Quarto dia da Maratona!
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~*~

A viagem de volta a Seattle é bastante cansativa. Optámos por voltar de carro,  por conta da gestação de Ana já esta um pouco avançada.
Demoram algumas horas, mas logo estamos dentro da calmaria de nosso apartamento.

Taylor entra com nossas malas, e eu subo com minha mulher adormecida nos braços.

Coloco a na cama, a livro de suas sandálias, e cubro seu corpo.

- Cuide dela Taylor, tenho coisas a resolver. Não hesite em me ligar se algo acontecer. - Dou um beijo na testa da minha pequena, outro em sua barriga e saio. Meu destino? A casa dos meus pais.
...

Estaciono o carro de frente a grande faxada da mansão , e pela primeira vez não me sinto bem em estar aqui.

Ando a passos largos ate a porta, e bato duas vezes.

- Christian, que surpresa! Já de volta? - Meu pai atende a porta num grande sorriso misturado a estranheza em estar me vendo ali.

- Assuntos mau resolvidos não me ajudaram a ficar fora por muito tempo.- Ele abre a boca pra perguntar algo,mas se cala, quando minha mãe aparece de súbito.

- Meu filho, que coisa boa vê ló sozinho! - O sorriso que ela sustenta no rosto me da náuseas.

- Preciso falar mesmo com você Senhora Grace , e adianto que serei bem breve. Depois disso, quero distância da pessoa repugnante que se tornou! - Simplesmente cuspo as palavras.

Meu pai olha de mim pra ela por cima dos ombros, e abre espaço pra que eu entre.

Já passo diretamente pro escritório, esperando ser seguido por meus pais.

Papai é o último a passar, e fecha a porta em seguida. Sem mais conseguir me conter.

- Quero que mantenha esse seu veneno longe da minha mulher e minha filha. - Aponto com o dedo na cara dela que esta encostada na mesa.

- Christian, pode me explicar o que houve? - Meu pai pede, e respiro fundo.

- Essa mulher aqui que se diz minha mãe, disse coisas horríveis pra Ana pelo telefone ontem. Sabe que ela esta entrando na reta final e não pode ter emoções fortes. Mas, mesmo assim, a vontade de ser venenosa é maior não é Grace?! - Tento de todas as formas não explodir de uma só vez.

- Só quero o seu bem! Não vê que ela...- Levanto a mão a mandando se calar.

- Não ouse dizer uma palavra sobre Anastácia. Eu não quero ouvir! - Minha mãe me olha como se não me reconhecesse. A mesma sensação que tenho neste momento em relação a ela.

- Por que não defende Kate com essa mesma garra com que faz isso por Anastácia? Ela era sua noiva, esta grávida de um filho seu. E você a tratou como se fosse uma qualquer... - Grita Grace como se tivesse razão em algo.

- Fui sincero com Katherine quando reconheci meus sentimentos por Anastácia. Minha ex noiva nunca esteve grávida, isso é impossível de acontecer quando duas pessoas não mantém uma vida sexual ativa. Se ela disse que lhe dei uma surra ou algo do tipo, é totalmente mentira. Mas espera, não vai acreditar no que estou dizendo não é mesmo? A dona da razão é Kate pra você. - Começo a rir por ironia.

Ela me olha incrédula e respiro fundo diversas vezes pra não explodir.

Começo a andar em círculos pelo escritório, e meu pai apenas olha pra nós dois perdido.

- Seu irmão chegou esta manhã machucado, e disse que foi um momento de loucura seu. Pode me explicar que merda esta por trás dessa confusão toda? - Meu pai quase grita fazendo com que tanto eu, quanto minha mãe tomemos um susto.

- Sem querer ser ignorante papai, mas sobre isso, pergunte a ele. Meu assunto aqui é com ela e nada mais. - Olho fixo nos olhos daquela que mais devia estar do meu lado.

Ele apenas acena com a cabeça e sai, nos deixando finalmente a sos.

Passo as mãos pelo cabelo em sinal de nervoso, e procuro as bebidas daqui a fim de me livrar um pouco dessa tensão.

- Você precisa ver enquanto é tempo que ela não é a mulher certa pra você. Largou sua noiva por uma aventura que não sabe nem se o fruto dela é seu. - Estaca com o copo de Whisky na mão, que recém virado na boca, e o lanço na parede.

Cerro os punhos contendo a paciência e percebo minha respiração já acelerada.

- Me faça um único favor: Mantenha sua língua e sua presença longe da minha mulher e filha. Que se presente, eu finjo que você nunca existiu.- Digo a encarando por alguns minutos e a deixando sozinha ali.

Encontro com meu irmão e pai sentados no sofá conversando.

Me aproximo um pouco deles, e falo em alto e bom som.

- Vou repetir pra você a mesma coisa que eu disse para aquela mulher que se diz minha mãe lá dentro.- Aponto pra porta do escritório. - Se mantenha e mantenha sua comparsa longe da minha mulher e filha. No seu caso, se fizer o contrário do que estou dizendo, eu mato você! - Ninguém no recinto diz nada, e com isso deixo a mansão Grey.

Pov Ana

Acordo atordoada com minha filha remexendo muito.

- Oh minha pequena, o que foi hein? - Passo a mão pela barriga a fim de acalmá-la, e da certo.

Levanto e só então percebo que já estou em casa. Vou ate o banheiro e faço minhas higienes.

Volto e resolvo descer.

Procuro por Christian pelo andar de baixo, e nada dele.
Quando estou quase na cozinha a campainha toca.

- Talvez papai tenha esquecido a chave não é mesmo meu amor?! - Caminho ate a porta fazendo carinho na minha linda barriga de quase 7 meses.

Destranco e abro.

- Saudades de mim Anastácia? - Ri de forma cínica na minha direção.

- Você!? -