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Último capítulo pt. 1

O fechar de um ciclo

- Acho que nunca te vi tão nervosa, mãe. - confessou Ariel, esboçando um sorriso alegre - Estás toda a tremer.

- Não me viste no dia do meu casamento, querida. - respondeu Laurel, ajeitando as mangas do vestido - Achas que devia mudar de sapatos? Ou talvez refazer o cabelo? Sim, acho que o cabelo não combina com...

- Tia, estás linda. - assegurou Amy, apertando-lhe a mão- Eu já disse à Ari, quando tiver a tua idade quero ter o teu aspeto. Parece que não envelheces, não tens quase rugas nenhumas, sem cabelos brancos...

- Os meus cabelos brancos são de te aturar, filha. - protestou Meredith, entrando pelo quarto adentro como um furacão - A mãe também está aqui para as curvas, porque é que não me dizes que queres ser como eu quando cresceres?

- Deixa de ser ciumenta! - repreendeu Laurel, embora estivesse a sorrir, divertida - Vocês têm a certeza que não é melhor mudar de sapatos?

- Estás doida? Esses sapatos são perfeitos com esse vestido. Além do mais... - Meredith cruzou os braços, indignada - Duvidas da tua estilista?!

- Está tudo bem aí dentro? - questionou Scorpius, batendo suavemente na porta, sem a abrir.

- Sim, querido. - respondeu Laurel, torcendo as mãos - Ele já chegou?

- Claro que sim, mãe. Ele está à tua espera.

- Laurel, respira. - disse Ashley, aproximando-se da melhor amiga com um sorriso suave - Está tudo bem. Vai correr tudo na perfeição e vai ser ainda mais bonito do que a primeira vez.

              Ariel Ravenclaw assentiu efusivamente, concordando. A jovem dos cabelos loiros abraçou a mãe, tentando conter o choro que já ameaçava sair. A cerimónia ainda não tinha começado e ela já estava emocionada, tal era o amor que tinha pela sua família. Amava Laurel com todo o seu coração e sempre seria grata por ter sido aquela família a escolhê-la. Não era necessário partilhar laços de sangue para amar e ser amado. Era necessário apenas ter um coração disponível para expressar esse amor por todas as criaturas e não havia ninguém com mais amor para dar do que a sua mãe, Laurel Ravenclaw.

            Amy Lovelace sentia exatamente o mesmo que a prima. Com um sorriso no rosto, enlaçou os braços em ambas as mães, recebendo um beijo estalado da sua mãe Ashley e um piscar de olhos da sua mãe Meredith, sem deixar de notar o olhar apaixonado que elas partilhavam entre si. Durante o seu crescimento, May acreditava que o amor só valeria a pena se fosse como o das mães: intenso, cheio de partilha e esperança, uma verdadeira ligação de almas. Nunca pedira menos para si e graças a Merlin, esse amor surgira e desenvolvera-se com os anos.

          As duas descendentes das famílias Ravenclaw-Malfoy e Hufflepuff-Lovelace eram gratas pela vida que tinham. Ambas tinham sido deixadas pela sua família de sangue e ambas tinham sido adotadas por pessoas incríveis, que queriam tanto dar amor como duas crianças queriam receber. Tinha sido uma união perfeita de ambas as partes e estarem ali a desfrutar daquele momento apenas lhes mostrava isso com mais clareza.

- Laurel? - chamou a voz de Harry Potter do outro lado da porta, hesitante - Está na hora. Se fizer esperar o teu marido por muito mais tempo, atiro-o pela janela. O homem não se cala um segundo, está uma pilha de nervos.

          Laurel reprimiu um soluço, levando as mãos à boca e respirando fundo. Recordava-se com carinho do seu casamento: algo rápido, sem uma grande festa como Meredith tanto quisera preparar, algo intimista e que acontecera durante os julgamentos da Segunda Guerra Bruxa. O peso do pós-Guerra toldara o momento de amor e de festa, inevitavelmente. Agora, estava ali, outra vez nervosa mas desta vez mais consciente do que se estava a passar.

            Três dias antes, quando saíra de Hogwarts depois de mais um dia de aulas como professora de Cuidados Mágicos, ela chegara à Mansão Ravenclaw como de costume. Entrara, pousara a sua mala e suspirara, como sempre fazia, sentindo-se cansada mas realizada. Amava o que fazia e amava poder ver os seus meninos a preambularem por Hogwarts, como ela um dia fizera. Costumava regressar a casa com Draco, quando ele acabava o seu horário como professor de Defesa Contra as Artes Negras, mas ele disseram-lhe que ia mais cedo para preparar as aulas seguintes. Ela não achara estranho; na verdade, Draco era um profissional como ela não sabia que ele seria, sempre a preparar os conteúdos das aulas, exercícios e arranjar criaturas para permitir um contacto próximo entre os seus alunos e tudo o que poderia existir no mundo. Ele aprendera com o melhor, confessara ele quando começara a dar aulas, deixando-a emocionada por honrar os ensinamentos que ambos tinham recebido de Remus Lupin.

           Três dias antes, ela chegara a casa e dera com as luzes apagadas. Velas tinham sido espalhadas como se formasse um caminho, direcionando-a para o quintal. Laurel não hesitara, sentindo o coração bater mais forte ao se aproximar da rua, o odor a maresia deixando-a mais desperta. O vento fustigou-lhe os cabelos, deixando-a despenteada e atarantada. Quando se recompôs, ela viu-o. Estava de costas para ela, o fato negro contrastando com os fios loiros do seu cabelo, iluminado pelas chamas das velas que formavam um círculo à volta de ambos.

- Draco? - chamou Laurel, aproximando-se dele - Está tudo bem? É alguma data especial? Se calhar esqueci-me...

Quando ele se virou, o coração de Laurel falhou uma batida, o sorriso ladino dele derretendo-a. Draco Malfoy sempre teria aquele efeito nela, não importava quantos anos se passassem. O marido aproximou-se dela, beijando-a suavemente na testa antes de dizer:

- Olá, querida.

- Olá. - a ruiva ergueu o rosto, a diferença de alturas fazendo-a esticar-se em bicos de pés para o beijar - Está tudo bem?

- Perfeito.

O olhar prateado dele pousou no safira dela, intensamente. Laurel engoliu em seco, na expectativa. Parecia ter algo em mente e a Ravenclaw depressa descobriu o que era....

Quando ele se ajoelhou, pegando-lhe na mão e olhando-a como se não houvesse nada mais belo no mundo.

          Draco ajoelhara-se e pedira-a novamente em casamento. Queria renovar os votos, depois de quinze anos de casamento.

          Com um suspiro, Laurel esboçou um sorriso, olhando para cada uma das mulheres que mais amava no mundo.

- Estou pronta.

**

Ariel caminhava apressadamente pelo corredor fora. Tivera de regressar ao seu quarto para colocar os brincos que se esquecera. Tinha sido a mãe a oferecer-lhos e Ariel fazia questão de os usar naquele dia tão especial, por isso apressara-se a ir buscá-los, não se querendo atrasar para a cerimónia.

O seu corpo foi puxado de supetão, encurralado contra a parede mais próxima por um corpo mais alto e mais robusto que o seu, a pele quente e o odor a perfume deixando-a inebriada. Os seus lábios foram tomados com doçura e ela apenas suspirou, o casamento esquecido, o tempo parado, os dedos embrenhando-se nos caracóis crespos do homem que a beijava.

Thomas Zabini separou-se dela com relutância, esboçando um sorriso ao ver as bochechas coradas e o olhar esgazeado dela. A Ravenclaw sorriu, aquele sorriso doce e gentil que fazia o coração do rapaz falhar uma batida. Num impulso, beijou-a novamente, a mente imaginando mil cenários em que a levava para algum dos quartos da Mansão Ravenclaw e a fazia suspirar de prazer.

- Tom... - ronronou Ariel, contra os seus lábios - Temos de ir.

- Temos? - murmurou o mais velho em resposta, os lábios descendo para o pescoço da namorada - Mas estás tão linda com esse vestido... Que só consigo imaginar-me a tirá-lo.

A loira soltou uma risadinha, afastando-o suavemente para ajeitar o vestido. O tecido azul-claro cintilante assentava no seu corpo na perfeição, as camadas de tule e as borboletas brilhantes bordadas sendo exatamente o que imaginara e que pedirá à sua tia Meredith. Os cabelos loiros caíam-lhe em cascata pelas costas e Thomas achava que ela não poderia ficar mais bonita, os olhos brilhantes ao encará-la.

A relação deles tinha tido um início conturbado mas por fim lá estavam eles. Ariel era agora uma jovem maior de idade e a diferença de idades já não perturbava ninguém... Ou pelo menos eles já não queriam saber.

Desde cedo que os dois tinham uma ligação muito forte. A primeira memória de Thomas da sua vida era ver Ariel com dois anos correr para os seus braços com um sorriso gigante no rosto de bebé. A primeira memória de Ariel era Thomas erguê-la no ar e rodopiá-la, como se ela fosse uma borboleta. Eram melhores amigos e um não ia a lado nenhum sem o outro, mesmo que isso fosse esquisito para as outras pessoas.

              Os colegas de Thomas faziam pouco dele por andar sempre com uma criança atrás, enquanto os colegas de Ariel implicavam com ela por... tudo. O facto de ser uma lobisomem era conhecido por todos em Hogwarts e isso já gerava um tumulto em volta da Ravenclaw, só não mais grave por ela ser filha de quem era. Laurel trabalhava muito para inserir lobisomens na comunidade bruxa e desmistificar a ideia de que eram mais do que criaturas, eram pessoas. No entanto, era um processo logo e o preconceito não desaparecia com tanta facilidade assim. Ariel enfrentava isso e era Thomas que sempre estava com ela, apoiando-a e protegendo-a, o seu melhor amigo contra todas as dificuldades.

- Temos mesmo de ir. - murmurou Ariel, grunhindo baixinho ao sentir os lábios de Thomas contra a sua pele, como se lhe fosse fisicamente impossível estar longe dela por mais de um minuto - Tom...

         Ela estava quase a ceder às mil e uma sensações que ele lhe fazia sentir. Thomas era três anos mais velho do que ela. Tivera poucas namoradas e parecia que tinha esperado por ela, mesmo que inconscientemente. Nunca se apaixonara e a única mulher em quem pensava com frequência era Ariel. Aos quinze anos, o corpo dela mudara e as hormonas de Thomas não lhe deram tréguas, o coração batendo mais forte cada vez que recebia um abraço dela ou um beijo no rosto, como ela sempre dava. Os sinais estavam sempre lá, eles é que eram demasiado inocentes para não ver... Até deixarem de ser. Aos dezoito, Thomas percebeu que aquelas sensações não eram normais e a ânsia de estar com Ariel era muito mais do que apenas a necessidade de estar com a sua melhor amiga. Vê-la abraçar outro rapaz, mesmo que esse rapaz fosse James Potter, o seu melhor amigo há anos (e o único que nunca achara estranha a amizade de Tom e Ariel), provocava-lhe uma ira súbita, algo que ele nunca sentira antes. Ele apercebera-se primeiro... E andara louco por anos, esperando por ela, para que ela percebesse, para que Ariel crescesse mais um pouco para entender a imensidão do que ele sentia por ela.

- Tom, eu vou cantar no casamento, a música de abertura é agora...

- Só mais um beijo...

          Ariel era maior de idade, terminara Hogwarts e deixara para trás a sensação de insegurança que os seus sentimentos por Thomas lhe traziam. Em adulto, a idade pouco importa e a diferença entre eles não era enorme, apenas fazia confusão a pessoas que não tinham mais nada que fazer do que falar da vida alheia. Fora ela que o beijara pela primeira vez, incapaz de ignorar as borboletas no estômago e a sensação intensa de ser olhada por Thomas daquela forma. Fora mais forte que eles, algo natural e que sempre estava destinado a acontecer, uma amizade que crescera e se tornara algo mais.

         Quando contara à mãe o que sentia por Thomas, ela sorrira. Nunca esquecera as palavras de Laurel Ravenclaw, belas de tantas formas e certeiras:

           "As mulheres Ravenclaw amam incondicionalmente e o amor da sua vida é sempre alguém cuja ligação é tão cósmica que é impossível lutar contra. Ariel, és uma Ravenclaw em tudo o que importa. É mais do que merecido que tenhas encontrado o teu Prometido."

           A jovem arfou ao sentir a mão de Thomas apertar a sua cintura, puxando-a mais para si e aprofundando o beijo. Ela sentiu-se derreter contra ele, as pernas trémulas, a respiração ofegante quando ele se afastou por poucos segundos, voltando a beijá-la. Eram como dois cometas em colisão, inevitáveis, apaixonados, livres.

         Ariel era a luz da família. Doce, gentil, determinada em atingir os seus objetivos. Herdara do pai um amor à música que poucos conheciam em Draco, que cedo ensinara a filha a tocar piano e desfrutar de música. O talento da menina surpreendera-o e Ariel era a sua pequena borboleta, destinada a voar alto e nunca parar de sonhar. Queria ser uma grande cantora e ninguém duvidava que ela conseguisse. A sua doença não seria uma condição, o seu passado desconhecido não seria um entrave e o amor da sua família era o combustível que precisava para... tudo.

          E o amor de Thomas, claro.

- Deixa-me amar-te com tudo o que tenho e não tenho, Ariel Ravenclaw. - murmurou Thomas Zabini contra o seu ouvido, a voz trémula pelo desejo e pela paixão, reprimidos por tempo demais.

           Ariel sorriu, encostando a testa à dele por breves segundos, os olhos azuis fitando intensamente o namorado ao dizer:

- Sempre.

Continua...

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