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𝗨𝗡𝗖𝗢𝗩𝗘𝗥 | 𝗙𝗗𝟭𝟭

— Juro por tudo que é mais sagrado que se eu ouvir mais um grito, implicância ou reclamação de vocês, expulso os dois daqui! — Clément levantou o dedo como se fosse um pai dando esporro nos filhos desobedientes.

Louise reprimiu a risada enquanto Felipe torcia a boca, zombando de como o amigo ficava engraçado quando estava bravo.

A verdade era que a irmã e o melhor amigo do piloto francês o deixavam louco. Apesar de passarem muito tempo juntos, Louise e Felipe aparentemente nunca aprenderiam a conviver numa boa. Ou, era exatamente o objetivo.

Ninguém imaginava que por debaixo de todas as farpas trocadas e discussões acaloradas, os dois mantinham um relacionamento. Quando tudo começou, foi unânime a decisão de manter tudo às escondidas por tempo indeterminado. Eles se curtiam e até tinham uma boa química, mas eram muito diferentes e nem todas as discussões eram falsas para despistar as pessoas sobre o que realmente acontecia quando estavam sozinhos. No mais, eram muito amigos também.

Os irmãos Novalak tinham uma conexão mais do que especial e Louise já havia se sentido tentada a contar para Clément sobre seu relacionamento secreto várias vezes. Porém, a oportunidade perfeita nunca apareceu - ou ela se acovardava assim que começava a falar e mudava de assunto.

Naquele dia era aniversário do piloto e no dia seguinte, se comemorava a véspera de Natal. Certamente não seria a melhor decisão contar tudo a Clément e estragar as festividades por uma suposta reação ruim que ele poderia ter.

— Não sei se está lembrado, mas eu também ajudei a alugar essa casa e você não pode simplesmente me expulsar daqui — Felipe disse, cruzando os braços para intimidar o melhor amigo.

— Ah, mas eu ligo para sua mãe agora mesmo e faço uma denúncia! Você sabe que a tia Márcia gosta mais de mim.

Dessa vez, Louise não conseguiu segurar a risada. Era uma afirmação verdadeira, afinal, a mãe do brasileiro fizera questão de que ela e o irmão ficassem com eles nas festas de fim de ano. E apesar de optarem por alugar uma casa de praia no Rio de Janeiro, eles ficaram muito gratos pelo convite.

— Pois muito bem. Diga para esse imbecil me deixar em paz de uma vez — Louise resmungou, dando língua para o campeão da Fórmula 2. Felipe teve que se segurar para não dar uma resposta atravessada e agarrá-la ali mesmo.

— Péssimo dia em que você teve a ideia de ensinar brasileiro para ela, porque tenho certeza que isso foi um xingamento. — Clément negou com a cabeça e deu dois tapinhas no ombro do amigo. — É o meu aniversário. Deem uma segurada.

O francês se afastou, deixando os dois sozinhos na cozinha para vigiar o strogonoff ainda no fogo. Gianluca Petecof era o responsável pelo almoço, mas ele havia abandonado o posto junto com os outros amigos quando se cansaram da gritaria entre Felipe e Louise e foram surfar.

Felipe não perdeu tempo ao avançar na morena e trazê-la para perto pegando em seu ponto fraco, a cintura. Ao invés de um carinho, ele fez cócegas ali e a garota pulou no lugar, rindo enquanto tentava afastá-lo.

— PARA! Você sabe que eu não gosto de cócegas — ela gritou, correndo para o outro lado da bancada. Arremessou um pano de prato quando estava longe o suficiente do piloto.

— A gente vai acabar queimando essa merda de almoço.

— Eu sei quando você está xingando em português, Felipe. Coisa feia.

— Tá bom, princesinha certinha. Vem cá me ajudar.

— E correr o risco de ser atacado por suas mãos nervosas?

— Nem se eu oferecer um beijinho?

— Agora sim você está fazendo negócios.

— Sim, negócios com o diabo.

— Seu idiota!

Foi a vez de um suporte para papel-toalha voar. Eles desataram a rir.

Por fim, travaram uma luta sobre colocar ou não mais cogumelos no strogonoff. Louise nem sabia como preparar aquela refeição, mas estava fazendo questão de perturbar a vida de Felipe com suas opiniões.

Ok, nunca mais jogo verdade ou consequência.

Que jogo idiota, não temos mais quinze anos.

Louise pensava com frustração, o limite de sua sanidade prestes a estourar.

Durante o jogo, ela percebeu que seu irmão estava interessado por uma de suas amigas próximas - e infelizmente o viu beijá-la -, descobriu que sentia mais falta do pai do que verbalizava - mesmo que não tivesse memórias dele, pois era muito nova quando ele faleceu -, decretou que era mesmo muito fraca para bebidas puras como a tequila e finalmente entendeu seus sentimentos por Felipe Drugovich.

Droga, ela o amava. E havia acabado de ouvi-lo dizer que nunca ficaria com ela.

Amora, qual é...

— Não estou mais no clima para jogos ou bebidas, Felipe. Volte para a festa — a garota respondeu, trazendo a blusa de crochê mais para cima dos ombros, como se fosse protegê-la do vento frio da noite.

A areia afundava sob seus passos apressados e a garota tinha que fazer um esforço maior para caminhar sem cair de cara nela.

Amora. — Felipe a pegou pelo cotovelo.

Ele lhe dera aquele apelido quando Louise experimentou amora pela primeira vez na vida e posteriormente ficou obcecada com a fruta. Era seu sabor de sorvete favorito, o aroma que tinha seu shampoo e até suas balas de gelatina prediletas tinham o formato de amoras pretas e vermelhas.

A garota sentiu os olhos pinicarem ao ouvi-lo repetir o apelido.

— Você sabe que foram só palavras ditas da boca para fora. Não é o que eu sinto de verdade.

Felipe podia garantir e provar aquilo. Tinha recusado todas as consequências que tentavam empurrá-lo pois sabia que iam exigir que beijasse alguém e a última coisa que o piloto queria era magoar a sua garota.

— Olha, eu estou cansado de esconder as coisas e ficar nesse joguinho chato que uma hora vai acabar magoando nós dois. — Ele suspirou alto e passou a mão livre nos cabelos escuros. A outra mão ainda tocava a pele macia da francesa.

— Eu não quero perder você. Somos melhores amigos e eu não suportaria não tê-lo na minha vida de jeito nenhum.

— Você não vai me perder, amor. Por tudo que é mais sagrado, eu só queria pegar na sua mão e dizer para todos como sou feliz por ter a namorada mais incrível desse mundo.

Felipe levou a mão dela aos lábios e beijou o dorso. As lágrimas caíam sem trégua dos olhos castanhos escuros da jovem.

— Por que insistimos em esconder isso por tanto tempo? — ele disse.

— Eu sempre quis tocar nesse assunto, mas perdia a coragem quando pensava que você poderia não gostar. Nunca firmamos algo exclusivo, então...

— Eu nunca tive outra.

— É sério?

— Desde o dia em que te beijei pela primeira vez, eu soube que estava perdido. Nunca mais consegui ou quis pensar em outra pessoa, Louise.

Amor...

— Eu deveria ter deixado mais claro.

— Não teria me feito perder o medo. — Louise balançou a cabeça, negando.

— Então, eu deveria ter te chamado para essa conversa antes.

Louise já estava com as mãos no rosto do piloto enquanto ele passava os braços em volta da cintura dela. Não estavam tão distante de onde a festa de Clément acontecia na praia, mas sinceramente não se importavam com quem pudesse ver ou ouvir.

— Me desculpa por isso.

— Não há pelo que se desculpar, lindo. — Louise inclinou a cabeça até encostar o nariz no dele e fechou os olhos. — Eu acho que amo você.

A voz baixa foi propositadamente para não assustá-lo. Mal ela sabia que era a melhor frase que Felipe poderia ouvir depois de esclarecerem as coisas.

— O quê?

— Eu disse que te amo.

Puta merda.

Felipe a envolveu em um beijo de tirar o fôlego. Louise se perdeu na dimensão que ele trazia junto com sua língua quente e habilidosa, explorando-a como se fosse a primeira vez. Era como se o mundo se fechasse ali, no casulo, no lugar seguro que eles criavam para se amar.

— Eu sei quando você está xingando em português, Felipe — ela disse, rindo quando recuperou o fôlego e o olhou nos olhos.

— Eu amo você. Amora, como eu te amo.

E roubou mais um beijo caloroso dela.

— MAS EU NÃO TE AVISEI?!

— MOLEQUE, PASSA MEUS CINQUENTA CONTO PARA CÁ!

Alarmados, Felipe e Louise olharam para trás a tempo de ver Caio Collet e Eduardo Barrichello comemorando e gritando sobre a aposta que fizeram sobre o relacionamento deles.

— O álcool já está trabalhando no sangue deles.

— Por Deus, eles não tem idade para beber.

— Você só é dois anos mais velho, amor.

— Exatamente! Sou moralmente responsável por todos vocês.

— Você é o cara que está beijando a irmã do melhor amigo, dragão. Sem moral alguma. — Clément apareceu ao lado deles de repente.

— Aí, garoto. — Felipe abraçou a morena de lado para deixar livre a mão que levou ao peito. Dramático. — Vocês estavam vendo?

— E ouvindo tudo.

— Volte para sua festa, Clem. Até mais.

Louise piscou para o irmão e sem dar tempo para que ele respondesse, começou a puxar o namorado de volta para a casa. Eles trocaram mais beijos e confidências no caminho, as claras para quem quisesse ver.

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