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A boneca de sangue

Esse conto foi escrito por NikaFoxzy7.

—Vovó, pode me contar aquela história novamente sobre aquela boneca? — perguntou a garotinha à sua avó. Não parecia, mas com apenas 11 anos a garota amava histórias de terror e mistério que a avó contava todas as noites. Para ela era reconfortante ter aquele momento com a sua avó.

A senhora abriu um belo sorriso pelo gosto peculiar de sua neta e afastou os cabelos vermelhos de sua neta e logo começou a contar mais uma vez o conto da boneca de sangue...               

                    🎙️دمية الدم🎙️  

O teatro estava lotado, sufocante. As cortinas vermelhas tremulavam como línguas flamejantes, parecendo lamber o palco como um prenúncio de fome insaciável. O lustre de cristal, imponente, lançava reflexos quebrados, como olhos observando cada canto da plateia com malícia.

Todos esperavam por ela.

Bastet Noire. A diva que não envelhecia. A voz que fazia reis tremerem e multidões chorarem. O murmúrio do público era um oceano ansioso, uma corrente de emoção. Mas algo no ar pesava mais que a expectativa; era como uma presença invisível, uma sombra sem dono.

A orquestra calou-se. O silêncio era tão absoluto que o som do tecido das cortinas parecia um grito abafado. Então, tudo se apagou.

Apenas uma luz, pálida e fina, iluminou o palco. Lá estava Bastet. Alta, perfeita e impossível. O vestido negro era mais que tecido – era uma extensão da escuridão, movendo-se ao redor dela como fumaça viva. Seus olhos, profundos e brilhantes como abismos de obsidiana, vasculhavam a multidão.

Seus lábios se abriram, e a primeira nota não era apenas uma melodia. Era um corte no silêncio, algo que perfurava os ouvidos e os pensamentos.

A música não era humana.

As pessoas na plateia se inclinavam para frente, como se um fio invisível as puxasse. Bastet cantava, e as paredes do teatro pareciam se mover, quase respirando. Cada acorde deixava um rastro frio na pele, como dedos invisíveis tocando suas almas.

Ninguém sabia.

_Ninguém sabia o que ela era._

Criada, não nascida. Moldada por mãos que jamais deveriam tocar a criação. Sua pele de mármore, sua carne que não era carne, escondiam algo que esperava. Algo que se alimentava.

E ela sempre escolhia um.

Quando a última nota se dissipou, e o aplauso ensurdecedor encheu o teatro, Bastet abriu um sorriso. Seus olhos caíram sobre ele – um jovem na primeira fileira. Ele congelou. Seu coração parecia bater em um ritmo errado, como se a música ainda estivesse dentro dele.

Ele foi ao camarim, sem saber por quê.

A porta fechou atrás dele com um clique que ecoou como o som de uma lápide sendo selada. O aroma de incenso o envolveu, mas havia algo mais. Algo podre e doce, como flores em decomposição.

—Bastet? — ele então sussurrou, sua voz tremendo.

Ela estava ali. De costas para ele. O espelho à sua frente não refletia seu rosto, apenas o vestido ondulante. Quando ela se virou, seu sorriso permaneceu, mas seus olhos pareciam vazios, negros como carvão molhado.

—O que você achou da minha performance? — Sua voz era um canto, cada palavra ecoava como se dita em um poço sem fundo.

Antes que ele pudesse responder, a primeira rachadura apareceu.

_Crack._

A linha fina serpenteou pelo lado esquerdo do rosto de Bastet, estendendo-se em várias direções. Sua pele se partiu como porcelana velha, e algo pulsava por baixo. Algo vivo, viscoso e errado.

O jovem recuou, mas suas pernas estavam fracas.

—Não tenha medo meu doce — ela sussurrou, enquanto pedaços de sua pele caíam no chão, revelando o brilho metálico do ouro fundido com marfim. —Você deveria se sentir honrado.

—Por favor... eu... eu não entendo...

—Entender? — Bastet inclinou a cabeça, um sorriso deformado rasgando seu rosto. —A compreensão não é necessária. Apenas aceite. Você foi escolhido, meu doce... recipiente.

Seus dedos esguios tocaram o rosto dele, frios como gelo. O jovem tentou recuar, mas sentiu seus pés presos ao chão.

—Por que... eu? — Ele mal conseguia formar as palavras.

Ela riu, uma risada baixa e sinistra que ecoou como uma música dissonante. —Você estava no lugar certo. Não é óbvio? Sua alma me chamou. Você pertence a mim agora.

Os fios negros que mantinham seu corpo se contorceram, serpenteando no ar como tentáculos animados. Seus olhos não refletiam mais a luz. Eles sugavam a luz.

—Eu prometo — disse ela, aproximando-se até que seus lábios quase tocassem os dele. — Não vai doer por muito tempo. Só até o último grito.

Ele tentou gritar, mas o som morreu em sua garganta.

Os fios negros perfuraram sua carne, e um calor insuportável tomou seu corpo. Seus ossos começaram a endurecer, transformando-se em ouro brilhante, enquanto sua pele se desfazia como areia levada pelo vento.

Ela sussurrou em seu ouvido enquanto ele se transformava:

—Não lute. Agora você é parte da eternidade. Parte de mim.

Na manhã seguinte, o teatro tinha uma nova estátua.

Ela era perfeita.

E naquela noite, Bastet cantava novamente. A plateia aplaudia.

E o ciclo continuava.

A cada apresentação, a boneca de sangue renovava sua carne.

E a humanidade jamais entenderia o preço da perfeição.

Em um grande local de vidro, o ambiente se estendia como um labirinto de reflexos distorcidos. As paredes, imaculadas e frias, pareciam pulsar com uma presença maligna, como se estivessem vivas, observando cada movimento, cada respiração. As superfícies translúcidas estavam cobertas com inscrições macabras, frases que pareciam se mover conforme os olhos percorriam. _"A morte vem não como fim, mas como libertação"_, dizia uma.
Outra:  "Os ossos que formam a terra, o sangue que forma a criação."

No centro desse espaço estava a boneca Bastet, sua pele de porcelana maculada de manchas vermelhas, como se o sangue de suas vítimas estivesse permanentemente gravado nela. Seus olhos, negros e vazios, pareciam ter a capacidade de ver através de qualquer alma que se aproximasse. O silêncio era pesado, interrompido apenas pelo som abafado de passos que ecoavam pelo vidro. Era ali, no coração daquela prisão de vidro, que a verdade começou a se revelar.

Os hieróglifos nas paredes formavam uma conexão obscura, uma ligação que não deveria ser desvendada. "Anúbis observa, Anúbis decide", uma das frases sussurrava, suas palavras impregnadas com a força do além. O deus egípcio, senhor dos mortos, havia feito sua marca naquela criação, trazendo à vida uma boneca feita não para encantar, mas para amaldiçoar. Ele, o guardião da morte, tinha infundido nela o poder de sua própria essência, tornando-a um emissário de sua vontade, uma criação que não buscava amor ou adoração, mas sofrimento e destruição.

Anúbis, com suas mãos de sombra, havia moldado a boneca a partir dos ossos dos condenados, imortalizando suas almas em um corpo de porcelana. A cada movimento da boneca, a alma de uma nova vítima seria tragada, alimentando-se do medo, do pavor, da agonia. E assim, o ciclo se perpetuava, com Anúbis, em seu trono sombrio no além, observando a dança de sua criação através das fissuras invisíveis no vidro.

Anúbis, sentado em seu trono sombrio no além, fixava seu olhar nas fissuras invisíveis do vidro, onde a boneca caminhava, silenciosa, à procura de almas a serem devoradas. Ele sentia um vazio profundo, uma fome insaciável que só poderia ser saciada com mais mortes, mais almas a serem levadas para seu reino. A criação de Bastet fora apenas o primeiro passo, um experimento para testar o poder que ele podia exercer no mundo dos vivos. Mas não bastava mais. Ele desejava mais. Mais almas, mais sofrimento, mais caos.

As paredes de vidro começavam a pulsar, refletindo a intensidade do desejo de Anúbis. As frases nas superfícies translúcidas pareciam se distorcer, como se fossem suspiros de um ser que aguardava ansiosamente a próxima tragédia. "A morte é a chave, o sangue é o portão", sussurrava uma das inscrições, enquanto outra se formava: "A boneca caminha, os mortos seguem." Cada palavra, uma convocação para a carne mortal, uma chamada para os incautos que ousassem se aproximar.

Com um movimento imperceptível, Anúbis ergueu sua mão esquelética, e o tempo na realidade começou a dobrar-se ao seu redor. O ar ficou pesado, denso, como se cada respiração fosse uma carga, um peso que esmagava lentamente quem o tomasse. Ele invocou o poder de seu reino, uma força que se estendia além das barreiras da morte, além do próprio espaço-tempo. Os mortos começaram a se agitar em seus túmulos, seus ossos estalando, suas almas se agitando na escuridão, como se soubessem que a ordem de Anúbis era clara: mais vidas para serem ceifadas, mais almas para serem arrastadas.

A boneca, agora imersa na essência do próprio deus da morte, despertou para um novo propósito. Ela não apenas caçava, mas atraía os vivos com um poder hipnótico, uma força invisível que os levava a se aproximar, como mariposas em direção a uma chama mortal. Ela caminhava sem pressa, seu olhar vazio fixo em cada alma que se aproximava. E a cada alma que sucumbia à sua presença, mais forte ela se tornava, mais profunda a conexão com Anúbis.

Com a boneca como sua extensão, Anúbis estava prestes a abrir um portal direto para seu reino. Um portal que só poderia ser cruzado por aqueles dispostos a pagar o preço mais alto — suas vidas.

A cada vida que cessava, ele ficava mais perto de seu objetivo, mais perto de dominar não apenas a terra dos vivos, mas também as almas que, por um instante, haviam acreditado que a morte era apenas um fim.

E assim, Anúbis aguardava, observando, esperando. Ele sabia que a dança das almas estava apenas começando. E logo, os gritos de desespero ecoariam pelo vidro, refletindo o poder incontrolável que ele, o senhor da morte, agora detinha sobre o mundo dos vivos.

Pobre mulher que virou uma boneca… havia sido moldada para uma bela destruição

Não deveria nunca ter subestimado o Grande Deus Anúbis…

Pobre esposa de Anubis…

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