What's in the closet?
O que há no armário?
Narrador P.O.V
Nas noites mais sombrias da escuridão, no meio de todas as vestes de seu guarda-roupa um deles sempre vai se encontrar lá, a espera de que seus olhos se fechem num sono profundo para atormentar seus sonhos mais doces e os transformar nos piores pesadelos. Enquanto seus gritos presos como um nó em sua garganta não saem, eles dão altas gargalhadas sobre o seu próprio nariz, analisando e saboreando cada gota de desespero que seu corpo extraí; tanto lágrimas quanto o odor de medo esperando que aquilo acabe logo.
Com o adolescente, Louis, não é tão diferente, porém seu monstro é bem pior do que o dos outros.
Em milésimos de segundos ele viu o olhar mais frio e ao mesmo tempo mais quente de sua vida, ao acordar no meio da noite após ter a terrível visão de que seus adoráveis e até então inocentes olhos eram arrancados de seu crânio por colheres, como se fossem bolas de sorvete.
O menino jurou por sua vida que ao despertar se contraindo na cama viu uma figura escura com grandes orbes vermelhas bem a sua frente, e logo depois ouviu um grande baque que vinha de seu armário sendo fechado com força. E assim a criatura sumiu no meio da bagunça de seus pensamentos confusos, tentando entender para onde aquilo tinha ido; e se estivesse dentro do armário?
Ele realmente não queria saber.
A partir daquele dia as sombras o assombravam, qualquer objeto que projetasse algo escuro nas paredes era motivo para lagrimas caírem por suas bochechas rosadas enquanto ele tentava puxar as cobertas até mais acima de sua cabeça para se proteger de falsos demônios.
Mas a verdadeira criatura ainda estava por vir.
- Louis? Você não acha que já está na hora de ir para a cama? - Johanna, sua mãe, levantou uma das sobrancelhas ao vê-lo sentado em sua cama enquanto mexia freneticamente no controle do vídeo game, jogando algum jogo insignificante provavelmente sem objetivo algum.
- Não mamãe, amanhã é Domingo. Eu não tenho aula.
- E é por isso mesmo. - Ela se agachou até onde a tomada do aparelho se posicionava, e o desconectou da energia, fazendo a boca do garoto se abrir, como se estivesse totalmente inconformado com o ato da mãe. - Eu vou para o hospital daqui a pouco. Tenho plantão para cobrir e não quero te encontrar acordado quando voltar.
- Ma..mas, eu nem salvei o jogo. - O garoto bufou cruzando os braços na frente do peitoral, balançando a cabeça para os lados fazendo a mãe soltar uma pequena risada, o trazendo para perto de seu peito para o abraçar.
- Você vai ter tempo o suficiente para fazer isso amanhã. Boa noite meu anjo. Vá escovar os dentes e tome um banho, Louis. - Desarrumou os cabelos do filho com um cafuné, o soltando, deixando-o ir até o banheiro para fazer sua higiene. - Ajuda a relaxar, assim você pode evitar um novo pesadelo. - Ele sorriu, ela tinha razão. Não desejava ver aquele olhar novamente.
O menor andou com suas meias já encardidas até o corredor do grande sobrado amarelo em que moravam. Foi até uma das primeiras portas e a abriu devagar, revelando o cheiro de flores impregnado no local. Ele jurou ver uma sombra um pouco mais contrastada ao abrir a porta por completo, mas ao estender os dedos pelo interruptor e aperta-lo, colocou em sua cabeça que era apenas um delírio, pois quando acendeu a luz não havia nada de diferente lá.
Ele retirou a camiseta azul manchada de mostarda - resultado do jantar com os amigos horas atrás, que envolvia hot dogs melequentos demais - e logo depois a jogou no cesto de roupas sujas, ao lado do vaso sanitário. Retirou as calças longas de moletom do corpo e também as jogou no devido lugar. Apenas com as meias brancas e a boxer também da mesma cor ele levou a mão até a torneira, a girando até a metade para deixar a água morna; do jeito que ele gostava.
Retirou as meias olhando para suas solas escuras, já imaginando a grande bronca que iria levar por andar com os pés descalços em casa. Por ultimo revelou seu membro enquanto jogava o resto das roupas no chão para depois as juntar e levar até a lavanderia junto ao resto das roupas da família.
Adentrou na água dando um suspiro aliviado, respirou fundo enquanto sentia seus cabelos grudarem em sua testa e o liquido transparente escorrer por toda sua face indo a caminho do chão de azulejos brancos. Pegou o sabonete com uma grande preguiça e começou a espalhar as bolhas pelo corpo massageando cada parte para as lavar corretamente, não permaneceu fazendo isso por muito tempo e logo se enxaguou voltando o sabão até a saboneteira na parede novamente. Desligou o chuveiro puxando a toalha pendurada no box de banho, para então começar a se secar.
O garoto passou a toalha por seus cabelos com agilidade, indo para frente do espelho inteiramente embaçado, por causa do vapor preso dentro do cômodo. O moreno olhou para o reflexo sem nexo e notou algo - alguém - atrás de si. Ele se assustou, não iria olhar para trás de jeito algum. Sua primeira reação foi tirar a toalha dos cabelos e limpar rapidamente toda a parte sem foco, assim tendo a visão novamente perfeita dele, apenas ele.
Ou era isso que ele achava que estava vendo.
Balançou a cabeça em sinal de reprovação. "Será que estou ficando louco?" Pensou enquanto pegava sua escova de dentes, para colocar a pasta sobre os fios de náilon. Molhou a boca com um pouco d'água e então outro pensamento invadiu sua mente.
Seria o homem dos seus pesadelos? O homem do armário?
Durante toda a sua vida ele nunca havia acreditado em qualquer criatura sobrenatural, mas naquele momento ele se perguntava internamente se em sua mente continha alguma brecha para explicar o que estava acontecendo.
Realmente, ele só poderia estar enlouquecendo ou todas aquelas visões rápidas eram realmente reais, tudo que ele sempre negou existir sempre existiu e estava se vingando pelo fato dele duvidar de algo mais poderoso do que si.
Ele voltou a atenção para o creme dental, o levando até a boca para escovar seus dentes em movimentos circulares e lentos. Após enxaguar a boca e guardar sua escova, o menino enrolou a toalha em sua cintura, se preparando para voltar ao quarto.
Calmamente girou a maçaneta dourada esperando que nada o surpreendesse do lado de fora, e ele estava enganado algo realmente o surpreendeu.
Seu cachorro, Scott, esperava do lado oposto da porta com os olhos brilhando esperando que seu dono fosse para a cama, para poder se deitar no meio das cobertas junto a ele.
O cãozinho fornecia certa segurança para Louis, apesar de não ser muita coisa, já que o pequenino era um filhote vira-lata que pesava menos de dois quilos e mal conseguia andar sem tropeçar nas patas dianteiras.
- Como vai garoto? - Ele se curvou para passar os dedos sobre seus pelos curtos vendo-o acomodar a cabeça em sua mão. Continuou a fazer carinhos sobre seus pelos pretos por alguns minutos, fazendo a famosa voz fina que todos fazem ao falar com cachorros.
Voltou sua atenção para o silêncio da casa, provavelmente sua mãe já havia ido trabalhar em seu plantão no pronto socorro. A enfermeira o entendia muito bem, e sabia lidar com os surtos pós-pesadelos do filho. Mas quando ele precisava ficar sozinho por consequências de que não tinha irmãos e seu pai era um grande empreendedor que viajava muito, sua mente já começava a pedir a Deus que o protegesse do que havia visto naquela noite semanas atrás.
Louis andou em passos lentos até seu quarto no final do corredor, abrindo a porta devagar e a fechando rapidamente. Seus olhos percorreram primeiramente a janela, que estava aberta. E por um certo medo o garoto resolveu fecha-la. Após verificar-se tudo estava trancado, puxou as cortinas de renda o máximo que pode, para evitar sombras ou olhares curiosos vindos de fora.
Scott olhava para o armário com certa desconfiança, vez ou outra rosnava para ele enquanto Louis apenas vestia sua boxer azul e seu roupão, também da mesma cor. O garoto mandou diversas vezes o cãozinho parar, mas ele parecia estar mais preocupado com o que havia lá dentro do que com a voz de seu dono.
- Pare, Scott! - Os olhinhos marrons opacos do animal se voltaram para o dono, com o rabo entre as pernas e chorando baixinho ele subiu em sua cama e se deitou embaixo dos cobertores e lençóis brancos.
O garoto suspirou e engoliu seco olhando para o respectivo lugar. Amarrou o roupão antes aberto e se sentou na cama, fazendo carinho no focinho do animal que estava para fora das cobertas, dando-lhe possibilidade de respirar melhor.
- Você é um bobão, não tente me assustar de novo. - Louis se inclinou até o criado mudo ao lado de sua cama, assim acendendo a luz clara de sua luminária.
Ele se levantou indo até o interruptor ao lado da porta. Antes de estender os dedos para apagar o ambiente por completo, ele olhou para o relógio na parede: onde marcavam 12:01 AM. Já estava tarde, ele deveria ir dormir o mais rápido o possível para não ter surpresas desagradáveis.
O moreno se deitou na cama apenas num pulo só, puxando o edredom para mais acima de sua barriga sem deixar que seus pés ficassem descobertos.
Pegou seu aparelho mp3 ao lado, junto a luminária onde abaixou a luminosidade para não atrapalhar em seu sono. Colocou os fones e ligou-os no maior volume possível. Deixando suas coxas descobertas a mostra, pela ausência do cobertor.
Ele parecia estar lhe chamando cada vez mais.
(...)
Louis acordou. Tudo se encontrava em uma completa escuridão, a não ser pela cortina que o garoto tinha certeza de que havia fechado, mas agora estava aberta. Dando claridade a grande parte do carpete, que era iluminado pelos reflexos das luzes dos postes na rua.
A luminária não estava mais acesa. Seu IPod estava jogado no chão, e seus fones haviam sumido.
Ele procurou por Scott, mas o animal não se encontrava na cama. Tentou desesperadamente fazer seu pequeno abajur se acender, mas sem sucesso apertando diversas vezes o botão de On/Off ele piscou soltando faíscas, assim queimando por completo.
Seus olhos lacrimejaram, sua coragem de ir até a porta para ligar a luz não era máxima, mas mesmo assim ele resolveu ir. Tomou cuidado ao descer, colocando lentamente cada pé no tapete vermelho instalado ali. Ao não sentir nada puxando-o para debaixo da cama, soltou o ar de seus pulmões num alívio profundo indo rapidamente até o interruptor.
Ele apertou o botão o máximo que pôde, tudo estava contra ele naquela noite. A luz de seu quarto não iria acender tão cedo, sua única opção era pegar suas cobertas, ir até a sala, ligar a televisão e esperar sua mãe chegar do trabalho as seis.
Assim fez, pegou o cobertor branco macio se direcionando até a saída. Suas mãos rodearam a maçaneta e tentaram roda-la por completo. Não conseguindo completar a ação, ele se assustou. Ninguém mais possuía as chaves da casa além de sua mãe, ele tinha a total certeza que ela ainda não havia chegado e também não haveria motivo para trancar sua porta.
Ele forçou os olhos contra o escuro e olhou para o relógio na parede, onde marcavam 3:59AM.
Se ela não havia chegado ainda, quem trancou a porta?
Resmungos interromperam seus pensamentos, o que era aquilo? Pequenos choros abafados, que vinham de..
Seu armário?
Louis jogou os lençóis que levaria para a sala imediatamente no chão. Cortando sua respiração, começou a seguir os sons calmamente. Ele reconhecia aqueles grunhidos. Era seu cãozinho chorando.
Ele chegou até a frente do pequeno closet, ouvindo o silêncio novamente. Os sons haviam parado e apenas as cigarras de fora da casa faziam uma melodia bagunçada ser espalhada pelo ambiente.
- Scott? Amigão? - Ele chamou baixinho, batendo com os dedos na madeira branca esperando que mais algum resmungo fosse ouvido. Porém tudo continuou em completo silêncio. Ele jurava perfeitamente que os sons tinham vindo de lá, e o único jeito de saber era checando o local.
Louis ajeitou sua franja e engoliu seco, olhou para baixo e notou mais uma coisa diferente: Seu roupão estava aberto, sendo que antes de dormir o menino se lembrara de tê-lo amarrado num laço em sua cintura. Não se deu o trabalho de fecha-lo novamente, se aproximando cada vez mais do armário.
Colocou as mãos nas trancas, as puxando devagar, fazendo com que um rangido longo arrepiasse sua nuca. Ele sentiu o suor em seus dedos, seu corpo congelou por completo. Um baque foi ouvido e ele pulou para trás olhando para a janela - agora aberta - que batia contra a parede por conta das grandes rajadas de vento que a noite trazia.
Louis suspirou e foi até ela, dando um sorriso ao perceber o quão idiota era por estar sentindo tanto medo assim. Ele colocou o rosto para fora, vendo as nuvens grandes e cinzas que se formavam no céu e indicavam que logo iria chover, olhou para baixo e notou a rua deserta na madrugada. Todas as luzes das casas apagadas e apenas o som de trovões da pré-chuva começaram a se destacar no céu.
Sentiu o aroma da grama molhada ao ver gotas começarem a cair calmamente atingindo o solo. Acumulou uma grande quantidade de ar em seus pulmões, e fechando os olhos se virou novamente prendendo as mãos nas cortinas para as fechar.
- Olá, tolinho. - Foi surpreendido por uma voz um tanto quando rouca e demoníaca. Sentiu-o próximo de si, sentiu mãos em sua cintura dançarem indo até suas costas e parando eu seus ombros. - Sentiu saudades? - Agora o tom soava abafado, em seus ouvidos que ouviam a respiração quente bater sobre sua garganta.
- Aah..ah.. - O menor gaguejou sem conseguir falar, dando motivo para uma gargalhada alta do maior atrás de si.
- Seu desespero é maior ao vivo do que nos sonhos. - Pigarreou, escorregando os lábios por seu pescoço, enquanto seus dedos agarravam os fios marrons curtos para manusear sua cabeça com mais facilidade. - Sabe quem eu sou, não é?
- Na..não. - Sua língua se enrolou ao falar, sentindo o olhar do outro queimar sobre a epiderme de seu pescoço, que momentos depois foi tomada pelas mãos grossas do maior.
Era óbvio que ele sabia quem era. Era a pessoa que o atormentava há anos, a pessoa - que até então não sabia se era uma - quem ele mais temia em toda a terra. Um desconhecido, que não tinha propósito algum na vida a não ser tirar as noites de sono tranquilas de Louis. No fundo ele tinha curiosidade de vê-lo, mas junto a essa curiosidade também se encontrava o pavor. O pavor de que sua aparência seria muito pior do que ele imaginava.
- Ah, não se faça de bobo, Louis. - Fez questão de suspirar contra seu rosto, para faze-lo sentir seu hálito ser absorvido por suas narinas. - Eu sei que você se lembra muito bem dos meus olhos, um monstro sabe tudo sobre sua criança. - Suas orbes se arregalaram, o que ele queria dizer com "sua criança" afinal? O menino já havia deixado a infância há muito tempo.
- E..eu não sou a su..sua criança. - Falou soltando varias lufadas de ar descompassadas ao pausar as palavras. Seu estômago borbulhou e ele sentiu o homem arrumar sua postura para poder analisar seu pomo de adão com melhor precisão. A criatura parecia estar desesperada por toques, como se estivesse esperando há anos para senti-lo.
- Ah, você é. Apenas meu. Só meu. E vai aprender isso querendo ou não. - Ele o guiou até a cama com as mãos em seus braços, fazendo o garoto quase paralisado pelo medo andar obrigatoriamente em direção aos travesseiros. - Sente, querido. - Falou em sua orelha lhe causando arrepios e um grande suspiro.
Ele se sentou e o toque marcando seus braços sumiu. A criatura sumiu. Ele estava completamente sozinho em sua cama, sentado e tremendo feito um otário.
- Porra.. - Ele riu ao olhar para os lados e não ver exatamente nada além das mobílias de tom levemente azulado pela falta de iluminação da noite. Seus olhos se fecharam e ele se jogou para trás agarrando os lençóis e os apertando com vontade, pensando que sua mente e alma realmente precisavam de um belo tratamento psicológico.
Louis respirou pesadamente varias vezes e abriu suas pálpebras lentamente, imaginando que seu sofrimento já havia acabado. Mas ele estava errado. Ao focar sua visão um pouco mais à cima de sua cabeça se deparou com as tão temidas íris vermelhas, que dentro possuíam pupilas pretas com um pequeno feixe de luz assombreado e junto á principal cor eram envolvidas por uma esclera escura.
Imediatamente seu corpo se impulsionou para frente com a intenção de sair correndo e provavelmente tentar deixar o lugar o mais rápido possível, mas uma mão o segurou. Segurou um de seus pulsos, o impedindo de correr.
- Achou que iria se safar tão rápido assim? - O monstro caçoou. - Vire-se. - Ordenou fortemente, fisgando levemente o braço de Louis com uma das unhas das mãos cobertas por luvas pretas. - E sem olhos fechados.. - Ele concretizou num tom mais alto, fazendo a ideia citada sumir de seus pensamentos na mesma hora. - Vamos, não temos a madrugada toda. - O apressou estralando os dedos nos próprios pulsos.
Louis limpou a garganta e deu passos lentos para trás, virou os pés cuidadosamente sentindo seu corpo soar frio. Seus olhos se apertaram cuidadosamente, sem deixar de conseguir observar cada detalhe que aparecera em sua frente de um jeito totalmente repentino.
A pessoa quem ele tinha certeza ser a pior do mundo naquele momento, aparentava na verdade ser a mais normal das normais pessoas que ele já havia visto, com uma beleza inexplicavelmente genuína e um cheiro levemente adocicado; que lembrava o odor de seu armário. Ele vestia um sobretudo preto de botões abotoados até o fim de seu peito. Uma calça também da mesma cor que possuía alguns rasgos perto dos joelhos e coxas. Suas botas de couro lembravam as de assassinos em série, acompanhadas de luvas cinzas mafiosas e aparentemente feitas de um tecido macio revestido por borracha. Seu rosto bem definido e marcado terminava num queixo pontudo com um sorriso malicioso, uma cicatriz na testa o deixava mais sexy e assombroso, os cabelos bagunçados em cachos soltos se misturavam diante a escuridão daquela parte do quarto; que destacava os vibrantes olhos em chamas.
- Me chame de Harry, Louis. - Sorriu diabólicamente, deslizando a mão sobre a pele macia do castanho, assim o guiando para senta-lo na cama. A criatura se sentou ao seu lado, notando as pequenas mãos do garoto tremerem. - Oh, Você está com tanto medo. - Sussurrou fazendo os pelos do moreno se arrepiarem. - Eu consigo presenciar de tão perto agora. É maravilhoso sentir a adrenalina borbulhar em seu corpo. - Ele soltou um grande suspiro, se aproximando do menino para sugar o oxigênio lotado de desespero que o cercava. Harry chegava cada vez mais perto, fazendo-o recuar para trás, com os dois braços apoiados na cama que uma vez fracos de segurar seu próprio peso, caíram, chocando suas costas no colchão desconfortavelmente. Sua derrota permitiu que o oposto pusesse cada mão em um dos lados de seu corpo, o deixando sem saída alguma.
Os cachos dele caíam sobre seu rosto, fazendo com que no meio da escuridão ele apenas localizasse suas orbes horripilantes. O mesmo empurrou o rosto do menino para o lado levando suas narinas a sugarem o odor profundo de pavor em que Louis se encontrava. Ele entreabriu a boca e conteve um gemido ao sentir os lábios vermelhos percorrerem sua clavícula, indo até o começo de seu ombro com o auxílio das mãos grossas que trabalhavam juntas, afastando o roupão azul dos braços dele.
- Você é ainda mais atraente, olhando de perto. - Sugou seu pescoço, tendo um resmungo em reação. - Eu estive aqui por tanto tempo.. tive a honra de apreciar os seus momentos mais íntimos e comprometidos, mas agora.. você está rendido, apenas para mim. - Soltou as palavras como um abafo sobre sua bochecha. Louis não entendia o que ele era, se sentia um total idiota por não conseguir sair dali, principalmente por estar gostando e demonstrando isso através de uma bela pré ereção.
- Você sempre sonhou com isso não é? - Riu. - Como é sonhar Louis? Me conte as sensações. Me conte como você se sentiu na sua primeira vez.. - Ele pausou a fala e movimentou seu olhar para a expressão chorosa do garoto. - Sua primeira vez, comigo. - Seus olhos se arregalaram ao ouvir aquilo tão naturalmente. Louis era virgem, até onde ele sabia.
- Oh, Você não se lembra? - Levou o indicador até as bochechas do garoto, alisando levemente a coloração rosada que as mesmas possuíam. - Não se sinta mal, a maioria das pessoas nunca se lembram dos seus sonhos mais doces. - Ele realmente não se lembrava, não se lembrava de tudo. Flashes deixados nos sonhos só eram recordados dias depois de tê-los. Eles faziam parte da mesma cena mas o cérebro humano do menino não o possibilitava entender tudo aquilo de maneira clara.
As mãos do maior passearam pelo corpo quase descoberto dele, puxando cada vez mais o tecido azulado e macio para longe de sua epiderme. Deixando-o apenas em roupas íntimas, sorriu ao notar sua animação involuntária.
Ainda prendendo-o com o entrelace de suas pernas, Harry se ajoelhou na cama, começando a desabotoar o sobretudo levando o olhar de Louis para suas mãos, já com grandes pensamentos impróprios.
Retirou o casaco, deixando-lhe transparecer confiante com o olhar focado no menino quase inocente. A camiseta branca que vestia por baixo deixava as tatuagens em seu peitoral a mostra, por consequências de ser quase transparente; como renda.
- Vamos clarear sua mente. - Logo retirando também a blusa indiscreta, desceu lentamente até seu peito nu, ainda com a calça jeans apertada abotoada em seu corpo. Os dois peitorais se encontraram, ficando rentes um ao outro. As respirações também se misturaram; e por mais que Louis tentasse prender a sua, a criatura o hipnotizava com o olhar, segurando-o ali a cada segundo que se passava; sem ter a possibilidade de fazer nada.
- Era uma bela noite de sábado.. você estava tão cansado. Oh, você foi jogar futebol com Niall no campo; voltou todo encharcado para casa após uma grande tempestade. Estava tão fodido. O uniforme grudava em seu corpo e você tremia de frio enquanto pisava duro pelo quarto, tentando imaginar como limparia as pegadas de lama no carpete; antes que sua mãe chegasse. - Harry segurou os ombros do garoto calado que relembrava cada momento que ele citava como se fosse ontem. - Devo admitir, ri do seu desespero. Mas eu estava tão necessitado. Você retirou as chuteiras sujas e se jogou na cama respirando forte. Sua franja grudava sobre seus olhos, e tudo que eu fiz foi esperar você cair no sono; arrumei seus cabelos castanhos observando seu estômago subir e descer numa calma profunda, sem ligar para as consequências da grande bronca que levaria. - Ele virou o menino, deixando-o de bruços assim sentando sobre suas coxas para brincar com os dedos em suas costas.
- Você pegaria um resfriado com todas aquelas roupas molhadas.. então eu as tirei uma a uma. Comecei por suas meias até os joelhos, eram lindas por sinal. Você deveria usa-la mais vezes, secas. - Riu passando as mãos em seus cabelos, descendo o indicador por sua nuca; dando-lhe um arrepio intenso. - Então você começou a resmungar baixinho, pedindo algo para poder se esquentar. Eu fui até suas mãos e dei pequenos beijos molhados nelas, deixando o vapor quente sair de minha boca vez ou outra; dividindo sua temperatura entre quente e frio. Seu corpo estremecia tanto, e logo você começou a entrar na minha brincadeira da imaginação. - Harry deslizou o dedo até o meio de suas costas, seguindo sua espinha lentamente. Esperando o momento certo para cravar as unhas na pele bronzeada, e deixar grandes riscos marcados nela.
- Sim, Eu não te obriguei a nada. - Afirmou sozinho. - Você se levou pelo movimento, tão obediente nos sonhos. Eu beijei seu pescoço, vendo seus lábios serem mordidos fortemente. Um transe total. - Desceu as mãos até o começo de sua cintura, vendo a barra da boxer como uma grande tentação. - Você remexeu o quadril, buscando atrito quando eu coloquei os dedos por cima do pano fino para te torturar. - Levou as duas palmas até sua bunda, e a preencheu com elas. Apertou cada uma, vendo Louis jogar a cabeça para trás e conter um grunhido. - Quer saber o que aconteceu depois? Uhn?
Louis lentamente virou a cabeça, observando o olhar penetrante por cima dos próprios ombros. Pensou por segundos, que pareciam horas: ele não tinha como escapar, se falasse não o que aconteceria depois? Sua curiosidade se encontrava a mil pois aquele dia, bem no dia chuvoso em que ele chegou cansado e caiu num sono profundo, foi o primeiro dos vários dias em que ele não sabia quando havia ido dormir; e também não sabia o porque de estar sem suas vestes.
Era simplesmente como se tivessem retirado pelo menos seis horas de sua vida, e nesse período de tempo ele não soubesse exatamente nada do que fez.
- Que..quero. - As palavras soaram baixinhas como um ritmo lento e dançante aos ouvidos de Harry. - Me conte o que aconteceu. - A força para as palavras saírem parecia não acabar. Naquele momento ele se entregou por completo mesmo sem saber, e suas frases o atiçavam cada vez mais. - Me mostre o que sempre acontece quando eu caio no sono, e acordo sem o mínimo senso do que fiz. - A criatura sorriu de orelha a orelha, o convite estava feito. Harry iria lhe contar exatamente o que aconteceu, ou acontecia de vez em quando.
- Bem, então depois de tocar você em sua parte delicada, eu ouvi um grande suspiro da sua parte. O melhor suspiro que eu já ouvi. Você mantinha os olhos fechados e apertados, imaginando cada detalhe como quisesse; não iria acordar. Eu estava te controlando. - Retirou as mãos de sua bunda abaixando totalmente a boxer azul que a escondia.
Deu uma breve pausa para tirar as luvas táticas que esquentavam suas mãos, as jogando na frente de Louis; para que ele já pudesse imaginar o que aconteceria. O corpo do menor gelou, a espera do próximo toque e da próxima fala.
- Você já estava pronto, mais que pronto. Eu desabotoei minha calça calmamente, enquanto respirava pesado sobre seus ouvidos. - Harry levou os dedos até o zíper, arrastando-o para baixo lentamente, fazendo com que o som da ação se alastrasse entre o silêncio do ambiente. - Oh, aquele era o dia perfeito. Você estava perfeito. Eu lambi meus próprios dedos, deixando um rastro de saliva sobre dois deles; assim levando-os até você. - Ao desabotoar o jeans preto sua ereção saltou batendo em seu estômago, causando um mínimo estralo; que mesmo assim chamou a atenção do pequeno a sua frente.
Louis novamente voltou sua atenção para o de trás, olhando discretamente para seu membro pulsante. Ele não pôde negar, sua boca salivou no mesmo instante. O garoto puxou o ar repetidas vezes, deixando a boca entreaberta ao senti-lo tocar sua área sensível com o indicador.
- E sabe o que você fez depois? Hm? Você rebolou nos meus dedos, contraindo sua espinha para frente buscando mais contato. Você gemeu baixinho, sôfrego agarrou os lençóis em desespero, tão lindamente.. eu poderia ver essa cena por dias. - Cheirou os cabelos acastanhados que já se encontravam grudentos com a presença do suor que escorria por sua epiderme. O garoto arfou sentindo seus fios serem puxados para trás, arqueando seu pescoço de modo em que pudesse ver a feição de Harry invertida.
- Shii.. Não chore. - Louis engoliu seco ao perceber a lágrima silenciosa descer por sua bochecha direita, traçando um caminho até seu queixo, assim caindo dispersa em seu edredom. - Meninos como você não merecem isso, eu sei.. é confuso. Mas eu o escolhi por que tinha certeza que seria um bom garoto. Não é? Você está sendo bonzinho, não vai me decepcionar, hm?
- S..sim - Ele disse devagar, ouvindo os sussurros ecoarem pelo quarto. - E..eu não vou. - Rajadas geladas e calmas de vento batiam contra o corpo de Louis, que permanecia na mesma posição, ainda com a mão de Harry em sua cabeça, que era puxada para trás grosseiramente; dando mais facilidade para a criatura se inclinar e falar no ouvido da vítima.
Onde ele estava com a cabeça? pediu para um monstro demonstrar seus sonhos eróticos à ele. O arrependimento tomava um pouco de sua consciência. A curiosidade falou mais alto em suas palavras confiantes, e agora ele estava fodido.
- Se você está sendo um bom garoto, vou checar como minhas palavras estão afetando você. - Soltou-o finalmente, o fazendo estralar o pescoço para os lados de forma desconfortável. - Parece animado, hm? - Um sorriso sádico tomou seus lábios rosados acompanhados pelo olhar profundo e sério que examinava suas emoções arrependidas. Ele desceu as mãos por seu abdômen, encontrando seu membro coberto por uma média camada de pré gozo. Tocou a glande com o dedão, fazendo-o soltar um leve gemido ardente junto a palavras totalmente desconexas. Ele apanhou sua intimidade, estimulando lentamente para tortura-lo. - Está doendo não é? Eu sei, logo vai passar. - Falou calmamente, soltando a extensão do garoto; deixando-o frustrado pela falta de contato repentina.
- Posso continuar a história? - Ele perguntou, soltando uma névoa quente e misteriosa no ar de suas palavras. Louis apenas assentiu. Ele tinha medo de seu tom, de seu jeito e de seu olhar; que nunca deixava a cor das chamas para trás. - Me responda quando eu perguntar algo. - Puxou os cabelos do garoto novamente, tendo em reação um pequeno grito abafado. - Agora eu percebo o quanto seus lábios são tão mais apetitosos daqui de cima. - Ele levou os dedos até lá, passando pela superfície úmida e machucada. Soltou um mínimo suspiro, talvez por imaginar o quão maravilhoso seria ter suas línguas travando uma bela batalha prazerosa.
O garoto continuou a se levar pela tentação, não respondeu o superior e tentou só fechar suas pálpebras para aproveitar o indicador de Harry invadir sua boca.
- Sabe, quando eu te fodi, foi como se o mundo parasse apenas para apreciar suas sensações, seus movimentos. Seus dentes se cravavam em meu ombro, com a intenção de diminuir a dor de ser invadido tão fortemente. - Ele explorou as bochechas molhadas do outro, que chupava seu dedo imaginando altas loucuras. Harry adicionou seu médio nas ações, fazendo com que a dificuldade para praticar a respiração de Louis aumentasse.
Seus dedos batiam contra a língua do menino, que algumas vezes engasgava com o certo ato e se desesperava pela quantidade de saliva que inundava o espaço. O cacheado o deixou mais alguns segundos saboreando seus dedos, para depois os levar molhados até sua entrada exposta.
- Até chegar ao ápice, eu já tinha tocado e beijado cada parte de seu corpo frio. - Ele deixou o liquido escorrer por sua bunda, causando-lhe arrepios involuntários. Tocou o local com o polegar, passando-o por ali sem penetrar. - E sabe qual a melhor parte? Você não precisou nem me ver para se esbaldar nos sonhos, na imaginação e nos sentimentos que provavelmente mal sabia que eram reais; até agora.
A rouquidão que acompanhava a voz do maior era excessivamente maravilhosa, juntamente às ações dele se tornava cada vez mais delirante suportar as grandes mãos passeando por sua entrada livremente, causando-lhe espasmos acompanhados de pequenos grunhidos insatisfeitos.
- Você quer mais que isso?! Uh. - Sussurrou surpreso ao ver o garoto se contorcer embaixo de suas coxas que prensavam seu abdômen contra o colchão, involuntariamente também apertando sua extensão dolorida na cama que quase gritava por toques.
- Oh, meu Deus. Pare de me torturar assim. - Soltou um pequeno gemido afobado, deixando as palavras saírem soltas e necessitadas. - Faça, faça logo. - Ele implorou, forçando as mãos contra os lençóis para poder os agarrar.
- Então você quer? - Ele sorriu largo, tornando a voltar suas mãos entre as nádegas do garoto para então separa-las novamente. Ele segurou a base de seu membro o direcionando até sua entrada que piscava por desejo sem cessar. Tocou sua glande lá, fazendo movimentos circulares, contornando a área sem penetra-lo. - Quer? - Naquele momento gemidos desesperados já ocupavam o quarto, como se quisessem confirmar as perguntas de Harry. Mas ele não iria fazer até que o menino concordasse.
- Você sabe que eu quero ouvir respostas. Eu quero ouvir essa sua voz manhosa dizer o 'Sim' que seu corpo transmite, quanto mais rápido você fizer isso mais rápido meus lábios tomarão os seus; e os tornarão vermelhos e inchados. - Ele continuou rodeando sua ponta entre sua bunda, fazendo o garoto arfar por mais.
Seria um erro se ele concordasse em fazer aquilo, mas ele já estava na metade do caminho, se dissesse não provavelmente iria ser morto ou decapitado; ele realmente queria e precisava daquilo porém sua insegurança zerava suas ideias de seguir em frente.
E por isso ele mandou a insegurança ir se foder.
- Eu já disse, faça. Eu quero. E..eu preciso muito. - Ele se arrepiou ao dizer suas prováveis ultimas palavras até que terminassem com aquilo. O silencio tomou o local novamente e de modo repentino seu pescoço foi puxado para o lado, recebendo então a boca de Harry na sua como havia prometido. Sua língua brincou lá dentro feito uma criança com um brinquedo, Louis teve a carne sensível de seus lábios mordida e puxada para trás como uma provocação do maior; as explorações não pararam até que a saliva começasse a escorrer por suas bocas novamente, deixando tudo bem úmido para que Harry levasse os dedos quase já secos até sua língua.
Sua mão percorreu um caminho por seus ombros, descendo por suas costas arqueadas encontrando assim sua parte sensível. Harry lentamente penetrou um dedo no garoto que gritou ardentemente, fazendo-o fechar as pálpebras e apreciar o som enquanto trabalhava em acostuma-lo para o receber.
Ao ver que o menino já estava confortável dentro de seu primeiro dedo, não cessou em adicionar outro sem dar um mínimo aviso. Ele forçou-os em sua próstata vendo-o grunhir, apertando os belos olhos, enquanto petiscava sua própria boca de maneira que fizesse pequenos machucados. Harry girou os dedos movimentando seu punho para os lados tendo em reação um resmungo rouco e sofrido, assim tirando-os lentamente de dentro do garoto; que suspirou aliviado com a ação mas ao mesmo tempo sentiu falta do contato.
As pupilas em chamas de Harry já se encontravam quase totalmente dilatas por sua tamanha excitação. Um calor inexplicável tomou seu corpo repentinamente, fazendo com que ele se livrasse da última peça de roupa que ainda lhe restava.
Louis respirava pesadamente, sem hesitar opinar a pausa da criatura misteriosa que fazia tudo fora das vistas dele. O maior agarrou seus ombros o puxando para ficar de joelhos sobre a cama; ainda de costas para ele, foi guiado por Harry à manter uma postura rígida para que ele pudesse analisar e tocar seu corpo.
As mãos grossas e tomadas por veias passearam por sua cintura, descendo até as laterais de suas coxas que se contraíram ao sentir as palmas geladas tocarem a epiderme do lugar. Os toques subiram por seus braços novamente, tendo como destino seu pescoço; que sofreu um leve aperto dos dedos longos de Harry, poupando-lhe o oxigênio por alguns poucos segundos.
A pele pálida de seu rosto roçou lentamente sobre a amorenada, de olhos fechados; sentindo a textura macia e bronzeada se esfregar contra ele. Os cabelos curtos numa franja desarrumada e apoderada de suor, foram averiguados pelo maior; que notou a vibração em que o outro se encontrava por carregar seu peso sobre os joelhos, que se suspenderiam a qualquer instante naquela posição desconfortável.
Ele então não foi mau, encostou o abdômen nu nas costas do garoto que se aliviou tendo-o como apoio. No entanto ele pôde sentir a ereção se arrastar pelo começo de sua bunda, fazendo-o gemer baixinho.
- Agora? bae. Você precisa tanto não é? - Deslizou as mãos por seu tórax, indo até sua virilha enquanto cochichava em seu ouvido. - Bem aqui, uhn? - Tocou sua glande com o dedão, friccionando as duas partes vagarosamente.
- Uhn..uhum. - Louis afirmou jogando sua cabeça para trás, encostando-a no ombro do mais velho; que teve uma visão privilegiada de seus mamilos róseos. Sua mão livre coçou para tocar aquela área totalmente rígida e pigmentada; direcionado seu indicador até a área para pressionar o mamilo esquerdo.
Ele não parou de bombear o garoto, que se encontrava inclinado para trás, se contorcendo e segurando os resmungos prazerosos; que ele se recusava emitir.
- Vamos, eu sei que está bom. - Esfregou os lábios macios por sua orelha, causando-lhe mais arrepios. - Eu sei que você quer gemer, não recuse sua própria vontade. - Falou contra sua orelha, recebendo em troca a deploração que ele tentou prender em sua garganta.
- Muito bem. - Escorregou suas mãos com mais facilidade por sua extensão ao sentir alguns pequenos jatos de pré gozo escorrerem por seu pau, fazendo com que seus dedos ficassem escorregadios.
Harry suspendeu os movimentos e deu mais atenção a sua ereção, que parecia explodir com tamanhas pulsações. Ele envolveu o punho na sua intimidade, provocando o garoto novamente enquanto passava sua cabeça em sua entrada, porém agora penetrando devagarinho só a ponta; sentindo-se esmagado por suas paredes.
Louis espasmou para frente, colocando a língua entre os dentes variando entre suspiros e baixos gritos agudos. Logo Harry já estava o penetrando por completo, fazendo com que o som de seus quadris se chocando fosse a única coisa ouvida além de seus gemidos. O moreno impulsionava-se para trás, para sentir mais vezes o membro rígido surrar sua próstata intensamente. O maior se movimentava cada vez mais rápido e forte, recebendo o aperto das unhas curtas do outro em seus braços.
Ao perceber seu clímax já perto, pela primeira vez permitiu que o menor o encarasse profundamente, virando-o para frente, enquanto tinha a visão de seus olhos assustados e o olhar baixo, com vergonha de ser observado tão intimamente.
- Abra a boca. - Ele ordenou fitando seu corpo de cima a baixo.
O garoto obedeceu, entreabrindo a boca, deixando seus lábios rubros e finos totalmente a mostra enquanto inclinava sua cabeça para frente; em busca do que Harry daria a ele. Piscou os olhos em sinal de inocência, fazendo com que seus cílios se tornassem muito mais belos e preciosos do que pareciam ser.
O maior segurou seu pau acelerando os movimentos mais uma vez, se tornando ágil a ponto de gemer o nome do menino pela primeira vez; se entregando por completo. Ele mirou até os lábios avermelhados e o viu colocar a ponta da língua para fora, esperando que o sêmen tomasse sua boca por completo. Bastaram mais alguns movimentos de seu punho e ele gozou, gozou nos lábios necessitados de Louis que engoliu o que pôde e limpou os restos com os dedos.
Ao terminar suas ações, ele tentou beija-lo novamente; recebendo em troca um empurrão que o fez deitar na cama obrigatoriamente. Harry o viu ainda duro e decidiu o tocar novamente, dessa vez com a mesma agilidade com que se tocou; para render o rápido orgasmo que precisava pois logo a mãe dele chegaria.
Com as mãos fazendo movimentos velozes em seu corpo, o Louis curvou as costas e gritou satisfeito pela última vez; liberando tudo sobre a pele esbranquiçada do oposto. Ele estendeu os dedos bem separados na frente de seu rosto, limpando e sugando o gosto do adolescente vagarosamente.
Louis puxou os cobertores para cobrir suas pernas e se arrastou até a cabeceira da cama, tentando recuperar sua respiração descompassada. Já Harry sentou-se, apoiando os pés no carpete cinza enquanto colocava os cotovelos sobre os próprios joelhos; fazendo com que seus cachos caíssem para baixo, tapando sua visão.
De repente sua cabeça voltou a se erguer, olhando diretamente até a porta como se pudesse perceber a presença de alguém chegando.
- Ela chegou. - Num tom amedrontante e baixo ele falou. Se levantou rápido, tendo inexplicavelmente em segundos suas roupas novamente grudadas em seu corpo. - Meu trabalho aqui já está feito. - Inclinando-se em direção a testa do garoto, beijou o próprio polegar, para então o encontrar com os lábios confusos do outro. - Adeus. - Se despediu pela última vez indo em passos largos até o closet novamente.
- Shii.. - Colocou o dedo indicador na frente de sua boca, ainda enquanto fechava a pequena fresta que restava da porta de madeira branca.
- Louis? Querido? Cheguei. - A mãe do menino tentou girar a maçaneta dourada sem ter sucesso, logo se assustando pela porta estar trancada. - Louis?
A porta se abriu, A luminária voltou a ficar acesa e a janela se fechou num baque instantâneo que o fez pular de susto, assim agarrando os cobertores para cobrir seu corpo nu.
- Ah, Louis. Está tudo bem? - Abriu a porta apressada, foi até o filho observando sua expressão de medo e angústia, ele não teve forças para falar nada, apenas apontou; mirando para o tal lugar que nunca deveria ser perturbado.
- O que tem no armário, Louis? - Ela parou em passos lentos na frente do mesmo, vendo os poucos raios do nascer da manhã surgirem num tom rosado em meio ao azul escuro. - Você teve outro pesadelo?
- Não abra. - Disse curto e alto. - Não abra mamãe, por favor.
- Por Deus, Louis. Quando isso vai sair da sua cabeça? Nada disso existe. Nada. - Ela levou as mãos até as maçanetas de ouro fazendo o filho tremer e já sentir lágrimas caírem num total desespero.
- Pare, Você vai se arrepender! Mãe! - Ele gritou fazendo-a ter raiva das especulações do garoto, ela não aguentava mais isso; todas as noites durante meses, pesadelos e visões. Já era difícil lidar com a ausência do marido, ainda mais com seu filho diagnosticado quase como louco. - Mamãe, não.
As duas portas rangeram ao serem abertas, revelando apenas a escuridão; fazendo a enfermeira rir baixo e se virar de costas para o guarda-roupa, pronta para debochar do filho em desespero.
- Viu? Nada. - Ela sorriu, não entendo o olhar assustado de Louis para atrás dela. - O que foi? - Ela disse ainda sorrindo boba, quase desformando o riso que continha ao sentir algo respirar sobre seu pescoço.
- Mamãe.. - Uma lágrima sofrida desceu por sua bochecha lentamente. - Eu te avisei. - Ele abaixou a cabeça, ainda podendo observar os últimos segundos de vida que restavam à ela.
- Ma..ma..mas. - Se virou vendo as orbes furiosas a encararem, as mãos grossas agarraram seu pescoço forçando sua boca a se manter calada pela falta de ar. Jogou-a para a escuridão no meio das roupas, assim fazendo as portas baterem; impedindo que Louis visualizasse o resto das ações.
Apenas debatidas eram ouvidas, como se a mulher ainda lutasse para escapar. O menino estava paralisado, não podia fazer nada além de imaginar o sofrimento que ela estava passando, ele a alertou.. mas ela não quis acreditar.
Repentinamente todo o barulho parou.
- Mãe? - Seus pés trêmulos alcançaram o chão, por alguns segundos ele podia ter certeza de que iria desmaiar, a não ser pela incrível força que o mantinha consciente para saber se Johanna ainda estava viva. - Harry.. por favor. - Ele soluçava enquanto andava cambaleando até lá, suas pernas cessaram e ele caiu de joelhos no carpete. Um gemido doloroso escapou de sua garganta, e as lágrimas continuavam a molhar suas mãos. Ele se arrastou mais e mais, conseguiu chegar até a frente do armário implorando para que tudo fosse apenas mais um de seus sonhos.
- Harry.. - Chamou, se desesperando ainda mais quando notou o sangue escuro escorrer por debaixo das frestas claras.
De novo, o rangido foi ouvido e um feixe de luz apareceu. Com o resto das energias que o restavam, ele levantou o olhar cansado vendo os cabelos longos castanhos pela última vez; acompanhados do olhar vibrante que sugava suas forças.
- Quer ser o próximo?
↪Autora: @larrydoll↩
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