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Aquele Quarto

Ouço a portinhola da porta abrir e corro pra lá imediatamente. Me jogo no chão com o rosto passando pelo pequeno buraco onde colocam a minha comida. Lá fora tem um homem com uma bandeja me olhando com cara de tédio.

— Oi! — grito com um sorriso. —Me escuta por favor, olha eu não vou pedir pra você me tirar daqui. Eu só quero saber quanto tempo eu tenho que ficar aqui. POR FAVOR ME FALA!

O homem começa a empurrar meu rosto pra dentro com os sapatos.

— NÃO! POR FAVOR só me fala! Que lugar é esse? Quanto tempo eu tenho que ficar aqui? Eu tenho que saber, não é? Eu já to aqui há dois meses! — digo começando a chorar sem afetar minimamente o homem que continuava a me empurrar pra dentro impaciente.

Eu tento agarrar seus pés.

— Seu filho da puta! EU VI SEU ROSTO!!! Você sabe que se eu sair daqui você tá morto né?!

Então o homem começa a chutar e eu retiro meu rosto da portinhola. Ele passa a bandeja pra dentro do meu quarto e eu a retiro do lugar depressa, enfiando meu rosto novamente.

— Me desculpe, olha eu não falei por mal!

O homem dá um último chute, este com mais vontade e fecha a portinhola. eu o ouço a trancando pelo lado de fora.

Eu pego a bandeja e começo a bater na porta de metal.

— VOLTA AQUI!!! SEU VERME!!! EU VOU TE MATAR, TÁ ME OUVINDO? EU QUERO SAIR DAQUI!!!...

Quebro o prato de cerâmica ao arremessá-lo.

É. Eu fazia essas coisas no começo.

Estou no que parece ser um quarto de hotel. Não há janelas. Apenas uma, mas é falsa. Possui um poster de um campo verde com um casebre e uma luz atrás para dar a impressão de que é uma vista para fora. Ao lado da porta de metal há uma parede para separar o banheiro dentro do quarto. nele há um chuveiro, uma pia e um vaso sanitário. Seus azulejos azuis destoam do papel de parede marrom e bege do quarto.Há uma cama na qual estou sentado, uma mesa pequena com uma televisão e uma cômoda. Na  única gaveta da cômoda há um caderno em branco e uma caneta. E na parede ao lado oposto da cama, um quadro. Um rosto feio cercado de cabelos compridos e abaixo os dizeres: Ria e o mundo rirá com você, chore e você irá chorar sozinho.

Existem 400 azulejos no banheiro.

Há lâmpadas fracas nas paredes. Nenhum interruptor. O único ao lado da porta está tampado. Elas acendem as 17:45 e se apagam as 7:00.

Meu cabelo está enorme. Ele cresce para cima e para os lados, como o do quadro.  Estou em pé em cima da cama olhando o quadro. No meu rosto um sorriso forçado. O mundo está rindo comigo.

Quando tocam a música eles soltam o gás.

https://youtu.be/vh2LWnenZvw

Quando soltam o gás eu durmo.

Quando acordo meu cabelo foi cortado. Não gostei nada do estilo. Eles trocaram meu lençol e limparam tudo. Desgraçados.

Há quanto tempo eu estou aqui?

Estou zapeando os canais da televisão sentado na cadeira. Enquanto faço isso só penso no quanto os bolinhos estavam apimentados. É só o que eu como, bolinhos. É tudo que me dão. Emagreci demais desde que me colocaram aqui.

"...Kim Ja-Hyun foi esfaqueada no pescoço. Como foi assassinato a sangue frio e não houve roubo a polícia suspeita de vingança. Seu marido Dae-Su está desaparecido há um ano. Vizinhos afirmam que Dae-Su bebia bastante e brigava sempre com a esposa. O tipo de sangue encontrado na cena bate com o de Dae-su e suas impressões digitais foram encontradas em um copo. O sumiço de um álbum de família também reforça as suspeitas..."

Assim que faço o corte no meu pulso com um caco do espelho a música começa a tocar.

Após três anos muitas rugas surgiram no rosto do quadro.

Estou sentado na cadeira ao lado da mesinha com o caderno em cima e a televisão no chão.

"Quem será você? Por que está fazendo isso comigo?"

x

Um conselho: Se você estiver parado ao lado de uma cabine telefônica na chuva e um homem de guarda-chuva se aproximar de você, sugiro que arranje uma televisão. A televisão é um relógio, é um calendário, é sua escola, seu lar, sua igreja, sua amiga e... sua amante também.

O clipe da minha amante era curto demais.

Escrevi o nome de todos com quem briguei, aborreci e magoei. Aquele caderno era meu diário de prisão e minha autobiografia. Felizmente quando ele acabou, surgiu mais um. Achava que tinha vivido uma vida normal, mas cometi muitos pecados.

Um dia os bolinhos vieram com três rashis. Tudo que eu pensei naquele dia foi que o cara no quarto ao lado devia estar comendo com apenas um rashi.

Mas quem teria feito isso comigo? Teria sido Kan Shan-Tsuk? Lee Hun-Sun? Park Wu-Jim? Quem quer que tenha sido, aguarde. Eu vou fazer picadinho de você e ninguém vai encontrar seu corpo porque eu vou comer ele inteirinho.

Tirei o quadro da parede e desenhei um corpo do meu tamanho usando shoyu.

Após ferir demais as mãos usei uma camisa como luva e continuei praticando. Os peitos do desenho se tornaram vermelhos em poucos dias.

Meu cabelo está comprido de novo. Estou sentado à mesa com o arame que encadernava meu diário. molho o arame fino na tinta. Uma linha pra cada ano. Eu tenho que costurar seis linhas. Acho que ano que vem vai ser mais fácil.

Quanto mais tatuagens, menor o hashi. Quando menor o hashi, maior o buraco na parede.

Minha mão direita possui sete linhas costuradas. quatro com uma por cima e mais duas ao lado.

Contornei um tijolo na parede. ele está quase saindo. Fica bem atrás da minha cama.

Nove anos. Consegui tirar o tijolo e pude ver outra parede há uns quarenta centímetros. Pela sujeira parece que não passa ninguém entre as duas.

Dez anos. Depois de tirar o primeiro tijolo consegui tirar mais dois com facilidade e alcançar a parede oposta.

Onze anos. Uma princesa chamada de Lady Di morreu em um acidente de carro. Só se fala nisso por um ano.

Doze anos. A virada do milênio. Consegui enfiar minha cabeça pelo buraco. o lugar é inacessível. Não tem a menor chance de alguém passar por ali, mas também não tem saída.

Treze anos. Um avião atinge uma torre em New York. Estou dando socos tão rápidos quanto um artista marcial, graças a televisão.

Quatorze anos. Consigo remover um tijolo da parede paralela a esta. Está chovendo lá fora. Eu enfio a mão pelo buraco para juntar água. Bebo a água como se fosse o líquido mais saboroso do mundo, lágrimas escorrem dos meus olhos enquanto lambo minha mão.

Estou fazendo a décima quinta linha na minha mão. Vou sair daqui há um mês. Acho que consigo se continuar nesse ritmo. Um mês. Apenas um mês e eu saio daqui. Mas o que eu vou fazer quando sair daqui agora que sou procurado? Eu vou comer primeiro, qualquer coisa que não seja bolinho frito. E onde é que eu tô afinal? E se cavei um buraco na parede e tô no quinquagésimo segundo andar? Mesmo que eu morra terei saído daqui, e eu vou sair. Daqui há um mês eu terei saído daqui. A música começa a tocar e eu corro para por a cama no lugar. Desenvolvi uma certa imunidade ao gás, antigamente eu já teria caído, mas agora consigo colocar a cama no lugar e deitar sobre ela com um sorriso de satisfação no rosto.

Ao abrir os olhos vejo uma mulher muito bem vestida de vermelho sentada na beirada da cama. Ela diz com uma voz calma:

— Você está deitado no topo de uma colina, quando ouvir o sino tocar, você vai olhar pro lado e ver um lindo campo verde. Seu corpo vai relaxar completamente e você vai sentir uma vontade imensa de atender as minhas ordens

Ela toca o sino.

— Durma.

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