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🎙𝐍𝐀̃𝐎 𝐂𝐔𝐒𝐓𝐀 𝐒𝐎𝐍𝐇𝐀𝐑☕️

❝𝐕𝐨𝐜𝐞̂ 𝐞𝐬𝐭𝐚́ 𝐝𝐨 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐨 𝐥𝐚𝐝𝐨 𝐞𝐧𝐪𝐮𝐚𝐧𝐭𝐨 𝐨 𝐡𝐨𝐫𝐢𝐳𝐨𝐧𝐭𝐞 𝐬𝐞 𝐝𝐢𝐯𝐢𝐝𝐞 𝐞𝐦 𝐝𝐨𝐢𝐬
𝐀 𝐪𝐮𝐢𝐥𝐨̂𝐦𝐞𝐭𝐫𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐯𝐞𝐫 𝐯𝐨𝐜𝐞̂
𝐌𝐚𝐬 𝐞𝐮 𝐩𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐯𝐞𝐫 𝐚𝐬 𝐞𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐝𝐚 𝐀𝐦𝐞́𝐫𝐢𝐜𝐚
𝐄𝐮 𝐦𝐞 𝐩𝐞𝐫𝐠𝐮𝐧𝐭𝐨, 𝐯𝐨𝐜𝐞̂ 𝐨𝐬 𝐯𝐞̂ 𝐭𝐚𝐦𝐛𝐞́𝐦?
𝐄𝐧𝐭𝐚̃𝐨 𝐚𝐛𝐫𝐚 𝐬𝐞𝐮𝐬 𝐨𝐥𝐡𝐨𝐬 𝐞 𝐯𝐞𝐣𝐚
𝐀 𝐦𝐚𝐧𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐨𝐬 𝐡𝐨𝐫𝐢𝐳𝐨𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐬𝐞 𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚𝐦
𝐄 𝐭𝐨𝐝𝐚𝐬 𝐚𝐬 𝐥𝐮𝐳𝐞𝐬 𝐥𝐞𝐯𝐚𝐫𝐚̃𝐨
𝐃𝐞𝐧𝐭𝐫𝐨 𝐝𝐚 𝐧𝐨𝐢𝐭𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐢𝐠𝐨❞

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O vento gelado soprava pelas ruas enquanto me arrumava para mais um dia de faculdade. Era sempre assim: a rotina, a solidão e a sensação de que, a cada passo, estava mais distante de quem eu costumava ser. Vestindo meu casaco surrado e colocando minha mochila nos ombros, observei meu reflexo no espelho do pequeno apartamento que chamo de lar, meus olhos carregavam o cansaço dos últimos meses.

Quando saí de Busan para estudar nos Estados Unidos, imaginei que estava embarcando numa aventura capaz de transformar minha vida. Pela tela a Carolina do Sul era fantástica, principalmente Charleston. A cidade parecia um sonho pintado à mão: ruas arborizadas pareciam contar histórias fascinantes, casas vitorianas que exalavam elegância e os pátios cobertos onde o tempo parecia desacelerar. Havia até carruagens puxadas por cavalos cruzando as ruas, como se a cidade tivesse congelado em um romance de época. E as praias... seis ao todo, cada uma com sua própria beleza, eram um chamado para o sossego e a contemplação.

Eu, como romântico incurável, me via apaixonado pelo lugar que parecia muito acolhedor. Acreditava que viver aqui seria como entrar numa dessas cenas perfeitas que a gente vê em filmes. Mas, à medida que os dias passavam, percebi que a vida real não era tão generosa quanto meus devaneios.

Minha timidez, que em casa era vista como um traço de delicadeza, aqui se tornava um obstáculo. As pessoas não entendiam o meu jeito mais sensível, e o choque cultural me deixou vulnerável. Nos corredores da faculdade, sussurros e risadas ecoavam sempre que eu passava. Comentários maldosos sobre meu sotaque, meu modo de vestir, ou mesmo minha postura mais reservada se tornaram uma companhia constante.

Me sentia sozinho, mesmo cercado de pessoas. A saudade de Busan era uma dor surda que se escondia atrás de cada palavra dita em um idioma que ainda soava estranho para mim. E, acima de tudo, sentia falta de alguém que me entendesse, que pudesse enxergar além da superfície.

Os dias eram exaustivos. Acordar cedo, enfrentar as aulas, voltar para casa e repetir o ciclo. Era como caminhar por um inverno sem fim, onde o frio não vinha apenas do lado de fora, mas também de dentro.

Manhãs de aulas, tardes de estudo e noites correndo de um lado para o outro em trabalhos de meio período. Desde que cheguei aos Estados Unidos, minha vida girava em torno de me manter ocupado, sempre tentando aliviar o peso financeiro que meus pais carregavam em Busan para me ajudar a realizar o sonho de estudar no exterior.

O primeiro trabalho foi em uma loja de conveniência, onde o cheiro de produtos baratos e o barulho dos refrigeradores me acompanhavam até altas horas da noite. Depois, tentei uma vaga em um restaurante, mas a rotina exaustiva e o ambiente hostil acabaram me desgastando.

Foi só recentemente que consegui algo que parecia, pelo menos, suportável. Uma cafeteria com vista para o litoral. O turno da noite não era exatamente o mais disputado, mas eu preferia o silêncio e a tranquilidade das poucas pessoas que apareciam àquela hora. O som das ondas ao fundo, mesmo abafado pelas janelas, me dava a impressão de estar perto de casa, como se Busan não estivesse tão longe assim.

Entre preparar expressos e limpar mesas vazias, meus pensamentos vagavam. Era um alívio não precisar sorrir tanto ou forçar conversas com colegas de trabalho. Ali, no canto da Beach Coffee, com a iluminação baixa e o aroma constante de café, eu conseguia enfim... respirar.

Naquela noite específica, após o expediente, cheguei ao apartamento mais exausto do que o habitual. Deitei no sofá sem nem trocar de roupa. A solidão era minha única companhia, e a sensação de que minha vida não estava saindo como planejado era uma sombra difícil de afastar.

Foi quando peguei o celular e comecei a rolar pela tela. Talvez eu estivesse procurando alguma distração ou só tentando adiar o momento de encarar mais um dia igual ao anterior.

Pensei em ligar para minha mãe, mas desisti. Não queria preocupá-la com minhas queixas sobre a vida nos Estados Unidos. Então, fiz o que sempre faço nessas noites: vagueei pelas redes sociais, procurando qualquer coisa que me distraísse.

Foi quando um vídeo apareceu no meu feed. Não era qualquer vídeo. A capa mostrava um palco iluminado por tons de azul e roxo, e o nome "Jake Ashton" em letras brilhantes. Algo me atraiu para clicar. Talvez fosse o cansaço, talvez fosse a necessidade de sentir algo além da solidão.

Não era a primeira vez que ouvia falar dele, mas nunca tinha dado muita atenção. O clipe ao vivo começou. Jake estava lá, no centro do palco, com uma presença magnética. Seus olhos negros brilhavam sob a luz dos refletores, e sua voz... era como se cada palavra carregasse um pedaço da alma dele. A música era intensa, repleta de emoção, e mesmo sem conhecê-lo, eu sabia que ele estava cantando sobre algo real, algo que doía e curava ao mesmo tempo.

Eu não conseguia desviar o olhar. Cada nota parecia direcionada a mim, como se ele soubesse exatamente o que eu estava sentindo. Era vulnerável, cru e poderoso.

Quando a música terminou, o público aplaudiu, mas Jake ficou em silêncio por alguns segundos, encarando a câmera. Então, como se me enxergasse do outro lado da tela, ele falou:

"Se você está aí, se sentindo sozinho ou perdido, eu só quero que saiba uma coisa: você não está sozinho. Há uma luz, mesmo que agora pareça distante. Às vezes, tudo o que precisamos é dar mais um passo, só mais um. Você é mais forte do que pensa."

Suas palavras ficaram gravadas em mim; pausei o vídeo e ouvi de novo. E de novo.

Era como se ele estivesse falando diretamente comigo, atravessando a tela e alcançando meu coração. Pela primeira vez em meses, eu senti algo diferente: esperança. Um fio tênue, mas forte o suficiente para me manter de pé nos dias que se seguiram.

Jake não sabia quem eu era, mas, naquela noite, ele me salvou de um vazio que parecia não ter fim.

A partir daquela noite, tudo começou a mudar ━ devagar, quase imperceptivelmente, mas suficiente para tornar os dias um pouco menos pesados. As músicas dele passaram a fazer parte da minha rotina, como se cada letra tivesse sido escrita para mim. A intensidade da voz dele, as melodias que pareciam sussurrar que tudo ficaria bem, tornaram-se um alívio para o meu coração, como se fossem um amigo invisível segurando minha mão nos momentos difíceis.

Eu escutava as músicas enquanto caminhava para a universidade, enquanto limpava as mesas da cafeteria e até mesmo antes de dormir. De alguma forma, elas pintavam cores mais suaves nas minhas manhãs frias e davam um ritmo mais leve aos dias exaustivos.
Foi nesse meio-tempo que Jung Hoseok apareceu.

Era o novo contratado para o turno da noite. Um estudante do College de Charleston, assim como eu. Meu chefe me pediu para mostrar-lhe a rotina e o espaço, mas, antes que eu dissesse qualquer coisa, ele já estava sorrindo de orelha a orelha. Seus cabelos ruivos brilhavam sob a luz amarelada do teto, chamando atenção de imediato. Os olhos amendoados, cheios de energia e curiosidade, tinham uma expressão acolhedora que tornava impossível não sorrir de volta. A pele, levemente bronzeada, parecia refletir a vitalidade que ele emanava. Hoseok tinha uma aura descontraída e amigável, como se carregasse consigo o verão, mesmo nos dias mais frios de Charleston.

Jung ajeitava o avental enquanto observava o movimento tranquilo da cafeteria. Ele parecia completamente à vontade, mas sua personalidade expansiva não demoraria a transparecer.

━━ Ah, olá! Você deve ser o Jimin! Eu sou o Hoseok! ━ Ele estendeu a mão com um sorriso aberto, a energia vibrante refletindo em cada gesto.

Eu apertei a mão dele, meio desconcertado com sua atitude tão aberta. Ele parecia mais um amigo de longa data do que um colega de trabalho.

━━ Olá, Hoseok. ━ Disse, com um sorriso tímido. ━━ Trabalho aqui e estudo no College de Charleston. ━ fiz uma breve reverência, e depois me julguei mentalmente, me apresentei com os mesmos costumes de casa; aguardei pelos comentários e as risadas que não vieram.

━━ Que legal! Eu também sou do College de Charleston, sabia? ━ Ele disse com entusiasmo, como se fosse a melhor notícia do mundo. ━━ Estou no curso de Administração. E você, Jimin, qual o seu curso?

━━ Ah... Eu estudo Psicologia. ━ Respondi, mais tímido do que gostaria de admitir, ainda chocado com a receptividade dele, mas a conversa parecia fluir bem.

━━ Psicologia? Que interessante! ━  exclamou, seus olhos brilhando de curiosidade. ━━ Então, você deve ser ótimo em entender as pessoas, né? Vai ser bom ter você por perto.

Sorri envergonhado com o elogio. Ele estava tão aberto e caloroso que tornou a atmosfera mais leve.
━━ Eu... tento. ━ Respondi, tentando desviar a atenção de mim mesmo.
Hoseok riu, e logo já estava ajustando seu avental e se preparando para o primeiro dia de trabalho.

━━ Então, você trabalha aqui há muito tempo? ━ Perguntou ele, com uma expressão amigável.

━━ Pouco mais de três meses. É um lugar calmo à noite, você vai gostar. ━ Respondi, buscando manter a conversa descontraída.

━━ Que bom, estou animado para aprender com você, Park Jimin.

A maneira como ele usou meu nome completo me fez sentir ainda mais formal, então corrigi:
━━ Por favor, apenas Jimin está ótimo.

━━ E para mim, pode ser Hobi ━ disse, de repente, com o mesmo entusiasmo contagiante.

Hesitei por um instante, mas assenti. Ainda assim, o nome informal parecia estranho na minha boca.

━━ Eu... Não estou acostumado com isso. Ainda trato as pessoas com a formalidade coreana.

Hobi inclinou a cabeça, curioso, e então seu sorriso se alargou.

━━ Como assim?

━━ Bem... Se estivéssemos na Coreia, eu chamaria você de Hoseok hyung.

━━ Hyung? ━ Ele arregalou os olhos, claramente surpreso. ━━ Por quê?

━━ Você é mais velho que eu... acho. Tenho 22 anos, e você...

━━ Tenho 24, mas é só dois anos de diferença!

━━ É uma questão de respeito ━ expliquei, tentando soar casual, mas era difícil ignorar os olhares curiosos que ele lançava.

Hoseok cruzou os braços, fingindo indignação.
━━ Então, você me acha velho, é isso?
Eu não consegui evitar a risada, balançando a cabeça.

━━ Não é isso! É só... o jeito que fomos ensinados.

━━ Hmm... ━ Hobi fingiu pensar por um momento, antes de inclinar-se para mais perto. ━━ Então, que tal começarmos com Hobi aqui na cafeteria e deixarmos o hyung para quando você for meu dongsaeng em outra vida?

O comentário inesperado me fez rir novamente, enquanto Hoseok piscava para mim, claramente satisfeito por ter quebrado um pouco da minha formalidade.
Os dias no trabalho se misturavam, um após o outro, como folhas secas sendo levadas pelo vento. Não era um sofrimento, mas também não era uma alegria imensa. Havia algo na rotina que me fazia sentir como se estivesse preso entre dois mundos: o da minha vida universitária e o da minha solidão no trabalho. Não tinha muito o que esperar, exceto a familiaridade das coisas que eu já conhecia. Mas tudo isso começou a mudar quando ele apareceu.

Hoseok era tudo o que eu não era: extrovertido, vibrante, cheio de energia. Era impossível não gostar dele, e, em pouco tempo, nos tornamos amigos.
Ele chegou com aquele sorriso aberto, quase um reflexo do sol, iluminando a cafeteria e a minha vida de uma forma que eu não estava acostumado. Não sei dizer exatamente quando percebi, mas algo no jeito dele me tocou. Talvez fosse sua energia, seu modo espontâneo de ser.

Ele parecia estar em paz consigo mesmo. Tinha uma facilidade de ser quem era que eu nunca soubera como ter. Era quente, não no sentido literal, mas naquela maneira de conversar, de ser amigável com todos. Quando ele sorria para mim, era como se o mundo se tornasse mais suave, mais ameno.

Passamos a ir às aulas juntos. Descobri que ele morava próximo aos dormitórios da universidade e foi um alívio de fato saber que não estava mais sozinho. Mas também não era só isso ele se tornou uma presença constante na minha vida, os dias passaram a ser mais toleráveis porque ele estava lá, me fazendo sentir que, talvez, a solidão fosse uma escolha, e não um destino inevitável. Hoseok, com sua luz, sua confiança, me deu algo muito importante: uma amizade verdadeira.

Hobi era a minha alma gêmea, não aquela de romances e amores impossíveis, mas aquela que te completa, conforta, ampara... acalma. Jung Hoseok se tornou meu sol... Meu Solmate.
Em uma das noites mais tranquilas na cafeteria, enquanto estávamos sentados atrás do balcão, ele percebeu o som de fundo no meu celular.

━━ Jake Ashton? Você gosta dele? ━ perguntou, inclinando-se para escutar melhor.

━━ Ah, sim. Gosto muito, ━ respondi, tentando disfarçar o sorriso.

━━ Eu também! As músicas dele têm algo especial, né? Parece que ele entende o que você está sentindo, como se estivesse falando diretamente com você.

Concordei com a cabeça. ━━ Exatamente. É como... um alívio, sabe? Ele consegue transformar algo pesado em algo mais leve.

Foi aí que percebi que Hoseok também era fã. Passamos a noite inteira falando sobre as músicas, as performances e as entrevistas. Ele tinha até uma playlist só com as apresentações ao vivo de Jake.

━━ Eu ouvi dizer que ele escreve todas as próprias músicas. E você já viu as interações dele com os fãs? Ele parece tão verdadeiro! ━ Hobi comentou, animado.

A partir desse dia, o turno da noite na cafeteria ficou mais divertido. Hobi sempre tinha algo para comentar sobre Ashton, e eu acabava entrando na conversa. No começo, era discreto, mas, aos poucos, me tornei um verdadeiro fã. Não era algo extremo; não colecionava tudo sobre ele nem ficava obcecado, mas cada música, cada vídeo, me conectava de uma forma que eu não sabia explicar.

Era como se Jake fosse uma ponte, uma lembrança de que, mesmo a quilômetros de distância, alguém entendia o que eu sentia. As noites já não pareciam tão solitárias, e, com Hoseok ao meu lado, as horas passavam mais rápido.

━━ Um dia, ainda vou agradecer a ele, ━ confessei em uma noite particularmente tranquila, enquanto olhava para o mar através da janela da cafeteria.

━━Você vai, ━ respondeu Hobi, confiante. ━━ Quem sabe você não encontra ele um dia? A vida tem dessas coisas...

Eu ri, achando impossível. Jake Ashton era um astro internacional, enquanto eu era só um universitário perdido em Charleston. Mas, no fundo, uma parte de mim queria acreditar nas palavras de Hoseok. Afinal, tudo começa com um sonho, não é?

⏮🎤⏭

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