Um momento quase perfeito
Pov Christian
Fico estático!
O que será que tenho que fazer primeiro?
Olho com ódio pra minha mãe, por ter vindo ate aqui e...
- CHRISTIAN! - Grita Ana enquanto apalpa a barriga com dor.
Deixo meus devaneios de lado, e corro pro andar de cima em busca das bolsas da maternidade.
Graças a Deus estão prontinhas só no ponto de levar las.
Volto correndo, e minha pequena esta encostada na poltrona respirando descompassadamente.
Olho pra todos os lados...
Cadê minha mãe?
- Saiu correndo daqui... - Responde Ana a minha pergunta silenciosa.
Sem ligar pra isso, pego ela nos braços e me apresso pra pegar o elevador.
Que se foda a casa aberta agora, minha filha tá nascendo!
No térreo, caminho a passos largos pro carro e a coloco no banco traseiro deitada. Jogo as bolsas no banco dianteiro e entro já dando partida.
O transito não coopera, e tudo que se ouve aqui são os gritos de minha mulher e sua respiração alta.
Resolvo ligar pra Eloise e já avisar que a princesa tá chegando. Ela atende no segundo toque:
- Elo, é o Christian!.
-Oi, o que aconteceu?
- Hope tá chegando!
- Ô meu deus, como está Ana?
- Com muitas dores.
- Já estão a caminho?
- Sim, estamos quase chegando ai.
- Certo, vou arrumar tudo! Você e principalmente ela, se mantenham calmos!
Desliga!
É fácil falar ne!
To nervoso!
O suor escorre pôr minhas têmporas e tento manter a calma por elas.
Depois de infinitos minutos, finalmente estaciono no hospital.
Como a excelente amiga e médica que é, Eloise já nos espera com uma cadeira de rodas e dois enfermeiros ao seu lado.
Me veem abrindo a porta, e rapidamente correm pra me auxiliar. Os passos são apressados pra entrar, e Elo tenta conversar comigo.
- Vai querer assistir o parto?- Pergunta e fico momentaneamente sem resposta. Não reajo bem ao ver sangue, e me sinto um pouco marica por isso.
Mas é minha filha, meu sonho!
- Sim, eu vou. - As palavras saem facilmente da minha boca, e meu corpo se cria de uma coragem que não o pertence.
Respiro fundo!
Enquanto estou indo me preparar pra entrar na sala de parto, mando mensagem para Mia e peço pra que avise a todos que a nova integrante está chegando.
(...)
Enquanto isso...
Pov Kate
Desde o dia que subornei o segurança do prédio pra dar um perdido em Taylor e me deixar subir pra ver minha rival e ser expulsa como um cachorro sarnento por Christian, tenho ficado sem ideia.
Me mantive reclusa do mundo em meu apartamento, tentando pensar em algo mirabolante e infalível.
Dias, meses tem se passado sem que eu esquematize algo, e isso é frustante.
Desço pra tomar meu café, e encontro meu celular tocando como um pouco.
Numero restrito.
- Quem é, e o que deseja?
- Katherine, sou eu Grace.
- Ah... Olá! A que devo a ligação?
- Acabei de sair da casa de meu filho, fui falar com Anastácia.
- Ele ainda continua fascinado por ela?
- Agora mais do que nunca, a suposta filha esta nascendo.
- Verdade? E em que hospital eles estarão, queria parabenizar a eles.
- Provavelmente aquele onde a tal Eloise trabalha, no centro da cidade.
- Certo, eu ainda não desisti de trazer seu filho de volta pra mim.
- Sei que vai conseguir, e darei todo o apoio.
- Tenho certeza que sim, ate mais!
Desligo sem paciência pra muito papo.
Ela me deu informações valiosas e uma ideia me surge.
Vou me inspirar em Senhora do Destino, mas especificamente na Nazaré e entrarei naquele hospital pra roubar aquela fedelha.
No hospital, na sala de parto...
Pov Ana
Dor!
Mas uma dor extremamente ansiada e desejada por mim.
A cada contração, sei que o momento de ver o rostinho de minha filha se aproxima. Já trocaram minha roupa, e aguardam a dilatação necessária pra que o parto de fato se inicie.
Não vi Christian desde que entrei nesta sala, deve estar cuidando de avisar a todos.
As dores se intensificam e o aval é dado, hora de colocar força e trazer uma princesinha ao mundo.
Médicos me cercam por todos os lados, e me pedem a todo momento para colocar mais e mais força.
Meu corpo já não suporta mais!
- Ei amor! - Uma voz suave e muito conhecida por mim, fala ao pé do meu ouvido. - To aqui pra te dar forças e trazer nossa pequena ao mundo! - Pega minha mão e deixa um beijo, apertando forte em seguida.
Olho em seus olhos, e os vejo brilhar, assim como seu lindo sorriso.
São as forças que preciso!
Empurro com todas as forças do meu corpo, imaginando já ter quebrado a mão de Christian e ter deixado surdo a todos que estão aqui nesse meio tempo.
O que me conforta, é o choro fino e estridente que ecoa.
Encosto minha cabeça na maca, respirando fundo e sorrindo.
Christian encosta seu rosto no meu
- Obrigada amor! - As lágrimas descem em cascatas por seu rosto, e seu sorriso é contagiante.
- Querem conhecer a bonequinha de vocês?! -Pergunta Eloise trazendo um corpinho pequeno e cheio de sangue, o colocando em meu peito.
Nunca imaginei que meu coração pudesse inflar, e morrer tanto de amor por um ser tão pequeno.
- Mamãe te ama tanto meu amor, tanto! - Beijo sua pequena testa e ela cessa o choro.
Christian passa o polegar em sua bochechinha.
- Ainda mais linda do que imaginei! - Se inclina e beija sua festinha miúda.
Ela é tirada de mim pra um banho e quando sai da sala meu coração aperta.
Meu noivo beija minha cabeça.
- Vou lá ver se tá tudo bem com ela! - Diz e sai.
Tranquilizo meu corpo e me permito enfim descansar.
Pov Christian
Na porta do berçário
Paro na grande janela de vidro e fico olhando pro rostinho de todos aqueles bebés.
Minha pequena esta ali, mas qual será ela?
Abro a porta devagar, e chamo a enfermeira, que prontamente vem.
- Queria saber qual deles é a minha filha. -Peço e ela sorri.
- Qual o nome e sobrenome, por favor?! - Sai da minha frente indo pegar a lista numa mesa próxima.
- Hope Eloise Stelle Grey. - Digo orgulhoso e ela baixa a vista.
- Acabou de sair daqui Sr. Grey. Se sair por esse corredor, encontra ela no caminho ainda. - Aponta pro lado contrario de onde vim.
Agradeço e saio.
Bem ao longe, vejo uma moça, alta e morena, com um jaleco de enfermeira e com um bebe enrolado num manto rosa nos braços.
- Ei, você! - Chamo e ela para, olhando pra trás em seguida.
Esse rosto!
Ela sorri e meu corpo gela!
Eu conheço essa pessoa.
Ai não, minha filha!
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