Pov Christian

Paro de frente a porta e respiro fundo.

Ponho a mão na maçaneta e a giro devagar.

Esta tudo escuro, mas não tem ninguém deitado na cama.

Entro, e vejo Kate sentada próximo a janela do quarto.

- Nós precisamos conversar. - Falo assim que fecho a porta.
Olho pra frente mais uma vez, e nada dela responder ou se mexer.

Me aproximo mais e toco seu ombro, escuto o seu suspirar longo.

- Você precisa me explicar algumas coisas Katherine. - Mantenho o tom de voz calmo.

Ela se levanta e parece puta.

- Não posso mais conversar com meu cunhado, é isso? - Ela parece ofendida, mas no fundo, não consigo acreditar nisso.

- Vocês nunca foram próximos, e quer que eu acredite que da noite pro dia se tornaram melhores amigos?  Ah, conta outra né. -  Me viro e posso sentir que ela me acompanha.

- Se você não estivesse tão ocupado com aquelazinha, teria percebido que tenho me aproximado muito da sua família.- Seu tom de voz esta bem mais alto.

- Primeiro, baixe o tom de voz. Segundo, "aquelazinha" tem nome e é mãe da minha filha. Terceiro, essa sua aproximação repentina, tá fazendo um estrago grande na minha relação com minha mãe e eu não estou gostando nem um pouco disso. - Estou controlando todos os nervos do meu corpo pra não explodir.

- Sua mãe sabe o que é melhor pra você, sente o cheiro de piranha interesseira de longe. - Meu maxilar esta em tempo de quebrar do tanto que o estou apertando.

Agarro o braço dela com força.

- Cuidado com a língua ao falar da Anastácia, mais respeito.- Quase grito.

- Você esta me machucando! - Largo seu braço de uma vez e ela cambaleia pro lado.
- Seu louco! - Kate passa a mão onde eu estava segurando e sua pele branca deixa bem visível a marca vermelha que minha mão deixou.

Respiro fundo, contando ate mil e falo de uma vez.

- Esta tudo acabado entre nós! Quero que arrume suas coisas e saia daqui agora! - Ela arregala os olhos na minha direção.

- O QUE? VOCÊ ACHA MESMO QUE PODE FAZER ISSO COMIGO? - Começa a gritar histericamente.

- Não só posso, como estou fazendo. - Caminho ate a porta e a abro.
- A porta do quarto, leva a escada, que leva a porta da rua que é a serventia da casa. - Aponto pra fora pra que ela entenda que tudo acabou.

- TEM NOÇÃO DE TUDO QUE EU TIVE QUE OUVIR POR SUA CAUSA? AGUENTAR UMA DAS SUAS PIRANHAS...- Ao ouvir isso, não aguento mais respirar fundo e lhe desço a mão.

O tapa vai em cheio do lado direito do seu rosto e ela cai.

- EU TE MANDEI LAVAR A BOCA PRA FALAR DELA! - Falo extremamente sério e ela me olha com medo.
- AGORA SAI DAQUI, NÃO QUERO MAIS NEM OLHAR PRA ESSA SUA CARA DE MADEIRA. - Fico de costas pra ela e massageio minhas têmporas.

Espero que Ana não tenha acordado com todo esse show.

Volto a me virar e vejo Kate levantar do chão com a mão no rosto onde eu bati, com os cabelos bagunçadas e alguns até colados no rosto.

- Não pense que tudo vai ficar assim Christian Grey, você ainda vai me pagar muito caro por tudo isso. Não só você como ela.- Aponta pra porta e só ai vejo Ana parada olhando de um pro outro estática e assustada.

Por instinto corro pra onde ela esta e a abraço.

- Se sente bem? - Pergunto preocupado.

- Sim eu...- É interrompida por uma Kate transformada no demónio.

- Vocês não perdem por esperar, vou transformar a vida de vocês num verdadeiro inferno. - Seu rosto esta completamente vermelhos e seus olhos em cor de sangue vivo.

Com um certo medo de que ela possa fazer algo, afasto Ana e me afasto da porta.

Kate passa por ela arrastando sua mala com certa dificuldade, mas nem ligo.

Assim que ela sai, fecho a porta e tranco bem rápido, com medo do que ela pode tentar fazer.

- Ela só fingiu gostar de mim esse tempo todo!? - Ana me pergunta baixo.

Me aproximo dela

- Não ligue pra isso pequena, vem aqui! - Ela obedece e se agarra a mim.
- Você precisa descansar, esses sustos e preocupações não fazem bem a você e nem a ela. - Ponho a mão em sua barriga e noto a bebé um pouco agitada.

Ela se mexe sem muito escândalo, mas se pode notar a alteração de vez em quando.

- Vamos deitar! - A levo ate a cama, ela se deita e cubro seu corpo.
- Tudo bem se eu dormir aqui com você? - Faz que não com a cabeça e não consigo conter o sorriso.

Me deito ao seu lado, e ponho a mão na sua barriga.

- Deixa a mamãe dormir tá filha, o papai tá cuidando pra que nada fira a segurança de vocês duas aqui fora. - Me aproximo mais e beijo seu ventre. Sinto um leve chute perto da minha boca e lá estou eu sorrindo como um bobo mais uma vez.

Minha paz, se encontra quentinha e segura aqui dentro.

- Papai te ama muito meu amor! - Começo a encher a barriga de beijos e Ana gargalha.

- Vai deixar sua filha mal acostumada. - Seus olhos estão brilhando e seu sorriso é radiante. Poderia facilmente me apaixonar e querer ver essa cena todos os dias.

- Essa é a ideia! - Respondo e continuo o que estava fazendo.

...

Ana já dormiu a algum tempo, e estou guardando seu sono sem conseguir pregar o olho.

As palavras de Katherine me fizeram pensar e analisar algumas coisas.

As atitudes de minha mãe e Elliot...
Devem ter sido tudo culpa dela, envenando os contra Anastácia.

Aqueles desmaios e a doença sem fim, devia ser tudo fingimento.

Não creio que pude me enganar tanto com uma pessoa.

Depois das ameaças dela, prefiro me precaver.
Todo cuidado é pouco!

***

E então, o que me dizem dos babados? Rs

Não deixem de me seguir, para então serem avisadas das novidades que estão por vir.

Recomendem as amigas (os) se estiverem em love com a fic. ❤

Quando menos esperarem, estou de volta! 😉😘