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A Casa de Verão

Conto escrito por;jikuka_01

Na minha família, sempre existiu uma casa de verão, uma muito bonita e cheia de lembranças. Ela está situada numa pequena cidade do interior, perto de um lago encantador.

É realmente um lugar acolhedor, muito grande e bem ornamentado. Tinha decorações de muitas gerações, como as jarras de cerâmica do meu tataravô e a coleção de lâmpadas do meu bisavô. Inclusive, há um quarto cheio de bonecas que foram reunidas pela minha avó. Seria maravilhoso se houvesse uma coleção da minha mãe, mas ela faleceu cedo e não conseguiu começar a dela. Desde então, a cada verão, gosto de visitar para relembrar os momentos vividos ali. E se vocês quiserem saber, meu lugar favorito é o quarto cheio de bonecas. Tem bonecas de pano, de cerâmica e até algumas que se mexem. É irônico que esse seja meu lugar preferido, mas elas entendem quem sou eu. E vocês entenderão que estou aqui como a lembrança da neta de uma bela mulher que colecionava suas melhores amigas: as bonecas que ela tanto amou.

Lembro também do verão dos meus 8 anos, quando fui dormir com a minha boneca predileta. Era uma boneca com um bonito vestido em camadas, de uma linda cor rosa com algumas manchas vermelhas. Alguns diziam que pareciam flores; outros achavam que eram manchas de tinta vermelha. Mas nunca quis aprofundar o assunto com minha avó. Ela era uma das bonecas que minha avó mais gostava, e eu adorava dormir com ela, pois quando isso acontecia, meus sonhos pareciam alegres. Porém, meus pais diziam que eu chorava a noite inteira sempre que dormia com essa boneca.

Com o tempo, minha mãe não quis mais voltar.

Quando fiz 20 anos, decidi retornar à casa de verão, impulsionada por uma mistura de nostalgia e uma inquietante sensação de que algo me chamava de volta. A ausência da minha avó e da minha mãe deixava um vazio profundo, mas havia algo mais – um sussurro no vento que parecia vir daquela casa, como se ela guardasse segredos que eu precisava descobrir.

Convidei alguns amigos para me acompanhar nessa jornada. Eles estavam animados com a ideia de nadar no lago, mas eu não conseguia afastar a sensação de que algo estava à espreita. Ao chegarmos, a casa se erguia diante de nós, imponente e envolta em sombras. As janelas cobertas de poeira refletiam um brilho sombrio, como olhos observando cada movimento nosso.

Assim que cruzamos a porta rangente, um frio gélido percorreu minha espinha. O ar estava pesado, carregado com o cheiro do mofo e do passado. Cada passo parecia ecoar nas paredes, como se a casa estivesse viva, absorvendo nossa presença. Olhei para meus amigos, e eles também pareciam inquietos.

O quarto das bonecas estava exatamente como eu lembrava, mas agora havia algo perturbador em sua disposição. As bonecas estavam em pé nas prateleiras, mas seus olhos pareciam seguir nossos movimentos. Senti um arrepio ao me aproximar; as expressões eram estranhas e quase humanas. Uma sensação de que não estávamos sozinhos se instalou no ar.

Enquanto explorávamos os cômodos escuros, comecei a ouvir sussurros suaves que pareciam vir das paredes. “Volte… volte…” A voz era quase inaudível, mas clara o suficiente para fazer meu coração disparar. Meus amigos tentaram rir da situação, mas eu podia ver que eles também estavam nervosos.

O jardim estava tomado por flores silvestres que pareciam crescer descontroladamente, quase como se quisessem engolir o caminho. O lago estava calmo à primeira vista, mas ao olhar mais de perto, percebi que as águas refletiam não apenas o céu, mas também sombras distorcidas – figuras indistintas que dançavam sob a superfície.

À medida que a noite caía, as sombras dentro da casa pareciam se alongar e se contorcer. O som do vento batendo nas janelas soava como lamentos distantes. A sensação de estar sendo observada cresceu intensamente; era como se as memórias daquela casa estivessem despertando algo adormecido.

Senti uma urgência em sair dali antes que fosse tarde demais. Mas antes que pudéssemos nos mover com rapidez suficiente, uma boneca caiu da prateleira com um estrondo ensurdecedor. O impacto reverberou pelas paredes e o sussurro se intensificou: “Fiquem… fiquem…”

Naquele momento, percebi que voltar àquela casa não era apenas uma busca por memórias; era um convite para enfrentar os fantasmas do passado – tanto os bons quanto os ruins.

À medida que a noite se aprofundava, o ambiente se tornava cada vez mais opressivo. Os sussurros das paredes ecoavam em minha mente, e a presença de algo maligno parecia se intensificar. Meus amigos estavam visivelmente nervosos, mas tentavam rir, como se isso pudesse afastar o medo que permeava o ar.

Decidimos que era hora de sair da casa, mas quando tentamos abrir a porta, ela estava trancada. Um pânico súbito tomou conta de nós. Olhei para meus amigos, e seus rostos estavam pálidos sob a luz fraca da lua que entrava pelas janelas empoeiradas. O sussurro se transformou em um coro de vozes, cada vez mais alto e insistente: “Fiquem… fiquem…”

Desesperados, começamos a procurar outra saída, mas cada porta que tentávamos parecia levar a um novo corredor escuro, onde as sombras pareciam ganhar vida própria. O quarto das bonecas estava agora à nossa frente, e as bonecas pareciam nos observar com um olhar faminto.

Foi então que uma delas se moveu; uma boneca com cabelos escuros e olhos brilhantes sorriu para mim. O sorriso era grotesco, como se tivesse vida própria. Um frio percorreu minha espinha enquanto eu sentia que não estava mais no controle. “Venha brincar”, ela sussurrou em uma voz macabra.

Em pânico, olhei para meus amigos, mas eles estavam paralisados, hipnotizados pela presença das bonecas. Uma a uma, elas começaram a descer das prateleiras, arrastando-se lentamente em nossa direção. A atmosfera ficou densa e pesada; o ar estava carregado com um cheiro doce e podre ao mesmo tempo.

Tentamos gritar, mas os sons eram abafados por um riso distante que ecoava pela casa. As bonecas rodearam-nos, formando um círculo apertado. “Vocês são parte da nossa família agora”, disseram em uníssono.

No último momento de lucidez, percebi que a casa nunca nos deixaria sair. As paredes estavam cheias de histórias trágicas e almas aprisionadas; ela se alimentava do medo e da dor daqueles que ousavam entrar. Com um último esforço, tentei correr em direção à porta novamente, mas era tarde demais.

O chão sob meus pés começou a tremer enquanto as bonecas avançavam sobre nós. O riso se transformou em gritos agonizantes que ecoaram pela casa – não apenas os nossos gritos, mas também os de todos aqueles que haviam sido capturados antes de nós.

A casa engoliu nossos gritos e nossos corpos, e quando o silêncio finalmente se instalou, apenas as bonecas permaneceram, olhando para a porta fechada com seus sorrisos distorcidos – prontas para receber os próximos visitantes.

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