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cinema

YEJI



Eu gostava de Ryujin mais do que queria admitir. Quando ela me chamou para sair, fiquei perto de ter um ataque cardíaco, pois nunca imaginei que isso aconteceria.

Enquanto me encarava no espelho, estava um pouco nervosa e com medo de não estar bonita o suficiente. Vestia um vestido azul com um casaco de tecido fino por cima, sapatilhas brancas e um laço da mesma cor, que prendia uma pequena trança em parte do meu cabelo, enquanto o restante estava solto.

Eu não sabia me maquiar, então Chaeryeong estava em minha casa me ajudando. Ela aplicava o blush com cuidado enquanto eu tentava controlar a respiração e o nervosismo.

━━ Pare de se mexer — repreende ela. — Estou quase terminando.

Reviro os olhos e apoio as mãos na beirada da cama. Chae é do tipo de garota que acorda às seis da manhã para se maquiar antes de ir para a escola, o que, acredite ou não, conquistou o coração de Lia, sua namorada.

━━ Prontinho — ela diz, sorrindo e me mostrando o espelho. — Você está parecendo uma princesa, Ji.

Sorrio ao ver meu reflexo. A maquiagem era leve e realçava meus traços naturais. O gloss transparente deixava a cor dos meus lábios natural.

━━ Você não acha que seria melhor um batom? — pergunto, olhando para ela.

━━ Ela vai tirar de qualquer jeito — responde, com um sorriso malicioso.

Minhas bochechas coram na hora. O que ela estava pensando? Era só uma troca de favores. Ryujin só me chamou para sair para retribuir minha generosidade, e não havia nada além disso.

━━ Você vai de ônibus? — Chaeryeong pergunta, guardando as maquiagens na bolsa.

━━ Meu irmão vai me levar — respondo.

━━ Que milagre é esse? — ela exclama, surpresa. — Ele nunca faz nada por você.

Sunoo realmente não fazia nada por mim, e isso deixava claro que ele queria algo em troca. Mesmo sem carteira de motorista, ele tinha em mãos as chaves do carro dos nossos pais, que, mesmo estando longe, deixavam que ele usasse à vontade.

Ouvimos batidas na porta, e Sunoo aparece, encostando-se no batente.

━━ Já está pronta? Temos que ir logo — diz ele. — Ah, oi, Chaery.

Ela acena, e eu me despeço dela. Eu e Sunoo descemos e entramos no carro. Coloco o cinto de segurança, nervosa, e retoco meus lábios com o gloss que Chaeryeong me emprestou.

━━ Está indo em um encontro? — pergunta ele, e confirmo com a cabeça. — Quem é ele?

━━ É ela — corrijo, receosa. — É uma garota.

Sunoo fica em silêncio por um tempo enquanto dirige. Deduzo que ele não gostou, e talvez eu me meta em encrenca com nossos pais.

Meus pais eram mais velhos e, como muitos da geração deles, tinham ideias bem rígidas e reservadas sobre relacionamentos entre pessoas do mesmo gênero. Me pergunto se eles vão me aceitar quando descobrirem.

━━ Espero que essa garota seja legal — diz Sunoo, ainda prestando atenção no trânsito. — Você gosta dela?

━━ Muito — respondo quase em um sussurro.

━━ Parece que nosso DNA realmente está interligado. Não é à toa que somos irmãos — ele comenta, rindo. — Achei que eu era o único que gostava de garotos.

Arregalo os olhos, surpresa. Sunoo sempre pareceu tão na linha, sempre rindo dos comentários homofóbicos dos nossos pais e falando sobre garotas nos jantares.

━━ Eu não sabia disso — digo, olhando para ele. — É sério?

━━ Apesar de sermos irmãos, parecemos muito distantes, não acha? — ele responde. — Mas eu te apoio em qualquer decisão, Yeji. Se um dia você aparecer em casa com uma namorada, vou sentar perto dela, cumprimentá-la e exigir que cuide de você como você merece. Não importa se será uma garota ou um garoto; só quero que você esteja com alguém que goste de verdade de você.

Fico surpresa com a compreensão de Sunoo e, mais ainda, ao descobrir que ele também é homossexual. Isso era uma grande novidade para mim, e parecia que tudo mudaria a partir dali.

━━ Eu sempre pensei que, se te contasse, você usaria isso contra mim para me colocar contra os nossos pais — digo. — Sempre quis entender por que você me tratava com tanta indiferença.

━━ Eu sei que errei com você, Yeji. Não tinha motivo para te tratar assim, mas, por algum motivo, acabei usando você como uma espécie de caixa para guardar todos os meus problemas, como um saco de pancadas — ele diz. — Eu sei que você se sente triste pela rejeição dos nossos pais; eu também me sinto. É como se eles não tivessem filhos, viajando pelo mundo sem nem saber como estamos — ele desabafa. — Eu sei de coisas que nem você nem Yuna sabem, e por isso quero proteger vocês da verdade a todo custo.

Fico em silêncio. Sunoo continua dirigindo calmamente, diferente das outras vezes, em que ultrapassava os limites de velocidade. Passei a vida toda pensando que era a única coitada, mas, no fim das contas, Sunoo e Yuna sofriam tanto quanto eu.

━━ Não quero te encher com esses assuntos filosóficos. Você tem um encontro e merece se divertir — ele diz. — Mas saiba que vou cuidar de você e da Yuna. Mesmo que papai e mamãe não estejam aqui, serei aquele que vai te aconselhar e dar sermões quando você aparecer namorando.

━━ Eu te amo — digo, com o olhar abaixado pela primeira vez.

Eu tentava conter as lágrimas. Sunoo acabara de dizer as palavras que eu esperei ouvir a vida inteira, e jamais imaginei que as coisas fossem assim.

Sem perceber, chegamos ao cinema. Meu coração dispara ao pensar em Ryujin, e meu irmão segura minha mão, sorrindo.

━━ Bom encontro, Ji. Amo você — ele diz, dando um beijo no topo da minha cabeça.

Saio do carro e me despeço dele, caminhando em direção ao cinema. Minhas mãos tremem de nervoso, e sinto que vou derreter ao ver Ryujin esperando por mim.

Ela não estava esperando outra pessoa, não estava sorrindo para mais ninguém. Ela estava sorrindo para mim.

━━ Você chegou — diz ela, sorrindo e se aproximando. — Está linda.

Minhas bochechas coram, e sorrio timidamente.

━━ Você também está perfeita. Na verdade, você sempre é bonita — respondo, e ela ri.

━━ Vou comprar pipoca e refrigerante para nós — ela diz, começando a andar, e eu a sigo. — Eu devia ter te pedido para vir de rosa. Vamos ver "Barbie".

━━ Sério? — pergunto, surpresa. — Eu estava louca para ver esse filme!

Ela sorri, pega as pipocas e o refrigerante. Entramos na sala de cinema e nos acomodamos nas poltronas, observando as pessoas chegando aos poucos.

━━ Estava ansiosa para ver esse filme. Não consegui pensar em uma companhia melhor que você — ela diz, me entregando o balde de pipoca.

Sinto borboletas no estômago e desvio o olhar, sorrindo timidamente. Depois de um tempo, volto a olhar para ela.

━━ Sempre que quiser, posso ser sua companhia — digo, tomando um gole do refrigerante. — É bom saber que faço alguma diferença, por menor que seja.

Pouco depois, o filme começa. Todas as pessoas estão vestidas de rosa, até mesmo os homens. Isso faz com que eu e Shin Ryujin nos destaquemos na multidão, eu de azul e ela com um vestido branco.

Durante o filme, ela encosta a cabeça no meu ombro, e sinto vontade de derreter ali mesmo. Minhas pernas ficam moles como gelatina, e um frio percorre minha espinha ao vê-la sorrir. Aproveito a oportunidade para pousar minha cabeça sobre a dela, sorrindo. Trocamos carícias bobas durante o filme e, quando termina, saímos do cinema.

━━ O que achou do filme? — ela pergunta, sorrindo.

━━ Incrível, simplesmente — digo, maravilhada. — Foi um dos melhores que já vi.

━━ Acho que minha dívida com você está paga então — brinca ela, rindo.

━━ Acho que ainda não — digo, sorrindo.

━━ E o que mais preciso fazer para pagar minha dívida?

━━ Me dê um beijo.


NOTES

o próximo capítulo vai ser narrado pela Ryujin hehehe. Espero que gostem!

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