O primeiro dia na escola
Tatiane sai do portão de desembarque e ao longe vê um homem com terno e uma placa com o seu nome escrito nele. A ruiva rola os olhos, mesmo sabendo que o seu pai não veria a pegar no aeroporto ela pode ter tido uma pequena esperança disso acontecer.
— Senhorita Noronha. – o motorista a chama, quando vai até ele. – Por aqui.
Tatiane segue o motorista até o carro, o mesmo coloca as suas malas à porta malas e ela entra no carro.
Tatiane percebe que o Rio de Janeiro mudou em alguns aspectos desde que foi embora há anos atrás, ela pensou que não voltaria para o Brasil nunca mais, mas com o pedido, na verdade uma ordem do seu pai, ela não pode recusar e aqui está ela num dos países mais quentes e ensolarados. Ela que é acostumada com o frio de na media 18 graus.
O carro para no prédio que é localizado a poucos passos do calçadão e dos quiosques da beira-mar, um dos lugares que com certeza ela não vai. Só de pensar em ir à praia e tomar sol, ela que é branquinha igual neve, com certeza isso não vai rolar.
Ao entrar, Tatiane se depara com a sala de estar com uma enorme janela de vidro que ocupa toda parede; frontal mar; em andar bem alto; climatizado.
Ela é recepcionada por uma das empregadas da casa, com um sorriso simpático:
— Bom dia senhorita Noronha, irei te mostra o seu quarto. – fala a levando para uma porta branca quase no final do corredor. – Qualquer coisa é só me chamar, meu nome é Gloria.
Tatiane sorri para ela educadamente e entra em seu quarto. A primeira coisa a se notar são as paredes brancas e cinzas escuras, a TV 50 polegadas embutida no balcão, uma poltrona branca, uma janela enorme de vidro com sacada e cama Queen Box com roupa de cama branca.
— Acho que vou ter que decorar algumas coisas do que eu gosto. – fala para si mesma, deixando as malas do lado do guarda roupa com as portas de correr que é espelhado. – Pelo menos o guarda roupa é grande, então caberão todas as minhas roupas.
Ao terminar de guardar as suas roupas, ela vai até a uma linda penteadeira branca com um espelho camarim e se senta no pufe e se olha no espelho, percebendo o suor em seu rosto:
— Preciso de um banho urgente. – fala se levantando e pegando uma roupa simples e fresca.
Logo após o banho, Tatiane se deita na cama e acaba por dormir muito rápido, mesmo sabendo que precisa ver a sua família, ela não se importa com esse detalhe.
Depois de horas dormindo, a empregada, Gloria leva um lanche para ela, já que não foi para o jantar:
— Seu pai mandou avisar que amanha você irá para a aula.
— Qual escola? – Tatiane pergunta com um bloco de notas na mão para anotar.
— Colégio Florescer, na Tijuca.
Tatiane anota o nome da escola no bloco e sorri para Gloria com formalidade e começa a comer o seu lanche.
Tatiane acorda um pouco tarde e se apressa ao se arrumar. Ela escolhe uma blusa de manga comprida preta e com flores rosa, uma calça jeans preta e um coturno preto. Ela decide não passar nenhuma maquiagem, além de um gloss rosa.
Ao descer as escadas Rômulo está na mesa tomando o seu café da manha, quando vê a Tatiane se sentando em uma das cadeiras vagas e fala:
— Você esta atrasada. – fala o obvio.
— Eu sei. – Tatiane o responde tomando um suco de maracujá e colocando panquecas em seu prato.
— Quer que te leve?
— Não precisa Rômulo, já pedi um Uber.
Rômulo nada diz, termina o seu café da manha e vai para o trabalho, já Tatiane ao terminar de tomar o seu café da manha, vai espera o seu Uber na portaria do prédio.
Viviane esta com seus amigos sentados na escadaria do colégio, esperando o sinal tocar, enquanto esperam eles ficam conversando:
— A sua irmã vai vim hoje? – Laís pergunta amarrando os seus cabelos.
— Sim, mas parece que ela esta um pouco atrasada. – Viviane a responde checando o horário em seu celular.
— Mais quem nunca se atrasou? – Elizete sorri, ao olha para ela, eles percebem que ela está olhando para o céu.
— já me atrasei varias vezes durante todos esses anos. – Vinicius fala.
— acho que dá para contar nos dedos é quando não se atrasou. – Felipe zomba dele.
— Ainda não sei como a diretora não te reprovou durante esses anos todos. – Elizete fala agora se levantando.
— Vamos, o sinal já bateu. – Otávio fala subindo as escadas.
Elizete rola os olhos para o amigo certinho e passa o seu braço pelos ombros de Otávio. Muitos podem falar que não existe amizade entre mulheres e homens, mas os dois não se importam com esses tipos de fofocas sobre essa amizade, ele sem conhecem desde os dez anos, quando Otávio se mudou para o bairro em que Elizete e seus pais moram e quando se conheceram a amizade foi instantânea.
Tatiane ao descer do Uber, passa pela turma de meninos e meninas, eles ficam confusos, pois eles tinham visto a Viviane entrar na escola com outras roupas.
Tatiane rola os olhos com isso, já sabendo muito bem o que eles podem está cochichando um com os outros.
— Oi meu nome é Paula, sou a filha da diretora e a encarregada de te ajudar. – fala estendendo a mão. — Você vai adorar o colégio. – diz com um sorriso simpático.
— Acredito que sim. – Tatiane fala forçando o sorriso.
— Você é gêmea da Viviane?
— Sim. - ela responde monossilábica para não ser grossa com a garota, já que está bem óbvio esse fato.
Paula a conduz até onde vai ser a sua sala. Mas no meio do corredor um garoto aparece em sua frente e com uma cantada barata e que se acha um bad boy:
— Você é a menina mais linda que apareceu aqui. – sorri para ela.
— Sabia que tem igual a mim aqui? – Tatiane o pergunta com uma leve careta.
— Henrique. – Paula o repreende. – Vá para a sua aula ou eu vou falar para a diretora Miranda que você está matando a aula novamente.
— Claro que vai bancar a fofoqueira para a sua mamãezinha. – Henrique debocha, mas vai para a direção da sua sala de aula.
— Eu vou ali para ver se ele está indo para aula dele, nos vemos na sala de aula. Tomara que nos tornemos amigas.
— Tudo bem, eu me resolvo aqui. – Tatiane fala mostrando que anotou no papel o nome da sua sala.
Mas Tatiane por não olhar para frente, ela tropeça e deixa alguns livros caírem e Elizete que estava perto e vai ajuda-la.
— Posso te ajudar?
— Acho melhor, pois se não alguém pode vim e chuta-lo. – em risos.
— Você é a Tatiane, irmã da Viviane?
— aham!
— idêntica a ela... ah! Meu nome é Elizete.
Elizete olha para os lados e então percebe que está atrasada e que com certeza o professor já entrou na sala. Ela também percebe que a novata não sabe onde é a sala e sorri para ela.
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