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(💲) . prólogo.

CAPITULO ZERO
prólogo; lua !



                                         ELE OLHOU PRA MIM. ninguém nunca olhou pra mim, e eu não posso culpar o meu jovem coração por se apaixonar. Porque quando ninguém nunca te vê, o primeiro olhar que te prende, que faz você se sentir especial, parece tudo.

Eu achei que fosse amor.

Com todo o meu coração jovem e inexperiente, eu quis acreditar que alguém como ele, pudesse olhar pra alguém como eu e sentir algo verdadeiro. Talvez porque eu nunca soube como era ser vista de verdade, e ele foi o único a me fazer acreditar que eu existia.

Esse é o problema de garotas sozinhas. A gente se agarra ao sentimento invisível do sexo casual. E foi isso que eu fiz. Porque o que nós tínhamos, sempre foi casual. Um olhar no corredor, um toque que nunca deveria ter significado nada, palavras ditas em segredo.

Mas uma menina como eu... eu não sabia o que era casual. Não sabia que existia diferença entre um gesto que é só um gesto e algo do coração verdadeiramente. Eu li entrelinhas onde não havia texto, criei significados onde só havia vazio.

Porque quando você nunca teve nada, até o mínimo parece ser tudo.

Quartos e mais quartos de hotéis caros, onde ele me levava sem olhar para trás. Cigarros acesos, taças de vinho pela metade, lençóis de seda bagunçados. O cheiro do perfume dele misturado ao meu. E as palavras que ele sussurrava... palavras sujas, quentes, que grudavam na minha pele como se fossem promessas.

Garotas como eu, que nunca conheceram nada além do ordinário, achavam que isso era amor.

Estávamos deitados juntos mais uma vez naquele quarto de hotel. O ar era denso, pesado com o cheiro de cigarro e vinho. Ele fumava em silêncio, soltando a fumaça em espirais preguiçosas que subiam para o teto.

Estávamos nus, envoltos apenas pelos lençóis de seda que mal cobriam nossos corpos. Tudo ali parecia intocável, perfeito de um jeito que nunca pertencia ao mundo real.

Me deitei no peito dele, sentindo sua pele quente contra a minha. Fechei os olhos e ouvi seu coração bater. Ritmado, constante, como se fosse a única coisa verdadeira naquele momento. Queria acreditar que aquele som era só meu, que aquele instante era só nosso.

Nunca falávamos do trabalho lá.

Era como se o mundo fora daquele quarto não existisse. Ele nunca mencionava a exaustão de ser o líder de equipe. Não falava sobre sua vida fora do trabalho, sobre seus problemas, seus desejos, as verdades.

Ali, dentro daquele quarto de hotel, ele era apenas um homem. E eu era apenas alguém para preencher o vazio.

———— Você deveria sair com caras da sua idade ———— Sangwoo disse, com uma voz quase impassível.

Caras da minha idade, pensei. Eles não me olhavam como ele olhava. Não me levavam para hotéis caros onde o cheiro de vinho misturava com o da fumaça do cigarro.

Eles não sentavam ao meu lado, no calor de lençóis de seda, e partilhavam um cigarro comigo, deitados na cama, como se aquilo fosse natural. Caras da minha idade não me fariam sentir isso.

———— Eu sei que sou jovem, mas a minha mente vai além da minha idade ——— eu respirei fundo.

Ele riu, um som baixo, quase cínico.

Apoiei o queixo no seu peito, tentando esconder o que eu sentia, e ele, como se fosse algo instintivo, acariciou meu rosto. A fumaça do cigarro ainda dançava no ar, como uma cortina que escondia a verdade.

———— Mesmo assim, eu tenho idade para ser o seu pai ———— ele falou, a voz grave, como se tentasse colocar distância entre nós, entre o que éramos e o que não poderíamos ser.

———— Mas você não é o meu pai.

Sang-woo não disse nada.

Ele se levantou da cama em silêncio, com a calma de quem já tinha feito isis várias vezes, procurando suas roupas espalhadas pelo chão.

Eu ainda estava em volta dos lençóis.

———— Se eu fosse mais velha, você me levaria a sério? ———— perguntei, finalmente.

Sang-woo se aproximou de mim enquanto terminava de colocar a própria calça, seus movimentos tranquilos, mas com uma energia difícil de ignorar.

Ele se sentou na cama, me olhando com uma intensidade que fazia o ar entre nós parecer pesado. Então, ele se inclinou para frente e me deu um beijo lento, com o gosto amargo de cigarro ainda nos lábios, como se fosse uma forma de marcar aquele momento.

———— Se eu fosse mais novo, sim.

( . . . )

O teste de gravidez foi o momento em que a verdade finalmente me atingiu. Foi como cair em um buraco escuro, caindo cada vez mais fundo, até ser engolida pela realidade que eu havia ignorado por tanto tempo.

Eu estava ali, sentada no vaso, no banheiro da empresa, encarando aquele pequeno pedaço de plástico como se ele fosse o único juiz da minha vida agora.

O que eu iria fazer?

Sang-woo era sozinho. Não tinha esposa, não tinha filhos. Pelo pouco que eu sabia sobre ele, a única pessoa com quem ele realmente dividia sua vida era a mãe. Ele era fechado, imperturbável, e eu nunca imaginei que ele fosse sequer pensar sobre a possibilidade de ter um filho, especialmente comigo.

A verdade era dura.

Ele nunca pensaria na possibilidade de ser pai, de criar um filho, especialmente se aquele filho fosse de alguém como eu.

De qualquer forma, quando voltei para o trabalho, o escritório de paredes de vidro de Sang-woo estava vazio.

Semanas depois, recebemos o comunicado. Sang-woo havia sido demitido. Desvio de dinheiro dos clientes. Ele estava sendo procurado pelos crimes de desvio de fundos e investimentos ilegais.

Ele sumiu. Desapareceu, como se nunca tivesse existido para começar. E eu fiquei com as consequências.

E quando minha pequena Jiwoo nasceu, acho que eu não era mais uma garota. Aquele momento, de olhar para ela e sentir seu peso nos meus braços, me fez entender que eu tinha mudado, não de uma forma suave ou gradual, mas de uma maneira crua, como se o mundo tivesse apertado um botão e me empurrado para uma realidade que eu nunca quis ir.

Eu era uma mulher agora, uma mulher com dívidas e mais dívidas, tentando criar uma garotinha sozinha, sem o apoio de ninguém, sem as promessas vazias que me faziam acreditar em algo que não passava de uma mentira.

Jiwoo olhou para mim com aqueles olhos curiosos, tão inocentes e cheios de perguntas.

———— Mamãe, por que todas as crianças na escola têm pai, e eu não?

Eu engoli em seco, sentindo o peso da resposta que não estava pronta para dar. Olhei para ela, tentando manter a calma, querendo proteger aquele pedacinho de felicidade e ingenuidade que ela ainda tinha.

———— Porque o papai... está no espaço, em uma missão secreta ———— eu disse, tentando fazer com que aquilo soasse convincente, como se fosse uma história que ela pudesse entender.

Ela ficou em silêncio por um momento, seus olhos brilhando, como se estivesse imaginando o papai lá, entre as estrelas.

———— O papai tá na lua? ———— ela perguntou, com a esperança de uma criança que ainda acredita em contos de fadas.

Eu sorri, tentando disfarçar a dor que apertava meu peito. A mentira me saía fácil, talvez porque eu também quisesse acreditar, por um segundo, que aquilo fosse verdade.

———— Exatamente ———— respondi, com um sorriso forçado.

Jiwoo amava a lua.

Cada vez que ela olhava para o céu à noite, seus olhos se iluminavam de um jeito mágico, como se pudesse ver algo que eu não conseguia. Ela acreditava que o pai dela estava lá, ajudando extraterrestres ou fazendo algo grandioso em algum canto distante do universo.

Para ela, a lua era um lugar de esperança e aventura, o lar de um herói invisível que ela imaginava estar cuidando dela de algum jeito, mesmo que à distância.

Eu, por outro lado, odiava a lua.

Ele não estava lá, não estava ajudando ninguém, não estava salvando o mundo. Ele estava fugindo da responsabilidade, abandonando-nos, sem sequer olhar para trás. Não havia missão secreta, não havia aventura. Só havia a ausência, que se estendia mais e mais a cada noite.

Mas para Jiwoo, a lua era um símbolo de algo que ela acreditava com todo o coração. E eu... eu apenas queria que ela nunca precisasse saber a verdade.

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