parte de um grande mito do meu povo, com os ingredientes certos e a conjuração que me foi passada pelo meu ancestral do reino das fadas, pude trazer a vida essa fórmula a muito tempo perdida — disse o pobre druida enquanto passava a bebida para a rainha.

— Certamente parece muito bela, e seu aroma é inebriante. Parece que tão logo temos um vencedor do desafio... você será muito rico e famoso, druida.

— Tudo o que faço é pelo seu nome, Vossa Majestade.

— Pois bem... então, beba!

— Perdão?

— Beba! A recompensa pela descoberta da fórmula é passar a eternidade reinando comigo, não se lembra? Para isso é preciso que você beba a fórmula também. Não está sendo relutante em beber a poção por intencionar a me envenenar, não é mesmo?

— De modo algum, minha rainha. Apenas não me acho digno de tirar a honra de sua majestade de ser a primeira humana imortal.

O druida apostava no ego prepotente da rainha para distraí-la, todos os outros bruxos acompanhavam a discussão com temor e ansiedade. Eu mal consigo respirar.

"Pois bem, Druida" disse a rainha enquanto levava o frasco em direção a boca, trazendo algum alívio para os bruxos que porém, não iria durar muito. A rainha se vira rapidamente, jogando o idoso druida no chão e forçando sua poção garganta abaixo. Logo o corpo dele é tomado por violentos espasmos, seu corpo todo se retrái e terríveis gemidos de dor são ouvidos no calabouço.

— Francamente... eu estou mais desapontada com a superficialidade do plano do que com o atentado em si. Como forma de punição eu cortarei a ração dessa semana. Para se alimentar vocês terão o corpo do Druida, espero que saibam como limpar a carne do veneno. Aliás, imagino que será um ótimo treino para o que pedi para ser feito. Até semana que vem.

Uma semana se passou onde a carcaça do pobre druida nos serviu de alimento. Talvez a pior parte dessa afronta moral foi selecionar as partes ainda boas do druida como se fosse um bode doente. Sua carne era dura e de horrível gosto.

— Estou de volta e espero por resultados positivos dessa vez. Você, nobre alquimista, que tem planejado para mim?

Com as mãos trêmulas e demonstrando um incrível nervosismo do qual pouco se assemelha a sobriedade e seriedade do antigo alquimista que conheci no primeiro dia de meu aprisionamento.

— Vossa Majestade, pude fazer aqui uma panaceia, a mais potente de todos os impérios, com ela não há nenhuma doença que poderá lhe trazer algum mal. Você será saudável por toda a vida.

A rainha olha com menosprezo para o alquimista. E então encara o chão respirando brevemente, deixando claro sua insatisfação.

— Uma panaceia? É isso o melhor que tens a oferecer? Eu nunca adoeci desde que tive esse anel. Meu problema é com a morte e, apesar de seus efeitos nos corpos mortais sejam de lentamente definhar e enfraquecer até levar a inevitável podridão, não é uma doença. Eu não preciso de uma cura, eu preciso ser eternamente jovem!

— Mas minha rainha, não há muito o que posso fazer, se você ao menos deixasse-nos atuar em conjunto, teríamos um resultado melhor do que trabalhando uns contra os outros e...

Sem ter a oportunidade de terminar a Rainha lança uma flecha que atravessa a face do alquimista, que tomba em minha frente sem vida.

— Te vejo semana que vem Nganda das tribos do sul... Espero que tenha um desempenho melhor que seus amigos magos..

O desafio claro me deixou completamente nervosa. Mas uma suspeita que a muito tive estava a se confirmar. Eu terei apenas uma chance de por meu plano em prática, e ela depende da minha certeza sobre os fatos.

Logo a minha solitária semana passou e a rainha veio ao meu encontro:

— Então sobramos só nós duas... diga-me feiticeira, demonstre que o nosso sexo é o verdadeiro detentor do poder e competência, me mostre o que tem?

— Eu não tenho nada, minha majestade. — disse enquanto a rainha imediatamente me fuzila com seu olhar de desprezo, mas antes de armar seu arco completei — Porém posso te levar onde poderás dar sequência no seu plano diabólico.

— Que espécie de jogo está a fazer comigo, feiticeira?

— Nenhum jogo. Esse Anel da Fortuna que tanto orgulhas de carregar, é um artefato dos antigos deuses, não é mesmo?

— Não serei questionada por meus subordinados.

— Eu sei que é, eu cresci ouvindo histórias sobre esse anel, um presente dos deuses que simbolizava o equilíbrio do universo. O que você talvez não saiba, é que existem dois deles.

— Está blefando. Pensa que pode me lubridiar até conseguir escapar.

— Aqueles que detêm o Anel da Fortuna não podem ser enganados, e você sabe disso. Por isso soube que o druida tencionava te envenenar. Sabia que ele estava te enganando antes e sabe que não a estou agora.

— Pois bem antiga feiticeira. Obviamente você está confiante do que diz... me diga então, o que faz esse segundo anel?

— Ele traz consigo justamente o poder de vida eterna. Há um mito que diz que ele ainda está escondido na minha terra, protegido por diversos desafios que só alguém em posse do Anel da Fortuna poderia passar.

— Pois bem, me leve então aonde está esse anel. Se o recuperarmos cumprirei minha parte do acordo e a nomearei minha conselheira pessoal.

Não precisava muito esforço para saber que a personalidade traiçoeira da rainha não iria respeitar sua parte do acordo, mas sabia muito bem que a alternativa seria morrer exatamente naquele momento, então apenas entrei no jogo pérfido dela esperando pela boa sorte dos deuses.

Em ordem para manter seu segredo, a rainha não convocou ninguém para acompanhá-la. Seguimos as duas apenas numa longa viagem que com certeza seria fatal se não fosse pelo anel da Rainha. Tudo parecia se ajeitar sozinho. Lobos que despencam em desfiladeiros quando tentam nos atacar, ladrões que acabam brigando entre si pela própria ganância, nada nos oferecera nenhum perigo que mereça ser mencionado.

Como imaginei, a caverna onde estava o Anel da Juventude também foi um pequeno passeio. Chegamos sem problema a câmara secreta onde estava o tesouro final.

— Ai está, minha rainha. O espólio da aventura que tanto almeja alcançar.

Seus olhos brilharam intensamente, ela rapidamente avançou para a joia e não precipitou em usá-la. Sentido naquele mesmo instante todo o poder da juventude, pouco se importou com minha rápida fuga para fora do lugar que começava a tremer. Tudo que ouvi enquanto corria rapidamente pelo perigoso caminho de volta era os gritos de terror e o tremor que a terra fazia, enquanto a caverna rapidamente ruía.

Uma parte do mito que a princesa desconhecia era que, se caso algum mortal usasse os dois anéis de poder ao mesmo tempo, provocaria a ira dos deuses e teria sua alma atravessada em dois, sendo constantemente punida por espíritos malignos por toda a eternidade.

Pouco a pouco os reinos que estavam sobre o controle da tirana rainha conseguiram reassumir o controle de suas próprias terras. Eu mesmo liderei uma revolta regional que readquiriu o status de liberdade ao meu povo, podendo finalmente voltar a caminhar rumo ao progresso que nos era tão precioso, sem a intromissão de nenhum tirano.

Conforme os anos se passaram e a influência do governo central foi perdendo sua força, o nome da rainha lentamente foi se perdendo no tempo, tanto que eu mesma não consigo me recordar, e assim não sobreviveu para ser guardado nos livros de história.

Porém, até hoje ao passear em noites escuras e vazias pelas ruínas do que um dia foi um templo sagrado, pode se ouvir ao longe um gemido de sofrimento de um nome esquecido, que será torturado por toda a eternidade.

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