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The Opposite Sides

- Boa tarde para o meu maior admirador e os seus compatriotas! - Sorriu abertamente para a câmara. - Eu sei que sentiram muito a minha falta nestes últimos tempos, não precisam de dizer o óbvio. Principalmente tu, meu docinho, Lee Jeno. Quanto tempo sem o meu distúrbio? Aborrecido? Provavelmente sim. Comigo foi a mesma coisa - Suspirou. - Ficar sem te provocar e tirar-te do sério é chato demais, mas eu voltei! Estava com saudades de te ver de uniforme da polícia... Já te disse alguma vez que ficas um gostoso da porra desse jeito? Acho que já, mas vale a pena repetir - Sorriu sacana. - Como eu não tenho muito tempo até vocês chegarem aqui para tentarem me apanhar e eu já estiver indo embora como sempre e para o vídeo não ficar muito longo, talvez eu demore para voltar outra vez a atormentar-te, por isso...

O som das sirenes da polícia começaram a fazer-se ser ouvidas perto do local onde Jaemin estava, fazendo com que a sua atenção para a câmara fosse interrompida. Logo tratou de ser mais rápido para conseguir sair dali ileso com os objetos que fora roubar e para terminar o vídeo.

- Enfim, não posso dizer muita coisa, mas nos veremos em breve, eu prometo. Não sintas muitas saudades de mim! Amo-te seu gostoso, beijos! - Terminou o vídeo e deixou a câmara em cima do balcão da loja de jóias.

Rapidamente, Jaemin pegou nas suas duas bolsas cheias de jóias - que havia escolhido uma por uma para usufruí-las depois - e de dinheiro, e saiu dali pelas traseiras da loja para não ser apanhado pela polícia e ir preso cedo demais daquilo que tinha planeado.

E como sempre, o plano decorreu como nos conformes.

[...]

- Ele só pode estar a brincar comigo!

A voz alcançou os canais auditivos de todos os trabalhadores daquela esquadra. Não estavam surpreendidos pelo surto repentino do colega, mas sim cansados por nunca conseguirem chegar a tempo de apanhar Na Jaemin.

E o pequeno surto ocorreu derivado após todos assistirem o último vídeo deixado no local do crime.

- Quem este canalha pensa que é?

- Ele chamou-te de "Meu Melhor Admirador" e de "Docinho" - Seu colega Lee Donghyuck, que também estava cuidando daquele caso complicado, brincou e riu das suas expressões raivosas e surtos.

- E nós somos os compatriotas... - Murmurou Mark.

- Vocês não estão ajudar - Jeno alertou.

- Agora falando a sério - Donghyuck começou - Como que o vamos apanhar se ele disse que vai demorar para voltar a roubar? Sendo que quando ele está ativo não o conseguimos apanhar na mesma? - Indagou de braços cruzados e com o olhar sério, mas todos ali sabiam que esse ar desapareceria rapidamente.

- Sei lá eu. Este canalha é perfeito naquilo que faz...

- O Jaemin disse que te amava e chamou-te de gostoso duas vezes... Tem algo rolando aqui e eu não sei?

- E o ar sério foi embora - Mark proferiu.

- A única coisa que 'tá rolando aqui é a minha mão na tua cara - Jeno ameaçou, e isso só fez com que o Donghyuck risse ainda mais.

- A real questão que tenho neste momento é: porque ele tem demorado a aparecer nos últimos casos? Não é normal. Ele antes aparecia semanalmente e agora demora quase um mês. - Demandou Huang Renjun, outro colega de Jeno que estava encarregue daquele caso, e o chinês era o mais sério de todos daquela equipa.

- Também reparei nisso - Jeno concordou. - Tem alguma coisa empatando-o à algum tempo.

Como todos sabiam que não adiantava nada ficar remoendo aquelas questões sem respostas por enquanto, por estarem exaustos e com o expediente no final, decidiram ir para casa recarregar as energias para queimarem neurónios no dia seguinte com aquele caso, mais uma vez.

Jeno prometeu aos seus colegas de trabalho que iria dormir oito horas ou mais e não iria ficar pensando sobre as palavras de Na Jaemin. Dizer era fácil, mas agora cumprir... A verdade era que Jeno tinha o hábito de ficar pensando nos seus casos vinte e quatros horas por dia sem parar, e isso era terrível, porque quando menos ele esperava, já estava com as mãos na massa trabalhando quanto em casa, quanto na esquadra.

Era automático.

Dentro do carro, Jeno deixou a cabeça cair ligeiramente para o volante e descansou lá por míseros segundos mentalizando-se de que hoje era dia de descanso e faria de tudo para não pensar no maldito caso e na maior incógnita que possui. Saiu do carro que nem uma tartaruga e o fechou, caminhando até à porta da sua casa e colocou a chave para destrancá-la na fechadura, apercebendo-se de que a mesma não estava mais trancada como havia deixado de manhã.

- Eu juro tê-la trancado antes de sair... - Sussurrou para si quase inaudivelmente.

Logo calculara as possibilidades de terem arrombado a sua porta e roubado ou vasculhado a casa e terem ido embora sem trancar de novo - ladrões amadores (era assim que os chamava) - ou terem destrancado a porta com sabe-se lá qual objeto e vasculhado e não encontraram o que queriam na casa de um policial que possivelmente já o tinha colocado na cadeia e certamente ganharam ódio pelo Lee, ou...

O esperavam lá dentro.

Logo tratou de pegar na arma que descansava no suporte na sua cintura e desejou não usá-la pelos barulhos estridentes que esta faz, piorando a sua dor de cabeça e mal-estar. Jeno apenas precisava de paz e de uma boa noite de sono, mas parecia que o mundo estava contra ele desde que o caso de roubos de Na Jaemin foi parar ao seu domínio.

Abriu a porta cautelosamente, fazendo com que esta rangesse, confirmando a sua presença na sua moradia.

Adentrou a casa na maior calma que conseguia e fechou a porta, olhando para o lado da sala do lado esquerdo, e no pequeno corredor há sua frente que ligava ao seu quarto de porta aberta. Sem sinal de companhia. Não relaxado a cem porcento, Jeno caminhou pelo pequeno corredor, ainda com a arma em mãos, pronto para bisbilhotar o seu quarto.

Antes que pudesse reagir, mãos circularam os seus pulsos tentando tomar a arma. Ficaram nessa luta eterna até Jeno conseguir tomar controle da situação e encostou o invasor à parede com o seu braço direito (onde possuía a arma) esticado para impedir com que o desconhecido tentasse disparar, e o seu braço esquerdo dobrado apertava um pouco a garganta do outro.

Quando se permitiu olhar para a faceta do atrevido que invadira a casa de um polícia, pronto para ditar palavras autoritárias apropriadas para aquele crime, sentiu o seu coração acelerar por tamanha presença.

- Olá, docinho - Sorriu abertamente, como se estivesse contente por estar encurralado entre a parede e o polícia que tanto chamava de gostoso. Ele estava, na verdade, mais do que contente. - Sentiste saudades minhas?

Jeno havia perdido a habilidade de fala naquele momento. Na Jaemin estava ali? Na sua casa? A única coisa que conseguia fazer naquele instante era olhar estupefacto para o ladrão que invadira a sua casa em silêncio, sentindo o seu coração dar uns solavancos e o seu estômago revirar.

- Deixei-te sem reação foi? Sou tão irresistível assim? - Proferiu sorridente.

- Que porra fazes aqui? - Questionou mais sério do que o normal. O seu corpo estava reagindo à aproximação dos corpos, e sua mente estava se negando em fazer qualquer coisa que remetesse a dar-lhe um tiro ou prendê-lo. Não sabia o que estava acontecendo, mas estava completamente preso naquelas orbes escuras como a noite.

- Vim-te fazer uma visita amigável, mas vejo que isso não é o teu tipo, mas sim recepções violentas - Referiu-se à arma do Lee e da pequena disputa que tiveram pela arma. - Tudo bem. Eu posso viver com isso. Eu gosto - E lançou outro sorriso cativante para Jeno.

As hipóteses de Jaemin estar brincando com a paciência inexistente de Jeno só fazia com que a vontade de lhe bater aumentasse a cada frase dita por ele.

- Dá-me um motivo para não te prender neste momento.

- Calma aí, docinho. Mas primeiro tens de me largar - Meio que relutante, Jeno liberou os seus apertos e afastou-se de Jaemin, este que caminhou livremente até à sala e permaneceu em pé.

Permaneceram durante uns segundos perdidos numa troca de olhares intensa, e Jaemin decidiu quebrar o silêncio com um murmúrio:

- Caralho, tu és mesmo um baita gostoso...

- Desembucha, Jaemin. Não tenho o dia todo. - Jaemin emburrou a expressão.

- Eu quero e preciso que me acompanhes numa noite até ao casino - Pediu libertando o ar que prendia que nem deu conta.

Jeno soltou uma risada sem graça.

- Quê? Que raio de pedido é esse, Jaemin? Como tens coragem de me pedir uma coisa dessas? Eu já te podia ter prendido, sabes disso, certo?

- Então porquê que não o fizeste? - Perguntou obtendo um tom sério.

Porque ainda não o prendi? - questionava-se Jeno mentalmente. Porquê? Mal obteve o braço de Jaemin nas mãos já o deveria ter algemado para início da conversa, e tê-lo levado para a esquadra onde Jaemin seria interrogado e condenado pelos roubos cometidos.

Se algum superior visse aquilo, queimaria Jeno vivo.

Jaemin, sabendo que com aquela questão havia deixado Jeno pensativo, continuou tentando ter o seu consentimento:

- É um assunto sério para mim, e que pode ajudar-vos no meu caso. Qualquer coisa que verás quando estivermos lá, é mais uma prova que pode ser usada contra mim no meu julgamento.

- E porque me dás esse benefício?

Jaemin sorriu pela questão traiçoeira.

- Ainda não precisas de saber.

- Sabes que estou a cometer um crime neste momento, correto? - Recebeu a confirmação com um menear de cabeça. - Deixar um ladrão ileso há minha frente, um. Conversar com ele na maior paz do mundo e deixá-lo escapar entre meus dedos enquanto tive a oportunidade de o prender, dois. - Jaemin abaixou a cabeça.

- Acompanhá-lo até um casino, três. Basicamente como se tivesses a ser meu cúmplice.

Jeno suspirou dolorosamente.

- Tu queres que eu me foda, não é? Porque me estás a pedir isso?

- Porque eu preciso te mostrar o que mereces saber sem os outros saberem! Jeno, não podes contar a ninguém sobre isto, por favor. Eu te imploro! - O seu tom sério fazia com que Jeno ficasse ainda mais indignado e frustrado. Porque logo ele? Porque não podia ser outro polícia qualquer?

- Porque achas que podes confiar em mim?

- O amor tem essas coisas... - Murmurou timidamente enquanto balançava o seu pé devagar e Jeno suspirou pesadamente ignorando-o.

Lee calculou os prós e contras daquele convite e da sua situação precária. Na Jaemin tinha o poder de foder com a sua vida em questão de segundos e isso era fato, infelizmente. Fazer o quê? Parecia tudo destinado a dar errado. Jeno questionava-se todas as vezes: "e se eu nunca tivesse ficado com este caso?" Se ele não tivesse ficado encarregue deste, certamente estaria numa paz do senhor - não propriamente, mas acreditava que estaria num patamar muito melhor, e não num perto de ser preso por conviver com o ladrão mais procurado da Coreia do Sul. Desesperados, concorreram ao melhor polícia que poderia existir na Coreia, este que também não o conseguia apanhar. Mas, o ladrão estava na casa dele. Para mais uma conquista na sua carreira, bastava somente dizer que não iria acompanhá-lo até ao casino e o prenderia logo em seguida. Todavia, porque não conseguia fazer tal coisa? Parecia que estava tudo preso, dando error 404 no sistema do Jeno.

Aqueles olhos negros observavam o polícia de uma maneira inexplicável, os arrepios percorriam a espinha do Lee sem medo algum, fazendo com que ele se arrependesse da sua decisão.

- Eu irei te acompanhar.

Ter dito tais palavras em voz alta fora um pecado aterrorizante. Os benefícios de aceitar tal proposta: como Jaemin mencionara, tudo que Jeno viria naquele casino poderia ser utilizado contra o ladrão, ou seja, mais hipóteses de provas para o caso. Jeno perguntou-se mentalmente naquele instante: porquê que Jaemin estava dando-lhe tal oportunidade? Tinha algo a mais acontecendo ali e daria a chance de Jaemin explicar-se no dia que fossem ao casino para puder ter tudo na palma da mão.

- Eu sabia que não resistirias passar uma noite comigo - Sorriu cativamente e Jeno amaldiçoou-o por ter um sorriso tão belo como aquele.

- Mas só com uma condição - Iniciou e viu Jaemin revirar os olhos colocando as mãos nos bolsos das calças, dando sinal para o Lee continuar - Nada de elogios ou murmúrios à cerca de como fico de uniforme, por favor. Isso é extremamente constrangedor.

- Irei tentar, mas não prometo nada. - Jeno enrugou a expressão, como se estivesse dizendo que, sem esse acordo, ele não iria. - Queres que faça o quê? É inevitável. - Suspirou - Ok! Talvez eu consiga, mas não podes ir todo produzido não, senão ainda te salto para cima - Caminhou até à porta da residência pronto para ir embora.

- Não tens medo do perigo, pois não?

Com a mão na maçaneta e a porta já aberta, Jaemin virou o pescoço de uma maneira que conseguisse ver o rosto tenso de Jeno e respondeu:

- Eu sou o perigo - Sorriu de uma forma indecifrável que fez Jeno arrepiar-se por inteiro e teve de arrumar a postura. - Sábado às dez horas estou aqui. Sem atrasos. - E saiu. Jeno pôde respirar desesperadamente. Onde estava com a cabeça para aceitar "sair" com um ladrão?! Não estava nos seus dias, definitivamente, não estava.

Jeno trancou a porta da sua casa mais que o necessário, perdera-se nas contas de tão desesperado por paz estava. Não sabia mais o que fazer para melhorar o seu estar que acabou por aceitar aquele convite sem noção do Na. Foi retirando o seu uniforme de trabalho enquanto caminhava do banheiro para o quarto, depositando a roupa sobre a cama macia que o chamava para descansar pelas próximas horas. O horário não importava mais. Ele iria dormir mesmo sem jantar. A gota d'água daquele dia havia sido esgotada a pontos extremos. Jeno só queria apagar aquele dia e a sua vida inteira e recomeçar do zero.

Nunca deveria ter aceitado aquele caso. Oxalá Na Jaemin não fosse tão atraente - quanto virtualmente, quanto pessoalmente. Aquele ladrão era o pecado em pessoa e disso o Lee tinha toda a certeza absoluta.

Pensava em Jaemin enquanto sentia os espirros da água quente aquecerem a sua pele. O que Jaemin escondia por detrás daquele sorriso galanteador? Daquele escudo? Daqueles olhos negros que faziam Jeno se sentir pressionado? Qual era a magia? Qual era o truque para tal atração? Nunca desejara aquilo para a sua vida, nunca pensara nessa possibilidade. Mas ali estava ele, naquela situação nunca antes vivida por si. Estava com medo do que lhe poderia acontecer caso fosse descoberto pelos seus superiores? Estava. Tremendo, como se estivesse a trovejar por dentro, a balançar sem apoio. Mas Jeno tinha um apoio, apoio esse que deveria estar assistindo A Banca dos Beijos 2 como se pudesse ter o seu Noah - que vamos renomear de Mark Lee - e o seu Marco - que vamos renomear de Lee Jeno.

Sim, Lee Donghyuck era o seu apoio. Péssimo, mas eficaz ao mesmo tempo.

[...]

A sensação de ter alguém ao seu lado sempre que necessitasse de um carinho diferente era reconfortante. Jeno tinha esse carinho sempre que estava carente, sempre que necessitava de espairecer a mente e para poder sentir algo mais forte, profundo. Ele era um ser humano solto, tinha esse poder. Ele não era o único naquele quarto com os mesmos pensamentos e motivos.

- O que te perturba, Nono? - Questionou o mais novo fazendo círculos imaginários sobre o peito desnudo do mais velho.

- É um assunto bastante complicado e... Importante? - Donghyuck notou a aflição de Jeno sobre aquele assunto e ajeitou-se na cama, sentando-se.

- Podes-me contar, meu anjo. Estou aqui para o que for preciso, e tu sabes disso.

- Eu sei mais do que ninguém neste mundo. - Colocou-se na mesma posição de Hyuck. - Realmente não sei como começar - Murmurou mexendo freneticamente os dedos uns nos outros que não tardaram a ser tomados pela mão quente do Lee mais novo.

- Somente quando estiveres pronto, Jeno. Para ti tenho todo o tempo do mundo, meu Marco. - Brincou para conseguir retirar todo aquele nervosismo que Jeno transmitia.

- Ficarias com o teu Noah, mesmo o Marco sendo mais gostoso? - Perguntou brincando, mas não se referindo aos personagens no filme em questão, mas sim do garoto que o Haechan gostava.

Donghyuck apenas abriu a sua boca em surpresa por tal audácia.

- Claro que ficaria com o meu Noah em vez do Marco, seu embuste! Noah tem o meu coração...

- Eu sei, eu sei - Riu pelo surto. Quando se falava de Mark Lee, Haechan era outra pessoa (de um jeito bom, claro). - Quando é que vocês vão deixar de ser cu doce?

- Não sei e não me interessa neste momento. O foco és tu esta noite. - Logo cortou o assunto do seu lado.

Naquela noite, Jeno chamou Haechan para a sua casa para tratarem de um assunto seu da forma diferente que somente eles sabiam, e não de um assunto não retratado antes, o de Haechan. E ele tinha razão. O foco daquela noite não era ele, mas sim o Jeno.

- É uma loucura. É o caos.

- Fala logo! Estás a deixar-me nervoso!

- O Na Jaemin esteve aqui na terça. - Ditou de uma vez. O rosto de Donghyuck petrificou por segundos, e o tão conhecido sorriso maroto deu as caras.

- O Jaemin esteve aqui? Na tua casa? - O seu sorriso só aumentava a cada confirmada com a cabeça que Jeno dava. - Puta que pariu!

- É.

- E então? Ele atirou-se para cima de ti? Beijou-te? - Questionou euforicamente.

- Não! Porque ele faria isso?!

- Eu conheço aquele fogo que ele tem nos olhos quando fala sobre ti.

- Tipo aquele fogo quando o Mark sorri para ti? - Viu o sorriso no rosto de Haechan desaparecer num instante. Jeno riu.

- Não estamos a brincar! É um assunto sério. - Bateu na coxa desnuda do Jeno.

Jeno não sabia porque Hyuck ficara tão contente e eufórico por saber que Jaemin aparecera na sua casa do nada. Parecia que havia voltado para o seu primeiro dia de trabalho onde vira pela primeira vez Mark Lee e só não caiu das escadas abaixo porque tinha um corrimão onde se apoiou. Donghyuck conseguia ser um adolescente de quinze anos em seus plenos vinte e três anos na fase de rebeldia. Jeno não compreendia e achava que nunca iria.

- Ele pediu-me para acompanhá-lo numa noite ao casino. E, aliás, esse dia é hoje.

- Aceitaste? Porque não me disseste mais cedo?!

- Eu aceitei, mas arrependi-me na mesma hora.

- Porquê seu Virgem Maria?!

- Como que me perguntas o porquê?! Já viste o prejuízo que vou ter se descobrirem que andei com o ladrão mais procurado da Coreia do Sul, Donghyuck? Aliás, eu tenho o caso dele no meu comando! E não me chames de Virgem Maria, por favor! Perdemos a virgindade juntos. - Agitado e farto de estar parado, Jeno levantou-se e começou a andar de um lado para o outro.

- Eu sei. Mas nós os três somos os únicos que sabemos disso, certo? Acredito que Jaemin e tu não contaram a mais ninguém ou a ninguém, e muito menos eu. - Suspirou - É realmente perigoso vocês serem vistos juntos porque tu és polícia e ele um ladrão... Só cuidado, é a única coisa que peço. Não estou a dizer que é o certo porque está longe de ser, só que... aproveita o que ele tem para te contar e demonstrar, pode ser útil. Podes descobrir algo a mais em ti, nele... Entre vocês...

- Achas que eu poderia apaixonar-me por ele? - Perguntou de repente.

- Acho.

- Porquê?

- Porque ele é bonito e gostoso demais, e tu, Lee Jeno, não resistes a gostosos - Riu malicioso, referindo-se a si próprio e ao ladrão. - Que horas vocês marcaram?

- Dez horas.

Donghyuck alcançou o seu celular da cômoda e arregalou os olhos pelo horário.

- Caralho! Namoramos tempo demais hoje. Tens meia hora! - Levantou-se da cama atirando o celular de onde saiu, caminhando até ao guarda-roupa do seu amigo.

- O que estás a fazer? - Murmurou enquanto via o seu amigo vasculhar o seu guarda-roupa sem autorização.

- A ajudar-te a escolher um look, oras. Sabes que eu sou uma pessoa amigável e cheia de boas intenções.

- E de más intenções.

- Continuando... - Ignorou o rumo que o Jeno queria tomar com aquela conclusão absurda sobre o seu ser e continuou procurando o que queria.

Suas belas mãos alcançaram um traje formal: uma camisa branca, blazer preto e calças clássicas da mesma cor; e um sapato preto verniz. Virou-se para Jeno que o encarava esperando por indicações.

- Estás aqui parado ainda porquê? Vai tomar banho!

Logo Jeno encaminhou-se para o banheiro e ligou a água. Saberia que se pensasse demais naquele assunto acabaria por viajar nas consequências daquela "saída" e isso não o levaria a lugar nenhum. Enquanto esfregava seu corpo com gel de banho, mentalizou-se de que iria fazer aquilo para conseguir provas para o caso de Na Jaemin e só. Imediatamente, Haechan entrou no banheiro com a roupa que escolheu para o seu melhor amigo usar naquela noite, junto com uma box e meias.

- Avisa-me quando estiveres vestido - saiu após pedir e fechou a porta para o Lee conseguir tomar um banho tranquilo.

Assentiu inaudível e continuou o seu banho. Enrolou uma toalha na cintura e saiu da banheira. Tratou de se secar e vestir as suas roupas, saindo do banheiro e parando no seu quarto. Parando em frente de Haechan, Jeno indaga:

- Onde está a gravata?

- Que gravata, 'tas doído? - Prontamente o Lee mais novo demonstrou uma expressão de indignação. - Quem é que em pleno século vinte e um usa smoking de gravata para sair à noite?

- Eu?

Donghyuck abanou a cabeça em negação e aproximou-se do amigo abrindo os três primeiros botões da camisa, deixando o peito exposto.

- 'Tá muito aberto, Donghyuck - Resmungou tentando apertar dois botões.

- Cala a boca! Para quieto. Não mexe. - Tapeou várias vezes as mãos inquietas de Jeno, até que ele desistiu de fechá-los e contrariar um Lee Donghyuck puto da vida.

Ficou olhando-se no espelho, apreciando o quão bonito estava naquela noite. Realmente, Donghyuck tinha jeito para a coisa. Terminando o look, colocou um relógio no pulso esquerdo e uma bracelete prata no outro, uma correntilha também da mesma cor e um perfume forte nos pulsos, espalhando no pescoço em seguida. Haechan ajudou-o no cabelo, penteando os seus fios para os lados, ficando ainda com mais charme. Ouvira Donghyuck suspirar, e logo dizer:

- Quem me dera que estivesses assim todo nhonho 'pra mim - Choramingou, fingindo birra e que se importava com aquilo. Na verdade, Hyuck estava mais do que contente por ver Jeno desencalhando.

O seu coração já tinha dono.

- Para de choramingar e faz-te ao Mark. Ele que te suporte.

Haechan ia começar o seu discurso, mas o toque da campainha o impediu. Prontamente Jeno caminhou até à porta depois de sussurrar sem parar para Donghyuck sair dali somente quando Jeno não desse mais sinal de vida - uns cinco a dez minutos.

Abriu a porta cautelosamente sentindo o nervosismo alcançar a sua espinha, vendo a bela e elegante silhueta de Na Jaemin de smoking - com gravata. Vingaria-se com Haechan no dia seguinte.

- Estás lindo - Jaemin elogiou com os olhos brilhando e com um sorriso nos lábios.

- Vamos embora.

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