grenade puts out fires ' ♢
Era um dia de sol, mas não de muito calor, para sorte das ruivas que tinham que sair para fazer compras.
- Tia! Nós já vamos? - A garota desce as escadas correndo para o encontro de sua tia.
- Sim e... garota que cabelo é esse? - Arabella corta sua frase quando nota que a garota está usando um simples rabo de cavalo. - Nós vamos para a cidade, não apanhar café.
- Nós vamos para cidade, não a um concurso de beleza. - Olive faz uma careta.
- Por Deus - A ruiva mais velha se aproxima da garota e arruma o cabelo dela. - Como vai arrumar um marido assim?
- Como você arrumou o seu? Ah, esqueci, você também não tem.
- Menina eu vou te largar aqui - Arabella sem paciência ameaça a garota, que apenas ri e se afasta.
- Desculpa - a garota fala enquanto ri.
- Muito engraçada você - Arabella revira os olhos e abre a porta - Vamos logo, Alexandre está esperando na carruagem.
- Não vamos de trem?
- Nem se me pagassem eu iria para estação de trem andando nesse calor.
- Mas não tá calor, você que tá acostumada com o frio da solidão.
- Cala a boca.
As duas saem de casa e vão até a carruagem, onde o jovem fazendeiro estava as esperando.
A viajem até a estação foi rápida, mas sem conversas. Arabella gostava de silêncio absoluto enquanto está em algum meio de transporte.
- Eu odeio essa carruagem - A menina reclama quando Alexandre a segura para ajudá-la a descer.
- Tenho que estar aqui de quantas horas? - Alexandre pergunta ao colocar Olive no chão.
- As quatro e meia, sem atrasos - Arabella fala pegando sua bolsa e sua pequena sombrinha que sempre carregava com sigo.
A mulher mais velha da as costas para o rapaz e se aproxima do trem, deixando Olive, que estava distraída, para trás.
- Garota vem logo - a mulher chama a ruiva que volta para sua realidade.
- Já tô indo, Tchau Alexandre! - a menina acena e corre para o lado de sua tia.
Ao entrar no trem, Olive tem pequenos flashbacks de sua viajem até Avonlea. Ela havia ficado diversas vezes enjoada, principalmente quando estava no mar.
Toda sua concentração em seus pensamentos acabou quando um garoto de cabelos escuros e olhos castanhos passou perto da menina, que ficou de boca aberta quando o olhar do garoto encontrou os dela. O garoto deu um sorriso amarelo e se sentou alguns bancos atrás dela.
- Meu Deus, o que foi isso - Olive fala e olha para sua tia.
- Para de ser estranha menina - Arabella faz uma careta e volta a olhar para a janela.
A ruiva rapidamente se levanta e olha para trás, infelizmente, não encontrando o garoto.
- Olivia, senta aí antes que alguém venha brigar com você - Arabella puxa a garota para o banco.
- É Olive - Ela resmunga.
[...]
Quando chegaram em Charlottetown a garota ficou completamente apaixonada pelo lugar, parecia que estava em casa, bem, sua antiga casa.
- Tia! Para onde vamos primeiro? - A menina pergunta cruzando seu braço com o da tia.
- Para o mercado, eu acho - A mulher ergue uma sobrancelha e olha para a menina.
- depois vamos dar uma volta?
- Eu queria tenho que encontrar uma pessoa, mas você pode andar por ai se quiser. - Olive abre um sorriso gigante.
- Wow, ninguém nunca me deixou andar sozinha, falam que em Londres tem muitos sequestradores. Isso é uma grande responsabilidade.
- Provavelmente aqui tem também, mas você já tem 12 anos, pode andar sozinha. - Arabella fala enquanto abre sua sombrinha.
-Na verdade eu tenho 15 e vou fazer 16 em outubro.
- Agora faz sentido, seus seios são muito fardos para uma garota de 12 anos.
- Meus Seios? - Olive pergunta olhando para seus seios com um certo receio.
[...]
No mercado, Olive estava mais elétrica do que o normal. A ruiva queria tudo que tinha lá e um pouco mais, Arabella como sempre mantinha sua postura séria e desinteressada.
- Tia! O que você acha de irmos a uma padaria? - A garota pergunta.
- Olha, você não acha está me dando prejuízo demais? - Arabella olha diretamente para ela.
- Você acha? Me desculpa.
- toma algumas moedas e vá da uma volta. Você sabe que horas tem que estar na estação de trem, certo?
- Sei, as três e meia.
- Ótimo, pegue, compre um vestido e doces, ou sei lá, só esteja na estação antes do trem sair. - A mulher entrega moedas para a garota.
- Obrigada! - Olive fala e sai rapidamente do mercado.
Andando pelas ruas a garota notou que sua tia havia dado muito dinheiro e ela não precisava de mais vestidos. Então com o que ela iria gastar tudo aquilo? Com doces? Laços? Maquiagem? Eram muitas opções, mas ela estava decidida em comprar algo útil.
- O que é isso? - Olive pergunta para um homem que estava numa barraca vendendo alguns utensílios bizarros.
- Em 1723, a Inglaterra sofria com vários incêndios, então o químico Ambrose Godfrey inventou isso. A granada apaga incêndio.
- Então quer dizer que uma granada é capaz apaga incêndios? - O mesmo garoto que antes estava no trem aparece do lado da ruiva.
- Sim, meu jovem, dentro dessa granada tem um líquido químico capaz de apagar chamas e um frasco cheio de pólvora.
- E como funciona? - Olive pergunta e segura a tal granada.
- Só lançar no fogo. A química vai fazer apagar o incêndio.
- Não me parece seguro, senhorita - o garoto fala.
- O que importa é a experiência, quanto é? - A garota fala contando as moedas que estavam em sua mão.
- 25 centavos, mas como você é a primeira pessoa a comprar, faço por 10 para você.
- Obrigada! - Ela agradece e o homem a entrega a garota o objeto.
Olive sai de perto da barraca, deixando o garoto sozinho se questionando quais são as utilidades dos produtos que o homem estava vendendo.
No fim do dia, a garota havia dezenas de doces, uma xícara para homens com bigodes, uns acessórios de cabelo, uma adaga cega e enferrujada, e, claro, a granada apaga incêndios.
Arabella preferiu não questionar Olive, ninguém sabia o que se passava na cabeça daquela ruiva.
[...]
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