HyunSung - 2
তততততততততততত
Hyunjin acordava com alguém fazendo pressão em seu peito e fazendo respiração boca a boca. Ele tossiu um monte de água salgada pra fora.
- Você está bem? - Han perguntava preocupado.
- Não muito... Onde é que a gente tá? - Hyunjin olhava o local claro, muita areia e pedras - Eu morri e aqui é o paraíso?
- Ah..quem dera.
- O que?
- Então. A boa notícia é que não estamos mortos. A má notícia é que estamos em uma ilha que eu não faço ideia de como viemos parar aqui.
- Como é? - Hyunjin começou a gargalhar enquanto Jisung se perguntava se ele era maluco - Você andou assistindo lagoa azul por acaso? Claro que nesse lugar deve ter gente e a gente pergunta aonde estamos.
- Ok, então vamos atrás dessa civilização.
Hyunjin levantou com a ajuda de Han e ambos andavam pelo local. Areia, pedras, árvores, e mais areia. Ninguém além dos dois. Han já começava a tirar o casaco do trabalho ensopado ficando só de camiseta preta.
- Estamos fodidos! - Jisung dizia
- Hey, olha a língua. Não estamos não. Eles vão procurar a gente né?!
- Eu? A mim é provável que só o Seungmin dê falta, agora você, realmente. Mas pode demorar, tem muita gente ali dentro. Até notarem que você não está lá vai demorar uma eternidade. Mas que merda. Que ideia ridícula ficar ali bêbado!
- Eu tava de boa antes de você chegar.
- Tá dizendo que eu, logo eu, que estou aqui numa ilha deserta por tentar te salvar, sou o culpado?
- E porque eu sou o culpado?
- Seja um bêbado em local seguro!
- Olha, cala a boca. Tô ficando nervoso.
- Ah jura? Eu tô nervoso a um tempão.
Hyunjin começou a suar frio e a ficar com falta de ar. Han percebeu e se aproximou dele.
- Olha, é Hyunjin né?!
- Sim
- Tá tudo bem. Eles vão dar falta de você e alguém vem te buscar. Fique calmo. Pelo menos não estamos sozinhos, temos um ao outro.
- E no que isso ajuda?
- Preferia estar sozinho?
- Não!
- Então não pergunte besteiras. Você tá chorando?
- Me admira você não estar! - Hyunjin dizia chorando que nem um bebê
- Ah não. Calma tá?! Vai dar tudo certo.
- Eu não vou sobreviver moço! Eu não sei nem lavar pratos quanto mais sobreviver numa ilha!
- Olha, pode me chamar de Han. E veja pelo lado bom, não tem pratos pra você lavar aqui.
Hyunjin começou a chorar mais ainda. E Han bateu na própria boca por falar besteira.
- NÓS VAMOS MORRER. EU SOU TÃO JOVEM! MINHA MÃE É CASADA COM UM VIGARISTA E EU VOU DEIXAR ELA SOZINHA.
- Calma. Não vai não tá?! Ela vai sentir sua falta. E você é rico não é?
- Sim
- Então, logo logo vão te procurar até com helicópteros
- É VERDADE! Mamãe não me deixaria né? Logo logo ela vai tentar ligar pra mim. Daqui a três dias, que é a primeira parada. Quando eu não atender ela vem atrás de mim né?!
- EXATAMENTE. Graças a Deus.
- Estaremos salvos! OBRIGADA MOÇO CHAMADO HAN! - Hyunjin abraçou o garoto que tomou um susto mas deu tapinhas em suas costas para lhe acalmar.
- De nada, vamos ficar bem. Encare como um retiro tecnológico.
- Mas Han, como vamos sobreviver aqui três dias? Eu vou morrer...
- Não vai não. Vamos se ajudar e vamos sobreviver ok?!
- Ok. Não posso morrer tá?
- Tá bom, ninguém vai morrer.
- Mas minha pele tá queimando nesse sol. Meu cabelo preto. É quente.
Han olhava pro garoto incrédulo.
- Ué, vai pra debaixo de uma árvore.
- Mas e a comida? Vamos morrer de fome?
- Realmente. Eu vou procurar comida enquanto ainda tá sol. Você fica aí debaixo de uma árvore pra não se queimar.
- E se a gente se perder?
- Só tem nós dois aqui. Grita que eu te escuto. Só não saía aqui de perto da praia. Eu volto logo.
- Eu vou com você.
- Tem certeza?
- Sim. Tô com medo.
- Tudo bem. Vamos.
Han andava no meio das árvores com Hyunjin brigando com os mosquitos atrás dele. Até que ele achou uma goiabeira.
- Que ótimo! Goiabas.
Han pegou um pedaço de pau e começou a cutucar e pegar as goiabas que caíam. Hyunjin olhava pra todos os lados com medo de aparecer um animal.
Voltando a praia os dois comeram goiaba e Hyunjin se acalmou um pouco deitando na sombra de uma árvore.
- Eu já queria fazer dieta mesmo. - Dizia Hyunjin fechando os olhinhos
- Depois de comer, você sempre vira alguém amigável?
- Eu odeio fome e calor. É capaz de eu surtar.
- Percebi senhor. Da próxima vez vou me preparar antes de você ficar com fome de novo.
- Mas me diga, você trabalha no cruzeiro né?! Você faz o que lá?
- De tudo um pouco. Porque a pergunta?
- Não temos nada pra fazer, vamos conversar.
- Ah, tá bom. E você, faz o que pra ser rico?
- Sou herdeiro. Tenho uma empresa.
- Caralho. E você trabalha na sua empresa?
- Não.
- Porque?
- Não sei, não gosto da área administrativa.
- Mas se o negócio é seu, porque você não cuidaria?
- Minha mãe botou o marido novo dela pra fazer isso.
- Vai lá e faz você mesmo. Ou a empresa é toda dela?
- Ela é acionista majoritária. Mesmo que eu quisesse, ela escolhe o presidente da empresa.
- Mas se ela é sua mãe, ela não botaria você se você pedisse?
- Ela acha que não tenho competência pra isso.
- E você acha que você não tem?
- Eu acho que eu com certeza ia mudar aquela empresa. Pra melhor no caso. Os lucros estão caindo porque a margem de erro dos funcionários internos estão aumentando a cada semestre.
- Não entendi nada, mas pra alguém que não é da área administrativa você é bom nisso.
- Eu estudei marketing.
- Interessante. Porque escolheu marketing ao invés de administração já que você tem uma empresa?
- Porque eu queria fazer parte do marketing da empresa, não dá administração. Não esperava que eu precisasse assumir a empresa inteira tão cedo. Até minha mãe fazer o favor de casar com um maluco e resolver não trabalhar mais.
- É, realmente sua mãe não deveria deixar o negócio com um estranho. Mas acho que ela deve confiar muito nele.
- Confia, mas qual a lógica? Ela conhece ele a pouco tempo.
- Também não entendo. Mas tem gente que fica cego com o amor.
- Eu acho uma burrice.
- Muitas pessoas podem fazer besteiras por estarem apaixonadas. Até mesmo as pessoas mais fortes e inteligentes.
- Duvido muito.
- Minha mãe é um exemplo. Ela era uma ótima funcionária de uma grande construtora. Se apaixonou, largou o emprego, me teve e foi deixada. Largou a carreira por amor. E ela é forte, inteligente e destemida.
- Sério? Que horror. E porque ela não voltou pros negócios depois?
- Falta de oportunidade. Currículo vazio por muito tempo. O mercado de trabalho não é nada fácil. Olha pra mim, eu sou formado em engenharia e trabalho em cruzeiros lavando chão com vômito de gente rica.
- Você é formado em engenharia? Que legal. Você não tem cara de engenheiro.
- Claro, eu só estudei, nunca consegui ser de fato. Para todo emprego necessita de experiência. Como eu vou ter experiência se ninguém me contrata? Irônico né?!
- Realmente. Não fazia ideia dessa parte.
- Conversar realmente fez o tempo passar mais rápido. Já está anoitecendo.
- É verdade.
Os dois andaram até a areia perto do mar e sentaram vendo o sol ir embora. A noite chegou e as estrelas eram brilhantes.
- Nossa, que lindo. - Han dizia
- Eu nunca tinha visto estrelas tão brilhantes.
- É por causa da luz elétrica, aqui não tem nenhuma, por isso a gente tá vendo o céu tão nítido. Em falar nisso, eu deveria ter tentado fazer uma fogueira mas acabei esquecendo.
- Espero que aqui não faça tanto frio. Eu não tô enxergando quase nada além do céu.
- Tá tudo bem, se dormirmos, a noite vai passar rápido.
- Han...
- Oi?
- Posso me aproximar de você? Tô com medo de algum animal me devorar enquanto durmo. - Han riu alto
- Pode.
Hyunjin se aproximou de Han e os dois olhavam as estrelas até adormecerem.
A noite fazia tanto frio que os dois dormiram abraçados e tremendo. Hyunjin batia os dentes de tanto frio. Han estava se culpando por não ter lembrado da fogueira ao mesmo tempo que tentava esquentar Hyunjin com seus braços. Ele estava muito preocupado com o garoto que tremia e o segurava com força.
Hyunjin não dizia nada, não reclamava e nem dava chilique. Só tremia muito. Ele não reclamar era o que mais deixava Han preocupado.
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