MinChan - 3
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Começando a corrida, Minho fazia o de sempre, observava os corredores à sua frente, o carro preto estava na liderança desde o início. Bangchan fazia o mesmo que Know ao correr, a diferença é que como ele sabia que o garoto fazia o mesmo lá atrás, ele fez olhando pelo retrovisor estando na frente de todos para também o observar se aproximando. E lá estava ele se aproximando aos poucos, ultrapassando um por um.
- Eu tenho que ultrapassar pelo bem das crianças carentes e pra não enlouquecer trabalhando por uma semana para aquele riquinho. - Minho dizia ultrapassando o último carro antes do preto.
O carro preto tinha velocidade e boa direção, parecia bem tranquilo e estável. Know ultrapassou na última curva, mas ele sentia que não podia contar vitória antes do tempo. Chan o observava agora por trás, a poucos metros da chegada, era uma linha reta, Bangchan acelerou, afundou o pé no acelerador se aproximando com rapidez, no último segundo ele ultrapassou e passou na linha de chegada.
Todos estavam estáticos. Como assim? Como ele tinha conseguido ganhar de Know? A verdade é que Chan utilizou a única coisa ao seu favor. Know era muito bom para ser ultrapassado antes de qualquer curva, ele precisava de uma linha reta pra acelerar com tudo no tempo certo, mais alguns segundos ele teria perdido. Know estava dentro do carro rindo chocado, ele subestimou o cara no último segundo. Agora ele teria que ficar com o rico por uma semana inteira.
Bangchan saiu do carro indo rapidamente se trocar e foi até Changbin que ainda comemorava. Todos tinham apostado em Know, menos Changbin, ou seja, ele ganhou uma bolada.
- Comemorando meu amigo?
- Puta que pariu Bangchan, o que foi aquela merda segundos antes? Achei que você ia perder, quase comi minhas unhas de nervoso. Você é maluco. - Changbin ria animado batendo no braço do amigo.
- Eu falei pra você acreditar no seu amigo não falei? Agora preciso ir cobrar minha aposta. Já volto.
Bangchan foi em direção a Minho que tirava a jaqueta ainda pensativo.
- Olá Know.
- Ah, aí está você. Estava esperando por você.
- Achei que fosse fugir.
- Não sou homem para fugir do que eu prometi. Só sinto pelas crianças, ia ser uma bolada. - Bangchan sorriu, ele não era um mal perdedor como Chan achou que seria.
- Se você passar bem a semana eu doou o dinheiro pra caridade como pagamento pelos seus serviços. - Minho riu
- É sério?
- Sim, pelo menos você não vai trabalhar de graça. Já fez as malas?
- As malas pra que?
- É uma semana inteira Know, sem intervalos. Você vai dormir na minha casa.
- Como é? Tá maluco? Todo emprego tem horário de descanso.
- Não no caso de aposta que envolve uma semana inteira.
- Ok, então você vai ter que me levar na minha casa antes. E se você pensa que vai encostar nesse corpinho aqui, vá tirando seu cavalinho da chuva.
- Não se preocupe, mais fácil você querer o meu do que eu o seu. - Minho bufou incrédulo.
Chegando na casa de Minho os dois entraram em um pequeno apartamento onde ele morava sozinho. Não era nada grandioso como Bangchan era acostumado, na verdade era pequeno e quase sem móveis.
- Achei que ganhava bem com as apostas. - Bangchan dizia enquanto o garoto colocava roupas numa mochila.
- E ganho, o suficiente para pagar o hospital da minha avó - Ele apontou para um quadro onde tinha a foto dos dois perto da cozinha - e para pagar as contas do apartamento.
- Você me parece alguém admirável.
- Nem tanto senhor Bang, eu sempre só corri por diversão, mas agora que eu preciso estou vivendo de acordo com o que a vida me dá. Mas provavelmente eu tenha perdido grandes apostadores hoje ao perder para o seu piloto, faz o favor de não levar mais ele pras minhas corridas porque preciso do dinheiro e não posso mais perder.
- E cadê toda aquela atitude de se achar o melhor sempre?
- Eu ainda acho que poderia vencer ele, mas não posso me dar o luxo de perder mais dinheiro, afinal minha noona espera por cuidados em um hospital. - Ele apontou para a foto da avó - E manter uma senhora de idade em um local desses é muito caro aqui na Coreia, o sistema de saúde não aceita fiado nem atrasos em pagamentos. Agora vamos, estou pronto.
Minho colocou uma jaqueta de couro e uma mochila nas costas. Bangchan andou até o carro com ele. No caminho até a mansão de Bangchan, ele pensava na vida de Minho, era completamente diferente da sua, se não o oposto. Ele nunca tinha tido problemas nem com contas de hospital quanto mais trabalhar para manter alguém dentro de um. Já Minho mexia tranquilamente no celular, nem parecia que estava indo a caminho de passar uma semana com um estranho, não parecia ter medo de nada.
- Você me parece tão tranquilo indo passar uma semana na casa de um estranho.
- Bom, eu estou. Se for vender meus órgãos, espero que os usem bem, se for me matar por gentileza pague o hospital de minha vó. Porque acha que te falei dela? Até os piores bandidos tem senso. - Bangchan riu alto
- Você é esperto.
- Agradeço o elogio. - Minho sorriu e voltou o olhar para o celular.
- Com quem você tanto fala digitando?
- A gente casou e eu não sabia?
- Apenas curiosidade.
- Tô avisando o dono do apartamento que vou passar uma semana fora trabalhando pra que não ache que morri e jogue minhas coisas fora.
- Entendi, e sua namorada não vai avisar?
- Não tenho namorada. Não tenho tempo pra isso, e se eu tivesse ia ser namorado. Sou gay. Porque? É homofóbico e vai me deixar ir pra casa? Nossa tô tão triste. Ele dizia sorrindo.
- Não sou homofóbico, porque todo mundo acha que eu tenho cara de homofóbico? Deve ser por isso que nenhum cara da em cima de mim.
- Sim, você tem cara de hétero, e homofóbico. Mas é rico, não tem namorado?
- Não, só relações superficiais.
- Entendi.
Chegando na casa de Bangchan, Minho tinha a boca em um perfeito O.
- Que porra, você é dono da Samsung por acaso? Você mora nessa mansão enorme?
- Sim. Mas não sou dono da Samsung.
- Sua família deve ser grande.
- Eu moro sozinho, minha família tá na Austrália.
- E você tem uma casa desse tamanho pra fazer caminhada em segurança? Desnecessário Bangchan.
- É a casa da minha família, porque eu alugaria um apartamento se eu tenho casa aqui?
- Gente rica realmente é indecifrável. Eu não vou ter que limpar isso tudo sozinho não né?!
- Não, eu tenho funcionários em casa.
- Então o que diabos eu vou fazer afinal?
- Ser o cara dos favores e cafezinhos. Tipo um mordomo pessoal por vinte e quatro horas dentro de uma semana.
- Fala sério...
- Era uma aposta ué, preferia que eu te pedisse dinheiro?
- Não até porque não tenho.
Entrando na casa, Minho ficava abismado com a arquitetura maravilhosa.
- Vou te levar até seu quarto, mantenha o celular ligado pra quando eu precisar de você Know.
- Você me aprontou um quarto antes de vencer?
- Gosto de me antecipar pro futuro.
- Convencido isso sim.
Minho quase caiu pra trás ao chegar no quarto, ele era impecável. Detalhes de madeira e vidro eram bem colocados em todos os lugares. O quarto tinha uma grande janela, uma cama de casal, ar condicionado, TV, closet e um banheiro com chão de porcelana e banheira.
- Puta que pariu... Imagine como deve ser o seu quarto se esse aqui é o de visitas.
- Porque? Tá interessado em conhecer?
- Sai fora riquinho. - Minho falava protegendo o corpo com os braços fazendo drama. Bangchan riu.
- Força do hábito, adoro flertar, mas não se preocupe com isso. Já está tarde, vou dormir, você se acomoda como quiser. A cozinha é ali na frente se sentir fome ou sede. E lembre de manter o celular fora do silencioso. - Bangchan se aproximou do ouvido de Minho e sussurrou - Posso precisar de você a qualquer momento. - Minho arrepiou saindo de perto dele.
- Anham, ok, boa noite viu. - Chan riu e saiu.
Minho agora estava olhando para a enorme cama a sua frente, ele já ia ter que estar ali mesmo, então porque não aproveitar? Ele se jogou sentindo o colchão macio. Tomou banho na banheira, arrumou as roupas no closet e depois viu TV só de roupão na cama enorme até dormir com o aconchegante ar-condicionado no dezesseis.
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