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30 - Soberba e apática

Rosana costumava zumbir no meu ouvido que há sempre uma boa razão para não confiar nas pessoas, porque elas irão quebrar você.
Nunca prestei muita atenção nessas palavras, não era como se eu precisasse me preocupar. A minha convivência com as pessoas pareceu ser, na maioria das vezes, bem limitada, calculada e planejada.
E, juntando os pontos agora, acho que eu deveria ter sabido.

Deveria ter perguntado mais, insistido mais. Deveria ter seguido a minha intuição, mantido milhas de distância da Emma e do Jack. Eu não precisava de mais pessoas badernando a minha vida. Não é do que eu preciso.

Talvez, nas profundezas do meu consciente eu soubesse; no segundo em que ele apareceu a defendendo no Salgueiro, ou de como parecia se preocupar com ela.
Os comentários que ela evitava, as perguntas em que ela hesitou, todos olhares que desviou.

"Ele é um bom amigo" Emma disse tantas vezes, quem sabe, tenha servido para mascarar os meus achismos.

Por isso ele estava tão estranho na biblioteca? Por que ele não me disse de uma vez? Por que dizer que gostava de mim? Por que fizeram isso comigo?

Se tivessem sido sinceros desde o princípio eu jamais pensaria em... Eu não teria feito. Eu não teria cedido. Eu sou tão idiota. Tão idiota. Estúpida. Burra. Ingênua. Puta merda, Isla! Olha o que você deixou eles fazerem com você!

— Isla? — Sinto a mão da Maya tocar o meu antebraço.

Ela foi corajosa, não sei se o fantasma pediu para ela me trazer até aqui, pode ser que sim, preciso entender direito.
Não sei de muita coisa, só que estou de saco cheio desses joguinhos doentios.

Chantagear a Maya com a Harper foi jogar muito baixo, apenas para brincar com ela. É muito possível ele tenha me encorajado a ir atrás do passado da Rosana para se divertir comigo também.

— Harry? — O chamo e o mordomo sai do veículo, apressando os passos até o acostamento, onde eu estou.

— Sim, milady?

— Me espere aqui e se algum enxerido se aproximar dê um fim. Ameace com o pé de cabra se necessário.

Harry arregala os olhos e balança a cabeça negativamente.

— Milady, eu...

— Estou brincando, bobinho. — Forço um sorriso que não dura muito e caminho na direção dos pombinhos, que por alguma razão se afastaram.

Maya me acompanha. As minhas botas vão esmagando a grama passo por passo, a medida que eu me aproximo, e os imbecis levam um tempo até perceber a minha presença.

De repente, eles tomam distância um do outro e se levantam do banco lançando olhares espantados.

— Isla... — É tudo o que o Jack diz ao abrir a boca e não sai mais nada.

Ele e a Emma se entreolham algumas vezes. Acho que vou ficar aqui o dia todo se depender desses dois covardes e molengas.

— Bu! — Imito um fantasma, mas não sei porquê, acabo rindo de mim mesma no final. — Isso é tão... — Olho para os meus próprios pés. Qual é a palavra? — Patético. — Torno a olhar para os dois. — Sinceramente, eu estou enojada.

Um nó espreme a minha garganta, a sensação é de ser sufocada de dentro para fora.

— Isla, eu juro que não é o que você... — Emma começa a falar.

— Que eu estou pensando? — Cruzo os braços. — Vamos, vocês dois estavam esperando por essa ceninha, não é? Vamos ser mais originais. — Digo entredentes. — E, você... — Olho o Jack da cabeça aos pés.

É tão embaraçoso pensar que eu estava tão perto dele e não me refiro apenas no sentido literal. Eu senti alguma coisa, muito antes de beijá-lo no gazebo da casa da Harper.

Jack emaranhava e agitava os meus sentidos, me confundia. Ele foi diferente, acho que em algum momento me viu mergulhada no caos mais sórdido, mas não recuou.

Talvez eu tivesse apreciado isso nele, talvez eu não tivesse reparado antes, e talvez ele tenha acendido algo em mim. Só que está ficando escuro agora.

— Por que não diz alguma coisa?! — Berro com ele. — Seu babaca covarde! Mentiroso! Isso foi divertido para você por acaso? Vocês riram muito as minhas custas, eu aposto!

— Você está entendendo tudo errado... — Jack tenta falar.

— Eu estou? — Desdenho.

— Eu juro que... — Ele leva as mãos ao rosto e enchendo os pulmões de ar. — A Emma e eu somos só amigos agora e...

— "Agora"? — Inquiro entredentes. — Eu lembro de perguntar para essa... — Olho e aponto para garota, mas me contenho. Ela me encara angustiada, seus olhos estão cravados nos meus. — Eu realmente confiei em você, Emma!

Minha respiração está pesada, me sinto dolorida e inflamada. Pode ser uma boa ideia voltar para dentro do carro.

Eu não pensei direito, não pensei em como seus olhares seriam lançados a mim, como flechas certeiras. Não pensei se tenho força para carregar esse peso no momento. Eu não pensei direito. Eu nunca penso direto.

De um segundo para o outro, parque fica mais gelado. Eu deveria ter pego um casaco. Se depender desse vestido de alças finas irei morrer de hipotermia.

— Isla, eu juro, eu não podia contar. — Emma diz, com os olhos marejados, passando pelo banco para se aproximar de mim. — Acredita em mim, nós somos amigas!

— Não! — Nego recuando em ré, abraçando o meu próprio corpo, tateando os meus cotovelos. — Nós nunca fomos. Amigas não mentem umas pras outras. Não assim... Não desse jeito.

— Se você me deixar explicar... — Jack torna a falar, pondo as suas íris em mim. — Por favor.

Algo enegrece cada vez mais e escorre pelas minhas veias sempre que eles abrem a boca para falar.

— Explicar o quê?! — Ralho. — Como me fizeram de idiota esse tempo todo?! Vai me dizer que você não estava prestes a beijar a Pinóquia antes de eu aparecer?

Ele comprime os lábios e desvia o olhar. Como eu sou idiota, uma grande idiota.

Devolvo o olhar para a Emma.

— Lembra do que eu disse sobre sentir muito pelo dia em que conheci você? — Ela treme os lábios, seus globos estão trasbordando e seu rosto já está molhado. — Eu retiro as minhas palavras. Agora estou feliz, na verdade, me pergunto se não podia ter feito melhor.

Dou as costas para voltar para a limusine, mas sinto uma mão tocar o meu ombro.

— Isla, por favor! — Emma insiste.

— Não toca em mim! — Giro na direção dela, a empurrando com força.

Emma se desequilibra, cai e Jack corre para ajudá-la se levantar. A cena perfeita da coitadinha.

— A partir de hoje esqueçam de mim. — Paro e umedeço os lábios secos pelo frio. — Se puderem, porque eu vou fazer vocês desejarem nunca terem me conhecido.

Tento me distanciar outra vez, ao lado da Maya, quem assiste quieta e assustada.

— Só para um pouco e me ouve! — Escuto os passos do Jack atrás de mim. — Precisamos conversar. Vamos...

— Fala! — Torno a encará-lo. — Fala de uma vez!

— Aqui... — Ele olha em volta. — Aqui não dá. Vamos até o apartamento, lá eu posso contar tudo!

— Eu não quero ir a lugar nenhum com você!

— Será que tem como você baixar a guarda, só dessa vez?!

— Mas eu baixei! — Replico, afastando o cabelo da minha boca, com um embargo evidente na voz. — Eu baixei a guarda e você se aproveitou disso e fodeu tudo!

Levo uma das minhas mãos até a testa. A minha cabeça voltou a doer e dor se alastra por cada átomo do meu corpo. Pernas, braços, mãos. Não sei como estou de pé.
Meus olhos estão embaçados, mas deve ser por causa de todo esse vento. Eu estou lacrimejando, é só isso. Não é um choro, eu não vou chorar. Eu sobrevivi a tanta coisa, merda, não vou permitir que meus olhos desaguem por causa de um babaca.

Estou fazendo um esforço danado para não dar a ele a prova de que me atingiu. Ele não vale isso. Não merece isso.

— Is... — Ele me lança um olhar de súplica, tentando tocar o meu rosto.

— Não chega perto de mim! — A passagem de ar parece esquentar cada vez mais. — E, quer saber? Eu estou muito feliz que tudo isso tenha acontecido!

Vejo Jack paralisar.

— No fim das contas, eu jamais iria trocar o príncipe por você!

Ele suspira fundo algumas vezes e comprime os lábios, ao mesmo tempo que concorda com a cabeça.

— Entendo estar zangada, você tem muitos motivos, mas não precisa ser cru...

— Cruel? — O interrompo rindo com escárnio. — Eu não sou cruel, Jack.

Me aproximo do rapaz ficando apenas há alguns centímetros de distância.

— Eu posso ser narcisista, mimada, egoísta e soberba. — Ergo o queixo, cravando os meus olhos nos dele. — Mas, eu não escondo isso de ninguém, as pessoas se aproximam de mim e sabem exatamente de quem estão chegando perto. Eu não mascaro as coisas. Mas... Mas você? — Rio outra vez. — Você se faz de bom moço, deve viver mascarando a podridão da sua covardia.

Sua mandíbula trava e ele engole em seco.

— Eu sou apática, você é cruel e mentiroso.

Maya me puxa pelo ombro e eu finalmente consigo sair. Esburacada.

Desliguei o meu celular para evitar as mensagens eligações do Jack e da Emma. Preciso engolir o que aconteceu primeiro.

— E foi isso. — Maya termina de contar para a Harper, quem me direciona o par de olhos arregalados.

Ela não sabe o que me dizer, e não precisa me dizer nada.

Com os olhos fixos na lareira da minha sala de estar, me mantenho silente, taciturna.
Não consigo tirar da cabeça a imagem do Jack e da Emma quase se beijando, é algo que reverbera nos rebordos do meu subconsciente, dando nó nas minhas vísceras. E, eu nem sei o porquê, acho que essa é a pior parte. O não entender;

Não entendo como puderam agir pelas minhas costas, como eu pude confiar tão cegamente no que me diziam. Eu deveria ter mantido distância. Dos dois, sem exceção.

— Por que a Emma omitiria isso? — Harper diz, apoiando as mãos nos meus joelhos. — Não acha melhor irmos até a casa dela conversar?

— Não quero conversar, eu não vou conseguir fazer isso agora. — Retruco no mesmo minuto.

— Que confusão... Eu lamento muito. Eu...

— Pelo o quê? — Sorrio, levando meus olhos aos dela.

Harper franze o cenho, pouco confusa.

— Por ter passado por isso.

Faço que não no mesmo segundo, engolindo em seco.

— É melhor assim, menos dois para eu me preocupar. — Replico meio grosseira, desviando o olhar outra vez, para as faíscas laranjas.

Rosana não está em casa, podemos conversar sem precisar cochichar.

— Eu sei que você está magoada, Isla.

— Não estou não. — Digo, me levantando do sofá. — Eu nem era tão próxima da Emma assim, e Jack e eu não tínhamos nada, um beijo não significa nada. Não significou nada.

— Eu não sei não. — Megan estreita o olhar, sentada no braço do sofá. — Parece bem chateada pra mim.

— Será que a gente podia focar no que realmente importa? — Inquiro, não quero mais tocar nesse assunto. — O fantasma ameaçando a Maya, mandando mensagens pra ela! Por que faria algo assim?

Harper e Megan se entreolham, e a loirinha encara a Maya.

— Devia ter contado pra gente. — Diz suspirando fundo.

— Já disse que não podia. Eu não sabia se estávamos sendo vigiada. E, até que se prove o contrário todo mundo é suspeito.

— E quanto a mim? — Megan torce o nariz.

— Você não me contou sobre a Harper também, está lembrada?

— É. Você tem um ponto. — A cópia dela dá os ombros.

— Acho que pode ser alguém do Salgueiro, até porque o fantasma deu um jeito de enfiar uma fotografia no armário da Isla! — Harp pensa alto. — Se fosse um rosto desconhecido não passaria do portão da entrada do colégio.

Bem pontuado.

— Ah, eu vou me arrepender disso. — Maya parece resmungar consigo mesma, quando fecha os olhos e afasta as costas da parede em que se escorava. — Eu tenho que confessar mais uma coisa...

— Confessar o que? — Megan inclina o corpo para encarar a irmã.

Maya junta as mãos, as mexendo de modo frenético e se aproximando em alguns passos de nós. Ela molha os lábios tomando fôlego algumas vezes, criando coragem para nos encarar.

— Eu que coloquei aquela fotografia no armário da Isla, no vestiário.

Mas que merda.

— Por quê? — Megan pergunta incrédula.

— Porque a mamãe pediu.

— A Rosana pediu?! — Cruzo os meus braços, me aproximando no mesmo segundo, sem esconder o quanto isso me confunde e me enfurece.

— É. — Faz que sim, engolindo em seco. — Ela me disse que você e a Megan iam acabar se machucando numa busca sem sentido. E, eu não queria que nenhuma de vocês se machucassem, eu... Isla, você quase morreu esmagada e depois teve aquele homem morto!

— Então a mamãe manipulou a nossa ida e a conversa com a Clarice? — Megan questiona para si mesma. — Será que era tudo mentira?

— A história é bem séria, Meg, eu não acho que ela brincaria com algo assim. — Harper palpita.

— Nessa altura do campeonato eu não duvido mais de nada. — Resmoneio para mim mesma, apoiando as mãos na minha cintura.

— Acho que ela queria que vocês soubessem, pra pararem de procurar. — Maya diz dando de ombros, encarando o chão.

— E, funcionou, a gente parou mesmo. — Eu não acredito que caí no joguinho da Rosana.

— Sabia sobre o nosso pai esse tempo todo e não me contou? — Megan se põe de pé.

— Acho que pelo mesmo motivo de você ter decidido que não seria uma boa ideia me contar.

— Em um dia já descobri que você me escondeu duas coisas... Qual será a próxima? — Megan parece bem chateada. — Você é mesmo a minha irmã gêmea?

Pera aí! — Harper contrai o rosto. — Se não foi o fantasma que colocou aquela foto, então o último contato dele com a Isla foi naquelas mensagens. E, depois disso ele começou a mandar mensagens pra a Maya sobre a Emma e o Jack. Isso faz algum sentido? Ele não mandou mais nada?

Maya assente, tirando o celular do bolso e evidenciando a última mensagem que recebeu: Três emojis, um castelo, confetes e uma máscara.

Muito engraçado.

— Será que ele achou que dedurando o seu interesse amoroso te forçaria a ir no baile? — Maya palpita, levando suas íris até as minhas.

— Até parece que a sua mãe me deixaria ficar em casa! — Replico, batendo as mãos nas laterais do meu corpo. — Mas, se enviou isso significa que o fantasma vai estar lá.

— O baile é daqui a dois dias. — Harp ergue o queixo para me encarar. — O que vai fazer?

Dou de ombros, respirando o fundo.

— Nada.

— Você? Fazendo nada? — Arqueia as sobrancelhas.

— É. Eu vou ir ao baile. — Sopro uma mecha de cabelo, caindo sobre o meu rosto. — Vou prestigiar o meu noivinho, mas se a Rosana acha que eu vou facilitar pra ela, está completamente enganada.

Encaro o vestido feito pela Madame Grifine no manequim, posto aqui por um dos funcionários da estilista. Ah, todas essas mangas e tules. Um empurrãozinho e eu o enfio na lareira.

— Harp, você terminou aquele vestido que estava fazendo para a Emma?

— Terminei, mas eu não sei se vou mandar, preciso conversar com ela primeiro antes de...

— Relaxa. — Torno a encarar a loirinha. — Tenho uma ideia.

— Ela tá com aquele olhar de novo. — Maya leva uma mão até a própria testa.

— Uma ideia mirabolante? — Harper pergunta, estreitando os olhos e em resposta, apenas eu levanto o canto dos lábios.


Fiquei enfornada em casa nos últimos dias, observandoos ponteiros do relógio darem voltas e voltas.

Pedi para a Maya não contar para a mãe que disse a verdade sobre a fotografia e eu espero que ela tenha ficado com o bico fechado.
Preciso ser cautelosa com a minha madrasta, já que, ao que tudo indica, ela é capaz de usar a própria filha para ter o que deseja. Imagine a mim.

Bloqueei o contato da Emma e do Jack. Eu não estou com cabeça, não quero olhar para eles, sequer ouvir suas vozes. Não preciso deles, eu nunca precisei, estava ótima antes deles surgirem na minha vida e posso ficar ótima outra vez.

Não. Não. Esquece, sua idiota.

Não me darei ao luxo de parar para pensar, sentir, ou seja lá o que o resto do mundo faz quando se decepcionam com alguém. Que se dane. Os dois. Tenho um psicopata, uma madrasta potencialmente perigosa e um príncipe para me preocupar.

Quando o dia do baile chegou, eu não precisei fazer grandes esforços, Rosana contratou uma equipe inteira para cuidar da nossa preparação.
Manicure, pessoas especialistas em tratamento de pele, massagistas, cabeleireiros e maquiadores.
Sei que eu não deveria reclamar de um dia digno de princesa, só que esse é justamente o problema, a parte em que o termo "princesa" entra.

Passei o dia inteiro sendo puxada dali, arrastada daqui.
Eu estava quase berrando com e os expulsando do meu quarto. Até mesmo Megan e Maya, quem entravam e saiam o tempo todo para ver uma coisa ou outra.

Não consegui almoçar direito e estou me perguntando quando é que eu vou jantar, afinal, o baile terá início às oito horas da noite, e considerando que a Rosana irá me exibir como se eu fosse um artigo de luxo para cada alma presente, talvez eu possa jantar amanhã na hora do café.

— Cadê?! — Posso ouvir a Rosana esgoelar. — Onde está?!

Sentada em frente à minha penteadeira, sendo maquiada por uma pessoa, enquanto outra termina de arrumar o meu cabelo, passo o polegar na linha do lábio, delimitando o batom vinho.

Pelo reflexo mesmo, posso ver a ruiva saindo do meu closet, praticamente soltando fumaça pelas narinas.

— Onde está o seu vestido?! — Grita.

Giro a cadeira, descruzando as pernas para encará-la diretamente.

— Cuidado, com as marcas de expressão, madrasta. — Sorrio de forma exagerada.

— Eu não estou brincando, Isla. — Diz entredentes, se aproximando de mim, ajeitando o seu robe e usando bobs na cabeça. Medusa. — O que fez com o seu vestido? Onde ele está?

— Endereçado a alguém que precisará mais do que eu. — Me ponho de pé.

Espero que a Emma goste do presente, até porque, o convite ela tem.

Pelo o que eu entendi, a Harper tentou conversar com a Emma, quem repetiu que precisava de um tempo para conseguir explicar as coisas. Ou para inventar uma mentira convincente.

Harp é boa, disse que respeitaria o tempo da garota, e que iria ouvi-la, mas eu não. Eu passo.

— Você enlouqueceu. — Seu olhar é de reprovação e repúdio.

— Talvez. — Dou de ombros. — Sabe o que dizem por aí... Que "Isla Grant" tem perdido a cabeça. — Com o dedo indicador simulo uma faca cortando o meu pescoço. — Essas coisas.

— A madame Grifine depositou muito tempo criando aquele vestido!

— Eu sei e ele não será desperdiçado.

— O que deu em você? Se está fazendo isso para não ir a esse baile...

— Eu não disse que não vou ao baile. — A interrompo, fazendo suas sobrancelhas se erguerem. — Estarei lá, afinal, eu sou a futura princesa, não é mesmo? — Dou dois tapinhas leves em seu ombro direito ao passar por ela, caminhando até o meu closet.

Rosana me rondou por mais algumas horas, mesmo enquanto terminava de se aprontar. Ela só sossegou quando me viu usando o vestido feito pela Harper, combinando-o com um par de luvas brancas e compridas.
A loirinha criou um modelo lilás, de alças finas, com uma fenda na perna e camadas de tecidos leves dando volume a saia. Ele é repleto de detalhes brilhantes, por toda a sua extensão.

Preciso lembrar de agradecê-la por isso, ele é senão um dos, o vestido mais bonito que eu já vi.

Ela me ligou algumas vezes, perguntando onde eu estava, e dizendo que me aguardava, tudo isso ao mesmo tempo em que eu assistia o Fred correr da Rosana e da gravata borboleta que ele detesta porque aperta o seu pescoço.

Rosana está usando um vestido verde escuro, modelo sereia. Diferente da Megan, quem optou por um vestido prateado, no mesmo corte que o vestido da mãe. Já a Maya, está usando um de saia estilo princesa, num tom rose.

As gêmeas estão como sempre foram, devem ter resolvido o conflito causado pelos segredinhos da Rosana. Eu espero que sim. É bem estranho ver uma sem a outra.

Saímos de casa, faltando alguns minutos para dar nove horas. Vi a Rosana ligar para os motoristas que contratou para saber se já foram buscar os órfãos no orfanato, parece que sim.

Acho que estou presa em um filme de terror.

Minhas mãos tremem e suam frio a medida que o carro avança na direção do palácio.

Dez anos ouvindo a mesma história: O príncipe foi escondido e voltará no seu aniversário de dezoito anos; E, eu, Isla Grant, sou a noiva dele.

Um nó está entalado na minha garganta. Eu poderia fugir, abrir a porta do carro e saltar dele em movimento. Eu poderia berrar para o reino inteiro que não quero me casar. Eu posso fazer isso.

Mexo os dedos das mãos no ritmo dos meus batimentos cardíacos frenéticos, quando o meu coração esmurra o meu peito. Paradoxalmente, eu estou fria, imóvel e oca.
Embora algo corra fervendo pelas minhas veias nesse instante, eu não falo nada, não faço nada. Não olho para ninguém dentro da limusine, eu não quero conversar agora.

Preciso pensar.

As luzes acesas do castelo, contrastam de uma maneira encantadora e tenebrosa com a escuridão da noite, do céu repleto de estrelas.

Nosso carro mal passa pelos portões e em átimos somos cegados pelo piscar dos flashes devido a todos os paparazzi se amontoando no lado de fora.

Cacete, eu não acredito que está acontecendo. Não acredito que esse dia chegou.

Roi.

ISLA TAVA: "NAO SEI SE DOU NA CARA DELA OU BATO EM VOCÊ"

OSMSOSDNDODNSOSNSISobailechegoueunaotonemumpoucobem.

Pra quem tá curioso com o vestido dela, ele foi desenhado pela Olhosdtinta na primeira versão, a diferença atual é que ela tá usando luvas brancas hahahahaha. Eu tô fazendo um desenho pra vocês e vou liberar lá no insta quando estiver pronto

E o baile chegou....

Vamo, então né. 👁👄👁 parafraseando dona tedesco.

Queijos. Volto logo.

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