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Quinta parada - Pensamentos da Brie

As luzes da rodovia passam correndo pelo carro - ou nós fazemos isso. Owen está dormindo com a cabeça apoiada no vidro frio e o sol está prestes a nascer. Eu dirigi por grande parte da noite, já deveria ter acordado Owen, mas ele parece sempre tão cansado que eu o deixei dormir mais.

Aumento levemente o volume da rádio e passo a mão no meu cabelo.

- Você se esqueceu de me acordar. - A voz rouca de Owen é agradável para meus ouvidos. - Você não quis me acordar.

- Você está há muitos dias na estrada e eu acabei de embarcar nela. - Sorrio. - Quer parar?

- Só se você quiser.

- Vamos prosseguir então. - Digo apenas para irritá-lo. Logo, logo eu desisto do volante. - Me passe uma lata de energético.

- Bom dia para você também. - Ele beija a minha bochecha e me entrega o que pedi.

- Desculpa, eu me esqueci. - Diminuo a velocidade do carro na rodovia vazia. - Bom dia, Owen. - Meus lábios alcançam seu rosto. - Agora seja um bom copiloto.

- Não tem como ser melhor que você.

- Melhor motorista e copilota, obrigada.

- Eu não disse isso.

- Mas eu não vou deixar você ser melhor motorista até porque, estatisticamente, as mulheres dirigem melhor.

- Agora encosta e devolve o meu carro.

- Não! - rio. - Na próxima parada, quem sabe.

- Ter uma motorista particular não é tão ruim.

- Muito obrigada. - Avisto uma placa de uma cidade próxima e mais populosa do que a última.

- Eu sei que você quer parar.

Sorrio e faço a entrada para a cidade. Owen veste seus óculos escuros e puxa sua mochila. Ele desabotoa a camisa xadrez, tira-a e eu prendo a minha atenção em seu corpo definido. Como ele ainda pode estar solteiro? Ele é homem para casar!

A cidade surge timidamente na paisagem, aparenta ser mais vívida e organizada que a anterior. Encontro um posto de gasolina e paro na bomba. Owen desce e enche o tanque e eu vou ao banheiro.

Lavo meu rosto e levanto a minha blusa. A cicatriz constitui uma parte de mim agora. As brigas com Jeff nunca tinham chegado à agressão. E quando minha camiseta virou sangue, a ficha caiu.

Eu não quero nem imaginar como Owen reagirá a vê-la.

Saio do banheiro e flagro Owen jogando água no carro e sem camisa. Minhas bochechas viram duas maçãs de tão vermelhas. Aproximo-me com as pernas bambas e aproveito a visão de sua pele bronzeada à mostra.

- Ei, Owen. - Ele se vira e joga água em mim. - Não era para você fazer isso - reclamo.

- Por que não? Você parece estar com calor.

- Estamos no meio do outono e é você quem está sem camisa.

Ele deixa o balde de água no chão e passa seu braço ao redor da minha cintura. Nossos lábios se encontram e eu não consigo, eu não quero que ele me solte.

Minhas costas encontram o carro e minhas mãos correm pelos músculos de Owen. Não há como negar eu ele prendeu a minha atenção no momento que disse meu nome.

- Ei, vão para um motel! - algum desconhecido grita para nós.

Owen ri contra meus lábios e deixa apenas alguns centímetros entre nós.

- Você quer parar para dormir essa noite?

- Aham. - Imagino se a gente vá dormir mesmo. - Você pode dirigir agora, eu quero descansar. - Arranho sua pele.

- Deixe-me terminar isso logo.

- Eu preciso sair daqui antes. - Ele não quer me largar.

Ele me libera e eu entro no carro. Organizo as coisas ali dentro, recolho as latas de energético vazias e não demora muito até voltarmos para a estrada. Owen parece feliz em retornar ao volante.

Quero lhe fazer uma pergunta, mas eu não sei se seria certo. Algumas coisas que ele disse enquanto dormia me preocuparam - e assustaram quando saíram como gritos.

Mas eu não consigo reunir coragem para fazê-lo. Durmo com a cabeça apoiada na minha mochila-travesseiro e com o sol batendo no meu rosto. Não sonho, apenas descanso para mais algumas horas na estrada. Acordo com a ponta dos dedos de Owen na minha bochecha.

- Estamos muito distantes da cidade? - pergunto coçando meus olhos.

- Só mais algumas horas, Brie. - Ele confere as horas. - Você quer parar para almoçar?

- Não, você pode seguir.

Owen abandonou os óculos escuros, o entardecer começa a manchar o céu em tons de laranja, rosa e azul. Mas seus olhos estão escuros como a noite; os traços de seu rosto deixaram de ser inocentes, vejo-o como alguém importante em qualquer coisa que faça.

- Owen, eu acho que gosto de você. - Eu sorrio.

- Acho que eu também gosto de você.

Somos duas crianças aprendendo a lidar com nossos sentimentos. Nós vamos atravessar limites estaduais e nossas próprias barreiras.

Quando eu assistia filmes no porão de casa e saía com as minhas amigas, eu desejava uma vida perfeita e estável, com alguém que topasse embarcar em qualquer aventura comigo. Nada foi como eu esperava: larguei a faculdade, arrumei problemas com um cara numa cidade estupidamente ridícula, não falo com minha família há meses e não tenho amigos.

Agora eu estou indo para São Francisco com um colega que eu não via desde festas do meu último verão em Miami. De lá eu vou para Los Angeles tentar uma faculdade de Artes. Se não der certo, tentarei um emprego em Las Vegas. Meus pais nunca se orgulhariam dos meus planos falhos.

- No que você está pensando? - Owen passa a mão na minha coxa esquerda, escorregando seus dedos da beirada do meu short até meu joelho.

- Em nada importante. - Suspiro.

Enrolo uma ponta do meu cabelo com os dedos. O tom alaranjado está se tornando amarelo como a areia do deserto.

- Talvez eu fique em São Francisco para estudar.

- Isso é bom.

- Você teve notícias dos meus pais?

- Não, mas se você quiser - ele procura o celular e eu o impeço.

- Melhor não.

- Você não precisa ter medo deles, Brie.

- Eu não estou com medo.

- É normal ter medo do passado - ele diz como se entendesse disso. E talvez entenda, Brie, nunca subestime o passado de alguém. - Talvez você possa falar com eles assim que conseguirmos algo melhor para você.

- E se não conseguirmos?

Ele faz silêncio por um minuto.

- A gente volta para a estrada.

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