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❝ CAPITULO DOZE ❞
doze; uma dupla confiável !
LOGO DE MANHÃ, acordei com o barulho das botas dos guardas ecoando pelo dormitório. As vozes firmes e comandos curtos ordenavam que todos levantassem imediatamente.
Enquanto os jogadores se moviam, ainda meio sonolentos, vi um dos guardas se aproximar do 001, que continuava deitado na cama. Ele apontou a arma diretamente para o senhor, que sequer teve forças para reagir.
—————— Ele tá doente! ————— me ouvi dizendo antes de perceber que tinha me intrometido. —————— Pegue leve com ele, por favor.
O guarda virou na minha direção, a arma apontada para mim agora. Meu corpo congelou por um instante, mas o olhar frio dele me tirou o fôlego.
—————— Siga para a fila, agora! ————— ordenou, sem paciência.
Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, senti a mão do Sangwoo segurando firme no meu braço. Ele me puxou rapidamente, me forçando a seguir para a fila com o resto do grupo.
Olhei para trás, ainda preocupada com o 001, mas ele finalmente começou a se levantar com dificuldade.
Assim que todos nos organizamos em fila, vi o 001 se aproximar, andando com passos lentos, mas com uma expressão um pouco mais tranquila no rosto.
Ele parou ao meu lado, colocando a mão levemente no meu braço, e disse com a voz baixa.
—————— Obrigado, querida. A febre passou, eu devo uma pra você.
Sorri de leve, aliviada por ele estar bem.
—————— O senhor não me deve nada. Só descanse e cuide de si.
——————— Você me lembra muito a minha esposa quando era jovem ————— o 001 sorriu gentilmente, como se algo em minha resposta o tocasse profundamente.
Quando saímos para o próximo jogo, o silêncio entre os jogadores foi quebrado pelo som de nossos passos nas escadas coloridas. Assim que subimos o primeiro lance, um arrepio percorreu minha espinha ao ver cinco corpos pendurados no centro da estrutura, balançando levemente.
Reconheci rapidamente que eram quatro guardas e um jogador, o 111.
O guarda com o símbolo de quadrado deu alguns passos à frente e parou, olhando para nós.
—————— O que vocês estão vendo aqui é o destino daqueles que ousaram quebrar a ideologia do jogo —————— começou ele, a voz ressoando por todo o lugar. —————— Esses indivíduos agiram por interesse próprio, corrompendo as regras que garantem a igualdade entre todos vocês.
Olhei para os outros jogadores, tentando entender a reação de cada um. Gi-hun parecia incomodado, enquanto Sangwoo mantinha uma expressão seria.
—————— Nesse lugar, todos os jogadores são considerados iguais ————— continuou o guarda. —————— As mesmas oportunidades são dadas a cada um de vocês. Não toleramos aqueles que tentam desequilibrar essa balança.
Fiquei parada, tentando absorver o que aquilo significava. Era difícil processar que, apesar de toda a violência, ainda existia uma espécie de justiça distorcida naquele jogo.
( . . . )
Assim que fomos levados de volta à sala branca, a voz mecânica anunciou o próximo desafio.
—————— O próximo jogo será jogado em duplas. Vocês têm 10 minutos para escolher um parceiro.
O silêncio tomou conta da sala. Ninguém queria ser o primeiro a se mover, até que, com o som de passos firmes, a 212 quebrou o gelo. Ela foi direto em direção ao Sangwoo, um sorriso convencido estampado no rosto.
—————— Bonitão, faz dupla comigo —————— disse ela, a voz arrastada, quase sussurrante. —————— Se você jogar comigo, faço qualquer coisa que você pedir. Eu sou boa em muitas coisas, sabia? E posso te ajudar mais do que qualquer um aqui.
O sorriso dela aumentou quando se inclinou levemente para ele, mas Sangwoo permaneceu parado, sem dizer uma palavra. Ele parecia alheio ao que ela dizia, com os olhos fixos em mim.
A 212, percebendo que não estava obtendo resposta, revirou os olhos e colocou as mãos na cintura, esperando uma reação.
Ela mudou o foco para mim, girando sobre os calcanhares e juntando as mãos em uma súplica exagerada.
—————— Ei, você! Por que a gente não faz uma dupla? ————— disse ela, tentando soar doce. —————— Eu sei que não parece, mas sou muito inteligente. Juro, você não vai se arrepender!
Eu respirei fundo, tentando controlar minha paciência, antes de responder, com a voz baixa.
—————— Ninguém aqui quer jogar com você.
Ela arregalou os olhos e deu um passo para trás como se tivesse levado um tapa.
—————— O quê? ————— ela gritou, olhando ao redor da sala. —————— Claro que querem! Todo mundo quer jogar comigo!
Ela começou a se agitar, apontando para as pessoas ao redor, mas ninguém a olhava diretamente. O silêncio constrangedor crescia.
—————— Para com isso ————— disse Sae-byeok, com a voz firme. ————— Para de se humilhar.
Sae-byeok inclinou a cabeça, encarando-a de cima a baixo.
—————— Todo mundo aqui tá pensando a mesma coisa, só que ninguém tem coragem de dizer. Ninguém aqui quer fazer dupla com uma mulher ou com um velho. É isso.
As palavras dela foram diretas, cortantes, e caíram como uma lâmina no ambiente. A 212 ficou em silêncio, a boca entreaberta, parecendo tentar encontrar uma resposta.
Mas nada saiu.
Levantei-me com um movimento decidido, sem olhar para ninguém, pronta para sair. Antes que eu pudesse dar mais de dois passos, senti a mão do Sangwoo segurar meu braço, firme.
—————— Pra onde você vai? ————— ele perguntou, com a voz baixa e séria.
Me virei apenas o suficiente para encará-lo, com o rosto carregado de frustração e uma ponta de mágoa.
—————— Você vai jogar comigo? ————— perguntei, direta.
Sangwoo abriu a boca para responder, mas hesitou. O silêncio dele foi mais alto que qualquer palavra. Eu sabia a resposta.
Sem esperar mais nada, tirei a mão dele do meu braço com um movimento seco e dei um passo para trás, olhando para ele uma última vez.
—————— Foi o que eu pensei ————— disse, com a voz amarga, antes de me virar e sair de lá, deixando-o parado no meio dos outros.
Enquanto eu caminhava pela sala branca, observava algumas pessoas formavam duplas e outras praticamente imploravam por um parceiro.
Parei perto de uma das paredes, me apoiando nela, tentando organizar meus pensamentos em meio ao caos.
Foi então que ouvi passos se aproximando.
—————— Você quer fazer dupla comigo?
Olhei para o homem, com o número 062 no uniforme. Ele parecia estar nervoso, mas determinado a falar comigo.
—————— Sou professor de matemática. Muito inteligente ————— ele acrescentou, como se aquilo fosse o suficiente para me convencer.
Soltei um suspiro e o encarei com calma.
—————— Fui a primeira da classe na faculdade. Não preciso de alguém inteligente ————— disse, cruzando os braços. ————— Preciso de alguém forte.
Ele pareceu um pouco desconcertado, mas não desistiu.
————— Eu jogava futebol... tô em forma ————— insistiu, tentando mostrar que podia ser útil.
Olhei para o número 062 mais uma vez, ainda avaliando se ele valia o risco, mas antes que eu pudesse me afastar, ele voltou a falar.
—————— Desse jeito, você não vai escolher ninguém e vai acabar sobrando.
Parei no meio do caminho e me virei para encará-lo, franzindo o cenho.
—————— A maioria aqui não quer fazer dupla com mulher ————— ele respondeu com firmeza. —————— Só tem 39 jogadores. Alguém vai ficar sem dupla.
Cruzei os braços, desafiando-o a continuar.
—————— E o que você acha que vai acontecer com quem sobrar? ————— perguntei, quase desafiando.
Ele não hesitou.
—————— Vão eliminar ————— respondeu direto, sem rodeios.
Aquelas palavras me acertaram como um soco, e, por mais que eu não quisesse admitir, ele estava certo. Ele estendeu a mão para mim, tentando parecer mais confiante do que realmente era.
—————— Então? Faz dupla comigo?
Fiquei ali por um momento, encarando sua mão estendida. Suspirei profundamente e, finalmente, concordei, apertando a mão dele.
—————— Tudo bem. Mas não me faça me arrepender disso ————— avisei.
—————— Não vou decepcionar você —————— ele disse com um sorriso nervoso.
Assim que o cronômetro zerou, os guardas começaram a nos direcionar para a grande porta à frente. Caminhei ao lado do número 062, que parecia nervoso.
Enquanto nos aproximávamos da entrada, meus olhos instintivamente buscaram Sangwoo. Ele estava mais à frente, andando ao lado de Ali. Por um momento, nossos olhares se cruzaram.
Ele olhou para mim, depois para o homem ao meu lado, com uma expressão difícil de decifrar. Não sabia se era julgamento, curiosidade ou algo mais.
Respirei fundo e virei o rosto, focando no caminho à minha frente. Não era hora de me distrair.
Por favor não deixem os comentários flopar😭.
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