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Blem, blem, bléimmm!
Sábado. No começo desse dia, Úrsula ressuscitava de sua mente algumas memórias e memórias boas. Sábados de verão significavam muitas coisas para Úrsula e dentre elas estava uma xícara de café fresco de verão.
Como de praxe o sono havia sido tocado ás sete e meia da manhã, final de semana era também sinônimo de despertar um pouco mais tarde. Ursula saltou de sua cama e quase escorregou no tapete com suas sandálias. Antes de ir ao banheiro para a higiene pessoal, a garota de camisola inalou enquanto abria a janela de seu quarto projetando seu corpo para trás da banda da janela. Ela houve de escutar o cantarolar dos pássaros de forma tão genuína que ficou marcado em sua mente. O longo pesadelos das aulas chatas de línguas estrangeiras retornou a ela: a madre superiora batendo na mesa dela e fazendo-a despertar de seu devaneio.
Trêmula estava Úrsula quando saiu debaixo do chuveiro. Tremula enquanto escovava seus dentes e penteava o cabelo. Ela não costumava sentir tanto frio nas manhãs depois do banho. Mas hoje, hoje era diferente. Ela o sentiu.
Em setembro havia a famosa feira de Saint Germain. Para Úrsula isso era algo surpreendente: não ocorria uma feira que aglomerasse tantas pessoas o ano inteiro como acontecia na feira de São Leopoldo.
O centro de colônia não era tão perto do internato de Sainte Genevieve, ficava a uns nove km de charrete.
Foi naquele ar do amarelado sol de setembro que Úrsula haveria de conhecer pessoalmente o príncipe Raul.
— Vamos lá, Úrsula — falou Matilde quando finalmente recuperava o fôlego — Você tem que admitir que Colônia nunca esteve tão cheia.
— Você está lendo a minha mente. — disse Úrsula.
Úrsula ouvira um alvoroço atrás de seus ouvidos e girou o pescoço para apanhar a visão do que seria. Algo muito atraente, poderia assim dizer. Ela notou o cabelo ruivo profundo e bronzeado. Parecia ter algo muito viril no rosto, e, no entanto apresentava toda graça e suavidade de um europeu nas feições, especialmente agora enquanto ele relampejava um sorriso.
Matilde percebeu os olhos de Úrsula fixos no garoto.
— Esse é o príncipe Raul De Angeli, — Matilde disse, se inclinando ao ombro de Úrsula, — Estou certa de que ele chamou a atenção de alguma pessoinha.
— Talvez, — Ursula conrcodou em partes, envergonhada quando ela imaginou como havia ter parecido para Matilde.
— Bom, ele é um príncipe então...
— Ah, ... claro, — disse Úrsula, — Ele só é bonito.
Aquele rosto ficou impregnado na mente e coração de Úrsula, mas ela sabia que Raul era imaculado demais e, portanto, inascecível.
***
Naquela noite todos os moradores do centro de Colônia se organizavam para ornamentar a cidade para os grandes festivais que sucederam como parte do Jubileu de Platina do Rei. Esse era o momento oportuno para que Úrsula pudesse conhecer mais de perto a família real.
O céu de Colônia havia escurecido mas a cidade brilhava em suas lâmpadas de cera, tochas e grandes baluartes incandescentes. Das Igrejas e monumentos o cheiro das flores assaltavam todos quantos se reuniam debaixo dos capitéis coríntios da cidade.
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