Capítulo 7
As duas aulas passaram rápido e o sinal do intervalo bateu. Bom... Talvez tenham passado rápido porque eu estava concentrada em outra coisa do que nos professores. Arthur. Era exatamente nele em que meus pensamentos estavam. É estranho, porque á alguns minutos eu pensava que ele era um babaca encrenqueiro, e agora... Eu pensava nele mas de uma forma diferente. Totalmente diferente. Nós só conversamos alguns minutos, mas ele me fez esquecer todos os meus problemas.
- Ei! - Jasmim estralou os dedos no meu rosto. - Sonhando acordada? - olhei em volta e só nós duas estávamos na sala.
- Mais ou menos - levantei da cadeira e fui com ela até a porta (dessa vez peguei o dinheiro) e descemos as escadas.
- Agora me conta tudo! - disse. - Estava todo mundo falando de você e do Arthur.
- Por que? - perguntei surpresa.
- Você ainda pergunta? Não acredito que você e o Arthur estavam de mãos dadas. Formam um casal tão bonitinho... - eu ri com as palavras dela.
- Nós só conversamos um pouco. - dei de ombros. Ela me encarou.
Suspirei. Ok então... Contei tudo em detalhes como ela pediu. É claro que os comentários dela não foram sutis. "Como foi sentir as mãos dele no seu cabelo?" "Como é ver aquela carinha de perto?" "Posso ser a madrinha do casamento?" Sim, ela disse esse último.
Compramos nossos lanches e sentamos em um banco.
- Já ia me esquecendo - eu disse. - O que você acha do Vitor? - ela desviou o olhar do meu e começou a corar...?
- Eu... Ah... Ele é bonito!
- Então você só acha ele bonito? - perguntei querendo saber mais.
- Sim... - respondeu.
- Ufa! Que bom! - eu falei - Estava aqui pensando... Você acha que eu e ele formaríamos um casal bonito?
Ela se engasgou com o suco e me encarou. Me segurei para não rir da cara dela. Alarme de ciúme: confirmado
- Isso é sério? - perguntou.
- Claro que não, mas você tinha que ter visto sua cara! - depois de ter dito isso comecei a rir. - Então... Tem certeza que só acha o Vitor bonito?
- Tenho! - respondeu, mas eu olhei para ela. - Tá bom, ele é meio que meu crush.
- Admite logo!
- Eu gosto dele! Satisfeita? - dei um abraço nela.
- Eu sabia! - quase gritei.
- Tá bom detetive. Só não faz essa voz fina que você quase me deixou surda. - rimos.
Vitor se aproximou e sentou no meio de nós duas.
- Estão tendo um papo de garotas ou eu posso ficar aqui? - perguntou arrancando sorrisos de nós duas.
- Pode ficar - Jasmim disse.
- Estavam falando sobre o que? - ele perguntou. Eu e ela nos entreolhamos.
- Filmes - dei de ombros.
E foi assim que passamos nosso intervalo todo, eu defendendo Titanic, ele dizendo que Invocação do Mal era melhor e Jasmim dizendo que Titanic era melhor. Valeu amiga!!!
Ao chegar na sala cruzei olhares com Arthur e ele piscou pra mim. Uau! Ele. Piscou. Pra. Mim. Rosto quente em 5...4...3...2...1...
Na última aula, um bilhete aterrissou na minha mesa.
- Arthur - a menina que estava do meu lado sussurrou e me entregou.
- Obrigada - sussurrei também.
Bilhete on
Arthur - Que tal se a doce ruivinha me desse o numero do telefone dela?
Helena - E que tal se o menino do fundo prestasse atenção na aula ao invés de me passar bilhete com rima?
Arthur - Impossível me concentrar. Que tal me fazer sorrir e me presentear com alguns números do seu celular?
Helena - Quer dizer que temos um poeta na classe? Quanta honra! Melhor parar, a menina já está impaciente com esses bilhetes.
Arthur - Não esquenta. Ela é minha parça. Só que não sabe. Não conta pra ela viu! Nosso segredinho... Numero do seu celular:
Helena - kkkkk Você é muito insistente.
Arthur - Isso só prova que eu corro atrás do que eu quero.
Bilhete off
Guardei o bilhete no meu estojo assim que percebi o professor andando pela sala. Pare de sorrir! Ordenei a mim mesma, mas meus lábios não me obedeciam. Abaixei a cabeça copiando o que estava na lousa, ainda sorrindo.
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Me despedi de Jasmim e Vitor na hora da saída e fiquei esperando meu motorista chegar.
- A caneta - reconheci aquela voz. E meu corpo também, já que se arrepiou. Olhei para ele com uma cara de interrogação
- Não é minha Arthur.
- Eu sei - ele se sentou do meu lado -, é pra você não ter desculpas para não me dar seu número.
- Já disseram que você é muito insistente? - perguntei.
- Com toda a certeza - respondeu e me olhou com expectativa. Revirei os olhos e ri um pouco
- Tem um papel?
- Pode escrever aqui. - me estendeu a palma de sua mão.
Abaixei a cabeça e peguei sua mão delicadamente sentindo sua maciez. Escrevi o numero do meu celular e quando levantei a cabeça de novo, estávamos tão perto, que podia sentir seu hálito.
- Pronto - eu disse sem vontade nenhuma de me afastar.
- Helena! - virei para trás e me surpreendi quando vi Juliano encostado no carro dele.
- Quem é? - Arthur perguntou quando eu levantei ajeitando minha mochila.
- Meu irmão. - respondi entregando a caneta. - Tchau! - ele pegou minha mão impedindo meus passos e suavemente pousou seus lábios quentes na minha bochecha.
- Até amanhã - disse. Sorri e continuei andando na direção do meu irmão. Para onde foi todo o ar? Preciso de agua! Meu rosto está queimando. Ai Meu Deus! Ele beijou minha bochecha!
- Por que está aqui Juliano? - perguntei com a voz mais normal que conseguia. Arthur me beijou na bochecha, era o pensamento que estava na minha mente.
- O pai pediu pra mim te buscar. Quem era aquele menino? - perguntou depois de eu ter entrado no carro.
O que eu respondo? Será que ele viu o Arthur chegando perto de mim? Ele vai contar pro meu pai?
- Ele é meu... - Juliano franziu a testa quando hesitei em continuar - Arthur é meu amigo.
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PS: a foto de cima é da Jasmim.
Ma
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