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𝗟𝗢𝗩𝗘𝗥 | 𝗟𝗛𝟰𝟰

Maio de 2022

Dorothy não gostava de ficar meses longe de Lewis, sem saber a que horas poderia ligar e se isso não iria interromper o seu sono ou alguma entrevista que ele estivesse participando. Ela descartava as tentativas de falar com o marido por mensagens, porque sabia que o celular passava mais tempo nas mãos de Angela Cullen do que nas do próprio dono. 

Dottie ficou tão satisfeita de ter Lewis presente em tempo integral naquele período de férias do automobilismo que quase se esqueceu como a profissão monopolizava o homem. Quando as obrigações que o esporte lhe dava recomeçaram, em maior quantidade pela euforia do octacampeonato no ano anterior e do recém nascido que tinha em casa, Hamilton pensou seriamente em parar. Sem aviso prévio, tiraria um ano sabático e deixaria a Mercedes à mercê de um piloto reserva. Mas, ser irracional a esse nível não era de seu feitio, muito menos quando tinha Dorothy Quinn-Hamilton como esposa. Mesmo a contragosto, a mulher não permitiria que ele deixasse sua equipe e torcida na mão. Então, o plano de ano sabático - e uma possível aposentadoria - ficaram em aberto para o ano seguinte. 

Naquela ensolarada manhã da primavera em Stevenage, faziam exatas cinco semanas que o casal não se via pessoalmente. O calendário de corridas ininterrupto daquele ano estava mantendo Lewis ocupado desde o começo, e ele claramente não estava satisfeito com essa conduta. Dottie sabia que a culpa não era dele, mas tinha amanhecido emotiva e chateada, culpando até o sol por brilhar demais e a grama muito verde do campo aberto da fazenda. Havia um motivo para os sentimentos à flor da pele, claro, era o aniversário de casamento deles. Há cinco anos atrás, a mulher se tornava Dorothy Hamilton, e não havia recebido nenhuma mensagem ou ligação do homem que lhe deu o sobrenome. 

Droga, lá estava ela chorando de novo. E dessa vez, Dottie não podia dizer que era pela frustração de ver seu piloto favorito não concluir o GP de Mônaco, um dos seus circuitos favoritos ou colocar a culpa nas cebolas, como fez mais cedo ao chorar enquanto preparava o almoço.

Tentando fazer com que a pequena Faith voltasse a dormir, balançando vagarosamente em seus braços, Dottie conferiu as horas no relógio no alto da parede da sala. Eram 20:30, a reprise de todo o final de semana em Mônaco estava prestes a começar no canal de esportes. Ela perdeu as entrevistas coletivas, os treinos livres e as qualificatórias porque recebeu a visita da sogra, que aparecia com mais frequência depois do nascimento da neta e a volta definitiva do filho para território inglês. Carmen foi embora após o almoço, prometendo que logo voltaria para fazer companhia a nora.   

Dottie passou os próximos cinco minutos colocando Faith no berço de seu quarto e arrumando a babá eletrônica na prateleira mais próxima. Se certificou de que o eletrônico estava funcionando e então voltou à sala de estar no andar térreo, levando consigo um dos aparelhos do conjunto. Afastou um porta-retrato da mesinha atrás do sofá para colocar a babá eletrônica bem próxima de onde iria sentar, assim poderia escutar caso a bebê acordasse. 

Um sorriso bobo cresceu nos lábios de Dorothy assim que a câmera foca no homem de dread e corrente de prata no pescoço. A blusa preta da Mercedes era a única peça não autêntica que Lewis vestia. Ele analisava as pessoas ao redor, dando um sorrisinho ao ver Sebastian Vettel se juntar à coletiva. Mesmo com uma pontinha de mágoa, só de vê-lo na TV já mudava seu humor.

Logo na primeira pergunta, quando questionado sobre o trabalho da equipe para o fim de semana, Hamilton não se intimidou ao criticar a própria escuderia quanto às condições ruins que ele apontou no carro que não foram resolvidas.

— Você é tão capricorniano, exigente, metido... —  Dottie sussurrou com os olhos grudados na televisão.

Quando ainda namoravam, a maior preocupação de Dorothy era a saúde mental do parceiro. Como social media e depois chefe de marketing da Mercedes, a mulher estava perto toda vez que ele se cobrava e se culpava por um resultado ruim nas corridas. Lewis não era bom em externar a frustração, guardava tudo para si mesmo e como uma bomba relógio, ninguém sabia quando ia explodir. Com o passar dos anos, ele entendeu a importância de um acompanhamento psicológico e Dottie foi a primeira a apoiá-lo na decisão.

As pessoas tinham uma noção do quão empenhado Lewis era em causas sociais, mas ninguém além de Dottie podia dizer com tanta precisão o quanto ele realmente se importava. O bom coração do octacampeão foi o que a conquistou. E a personalidade forte dela foi o que o conquistou. Era notável a admiração que um tinha pelo outro antes mesmo de serem algo a mais que amigos. 

A coletiva seguiu entre assuntos automobilísticos e brincadeira entre os participantes da mesa - com Daniel Ricciardo liderando em disparado a competição de quem fazia mais piada interna. 

— Minha pergunta é para Lewis Hamilton: — a voz feminina sobressaiu depois que ela sinalizou qual emissora e país representava. — Como é voltar a Mônaco e se acostumar de novo com as ruas que há algum tempo atrás você passava todos os dias? E Stevenage ainda continua sendo para você e sua esposa o lugar ideal para criar os filhos, longe das câmeras?

Um burburinho se alastrou pela sala à menção de Dottie e ela agarrou uma almofada para abafar a risada, como uma pré-adolescente boba ao se lembrar que foi beijada pela primeira vez horas antes. O fato é que ela adorava o emprego e não via a hora de estar na ativa novamente, discutindo com Toto Wolff as próximas investidas no marketing da equipe ou limitando a quantidade de fotos sem camisa que o marido e George Russell postavam. Mas principalmente porque ela queria estar lá numa hora dessas e poder responder por si mesma que sim, eles iriam criar seus filhos no lugar mais tranquilo do planeta e longe dos olhos do mundo. Sua profissão era sim ligada à internet, assim como Lewis tinha um alto nível de exposição nas redes, mas eles tinham muito bem definido que Faith e os que viessem futuramente não teriam seus rostos divulgados enquanto bebês ou o quanto eles pudessem evitar que fossem vistos. 

Dottie calou os próprios devaneios quando Lewis se preparou para falar.

— Era sempre um acréscimo de experiência dirigir todos os dias pelas ruas que em um período específico do ano se tornam um dos circuitos de rua mais interessantes da temporada. Mas não acredito que faça tanta falta, porque é muito diferente dirigir em Mônaco a passeio e pilotar um carro a 300 km/h. Tenho os treinos livres para me acostumar com o ritmo daqui novamente, e é isso que importa. — o piloto disse dando um sorriso simpático para a jornalista, se preparando para responder a outra pergunta — Sim, com certeza Stevenage é nosso lar. Eu nasci e cresci naquele lugar, então é especial para mim voltar e escrever esse novo capítulo da minha vida ali. Temos nossa própria fazenda agora, onde planejamos criar nossa filha mais perto da natureza, dos animais e das pessoas importantes. Estar longe das "câmeras" é impossível para nós dois, mas decidimos preservar Faith disso, no entanto. Dottie é uma clássica London girl, minha única e favorita London girl, devo acrescentar, — risadinhas e suspiros preencheram o ambiente enquanto o próprio Hamilton riu emocionado ao lembrar da mulher — mas a vida agitada ficou no passado agora. Tanto a dela quanto a minha. E estamos felizes com essa nova realidade, curtindo nossa família e planejando o melhor futuro para ela.

Dorothy sorriu por cima das lágrimas, tocando seu rosto para secá-lo. Amava tanto aquele homem que não conseguia imaginar a versão de si mesma que há oito anos tentava afastá-lo, com medo do que diriam sobre a estagiária da Mercedes se envolvendo com o piloto principal. Foram meses em que o perdidamente apaixonado Lewis se dedicou a fazer com que Dottie ao menos saísse em um encontro com ele. Quando finalmente começaram a namorar, ele não pode evitar que xingamentos e ameaças fossem feitos a ela por alguns fãs sem noção. Claro que ele fez tudo ao seu alcance para que não afetasse seu relacionamento, até dar um tempo das redes sociais e aparecer em menos eventos. Com o passar do tempo, a maioria dos fãs que entendiam e viam que a relação do Hamilton e da Quinn estava cada vez mais fortalecida, os defendiam mais do haters do que eles mesmos faziam.

Eles se casaram quando Dottie tinha vinte e seis anos, e foi muito questionada do porquê tomar essa decisão tão jovem. Mas ela já havia esperado o suficiente. Afinal, foram vinte e seis anos para casar-se com o amor de sua vida, e ela não se arrependeu nem por um segundo depois do sim. Naquele momento ela sentia um leve incômodo, não era arrependimento, estava mais para um diabinho em sua orelha, lhe dizendo que a falta de contato com Lewis no dia do aniversário de casamento significava que algo ruim estava por vir. 

Mas como poderia? Como algo poderia ser diferente entre eles quando o marido estava ali, dizendo a plenos pulmões o quanto a amava e amava a família que eles estavam construindo? Talvez fosse a ansiedade falando, então Dottie teve que se esforçar para controlar sua respiração e mandar os pensamentos negativos para longe, tentando se lembrar das exatas palavras que Lewis disse ao sogro em uma das festa da família Quinn-Hamilton no começo do ano.

"Me casar com sua filha foi a coisa que tive mais certeza em fazer na vida. Eu disse para Dottie que casaria com ela pouco tempo depois de nos conhecermos. Acho que foi isso que a assustou e a fez fugir de mim por tanto tempo." Lewis dizia com paixão na voz, fazendo Liam, o pai de sua esposa, soltar uma risada. Na ocasião, Dorothy se esforçava para fingir que estava prestando atenção na conversa paralela das mulheres, mas seu coração tinha mais interesse em palpitar a cada palavra proferida por Lew. "Ela me faz querer ser o melhor. O melhor marido, pai e amigo, pois ela teve tudo isso do senhor. E eu quero ser exemplo para a minha filha também. Quero que ela só aceite ser tratada igual ou ainda melhor do que foi por mim. Não sei se vou estar sendo muito exagerado agora, mas... Segurar minha pequena pela primeira vez... Deus! Eu nunca achei que poderia sentir meu coração batendo fora do peito, mas aconteceu quando peguei Faith nos braços. E antes disso também quando a vi pela primeira vez e soube que deveria protegê-la como se fosse minha vida. Quando soube que Dottie estava grávida, entendi que deveria amar essa criança mais do que a mim mesmo." Ele suspirou emocionado, vendo a filha nos braços de Anthony e então trocou olhares com Dottie, que tentava segurar as lágrimas. "Eu farei e serei qualquer coisa por elas."

Lewis Hamilton era muito mais do que Dorothy poderia desejar quando tinha dez anos e acreditava em príncipes encantados vindo em cavalos alados. Ela já deveria saber que ele nunca a machucaria intencionalmente.

Dottie voltou a prestar atenção na TV quando a imagem reprisada mostrava o marido se preparando para o primeiro treino qualificatório ainda nos boxes da Mercedes.

— A Q1 foi perfeita, mas você não vai gostar das próximas horas dessa reprise —  a morena estremeceu ao ouvir o tom de voz cansado do homem atrás dela.

Ela ficou paralisada no sofá por alguns segundos, sem coragem de olhar para trás e se deparar com uma alucinação criada por sua mente. Até as lágrimas instantaneamente param de rolar durante o estado estático da mulher. 

Não podia ser. De zero a cem a probabilidade era de menos um que ele estivesse ali. Precisava ver com seus próprios olhos. Quando Dottie tomou coragem de se levantar e virar lentamente, viu Lewis parado ainda com a mala de viagem de rodinhas em uma mão e a coleira trazendo Roscoe na outra. O cachorro soltou um latido entusiasmado ao vê-la, e não demorou para que ela estivesse com os olhos marejados novamente. Ela fez carinho atrás das orelhas do "filho mais velho", como se referiram a Roscoe, e deixou que ele brincasse com sua mão por alguns segundos. 

Dorothy subiu o olhar até encontrar o par cor de jabuticaba que mais amava no mundo. Ele soltou a mala e a coleira que segurava, abrindo os braços para que a mulher retornasse ao seu lugar de direito, dentro de seu abraço. Ela se jogou sobre o corpo do marido, enlaçando as pernas ao redor de sua cintura e os braços em seu pescoço. Sentiu o cheiro que ele emanava e o apertou mais forte, como se quisesse fundir seus corpos. O aroma suave de Lewis já estava impregnado por todo o ambiente novamente, como se ele nunca tivesse saído dali. 

A risadinha contagiosa do mais velho foi o que fez Dottie afastar seu rosto do ombro dele para olhá-lo. Ela segurou cada lado de suas bochechas e o beijou com calma, aproveitando o momento eterno que eles haviam aberto naquela linha do tempo. Lewis caminhou sem nenhuma dificuldade até o sofá, ainda segurando a mulher pelas coxas. Depois de a deitar no estofado e se esparramar por cima dela, suas bocas só eram separadas quando precisavam respirar. Mas ela teve que colocar a mão no peito do homem e impedir que algo acontecesse sem antes ganhar uma explicação dele.

— O que você está fazendo aqui?— ela perguntou em meio as respirações ofegantes. — Não estou reclamando, mas você pode mesmo estar aqui? Lew, você não rescindiu o contrato no meio da temporada, né?! — acrescentou tirando-o de cima de si com uma expressão assustada por pensar na possibilidade disso ter acontecido. 

Lewis gargalha tanto que joga a cabeça para trás, só negando a pergunta quando recupera o ar e balança o dedo indicador. Ele a puxou pela cintura de volta para perto de seu corpo e a beija na têmpora. 

— Bem que eu queria — ele murmurou, recebendo um tapa estalado no braço. — Desculpa não ter te ligado ou mandado uma mensagem mais cedo. Era tudo parte do plano, porque você sabe que sou exagerado e passei meses, quase desde o nosso último aniversário de casamento, fazendo seu presente e pensando na melhor forma de te dar. E eu juro, amor, seria perfeito. Eu ganharia o GP de hoje no seu circuito favorito, dedicaria minha vitória à você e mandaria entregar o presente... Mas, eu estraguei tudo. Bati naquele muro como um idiota e... — foi interrompido pelos lábios de Dorothy. 

Ela o abraçou pelos ombros, colando seus corpos como se Lewis pudesse desaparecer se não estivesse perto. 

— Você não estragou nada — Dottie passou os dedos carinhosamente pelo rosto dele, o fazendo olhar profundamente para ela. — Derrotas fazem parte da guerra, e isso não quer dizer que ela acabou, esqueceu? — ela recitou a frase que usava como mantra para tranquilizá-lo depois de um dia ruim.

— Obrigado por me lembrar — ele suspirou alisando a cintura por baixo da blusa da morena — Ange me obrigou a entrar no avião e voltar para casa, assim eu poderia salvar o restinho do nosso dia. 

— Ela é com certeza o seu anjo da guarda — Dottie riu deitando a cabeça nos ombros do marido. 

— O nosso — Lewis corrigiu. — Vem, acho que eu já te distraí o suficiente para que arrumassem tudo. 

— O-o quê? — ela arregalou os olhos agora atenta aos barulhos distantes de movimentação nos arredores da extensa fazenda.

— Vou pegar a minha filha, e você pode ir lá para trás — o piloto deixou um beijinho no rosto da mulher antes de se levantar e subir as escadas.

Dottie deixou a curiosidade falar mais alto que a vontade de xingar Lewis por acordar a filha que tanto custou para fazer dormir - ainda que no fundo soubesse que ela faria a mesma coisa caso tivesse passado o mês longe da pequena. Com passos apressados para chegar à varanda, ela nem se importou com o frio do chão sob seus pés. Ela calçou as pantufas que estava próxima a porta de vidro, soltando um arquejo de surpresa ao olhar para o lado de fora.

Além das luzes externas vindas do estábulo, do galinheiro e dos cercados para as ovelhas e cabras, agora havia um caminho desenhado por duas fileiras paralelas de luminárias que levavam a um gazebo de madeira próximo ao lago da propriedade. Dottie desceu os três degraus da varanda e andou por entre os pequenos postes, feitos de bambu com as luminárias redondas no topo. Enquanto percorria o trajeto até o gazebo coberto, ela percebeu a semelhança com a estrutura onde teve seu primeiro encontro com Lewis, em um hotel à beira do Grande Canal de Veneza. Ele tinha o recriado especialmente para Dorothy. 

Quando entrou na estrutura de madeira e se encostou no batente mais próximo à água, era como se estivesse flutuando sobre ela, e então o coração da morena explodiu em amor. 

— O que achou do meu presente? — a voz de Lewis preencheu os ouvidos da mulher. 

Ela virou na direção dele, vendo a figura do homem segurando a filha embrulhada no cobertor rosa e macio. Cada um deu dois passos até estarem próximos e no meio do gazebo. Dottie olhou para a bebê e aquelas pérolas negras idênticas aos do pai a olharam de volta. Fez um leve carinho na bochecha gordinha da filha e com um dos braços, abraçou a cintura do marido, fazendo ali um ninho entre os três. 

— Você construiu isso, não é? — Dottie perguntou retoricamente, sabia que tinha as mãos dele ali.

— Mais ou menos. Eu encontrei o melhor marceneiro da região e o fiz prometer que não faria muito progresso na construção quando eu estivesse longe e não pudesse pelo menos martelar um prego ou lixar e cortar algumas madeiras. Então ele... ou nós, levamos quase um ano para fazer — O homem revelou, com um sorriso orgulhoso. Mesmo com os olhos claramente cansados do dia e da viagem até ali, Lewis estava no modo mais feliz que podia ter. 

— E ficou incrível. Você é incrível. Obrigada — ela sussurrou baixinho deixando um selinho nos lábios dele. 

— Feliz aniversário de casamento, meu amor.

— Feliz... — Dottie interrompeu a própria fala. — Calma aí! Eu ainda não te dei seu presente. 

Ela tirou o braço de Lewis e então o olhou brava.

— Você me deixou no chinelo agora, com esse estúpido presente perfeito — ela disse cruzando os braços. Lewis caiu na gargalhada, adorava vê-la com o biquinho nos lábios e as sobrancelhas franzidas, mesmo quando ela fazia de brincadeira. — Mas pedi ajuda para o seu pai e acho que conseguimos achar algo que você não tem. Por que tinha que ser tão rico, hein? 

O homem fez uma careta e foi a vez dela rir com vontade. Dottie plantou um beijo estalado na bochecha do marido e correu de volta para o interior da casa. Procurou o presente que havia encomendado há pelo menos dois meses, ansiosa por recebê-lo antes do prazo. Pegou a caixa de madeira que tinha as iniciais do Hamilton no topo e a levou consigo para o gazebo. 

Todos os poucos funcionários que eles tinham já haviam sido dispensados por ela mais cedo, mas os organizadores que Lewis contratou para ajudá-lo na surpresa da esposa ainda estavam ali e agora, eles terminavam de posicionar as quatro cadeiras em volta de uma mesa redonda, tudo em madeira. 

— É o presente de Toto, Susie e Ange para nós. Eles sabiam do gazebo e resolveram me fazer surpresa também! — ele logo se explicou ao capturar a expressão confusa da morena.

— Eles são incríveis. Estou morrendo de saudades de todos — Dottie suspirou chegando perto dos novos móveis do gazebo, admirando o presente de seu chefe e amigas. 

— Tá, e o meu presente? — Lewis disparou e a esposa abriu a boca numa falsa careta de incredulidade. 

— Aqui, seu interesseiro. 

Ela revirou os olhos, estendendo para ele a maleta de madeira. Trocaram nos braços um do outro a bebê e o presente, para que o piloto pudesse abri-lo. Dottie ajeitou a coberta da filha que olhava tudo atentamente ao seu redor, tão curiosa com o mundo quando o pai parecia pelo presente de aniversário de casamento. 

Lewis passou os dedos pelo L.H. gravado na superfície e abriu o compartimento, encontrando uma belíssima vitrola portátil. O homem ficou ainda mais maravilhado com o desenho esculpido na madeira que encontrou na parte interna da "tampa", era nada mais nada menos do que ele abraçado à esposa que tinha a filha nos braços. Se recordou da foto que tiraram logo quando Faith saiu da maternidade; foi essa mesma foto que Dottie mandou reproduzir e ali estava estampada na maleta. 

— Uau... — os olhinhos de Lewis brilhavam em lágrimas. — É lindo, amor. O presente mais incrível que ganhei! Obrigado — ele a trouxe para perto para selar os lábios nos dela novamente, e não pararia nunca se pudesse. 

— Eu te amo, Lew. E agora sim, feliz aniversário de casamento  — ela deixou uma risadinha baixa escapar enquanto o homem a tomava em seus braços.

— Eu te amo, Dottie. 

Dottie se sentia como uma menininha, ainda vivendo seu primeiro amor da forma mais intensa e real possível. Lewis era seu. Seu sonho bonito de adolescente, seu protagonista da história de amor mais linda que conhecia, seu companheiro presente, seu doce futuro, seu amado.

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