Natal sem restrição
A tarde da véspera de natal estava movimentada em nova York, pessoas correndo contra o tempo procurando presente para seus familiares, crianças fazendo bonecos de neve no meio da rua, donos de lojas limpando as vitrines e decorando, bruxos e trouxas trabalhavam em harmonia naquele lugar.
Os olhos curiosos da jovem garota de cabelo comprido ondulado brilharam ao ver uma árvore enorme em uma loja de trouxas.
Sorriu ao lembrar de sua tia Narcissa Malfoy, ela era uma bom exemplo de matriarca, a vampira havia pedido a mulher de cabelo mesclado uma coisa especial, um presente de natal do qual ela se alegraria em ganhar. Poder decorar a mansão de sua família a mansão Malfoy. Impedida de negar o pedido da sobrinha que tanto amava, Narcissa aprovou mesmo sabendo das regras de seu marido antipático, Lucius.
E sem perder tempo, Luzfya aparatou com o candelabro da família para uma rua totalmente trouxa, aonde havia enfeites sem nenhum resquícios de magia, o que era perfeito para decorar aquela mansão sem graça e escura.
A garota puxou a touca de sua capa preta de veludo, não queria que ninguém a reconhece-se e correu para dentro daquela loja.
- Nossa... Isso é lindo, o tio Lucius vai me matar. - de uma risadinha entrando no meio das árvores decoradas com fitas vermelhas, bolinhas de porcelana e pisca pisca.
- Olá. - uma mulher trouxa surgiu entre as árvores. - Precisa de uma ajuda?
- Ah se preciso, vim fazer umas comprinhas de natal, coisa pouca, acho que não vai dar nem duas sacolas. - Sorriu enquanto já puxava um pergaminho enorme caindo sobre o chão e rolou até a porta, a mulher deu uma risada nervosa ao ver o tamanho da lista.
A garota fez uma limpa na loja deixando a loja rica. Ela saiu de lá com todas as várias sacolas em miniatura pois pretenderia aparatar para a mansão agora. Antes puxou de sua bolsa de couro uma pena e um um tinteiro, molhando ele e escrevendo em um pergaminho.
- Querido papis, eu estou indo para a mansão agora, me encontre lá, já chamei o vovô e ele está indo pra lá, tenho uma surpresa enorme pra vocês. - ela enrolou o pergaminho e soprou os desfazendo no ar, ele iria direto para seu pai Pablo no mundo vampiro.
A garota puxou o candelabro da bolsa e aparatou frente ao portão de ferro da grandiosa mansão Malfoy. O ar era pesado e a neblina caia sobre o jardim. Luzfya respirou fundo e cruzou o portão como uma fumaça sem mesmo abri-lo. Ela continuou a caminhar já avistando a entrada da mansão, frente a ela os pavões albinos mariscavam o chão, seus leques estupendos encantava os olhos da vampira.
- Bom pelo menos, meu tio tem um gosto bom para escolher animais. - sorriu.
Luzfya suspirou e levantou a mão para bater a porta, três batidas o suficiente para que se abrissem revelando um pequeno ser, Dobby o elfo doméstico da família.
- Senhorita, minha senhora a espera em sua sala de estar. - Dobby deu um grande sorriso amarelo, ele era bem cuidado por Narcissa com o apoio de Hermione e sua dedicação ao elfos domésticos.
- Muito obrigada, Dobby. - Luzfya foi acompanhado de Dobby até a sala de estar. a sala tinha um aspecto morto de cor acinzentado, seu tio Lucius era rigoroso de mais e detestava qualquer cor ou decoração que mudasse a mansão da forma que ele deixou.
A mulher de cabelo mesclado sentou-se graciosamente em sua poltrona, um belo sorriso terno surgiu ao ver quem vinha correndo em sua direção. A garota abraçou-se em seu pescoço lhe enchendo de beijos na bochecha.
- Minha tia Cissa, eu estava com saudades. - a garota sorriu de orelha a orelha, Narcissa era como uma matriarca.
- Querida, nos vimos a duas horas atrás. - a mulher riu acariciando as ondulações do cabelo dela.
- Você sabe como eu sou, eu amo ter você por perto.
- Por isso que você tem um lugar especial aqui no meu coração.
- Eu sei disso. - sorriu convencida.
- Bom, você não disse que iria comprar coisas para enfeitar a mansão pro natal. - Ela olhou pros lados. - Eu não vejo nenhuma sacola.
Os passos pesados de Draco ecooaram pela sala enquanto ele descia as escadas.
- Porque não me chamaram?! Sou sempre o último que fica sabendo das coisas. - bufou em reprovação.
Luzfya revirou os olhos.
- Respondendo a sua pergunta tia Cissa, Draco segura isso pra mim. - a vampira pegou de sua bolsa pequeninas sacolas de papel e correu até o loiro que ficou confuso ao ver a vampira puxar suas duas mãos e colocar as pequenas sacolas.
- Não ouse... - o garoto ameaçou vendo Luzfya sacar a varinha e apontar pras pequenas sacolas.
- Engorgio!
- Mas o-qu...
As sacolas deram um pulo crescendo instantâneamente arremessando Draco pra trás, eram tantas sacolas que enterram o loiro em baixo dela.
Narcissa se assustou procurando Draco entre as sacolas finalmente achando ele.
- Luzfya. - Narcissa deu um olhar de reeprenção.
- Desculpa, eu só tava brincando com meu primo.
- Ela tá tentando me matar! - o loiro pulo pra frente irritado.
- Calma doninha, eu tenho algo pra você ficar feliz. - Luzfya começou a procurar entre as sacolas, a vampira virava a sacola de papel de ponta cabeça virando tudo que tinha dentro até achar uma coisa especial, um touca de natal que serviu perfeitamente no loiro emburrado.
- Ficou lindo meu filho. - Narcissa disse encantada.
- Tanto faz... - o garoto ficou emburrado e sentou-se no sofá.
- Tudo bem, logo passa. - a garota riu. - O tio Lucius tá na mansão?
- Ele ainda está no ministério da magia, vai demorar um pouco, tem certeza que quer fazer isso minha sobrinha?
- Tio Lucius não faz nem cossegas no meu pé, não tenho medo. - disse a garota com o semblante confiante.
- Bom se a senhorita diz, quem sou eu pra contrariar. - Narcissa deu de ombros.
E a verdadeira festa começou, a corrida contra o tempo antes de Lucius colocar o pé na entrada da mansão, tudo deveria estar em seu devido lugar.
Guirlandas e tops foram pendurados no teto da mansão, a árvore de natal foi armada por Draco que parecia um garoto de cinco anos empolgado, mas é claro que ele disfarçava dizendo comentários irritantes. Narcissa cuidou da comida Natalina, coisas de trouxas que ela havia aprendido também com sua nora Hermione. A vampira havia catado Hermione para ajudar na decoração também, a garota não gostava de ser mandada então Luzfya deixou ela no comando enquanto a mesma pegava e embrulhava os presentes de natal pra colocar em baixo da mesa, e é claro com a permissão de Hermione, Luzfya prometeu não abusar dos serviços dos elfos domésticos da mansão, só queria uma pequena ajuda deles e assim foi, todos trabalhado em harmonia e ao poucos de uma mansão escura e fria foi dando vida a uma mansão aconchegante e calorosa.
Hermione, Draco e Luzfya caíram no chão exaustos.
- Nunca mais caio na seu falatório... - Draco resmungou.
- O doninha, para de ser chato, você gostou de decorar que eu sei.
- Luzfya tem razão, você gostou eu estava te observando. - Hermione confirmou.
- Hum, e quem te deu permissão pra me observar? - ele brincou ganhando um tapa no ombro de Hermione.
- Daqui a pouco não vai ser um tapa e sim uma azaração! - a garota ameaçou.
- Tudo bem, Mione, não tá mais aqui quem falou.
- Acho bom.
- Espera... Não tô aqui pra ser uma vela. - Luzfya se levantou do chão. - Vamos trocar de roupa está quase na hora de todos comparecerem.
- Inclusive meu pai. - o loiro lembrou.
- É inclusive ele, vamos, vamos! - a vampira correu pro seu quarto que Narcissa reservou a ela.
A garota puxou seu vestido preto mais bonito e elegante e vestiu, seu cabelo comprido ondulado era perfeito então não precisava de mudanças. Hermione também tinha um quarto na mansão, e ela escolheu um vestido vermelho que Draco achou uma gracinha.
Logo Dobby anuncia a chegada de Pablo e seu avô Abraxas. Luzfya desceu as escadas correndo abraçando-se em seu patriarca de cabelo comprido até o ombro.
- Finalmente chegou meu pai. - a garota logo se abraçou em seu avô, com seu cabelo loiro e bem hidratado. - É muito bom ver você vovô.
- Sim, como conseguiu convencer meu filho mimado? - Abraxas perguntou curioso.
- É... - Luzfya engoliu seco. - Eu...
Narcissa pulou da cozinha com um enorme sorriso orgulhosa de si mesma por ter feito uma boa comida de natal trouxa.
- A comida de natal está pronta e posta a mesa. - ela gritou.
- Bem na hora. - Luzfya comemorou. - Vamos lá. - fez sinal com as mãos pra que a seguissem.
- Mas filha, cadê seu tio? - Pablo questionou procurando pelo irmão.
Pablo fechou a boca e um estrondo enorme surgiu, a porta havia sido aberta. Com sua bengala de cobra batendo sobre o assoalho em direção a sala de estar o loiro travou, a bengala caiu no chão, Luzfya levou o olhar para frente vendo seu tio estático, seus olhos azuis arregalaram-se e sua boca tremeu. Lucius tremia de raiva.
- Tio Lucius? - a vampira se aproximou balançando as mãos na frente do rosto.
- Você... - ele rosnou serrando os dentes.
- Não gostou? A mansão está mais viva agora com o espírito natalino. - ela sorriu inocente. - Vem vamos... - ela puxou Lucius pela manga, o loiro sem reação foi arrastado até a enorme mesa de jantar, havia um grande peru de natal, arroz com passas, pavê.
- Comida trouxa... - ele fez cara de nojo.
- Pai!! - Draco o repreendeu já que Hermione estava alí.
- Tudo bem Draco, ele ainda não se acostumou. - Hermione o acalmou.
Lucius levou seu olhar ao peru de natal.
- Não! Não é possível! Você não fez isso! - ele se aproximou indignado, porém Luzfya pulou na frente e riu nervosa. - Não são os seus pavões albinos! Fique tranquilo é um peru normal.
- Lucius, eu já disse pra parar de implicar com sua sobrinha! - Narcissa apareceu e foi até ele com um laço preto juntando o cabelo dele e fazendo um pequeno tope.
- Cissa, você vai deixar ela estragar a mansão?! - Lucius incrédulo se vira pra sua amada.
- A mansão está linda assim, não aquela coisa pesada de antigamente quando éramos comensais.
- Vai tio Lucius, não é tão ruim assim. - a garota sorriu de forma debochada.
- Isso vai passar só dessa vez. - avisou.
- Claro tio, eu prometo. - Luzfya afirmou dobrando os dedos atrás das costas fazendo Draco e Hermione rirem abafado.
Lucius sentou-se a mesa e Narcissa o serviu, ele fez cara de nojo, mas assim que ele colocou a primeira garfada na boca ele não admitiu, mas amou muito aquela comida que Narcissa havia feito.
Todos da família saborearam as refeições do mundo trouxa da época de natal.
Mesmo que Lucius não admitisse, era bom ter uma doida como sua sobrinha estranhamente estranha, era oque faltava pra família Malfoy
voltar a se reerguer do seu passado sombrio.
E assim se finda o natal mais estranho que você já viu, Luzfya a vampira iluminou a mansão dos Malfoy.
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