A última chama da esperança
Viviane, Laís e Elizete estão na biblioteca por ser um local de silencio e também por Viviane ser a "professora" de reforço para elas, mas Elizete comenta com elas:
— Vi a sua irmã hoje Vivi, vocês são idênticas. – Elizete bate o lápis na mesa, batucando como se estive com uma bateria.
— Fisicamente apenas.
— Ah... Mas mudando de assunto vamos falar sobre garotos. – Laís fala, as suas conversas podem sempre envolver garotos ou roupas da moda, mas ela é inteligente e quando quer tem conversas profundas.
— Eu sou tão desajeitada com rapazes. – Viviane fala ao se lembrar do menino da festa fica com as bochechas rosadas.
— É por isso que prefiro meninas. A vida é mais fácil. – Elizete fala se debruçando em cima da mesa. – Acho que vou cortar o meu cabelo, ele ta enorme.
— Mas ele está lindo assim. – Laís choraminga.
— Eu vou cortar na altura dos seios, não precisa de tanto drama e outra cabelo cresce.
— Alguém estudou para a prova de química? – Viviane pergunta as duas garotas.
— Não. – Laís a responde.
— Um pouco. Não entendo a matéria. – Elizete fala folheando as pagina do caderno. – É mega difícil entender qualquer coisa como ligações químicas, estrutura atômica, funções inorgânicas e reações químicas.
Laís ri do exagero da amiga, sabendo muito bem como Elizete é em questão de exatas ou decorar a matéria. É por isso que Viviane é a professora delas, a garota é uma biblioteca ambulante.
— Então vamos voltar para os estudos. – Viviane fala abrindo o livro de química.
Tatiane, por não ter ninguém para conversar, foi para a quadra da escola, lá não é muito bonito, mas pelo não tem barulho em excesso, Elizete, que a viu sozinha vai até ela e puxa um assunto aleatório:
— O que você esta fazendo sozinha aqui? – a de cabelo preto pergunta a outra, se sentando na arquibancada.
— Eu não conheço ninguém nesse colégio, além da Viviane, a filha da diretora e você. – Tatiane dá de ombros, como se ela não tivesse amiga nesse colégio fosse normal, o que para ela é, já que é o seu primeiro dia estudando aqui.
— Hoje to sendo boazinha, então irei ficar com você. – fala mexendo nas pontas de seu cabelo. – Vou cortar ele mesmo, olha as pontas ressecadas. Amanha você terá que vim com esse uniforme que não é lá essas coisas, principalmente pra você que estudou no colégio da Suíça.
— Pra mim tanto faz, o importante é me formar e não precisar voltar para a escola. – fala dando de ombros.
Elizete a observa, percebendo que de primeira às gêmeas são idênticas, mas quando mais olha se percebe nuances que podem a distinguir uma da outra.
— Acho que dá para diferenciar vocês duas além do jeito de vestir e portar. – Elizete divaga. – O seus olhos são de avelã, enquanto o da Vivi é castanho escuro. A altura é a mesma, você é bem pálida, enquanto a sua irmã é bronzeada e parece que você tem dificuldade em criar laços com as pessoas.
— Você conseguiu isso tudo só de me olhar? – Tatiane crispou a testa ao olha para a bronzeada. – Você também não é muito difícil de ler.
— Então fala algo sobre mim.
— Você está com vontade de cortar o seu cabelo, sempre sorrindo como se a vida fosse mil maravilhas, eu não sei como você aguenta ir à praia que dá para notar pela pele bronzeada e é mais alta que eu.
— bom. – Elizete balança a cabeça como se aprovasse o que a Tatiane lhe disse.
O sinal toca para o fim da aula, Tatiane pega a sua mochila, preta e sem muitos detalhes, sai sem dizer um tchau para Elizete e vai para o portão esperar o motorista.
Elizete coloca a mão no queixo a observando sair, um sorri singelo aparece em seus lábios e com uma certeza em sua mente, que vai conseguir quebrar aquela barreira fria e distante da Tatiane.
Viviane esta na sua casa arrumando a sua mochila, ela olha em volta para saber o que pegar, assim dando para notar que ele tem uma mesa de estudos com algumas fotos de família e um sofá de dois lugares, quando a Ana Julia chega sorrindo.
— Vivi. – Ana Julia lhe chama
— Oi princesinha. – Viviane a pega.
— Vou sentir saudades. – seu rostinho fica mais fofo.
— Eu também pequenina. – a ruiva sorri para a mais nova. – Você quer me ajudar a arrumar a mochila?
— Sim. – a menor lhe responde em empolgação.
No final, Ana Julia está pulando na cama da irmã como se aquele móvel fosse uma cama elástica e Viviane ri dela e da sua inocência.
— Então vamos? Tenho que me despedir da mãe, do Gustavo e do nosso irmãozinho João Henrique.
— Tudo bem.
Na sala de estar Viviane está com João Henrique nos braços e o mesmo está fazendo biquinho, não querendo que ela vá embora.
— Eu quelo' você. – o pequenino de apenas três anos fala. – não vai embola'.
— Eu vou para casa do meu pai passar uns dias com ele, mas eu volto... eu te prometo.
Somente com essa promessa, João Henrique desceu dos seus braços e indo até o seu pai. Só assim Viviane pode sair da casa.
Tatiane esta no seu quarto e vê que o carro do Rômulo chegou e esperou um pouco e aumentou o som que estava tocando IZA - Dona de mim. Quando de repente Viviane começa a gritar:
— Dá para você diminuir essa musica. Eu preciso estudar e moramos em um prédio que não tolera barulhos.
Isabela e Larissa saem dos seus quartos, uma muita animada para ver a briga e a outra preocupada com as consequências da briga.
— O Rômulo esta subindo. – Larissa, uma garota de 14 anos e cabelos com tranças box braids, fala animada.
— Isso não vai sair bem – Isabela, a mais velha de 22 anos, com seus cabelos cacheado com volumes, fala preocupada.
— Isso vai ser divertido. – fala batendo palmas de empolgação.
Rômulo entra no apartamento, mesmo tendo escutado no corredor a musica alta, ele já estava estressado com o trabalho, mas a musica alta e a Viviane resmungando por causa da musica, ele vai até a porta do quarta da gêmea mais velha e fala:
— Tatiane abre essa porta agora.
Tatiane abre a porta com um sorriso enorme e olhos esbanjando diversão ao vê-lo quase fora de si.
— Rômulo não é para tanto.
— Eu chego ao apartamento, escuto uma musica no ultimo volume e não é para tanto.
— Somente estava me divertir.
— Você vai ver o que é diversão. – sorri para ela, tentando esconder a irritação. – Está de castigo por uma semana.
— O que, eu mal cheguei ao Brasil e você está me pondo de castigo?
— Sim, você é minha responsabilidade, pois eu tenho a sua guarda, além de está prejudicando o estudo da sua irmã.
— mais você me mandou para aquele colégio, para se ver longe de mim.
Rômulo somente a olha, mas não responde nada, sendo o seu silencio a resposta que Tatiane sempre teve medo de ter. Seu pai não a queria ao seu lado e isso a machuca, pois a velha esperança de criança morreu junto com as palavras não dita de Rômulo.
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