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CAPITULO TRÊS
três; eu sou o pai? !



                                             MEU CORPO BATEU contra o chão frio e duro da rua, a realidade me atingindo de forma brutal. Eles nos jogaram ali como se fôssemos nada, apenas com as roupas íntimas e amarras nos pulsos e tornozelos.

Por um momento, não consegui me mexer, minha mente ainda processando tudo o que tinha acontecido. Foi quando ouvi uma voz ao meu lado.

————— Fica quieta ————— Sangwoo murmurou.

————— Me desamarra, vai ————— pedi, tentando não soar desesperada, embora fosse exatamente como eu estava.

Ele começou a desamarrar meus pulsos, e eu espiei por entre a fenda que eles deixaram em meus olhos. Assim que minhas mãos ficaram livres, arranquei o pano que me cobria e o vi abaixado, desamarrando os próprios pés.

Sem dizer mais nada, tirei as amarras dos meus pés, a sensação de liberdade voltando aos poucos. Só então percebi onde estávamos, o centro movimentado de Seul, as luzes da cidade piscando como se zombassem de nós.

Yeouido.

Peguei minhas roupas e rapidamente me vesti, sentindo o desconforto do concreto contra meus pés descalços enquanto jogava as roupas de Sangwoo direto no rosto dele. Ele pegou as roupas com calma, sem se importar com o gesto.

————— Você mora por aqui? ————— ele perguntou, a voz neutra, como se tudo o que tinha acontecido fosse um evento comum.

————— Não ————— respondi, seca, sem olhar para ele. ————— Você tem celular?

Eu precisava ligar para saber se Jiwoo estava bem.

Ele tirou o celular do bolso, olhou para a tela e respondeu com aquela calma irritante.

————— Tá sem bateria.

Suspirei, frustrada, e não disse mais nada. Apenas continuei andando até a loja de conveniência, ignorando sua presença logo atrás de mim.

Assim que entrei, fui direto ao balcão e pedi um maço de cigarros, mesmo sabendo que aquele hábito não me fazia bem. Hábito que começou com ele.

Com o maço nas mãos, saí para a calçada e acendi um cigarro, o calor da fumaça queimando minha garganta enquanto o gosto amargo preenchia minha boca.

Senti a presença dele antes mesmo de vê-lo. Sangwoo se aproximou com passos leves, segurando algo na mão. Ele estendeu o celular para mim, agora ligado e com bateria.

————— Aqui. Carreguei na loja.

Peguei o aparelho sem olhar para ele, a fumaça escapando entre meus lábios enquanto me esforçava para manter a voz firme.

————— Obrigada.

Não havia mais nada a ser dito.

Enquanto segurava o celular, senti seus olhos sobre mim, mas continuei de costas para ele, tentando ignorar tudo o que a sua presença despertava em mim: raiva, ressentimento, e um vestígio de algo que eu me recusava a acreditar.

Sangwoo quebrou o silêncio enquanto eu apagava o cigarro com a ponta do sapato na calçada.

————— Você tem onde ficar?

————— Vou dormir em um hotel —————  respondi, tentando soar firme.

Ele arqueou a sobrancelha, como se a resposta fosse absurda.

————— Hotéis são caros demais. Você não tem dinheiro.

Revirei os olhos, já esperando o sermão que ele parecia sempre ter pronto. ————— E você quer que eu faça o quê, Sangwoo? Durma na rua?

———–— Onde você mora? ————— ele perguntou, ignorando meu tom de sarcasmo.

Hesitei por um segundo antes de responder.
————— Goyang.

————— É longe. Eu moro aqui perto. Você pode ficar ———— ele balançou a cabeça.

————— Eu não preciso da sua caridade.

————— Não é caridade. Quando você tiver dinheiro, me paga pelo tempo que dormir lá ———— ele respondeu ajustando seus óculos.

Fiquei em silêncio por um momento, avaliando a situação.

O orgulho gritava para que eu recusasse, mas a realidade era que eu não tinha dinheiro suficiente para pagar por mais de uma noite em um hotel, mesmos os mais decadentes.

————— Tudo bem. Mas eu vou embora amanhã ————— murmurei, apontando para ele.

————— Ótimo ———— disse ele, com aquele tom prático de sempre, começando a caminhar na direção oposta. ———— Vamos.

E, mesmo contra tudo o que eu sentia, o segui.

( . . . )

O quarto de motel era exatamente o que eu imaginava para alguém como Sangwoo agora: decadente, sufocante, e com um cheiro que misturava álcool e cigarro.

Garrafas de soju vazias estavam empilhadas na mesa, roupas espalhadas pela cama como se ele tivesse desistido de qualquer coisa.

Ele foi direto para o banheiro sem dizer nada, e eu aproveitei o momento para pegar o celular novamente.
Precisava ouvir a voz de quem me lembrasse o motivo de continuar lutando.

Disquei o número da minha amiga, aquela que estava cuidando da Jiwoo. Meu coração disparava a cada segundo de espera até ela atender.

————— Alô? ————— sua voz familiar soou do outro lado da linha.

————— Oi, é a Su-min. Como a Jiwoo tá? ————— perguntei rápido, minha voz carregada de ansiedade.

————— Ela acabou de comer e já está dormindo. ————— sua resposta trouxe um alívio imediato, e eu soltei um suspiro que nem percebi estar segurando.

————— Graças a Deus... ————— murmurei, passando a mão pelo rosto, sentindo o peso do dia me atingir de uma só vez.

Mas antes que eu pudesse me acalmar completamente, minha amiga continuou. ————— Um assistente social apareceu aqui hoje.

————— O quê? O que ele queria?

————— Disse que, se você não for até o tribunal no fim de semana, eles vão levar a Jiwoo. Disseram que, como você não tem condições financeiras pra cuidar dela.

Minha garganta ficou seca, e as palavras dela ecoaram na minha mente como um trovão.

————— Não... eles... ————— sussurrei, mais para mim mesma do que para ela.

Engoli em seco, tentando recuperar a compostura assim que Sangwoo saiu do banheiro. Mas, naquele momento, a realidade parecia mais esmagadora do que nunca.

Antes de desligar, respirei fundo e tentei soar tranquila.

————— Diz pra Jiwoo que eu vou voltar cedo pra casa, tá? E... obrigada por estar cuidando dela.

————— Claro, Su-min. Só cuida de você também, tá? ————— respondeu minha amiga, sua voz cheia de preocupação.

————— Eu vou. Prometo. ———— Apertei os olhos, tentando segurar as lágrimas, e finalizei a ligação.

Quando me virei, Sangwoo estava ali, encostado na parede perto do banheiro, com o cabelo ainda úmido e o olhar fixo em mim.

————— Você tem uma filha? ———— ele perguntou.

Por um segundo, eu congelei. Aquele era o momento que eu mais temia, e agora estava diante de mim, sem qualquer aviso.

————— Tenho. Ela se chama Jiwoo.

Sangwoo permaneceu em silêncio por alguns segundos, o olhar dele parecia me estudar, e então ele deu um passo à frente.

————— E o pai? ————— ele perguntou, com a voz baixa.

Fiquei em silêncio.

————— Eu sou o pai?

Meu coração parou por um segundo. Aquela pergunta parecia explodir no ar, mais alta do que qualquer outra coisa naquele quarto sufocante.

————— Não, não é você ————— respondi rápido desviando o olhar.

————— Su-min... sua filha tem um ano. A última vez que a gente se viu foi, o quê? Um ano atrás? ————— ele me olhou, como se estivesse tentando juntar as peças.

————— Eu disse que não é você ! ————— interrompi, antes que ele pudesse concluir qualquer coisa.

Sangwoo inclinou a cabeça, me observando com aquele olhar analítico que sempre me irritava.

————— Então você dormiu com outro cara? ————— perguntou, com a voz carregada de um sarcasmo sutil.

————— Sim. Não foi só você. ————— as palavras saíram da minha boca antes que eu pudesse controlar, mas eu sabia que precisava mentir.

————— Você não é assim, Su-min. Você era... meio... puritana ———— ele murmurou.

————— Você não me conhece. ———— minha resposta veio curta e fria, tentando encerrar a conversa ali.

————— Com quem ela se parece? ————— Sangwoo voltou a fazer as perguntas.

————— Comigo, obviamente. Sou a mãe dela ————— respondi tentando encerrar as perguntas.

Mas ele sorriu, aquele sorriso irritantemente calmo, como se estivesse se divertindo à minha custa.

————— Minha mãe costumava dizer que filhas mulheres geralmente se parecem com o pai.

————— Você não é o pai!

Ele inclinou a cabeça, me estudando com o olhar, como se soubesse exatamente onde cutucar.

————— Eu sei que sou o pai, Su-min.

Engoli em seco, ele se levantou da cama e se aproximou lentamente, até ficar tão perto que eu podia sentir seu cheiro familiar de cigarro e álcool.

————— Com quem ela se parece? ———— ele perguntou novamente, agora com a voz mais baixa.

Suspirei, derrotada.

————— Ela tem os seus olhos. ————— minha voz saiu baixa, quase um sussurro. ————— Infelizmente.

Sangwoo não disse nada por alguns segundos, mas seus olhos se estreitaram, como se aquelas palavras tivessem atingido algo profundo nele.

Me afastei dele, indo em direção ao banheiro, minha irritação crescente. A água quente me acalmou, mas não o suficiente para apagar a tensão que ainda pairava no ar.

Quando saí, vi Sangwoo sentado na cama, fumando seu cigarro. Me sentei ao lado dele, puxando um cigarro do maço e acendendo.

—————— Jiwoo significa sabedoria e inteligência. Eu escolhi esse nome porque quero que ela seja extremamente genial, mas com um bom coração. —————— soltei fumaça entre os lábios. ————— Quero que ela use a inteligência dela para o bem, não para ser arrogante ou se aproveitar disso.

Sangwoo me olhou por um momento, ajustou seus óculos, como se estivesse engolindo minhas palavras.

————— Você não quer que ela seja como eu?

Olhei para ele, tentando manter a calma, mas a verdade escapou sem filtro.

————— Eu não quero que ela seja como nenhum de nós dois.

A resposta ficou no ar, pesada, e eu sabia que não seria fácil para ele ouvir aquilo. Não era só sobre ele, nem sobre mim.

Sangwoo mudou de assunto com uma facilidade quase irritante, quebrando o silêncio que se formava entre nós.

————— Isso não te lembra algo? ————— perguntou, com um tom curioso.

Olhei ao redor, absorvendo a cena. O quarto bagunçado, a fumaça do cigarro que ainda pairava no ar... E então, percebi do que ele estava falando.

————— Parece um dia depois do trabalho.

Mas ele não estava satisfeito com isso. Sangwoo parecia sempre querer ir mais fundo, e não demorou muito até ele mudar o rumo da conversa novamente, com uma sinceridade que cortava o ar.

————— Não, parece mais com os dias que íamos juntos para os motéis, transar... Beber, fumar.

Fiquei em silêncio por um momento, sentindo um nó se formar na garganta. Não queria voltar a ser aquela pessoa.

————— Talvez seja ————— murmurei, finalmente quebrando o silêncio, mas não olhando para ele.

Sangwoo tirou o cigarro da minha boca com um gesto calmo, como se estivesse tentando interromper o fluxo de pensamentos que corriam pela minha mente.

————— Vamos dormir juntos ————— ele disse, a voz calma, quase tranquila, como se fosse a coisa mais natural do mundo. ————— Não vamos fazer nada, só não quero que durma no chão.

Meu instinto foi recusar, mas ao olhar em volta e ver o quarto bagunçado, e pensar na possibilidade de passar a noite sozinha, minha mente se fez em pedaços.

Sem dizer uma palavra, concordei com um simples aceno de cabeça, mais por cansaço do que por qualquer outra coisa.

E então, deitamos, os lençóis raspando na minha pele enquanto a sensação entre nós dois parecia crescer a cada segundo.

O silêncio se estendeu por um tempo que pareceu eterno.

Só restava o som da nossa respiração e a sensação desconfortável de estarmos tão próximos, mas ao mesmo tempo, tão afastados.

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