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Sabores e estrelas

Kim Taehyung

As duas horas após o ocorrido atrás da quadra foram um caos.

Taehyung e Jooheon foram levados para a enfermaria, enquanto Mingyu e Jungkook esperavam sentados próximo ao lugar onde a enfermeira da escola os colocou para se recuperarem. Os responsáveis pelos quatro foram chamados na escola, como o pai de Taehyung estava de plantão, quem foi chamada para comparecer na escola foi Joohyun, que não demorou a chegar com uma expressão preocupada no rosto, mas assim que o viu deitado na maca com um nebulizador de soro fisiológico no rosto ela relaxou. Os pais de Jungkook chegaram junto ao pai de Jooheon, que estava com uma expressão extremamente irritada no rosto, a mãe de Mingyu foi a última a chegar, todos ficaram na enfermaria até a diretora da escola chegar. O clima estava muito pesado na enfermaria, os pais de Jungkook estavam preocupados com Taehyung e o lobo do filho, que ainda o dominava, ele estava sentado, mas sua expressão estava fechada enquanto segurava sua carta que antes estava nas mãos de Jooheon.

— Boa tarde a todos — a diretora cumprimentou e caminhou até estar próxima aos pais e responsáveis. Assim que ela chegou, a enfermeira pediu licença e os deixaram a sós na enfermaria. — Desculpa não poder levá-los até minha sala, mas como os alunos estão se recuperando, achei melhor fazer a pequena reunião aqui mesmo.

— Eu só quero saber o porquê meu filho está deitado naquela maca com um hematoma roxo no pescoço — o pai de Jooheon expressou furioso.

— Eu conversei com Jungkook e Minyu, os dois alunos que estavam presentes no ocorrido, enquanto seu filho e Taehyung se recuperavam aqui na enfermaria — ela explicou séria, seus braços estavam cruzados e falava em um tom formal. — Ao ouvir os dois e checar as câmeras de segurança, ficou nítido que seu filho causou toda essa confusão.

— Meu filho? — O pai franziu o cenho e encarou Jooheon, que desviou o olhar e engoliu em seco.

— Todos os quatro estavam matando aula — a diretora explicou e Joohyun ergueu a sobrancelha em surpresa, ela o encarou e Taehyung abriu um sorriso culpado, que foi coberto pela máscara do nebulizador. — Jooheon e Mingyu mataram aula para fumar escondido atrás da quadra, enquanto Taehyung estava à espera de Jungkook no mesmo lugar. O que me disseram bate com as imagens das câmeras, Jooheon estava praticando bullying com Taehyung, que acabou tendo uma crise de asma e passou mal.

— Mas o Tae sempre anda com uma bombinha — Joohyun disse com uma expressão confusa. — É muito estranho a crise dele chegar nessas proporções com a bombinha em mãos.

— O Jooheon tomou a bombinha dele — Jungkook respondeu, ele encarava o alfa com raiva.

— Por que você fez isso?! — Sua irmã perguntou enfurecida e o Jooheon abaixou a cabeça. — Ele podia ter morrido!

— Apesar de Jooheon não conseguir falar por conta do inchaço no pescoço, tenho certeza que ele sente muito não é? — A diretora direcionou o olhar até ele, que assentiu sem encarar ninguém.

— Mas isso não explica o porquê Jooheon está na enfermaria com um hematoma no pescoço — o pai dele interviu.

— Jungkook aplicou um golpe contra o pescoço dele — a diretora encarou os pais de Jungkook, que assentiram sem esboçar qualquer reação. — Por isso ele veio para a enfermaria.

— Esse moleque tentou matar meu filho! — O pai de Jooheon apontou em direção a Jungkook, que manteve a expressão fechada no rosto.

— Assim como ele tentou matar o Tae? — Jungkook devolveu e aquilo pareceu deixar o pai de Jooheon mais furioso.

— Eu vou abrir uma denuncia contra vocês! — Ele gritou.

— Faça isso, nós vamos fazer o mesmo — Soohyun disse com uma expressão de poucos amigos, ele vestia o uniforme de policial, o que mostrava que ele saiu direto do trabalho. — Até porque, isso que seu filho fez, se enquadra em tentativa de homicídio.

— Vocês está exagerando — o pai do Jooheon disse com o timbre mais manso após ver o uniforme de Soohyun.

— Na verdade ele não está — Rowoon disse ao caminhar até Joohyun. — Você já sabe, mas eu sou advogado, se quiser abrir um processo contra ele, esse é o meu cartão de visitas, faço questão de ficar com o caso. — Ele entregou o cartão a sua irmã, ela sorriu e assentiu. — E só para sua informação, o que Jungkook fez, se enquadra em legítima defesa de terceiro, além do fato que ele estava sendo dominado por seu lobo. E como o senhor deve saber, ações impulsionadas pela parte lupina não são condenáveis pela lei, caso feitas para proteger outrem.

— E meu filho? — A mãe de Mingyu perguntou preocupada.

— Ele ajudou a socorrer Taehyung e tentou impedir Jooheon, por conta disso, ele receberá apenas uma medida disciplinar por ter matado aula para fumar nas dependências da escola — a diretora explicou e a mãe dele suspirou aliviada. — O mesmo será aplicado aos outros dois independente do motivo que os levou a sair da sala, somente Jooheon será suspenso, por não só matar aula, como também por bullying. — O pai dele suspirou e revirou os olhos. — Por conta do histórico de seu filho, mais uma medida disciplinar e eu irei recomendar a retirada dele dessa escola, não é a primeira vez que a atenção dele é chamada por conta de bullying.

— Não se preocupe, ele não causará mais problemas — o pai dele disse de braços cruzados.

— Como já informei sobre as medidas tomadas pela escola, caso queiram proceder de outra maneira, estarei à disposição para ajudar, mas não cabe mais a mim envolver a escola neste assunto, a não ser que traga problemas ao ensino dos alunos — a diretora explicou e todos assentiram. — Eu recomendo que mesmo que pareçam bem por agora, que levem os dois ao hospital, queríamos chamar uma ambulância, mas os dois negaram então não havia muito o que fazer.

— Faremos isso — Joohyun disse ao encarar o irmão. — Assim que ele terminar a nebulização iremos.

— Eu posso ir com vocês? — Jungkook perguntou a Joohyun e ela assentiu, ele abriu um sorriso e olhou para os pais. — Posso ir?

— Eu deixo ele em casa assim que sairmos do hospital — Joohyun ofereceu e os pais de Jungkook assentiram.

— Nós voltaremos para o trabalho então, qualquer coisa liga pra gente ok? — Rowoon perguntou e Jungkook assentiu.

— Dá próxima vez acerta ele com mais força — Soohyun "cochichou" para o filho, alto o suficiente para que todos ouvissem. Jungkook riu e assentiu.

Os pais de Jungkook foram embora junto à mãe de Mingyu, ele pediu desculpas para Taehyung, mesmo que não fosse culpa dele e saiu junto à mãe sem falar com Jooheon, que apenas encarou o — provável — ex amigo ir embora. A diretora se despediu e voltou para sua sala, enquanto o pai de Jooheon, ele resmungou o tempo todo com o filho sobre os atos dele e a vergonha que havia o feito passar, enquanto o alfa apenas ficou de cabeça baixa e assentiu, sem poder responder. Joohyun saiu da enfermaria para falar com Suho e Jungkook manteve os olhos caramelos presos a Jooheon enquanto ele se levantava para ir embora, sua presença estava forte e seu cheiro mais intenso, ele parecia se reprimir, como se quisesse muito ir para cima do alfa novamente, mas ele se conteve e não o fez. Quando a nebulização acabou, Taehyung retirou a máscara do próprio rosto e os olhos de Jungkook encontraram os seus, assim que ele o encarou algo muito estranho aconteceu.

O caramelo que antes parecia um castanho banhado pela luz do sol, se tornou um dourado bem mais intenso, sua expressão suavizou quase que instantaneamente e ele se aproximou da cama para perguntar se estava bem e se conseguia respirar normalmente. Taehyung sentiu o próprio lobo reagir com a nítida preocupação dele, sentiu seu lobo crescer em seu peito e tomar todo o espaço, como se quisesse sair, o que era estranho, não sabia que lobos da mesma subespécie reagiam entre eles. Tranquilizou Jungkook sobre sua condição, mas mesmo que o soro tivesse ajudado, ainda precisava de broncodilatadores, pois apesar de conseguir respirar, sentia suas vias um pouco restritas por causa do muco. Procurou pela bombinha nos bolsos e Jungkook estendeu uma em sua direção, com o cenho franzido a pegou e levou em direção à boca, apertou o botão com os olhos fixos no ômega.

Aquela não era sua bombinha, pois lembrou-se que Jooheon a tomou e não se lembrava de Jungkook tê-la pegado de volta. Sua bombinha era azul e a que estava em mãos era roxa.

— De quem é essa bombinha? — Não aguentou a curiosidade e perguntou.

— Sua, comprei para você — Jungkook respondeu com tranquilidade, mas o coração de Taehyung bateu com mais ímpeto no peito. — Para casos de emergência pedi o nome da sua medicação para o seu pai.

— Sempre anda com ela? — Perguntou ao sentir seu lobo se agitar ainda mais.

— Sempre que estou com você — foi o que ele respondeu.

Como não ter esperanças se ele dizia esse tipo de coisa?

Notou que desde que estavam dentro da enfermaria, Jungkook segurava sua carta nas mãos, a julgar pelo adesivo intacto, ele não havia aberto ela ainda. Resolveu ignorar aquilo por enquanto, pois realmente não estava um clima adequado para falarem sobre seus sentimentos, por isso se levantou da cama e juntos foram até o carro de Joohyun quando ela voltou, o carro estava estacionado na calçada em frente a escola. Enquanto estavam no carro contaram detalhadamente o que houve para Joohyun, que ficou possessa, pois Taehyung poderia ter morrido por conta da inconsequência de Jooheon, sua crises quase nunca o levaram para o hospital, apenas as bombinhas eram o suficiente para ele se recuperar, mas se a crise não for tratada rapidamente, poderia realmente morrer. Taehyung não contou sobre o medo e a tremedeira que o persistiu em seu corpo após o acontecido, já teve diversas crises, mas nunca chegou tão perto da inconsciência quanto aquele dia.

Quando chegaram ao hospital, Joohyun fez o checkout e por Taehyung ser filho de um dos médicos de lá, foi levado para um quarto privativo que estivesse disponível para que pudesse fazer o tratamento, pois graças a seu pai tinha um ótimo plano de saúde. A enfermeira que o conhecia muito bem o atendeu, ela administrou um remédio para ajudá-lo com as dores que sentia no peito e um calmante para sua tremedeira, que não o deixou desde que chegaram. Joohyun deixou Taehyung e Jungkook sozinhos no quarto junto a enfermeira, para ir buscar Byunghun, que provavelmente nem sabia do ocorrido, pois sequer podia mexer no celular quando estava de plantão. Quando estavam sozinhos, Jungkook sentou-se ao seu lado, enquanto estava deitado confortavelmente na maca por ter tomado um calmante, provavelmente ficaria muito sonolento em alguns minutos. Notou que apesar de estar em silêncio, a cabeça de Jungkook parecia muito barulhenta, pois seu cenho estava franzido e seu olhar distante.

— O que está te incomodando? — Taehyung perguntou, o que o acordou de seus devaneios.

— Ah, o fato de eu ter escolhido um péssimo lugar para nos encontrarmos — ele suspirou e o encarou. — Eu sabia que aquele lugar era conhecido pela galera que queria matar aula, porque raramente os professores e agentes vão para lá, mas não pensei que o Jooheon iria escolher justamente aquele horário para matar aula.

— Não tinha como você saber — o tranquilizou e Jungkook assentiu.

— Estou frustrado porque ele estragou os meus planos da pior maneira possível — sua expressão se fechou e o caramelo em seus olhos ficou mais intenso. — Minha vontade era de quebrar a cara dele na porrada até ele aprender e virar gente, mas não aprendi jiu-jitsu para isso.

— Não vale a pena bater nele e sujar suas lindas mãos com o sangue dele — Taehyung fez uma careta e Jungkook riu. — Mas agora eu estou curioso, quais eram os seus planos?

— Então... — Ele abriu um sorriso pequeno e estendeu em sua direção uma carta. Taehyung não havia notado a presença dela em suas mãos, pois o envelope era da mesma cor da sua carta, por isso não notou que as duas estavam em suas mãos. — Eu queria fazer o mesmo que você e escrever o que eu sinto através de uma carta.

Aquilo fez Taehyung imediatamente se sentar, ele segurou a carta entre os dedos e sentiu o efeito do calmante ir com Deus.

— Vamos ler juntos? — Jungkook perguntou ao levantar a carta que escreveu a ele e Taehyung assentiu. Os dois respiraram fundo e cada um abriu uma carta.

"Querido Tete." era apenas a primeira frase e Taehyung já sentiu seu coração acelerar.

"Quando li sobre seus sentimentos pela primeira vez eu me encantei instantaneamente, pensei: "uau, quem poderia ser essa pessoa tão meiga nessa escola cheia de babacas?". Confesso que sim, no início imaginei que era um alfa, mas ainda bem que não era."

"Quando você se aproximou de mim no refeitório e começamos a conversar, eu senti que pela primeira vez havia encontrado a minha cara metade, cheguei a pensar que éramos alma gêmeas, que brega né? Mas hoje eu tenho certeza que estava certo. Tae você sempre foi mais que um amigo para mim, desde o momento que você me mostrou a constelação de Órion no seu quarto meu coração era seu. Eu apenas não sabia disso."

"Depois de descobrir que você era o Tete que me dizia coisas tão bonitas através das cartas, eu entrei em surto, não porque você era um ômega, mas sim porque eu não me senti frustrado, pelo contrário, fiquei aliviado. Eu sempre te vi com esse olhar? Era o que eu pensava, mas ao deitar minha cabeça no travesseiro, eu me senti tão feliz, que eu tive a certeza."

"Eu gosto de você Tae".

Aquela era a última frase da carta, dizer que estava surpreso era pouco, nas conversas que trocaram pelo celular Jungkook já havia dito que ele gostava de ler, mas não tinha tanta afinidade com a escrita, porém não importava, pois mesmo que não fosse um texto digno de uma publicação, era dele, o que tornava mil vezes mais importante. Seu coração estava disparado no peito, era uma felicidade tão grande que não cabia dentro dele, estava pronto para dizer algo, provavelmente soaria como um bobo apaixonado, porém não ligava, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, foi surpreendido novamente. Assim que levantou a cabeça para encará-lo assustou-se ao vê-lo tão próximo, mas o que de fato causou uma explosão de sentimentos, foi sentir os lábios dele tocarem os seus com tanto cuidado e carinho que quase o fez derreter nos lençóis do hospital. O beijo não durou mais que dois segundos, mas foi o suficiente para quase causar seu desmaio.

Jungkook o encarava com o olhar repleto de carinho, ele o observava atento às suas reações e sorriu quando notou que o deixou sem palavras.

— Você está bem? — Jungkook perguntou sem se afastar. Ele estava tão próximo que uma mínima aproximação seus lábios estariam juntos novamente.

— Com certeza não — Taehyung soltou em um fôlego, o que fez o sorriso de Jungkook aumentar ainda mais.

— Ainda bem que estamos em um hospital então não é? — Ele perguntou enquanto lhe dava um beijo de esquimó e Taehyung assentiu.

Dessa vez a iniciativa partiu de Taehyung, que deixou a carta sobre as pernas e levou as mãos até às bochechas de Jungkook, como seu corpo ansiava por fazer há muito tempo, aproximou-se novamente e tocou os lábios dele com os próprios. Viu o momento em que Jungkook fechou os olhos e fez o mesmo, o cheiro dele tão próximo a seu nariz e a maciez dos lábios dele juntos aos seus o deixaram nas nuvens, e claro, para superar qualquer expectativa sua notou que sim, o beijo dele tinha gosto de cereja, tão doce quanto o próprio Jungkook, que segurou em suas mãos com delicadeza. O beijo durou pouco, ao se afastarem olharam nos olhos um do outro para verem suas reações, mas mesmo que o beijo tenha durado pouco, a distância durou menos ainda, pois agora sentir o gosto um do outro salpicar os próprios lábios havia se tornado um vício imediato. Taehyung estava tão feliz que tinha medo de ser apenas um sonho, mas sua imaginação não conseguiria criar uma coisa tão incrível.

— Tae você... — Byunghun o chamou assim que abriu a porta. Taehyung e Jungkook se afastaram e encararam o alfa na porta, que estava boquiaberto, Joohyun a seu lado estava com um sorriso tão grande que rasgava-lhe a face. — Ah, desculpe, eu volto depois.

— Não precisa sair pai — Taehyung disse risonho no momento em que seu pai estava prestes a fechar a porta.

— Não se preocupe pai, eles terão muito tempo para namorarem agora — Joohyun disse ao entrar no quarto.

— Então vocês estão namorando? — Byunghun perguntou com um sorriso imenso e Jungkook o encarou.

— Se o Tae quiser — o sorriso nos lábios dele só fez Taehyung se apaixonar ainda mais.

— Com certeza eu quero — respondeu de imediato e o sorriso de Jungkook se tornou ainda mais lindo, pois seus olhos ficaram pequenos e seu nariz franzido, como um coelhinho.

— Então a partir de hoje, você é meu namorado — Jungkook se aproximou e deixou um beijo sobre o nariz de Taehyung. — Tete.

(...)

— DESEMBUCHA! — Jimin gritou assim que abriu a porta de seu quarto abruptamente. Estava deitado na cama à espera dele após deixar Jungkook em sua própria casa, para que pudesse ficar de repouso como a médica instruiu.

— Jungkook se confessou pra mim — Taehyung contou enquanto Jimin se jogava em seu colchão.

— Aham, e? — Ele perguntou com os olhos brilhantes em expectativa.

— Ele gosta de mim.

— Aham, e?

— Nos beijamos.

— Eeeeee? — Ele perguntou afoito.

— Estamos namorando — Taehyung respondeu com um sorriso gigante e Jimin voou em direção para esmagá-lo em um abraço.

— Eu sabia! Meu faro nunca falha, eu sabia que ele gostava de comer cu também! — Jimin disse e Taehyung ergueu uma sobrancelha.

— E quem disse que ele vai comer meu cu? — Perguntou chocado e Jimin arqueou a sobrancelha.

— Você não é passiva? — Perguntou com uma expressão confusa.

— Ah sei lá, nunca pensei que eu teria... Não espera! Nós começamos a namorar hoje, para de vir com essas ideias depravadas, a gente nem deu mais que selinhos ainda — Deu um tapa no braço do amigo e Jimin riu.

— Como você é devagar Tae, esse era o momento de vocês estarem de chamego e melação, cadê ele? — Perguntou indignado e Taehyung sorriu.

— Ele vai vir daqui a pouco — respondeu com um sorriso boboca e Jimin retribuiu seu sorriso. Ele se aproximou e lhe deu um abraço.

— Eu disse que ia dar certo, não disse? — Ele perguntou enquanto o mantinha em seus braços. Ele se afastou e olhou nos olhos de Taehyung. — Eu nunca mais quero ouvir você se rebaixar na minha frente ou dizer que é incapaz de alguma coisa, está me ouvindo?

— Obrigado Chim — Taehyung respondeu e o puxou para um abraço novamente.

Jimin fez companhia a Taehyung por algumas horas, até que Jungkook enviasse uma mensagem dizendo que estava a caminho de sua casa, apesar de ter dito ao melhor amigo que ele não precisava ir embora, ele disse que "se recusava a ficar de vela" e foi embora. Quando Jungkook chegou, tinha medo de ficar uma atmosfera estranha, até porque nunca namorou antes, o que fazer quando se está de frente para o namorado? Queria beijá-lo, mas será que isso não o faria meio desesperado? Porém é claro, suas preocupações foram desfeitas no momento em que sentiu os lábios dele tocarem os seus em um cumprimento rápido e delicado, o sorriso dele fez qualquer pensamento adjacente se esvair em segundos. Sem que sequer percebesse, suas mãos estavam juntas enquanto caminhavam até o quarto, Joohyun estava deitada no sofá da sala e cumprimentou Jungkook quando passaram, como o plantão era de seu pai, ele chegaria mais tarde. Quando estavam a sós no quarto Taehyung não se conteve, o abraçou imediatamente.

— Me diz que nada do que aconteceu foi uma alucinação da minha cabeça — Taehyung pediu quando sentiu os braços dele contornar seu corpo. Jungkook riu e se afastou um pouco para que deixasse um selinho delicado sobre seus lábios.

— Isso responde a sua pergunta? — Ele perguntou com o nariz enrugadinho por conta do sorriso e Taehyung roubou mais um beijo.

— Se eu ficar muito grudento a culpa é completamente sua, como pode ser tão adorável?!

— Amo ficar de grude — ele respondeu e o puxou para que pudessem se sentar na cama.

— Kookie... Agora que estamos namorando, será que seus pais vão continuar gostando de mim? — Taehyung perguntou inseguro, estava com aquilo na cabeça desde que Jimin foi embora. — Será que eles vão ficar bravos pelo filho dele estar namorando um omega?

— Eles já sabem Tae — Jungkook respondeu com tanta naturalidade que deu um nó em sua cabeça. — Eu não escondo nada deles, então eles já sabem.

— Quando contou a eles?!

— Que eu gosto de você? Desde que você foi dormir lá em casa provavelmente — ele fez uma careta pensativa. — Quando você contou que realmente era o autor, eu conversei com meus pais sobre isso, eles que me ajudaram a perceber que eu gostava do autor e gostava mais ainda de você.

— Meu Deus eles sabiam que eu era o autor das cartas? Que vergonha — cobriu o rosto ao sentir a vergonha quase lhe causar dor física e Jungkook riu. — Então eles aprovam?

— Eles disseram que o que me fizer feliz, os deixará felizes também — ele respondeu com um sorriso fofo nos labios. — Mas então qual é a programação de hoje?

— Pensei em jogos e muito love — Taehyung respondeu com uma expressão pensativa e Jungkook riu.

— Achei perfeito, então vamos terminar Detroit e começar Until Dawn? — Perguntou e Taehyung assentiu. Se levantou da cama para ligar o console, enquanto Jungkook tirava a mochila das costas. — Tae, posso fazer uma pergunta?

— Pode fazer duas se quiser — respondeu no automático.

— Meus lábios são realmente doces como o meu cheiro? — Ao ouvir aquilo o coração de Taehyung deu um salto e suas bochechas com certeza coraram.

— Sim, são — respondeu com um sorriso tímido, após pegar os controles e ligar o console, caminhou até a cama e sentou-se ao lado dele. — Não sei se é o fato de que é um ômega ou se eu estou muito apaixonado, mas você realmente é doce, não só na personalidade.

— Você também é — Jungkook deu batidinhas no colchão, ao lado de onde estava sentado, encostado na cabeceira da cama. — Apesar de eu não ter provado muito.

— Você teria muitas oportunidades a partir de hoje — Taehyung sorriu e ligou o console, apesar de suas palavras confiantes, suas bochechas coradas denunciavam sua timidez.

Os dois começaram a jogar e a comentar sobre o jogo, Detroit era um jogo de escolhas, onde uma decisão impensada poderia causar mortes, mesmo dos personagens principais, por isso tomaram muito cuidado para escolherem as melhores alternativas, conseguiram o melhor final, escolheram o pacifismo e conseguiram salvar todos os personagens que gostavam. Quando terminaram os dois se deitaram na cama e viajaram no universo do jogo, que trazia uma grande lição de moral sobre as atitudes do seres humanos, ficaram alguns minutos em um debate sobre as possibilidades das coisas do jogo acontecerem na vida real e se acontecessem, se o final seria o mesmo do jogo. Em algum momento daquela conversa, Taehyung se pegou deitado de frente para Jungkook, que também estava deitado enquanto mantinha o contato visual consigo, tudo envoltos pela escuridão do quarto, apenas a luz da televisão ligada iluminava precariamente o cômodo.

Os dedos de Jungkook encontraram o caminho até seu rosto e Taehyung permaneceu quieto, enquanto seu namorado tateava sua pele e descobria todas as suas pintinhas, por isso apenas o admirou também. Os olhos castanhos e intensos de Jungkook encontraram os seus antes dele se aproximar e beijá-lo, fechou os olhos assim que sentiu a maciez dos lábios dele juntos aos seus novamente. Porém, ao contrário dos beijos que tiveram até o momento, ele prendeu seu lábio inferior entre os dentes, surpreso Taehyung abriu os lábios para suspirar e seu suspiro foi tomado pela língua de Jungkook, que não perdeu tempo em explorar sua boca. Surpresa era a palavra que definiu Taehyung ao poder finalmente beijar Jungkook de verdade, mas a supressão se foi rápido e deu lugar a outro sentimento, um sentimento que subiu de seu peito até sua cabeça em segundos, por isso não levou nem mesmo um milésimo para corresponder com a mesma paixão que seu namorado.

O beijo era lento e tinha um gosto totalmente novo, seus lábios dançavam em sincronia com suas línguas, que buscavam conhecer uma à outra naquele ritmo gostoso e desconhecido. Taehyung meio que perdeu o controle de seu lobo, pois quando notou já havia rolado na cama com Jungkook, que se encontrava embaixo dele tão imerso no beijo quanto ele, ficaram naquele rola rola na cama, até que ao final, seu namorado estivesse praticamente montado sobre ele, graças aos travesseiros, Taehyung estava parcialmente deitado enquanto Jungkook estava sobre seu colo. Como já era de se esperar de dois adolescentes, os hormônios fizeram todo o trabalho de deixá-los completamente perdidos um no outro, quando Jungkook se afastou para respirar, seus olhos estavam na coloração caramelo novamente e Taehyung tinha certeza de que não estava diferente, seu lobo estava mais do que satisfeito em sentir o gosto e o cheiro de seu parceiro daquela maneira.

— O seu lobo reagiu comigo — Jungkook disse surpreso e o sorriso surgiu em seus lábios logo em seguida. — Eu estava com medo, hoje foi a primeira vez que meu lobo reagiu com alguém, mas saber que você está na mesma situação, me deixa mais tranquilo.

— Meu lobo te quer desde a primeira vez que te viu — Taehyung respondeu enquanto segurava nas coxas de Jungkook, seu corpo estava quente, queria pular em cima dele de novo, mas haviam acabado de começar o namoro, então precisava segurar sua ânsia por ele.

— Só o seu lobo? — Jungkook perguntou ao passar o nariz por sua bochecha, em um carinho que quase derreteu Taehyung na cama.

— Você sabe que não — sussurrou de olhos fechados. Estava aproveitando o carinho quando ouviu três batidas na porta.

— Meninos parem de se comer e venham comer comida de verdade — Joohyun os chamou sem abrir a porta. — Se vocês engravidarem no primeiro dia de namoro nossos pais me matam.

— Já estamos indo — Taehyung respondeu com as bochechas coradas, tanto pelo calor quanto pela timidez.

— Eu acho engraçado isso, sabia? — Jungkook perguntou junto a uma risada.

— O que? — Taehyung o encarou em confusão.

— O fato da sua timidez sumir no momento em que me beija — ele respondeu, ainda sentado sobre seu colo.

— Acho que a vontade de te beijar é maior do que a minha vergonha — respondeu com um sorriso galante, o que fez o sorriso de Jungkook aumentar e lhe dar um selinho logo em seguida.

— Eu ainda estou aqui tá? — Joohyun disse atrás da porta.

— Melhor a gente ir — Jungkook riu e se levantou, Taehyung concordou e se levantou junto a ele.

Os dois caminharam até a porta e ao abri-la encontraram Joohyun, ela os encarava com uma sobrancelha arqueada e um sorriso ladino nos lábios, ela não disse nada, mas sequer precisou, seu rosto e seu sorriso malicioso passavam a mensagem. Apesar das bochechas coradas e da vergonha, Taehyung estava tão feliz que tudo isso ficou de lado, o que mais importava do que sua mão junto a de Jungkook naquele momento? O que mais importava além do cheiro dele preso a sua camiseta? Absolutamente nada. Quando estavam no andar de baixo, sentou-se junto a Jungkook nos bancos em frente ao balcão, enquanto sua irmã separava o jantar deles — que ela havia pedido pelo delivery —, eles conversaram sobre o acontecido na escola, por conta do estado de Taehyung e Jooheon, os dois foram levados para a enfermaria com a ajuda dos professores. Então claramente havia causado uma comoção desnecessária.

— Provavelmente a fofoca já correu solta — Jungkook revirou os olhos, enquanto levava o macarrão de seu Lámen até os lábios.

— Depois vou perguntar ao Jimin o que ele sabe — Taehyung disse enquanto soprava o vapor do macarrão. — Se é de fofoca que estávamos falando, com certeza ele já está por dentro delas.

— Vocês vão assumir o namoro publicamente? — Joohyun perguntou o que Taehyung estava com medo de trazer à tona.

— Eu não estava com intenção de esconder — Jungkook respondeu com naturalidade e Taehyung o encarou em surpresa. — Não tenho vergonha do nosso relacionamento Tae, só irei manter segredo se você quiser.

— Não quero — respondeu rápido e Jungkook riu. — Mas você tem certeza? Com certeza seremos muito julgados.

— Tae, desde quando eu me importo com a galera imbecil da nossa escola? — Perguntou com a sobrancelha arqueada. — Eu vou sim me orgulhar do meu namoro e mostrar para todo mundo o quanto eu estou feliz, não estou fazendo nada de errado, por que eu deveria esconder?

— Esse aí é para casar Tae, não deixe ele fugir — Joohyun disse com a boca cheia de Lámen. Os dois riram e Taehyung assentiu.

— Não deixarei — respondeu ao voltar a olhar para o namorado.

— Mas já deixando bem claro desde o início do relacionamento que eu sou ciumento, como você é popular, vou tratar de achar uma aliança de namoro imensa para espantar qualquer um que ouse tentar te roubar de mim — Jungkook apontou os pauzinhos em sua direção, ele estava com a boca cheia e apesar de sua fala, Taehyung o achou extremamente adorável.

— Pela cara de boboca dele, se você desse uma coleira ele iria gostar — Joohyun riu e os dois a acompanhou.

(...)

— Então, eu fiz uma lista das fofocas que estão correndo pela escola — Jimin disse com o celular em mãos. Jungkook e Taehyung foram juntos para a escola naquele dia, pois como o namorado havia dormido em sua casa, ficou mais fácil irem juntos do que ele voltar para própria casa, enquanto Jimin os encontrou na entrada da escola. — A primeira delas é que Jooheon bateu no Tae.

— Já estão falando merda — Jungkook revirou os olhos, ele andava ao seu lado pela entrada. Suas mãos estavam entrelaçadas, o que atraiu alguns olhares.

— A segunda é que o Tae quase morreu e o Jooheon foi expulso — Jimin continuou, concentrado em seu celular.

— Meia verdade, eu quase morri, mas infelizmente o Jooheon não foi expulso — Taehyung fez um bico.

— A terceira é a verdadeira, alguém ouviu um professor conversando e espalhou, disseram que Jooheon estava fazendo bullying com o Tae e quase matou ele, daí veio o Jungkook e deu uma voadora nele.

— Mas eu não dei uma voadora nele — Jungkook franziu o cenho confuso.

— Ninguém precisa saber disso — Jimin abriu um sorriso arteiro.

— Foi ele que espalhou essa fofoca — Taehyung constatou o óbvio e Jungkook abriu a boca chocado.

— Estavam falando muita merda, aí eu falei a verdade — Jimin deu de ombros. — Quero essa escola toda esculachando o Jooheon quando ele voltar. Que ele prove do próprio veneno, tenho certeza que ele não vai mais praticar bullying quando for vítima dele.

— Você é diabólico — Jungkook riu.

— Obrigado — Jimin colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha com o nariz empinado, mas sua pose se desfez assim que ele viu o namorado. — JOONIE! — Gritou antes de correr para os braços do namorado.

— Será que a gente vai ficar melosos igual a eles? — Jungkook perguntou e Taehyung riu.

— Acho muito provável — respondeu com um sorriso alegre. Assim que seus olhos saíram de Jungkook por um segundo, encontrou os olhos curiosos e julgadores do pessoal de sua escola. — Acho que somos a atração da escola.

— Que bom, que todos saibam que estamos comprometidos agora — respondeu com um sorriso enorme no rosto.

Taehyung estava com medo de que Jungkook poderia se sentir desconfortável com a atenção indesejada, naquela sociedade onde o normal era um alfa e um ômega estarem juntos, o contrário era visto como errado, então tinha receio que seus sentimentos pudesse arrastá-lo para a aquele mundo preconceituoso em que vivia. Porém, ver seu namorado andar de cabeça erguida enquanto suas mãos estavam juntas, desfez um pouco do seu medo, apesar de ainda não querer vê-lo sendo vítima do preconceito, o confortava saber que mesmo sabendo dos riscos, ele queria ser seu namorado. Enquanto caminhavam de mãos dadas, todos que passavam paravam para encará-los ou para fofocar, ninguém era discreto, todos comentavam sobre eles sem se preocuparem se estavam vendo ou não. Aquilo irritava Taehyung, era realmente tão estranho ver dois ômegas juntos? Não eram somente duas pessoas normais em um relacionamento? Qual era o problema?

— Tae, você tem vergonha de demonstrar afeto em público? — Jungkook perguntou ao parar no meio do pátio principal da escola. Taehyung virou-se para encará-lo, ainda de mãos dadas diante de todos, ele negou.

— Não, não tenho — respondeu com convicção e Jungkook sorriu.

— Que bom, então não precisamos nos preocupar com as fotos né? — Perguntou e Taehyung franziu o cenho.

— Que fotos?

— Do nosso beijo — ele respondeu e antes que pudesse perguntar sobre, seus lábios foram silenciados pelos dele.

Para seu completo choque e de todos os estudantes que estavam no pátio da escola, Jungkook o beijou na frente de todos, sem qualquer receio ou vergonha. A mão livre dele pousou sobre seu pescoço enquanto mantinha suas mãos juntas com a direita, o beijo de Jungkook não era apenas um selinho, era um beijo de verdade, daqueles que tiravam Taehyung de órbita em segundos. Por um momento esqueceu-se de onde estavam e retribuiu o beijo com tanta vontade quanto ele, idai que estavam no pátio da escola? Já viu colegas fazendo coisas piores pelos corredores, já achou camisinhas jogadas no chão do banheiro, o que demais tinha em beijar o namorado? Quando o beijo terminou, olhou nos olhos de Jungkook, que tinha os lábios avermelhados graças a seus beijos e o encarava com um carinho e um desejo que nunca recebeu antes. Não conseguiu conter o sorriso ao encará-lo e gradativamente o nariz de seu namorado enrugou e seus lábios se curvaram, pois seu sorriso fora retribuído.

— Agora nós demos motivos para eles fofocarem — Taehyung disse após deixar mais um selinho sobre os lábios de seu namorado.

— Para a felicidade deles, estou disposto a fazer fanservice — respondeu e Taehyung gargalhou. — Tae, sabe o que eu descobri?

— Hm?

— Que os seus lábios são tão doces quanto o seu cheiro de pêssego também — Jungkook o abraçou e encostou o nariz em sua nuca.

— É mesmo? — Perguntou com um sorriso abobalhado nos lábios, enquanto passava os braços em volta de sua cintura.

— Uhum, mas é uma pena.

— O que? — Perguntou baixinho enquanto ignorava completamente os olhares sobre eles.

— Não posso comparar seus olhos à constelação de Órion — Jungkook se afastou e manteve o contato visual. — Pois eles brilham muito mais.

𖥸

Quero biscoito :)
Eu arrasei demais nessa boiolagem.

#vidassolteirasimportam

Caso queiram me fazer ler threads imensas no twitter de memes, lerei todas, é só me marcar, eu amo:
@alanzita_

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