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Olhos Fechados: Capítulo Trinta e Nove

OJOS NEGROS | ϐοα ℓєιτυяα

𔘓 ‧₊˚ Capítulo trinta e nove


   Meu estômago doía e eu sentia náuseas incontroláveis.

— Yoon. — Nam sussurrou para mim, colocando a mão nas minhas costas.

— Estou bem, são os nervos. — murmurei enquanto me endireitava.

Olhei ao meu redor observando tudo que meu campo visual me permitia ver do aeroporto. Faltava uma hora para o meu voo partir, apenas uma hora e eu estaria no avião longe daquele lugar, dele.

Eu senti vontade de chorar, o quão estúpido eu poderia ser? Quantas lágrimas mais eu teria que derramar? Eu já tinha chorado demais, mas minhas lágrimas não paravam de cair toda vez que eu pensava nele e naquela menina, sua filha. Inclinei-me para a frente e com náuseas crescentes, murmurei:

— Tenho vontade de vomitar.

Nam olhou para mim preocupado e suspirando, ele tirou um pequeno saco plástico de sua bolsa.

— Aqui, mastique isso, vai ajudar com a náusea. — ele me disse.

Peguei um comprimido mastigável e silenciosamente olhei para o bilhete em minhas mãos.

— Nam. — murmurei e ele imediatamente olhou para mim. — Você acha que Tae também sabia a verdade?

Era algo que eu havia começado a me perguntar, pois ele era meu melhor amigo e eu não achava que ele fosse capaz de algo assim, porém, eu não sabia mais se deveria confiar, todos em quem eu confiava cegamente me traíram…

— Não, duvido, se ele soubesse teria lhe contado. — respondeu.

Balancei a cabeça ainda olhando para o chão e com uma voz suave, disse:

— Então lhe diga que me perdoe por não ter me despedido dele corretamente, mas espero que ele me entenda.

— Você poderia falar com ele antes de pegar o avião. — me disse e ergueu o celular com a mão direita. — Só faltam vinte minutos para você embarcar no avião e outros vinte para ele decolar, não tem como eles chegarem a tempo. Então você pode ligar para Tae e dizer adeus.

— Você acha? — perguntei, olhando para ele com tristeza. Ele assentiu, sorriu para mim e ligou o celular.

— Oh, merda. — murmurou instantaneamente, enquanto seu celular vibrava sem parar, recebendo uma impressionante chuva de mensagens, eu pisquei surpreso, só então seu celular recebeu uma ligação. — Parece que eles já sabem que nós desaparecemos. — nós dois vimos o celular dele tocar e tocar, com o número de Kim Seokjin na tela.

Nam calmamente rejeitou a ligação e imediatamente ligou para Tae, depois me entregou seu celular para eu pegar. No entanto, minhas mãos tremiam e senti meu corpo suar frio. Ainda assim, eu peguei e coloquei sobre minha orelha.

— Nam, Nam! — Tae exclamou, aparentemente tendo atendido no primeiro toque.

— Tae? — sussurrei e de repente ele ficou em silêncio.

— Yoon? Oh meu Deus Yoon! O que aconteceu?! Você nos deixou muito preocupados?! — eu o ouvi dizer, mas também ouvi as vozes atrás dele.

— É o Yooni? — Seokjin havia dito, mas também entre todas as vozes, ouvi a dele, tão clara e estridente como se tivesse pegado um megafone para falar:

— É o meu menino?! Dê-me o telefone, Taehyung! — ele disse, uau, eu não conseguia nem dizer o nome dele.

Apertei o celular de Nam com a mão e com raiva, disse:

— Se você passar o celular para aquele desgraçado, eu desligo.

━━━━━━━ ⟡ ━━━━━━━

Eu sabia que isso aconteceria em algum momento, mas quando ele desapareceu de repente naquele dia, eu não sabia o que fazer. Eu gritei como um louco, até bati em Jimin por não observá-lo como ele havia dito. Eu teria matado Kim Namjoon ali mesmo se ele estivesse na minha frente, eu tinha certeza disso.

— Calma. — Seokjin me disse, enquanto meu desespero tomava conta de mim com o passar dos minutos.

Eu me sentia absolutamente cansado, pela falta de sono, pelo trabalho, pelo que havia acontecido entre Yooni e eu por um mês, e por tudo. Suspirei, estava cansado das minhas mentiras e do meu arrependimento absurdo, porque mesmo que me arrependesse mil vezes, nada mudaria agora. Sentei no sofá da sala do apartamento de Seokjin e fechei os olhos, escondendo-os de quem estava ali presente.

— Como você me pede para me acalmar? — sussurrei sem forças para continuar lutando por algo que queria.

— Vou ligar para Nam de novo. — disse Taehyung, tentando ligar pelo celular de Seokjin mais uma vez.

Todos olharam para ele, menos eu, porque simplesmente permaneci imóvel sentado no sofá, com os olhos escondidos atrás das mãos.

Não chore, eu disse a mim mesmo ao sentir aquele desejo horrível que tomou conta de mim.

— Ainda está desligado. — disse Tae, como meu menino o chamava, então eu olhei para ele e ele olhou para mim. No entanto, quando nossos olhos se encontraram, ele rapidamente desviou o olhar. Quando aquele pirralho iria parar de desviar o olhar? — Vou tentar de novo. — disse ele novamente e ficou em silêncio enquanto colocava o celular no ouvido. — Oh, está chamando. — disse entusiasmado e minhas mãos se afastaram do meu rosto tão rapidamente quanto eu me levantei. — Rejeitou a chamada. — disse novamente com tristeza, mas assim que seu olhar caiu no chão, um celular começou a tocar.

Taehyung se assustou e disse rapidamente:

— É o meu celular. — olhou para a tela e acrescentou. — É o Nam.

— Atenda! — Jin lhe disse imediatamente e o menino o fez, enquanto todos nos aproximávamos dele.

— Nam, Nam! — disse Taehyung com seus grandes olhos mais do que abertos, mas então, calou-se e com uma voz mais alta que a anterior, exclamou. — Yoon? Oh meu Deus Yoon! O que aconteceu?! Você nos deixou muito preocupados?!

Depois disso, falamos todos ao mesmo tempo, preocupados, assustados e nervosos. Especialmente eu.

— É o meu menino?! Dê-me o telefone, Taehyung! — eu disse e sem mais delongas, ele me entregou, mas então, quando estava prestes a dizer algo ao meu menino, ouvi-o dizer com raiva:

— Se você passar o celular para aquele desgraçado, eu desligo.

Fiquei estático por alguns segundos, com o celular grudado na orelha e olhando para o rosto da única pessoa com quem meu menino queria falar. Eu tirei o celular do meu ouvido e estendi para ele novamente. Eu não disse nada, apenas fiquei quieto e gesticulei para os outros fazerem o mesmo. Ativei o viva-voz antes que o garoto pegasse o celular.

— Yoon, onde você está? Por que você sumiu assim? — Taehyung perguntou a ele e a próxima coisa que foi ouvida foi um suspiro profundo do meu menino.

— Tae. — ele sussurrou. — Por favor, diga-me que você não sabe, que você é tão ignorante sobre isso quanto eu fui até recentemente. — senti minha pele arrepiar quando ouvi a voz do meu menino de repente quebrar no meio da frase.

— Do que você está falando Yoon? — disse o rapaz que segurava o celular com o viva-voz ainda ligado. — Não estou te entendendo.

— Ele está aí, certo? — ele estava falando de mim.

— Quem? Jungkook? — Taehyung disse enquanto olhava para mim.

— Sim. — sussurrou em uma voz profunda.

— Quer falar com ele? — Taehyung perguntou, mas eu sabia que meu menino diria não.

— Não. — eu sabia. — Apenas me escute, Tae. — ele suspirou e disse lentamente. — Eu quero que você me perdoe por te dizer isso só agora e desta forma, mas eu não poderia fazer isso antes, eu tenho estado muito perdido ultimamente.

— Eu sei, ei, não tem problema, nós somos amigos, certo? — disse Taehyung.

— Nós somos? — meu menino murmurou e eu senti o pulsar incessante do meu peito doer.

— Claro que sim. — Taehyung assegurou.

— Então jure para mim que você não sabia das mentiras daquele babaca. — Yooni rosnou com um ódio que transparecia até mesmo em sua voz.

— Mentiras? — Taehyung perguntou, então, senti o olhar do garoto em mim e depois me virei para todos os outros na sala. — Yoon, não sei de que mentiras você está falando, mas a julgar pelas expressões de todos aqui comigo, acho que eles sabem.

Meu menino riu, mas sua risada não era doce ou gentil, muito menos alegre.

— Claro, eu tenho certeza disso, Tae. — meu menino disse e instantaneamente eu vi Seokjin se aproximando do Kim mais novo. — Não me toque, Seokjin, espere um minuto. — ele o alertou. — Yoon, de que mentiras você está falando? — ele perguntou agora com um olhar sério.

— Eles são todos um bando de mentirosos hipócritas, Tae, exceto você e Nam, todos eles sabiam a verdade. — meu menino disse e o garoto na minha frente franziu a testa. — Você sabia que Jungkook tem uma filha e outro filho a caminho? Acho que a menina não tem mais de um ano, isso significa que ele escondeu de mim desde que começamos, mas adivinhe, Tae? Não foram por inseminação artificial. — ele se calou e os olhos surpresos do garoto do meu melhor amigo se encheram de fúria. — O filho da puta tem fodido com ela embora tenha jurado mil vezes que não, que era um casamento apenas para aparências, Ha! Aparência minha bunda…

Então, Taehyung desativou o viva-voz, desviou os olhos de todos e entrou no quarto, enquanto com o celular no ouvido, ele disse:

— Onde você está, me diga onde você está? — houve silêncio na sala, Jimin, Hoseok, Jin e eu, ficamos em silêncio, enquanto os gritos de Taehyung podiam ser ouvidos ao fundo. — Eu vou com você onde quer que você vá! Mas diga-me por favor! Não vou ficar aqui morando com esses impostores! Não Yoon! Yoon! Uau, merda! — ele gritou e então ouvimos ele dizendo o nome de Kim Namjoon. — Estou saindo agora, diga-me para onde ir, Nam! Ok, sim, sim! Eu levo o que for necessário!

Barulhos, pancadas, xingamentos e até gritos foram ouvidos. Olhei para Seokjin, ele nem se mexeu de onde estava, mas pude ver seu corpo inteiro tremendo como uma folha, eles estavam prestes a deixá-lo, assim como eu. Eu merecia, eu merecia, mas ele? Ele apenas seguiu minhas ordens e talvez ninguém entendesse, mas quando você cresce em um clã, todos são criados com uma única lei principal e imutável. Nunca desobedeça ao líder, porque isso significava traição e morte.

Então, o garoto apareceu no corredor novamente, de mala na mão e caminhando diretamente em direção a Seokjin.

— Você tem algo a dizer? Diga agora, porque se eu sair daqui, acho que não volto mais.

Seokjin ergueu as mãos, deslizou os dedos pelos braços do moreno e olhando em seus olhos, disse:

— Vou sentir muito a sua falta, cuide-se e cuide do Yooni.

Pude ver a raiva e a dor borbulhando dentro de Taehyung, que quase começou a chorar, pegou suas coisas e saiu.

— O que você fez, por que não pediu para ele ficar? — Jimin o repreendeu em perplexidade.

— É o melhor. — Jin murmurou. — É por isso que eu não queria confessar. — ele olhou para mim e com os olhos marejados, sussurrou. — Porque eu sabia que quando ele soubesse de tudo, eu o veria partir. — ele suspirou e sentou-se em um dos sofás. — Você também deveria fazer o mesmo, Jeon, deixá-lo ir, se você o ama, deixe-o, não somos gente para meninos como eles, nem para Yooni, nem para Namjoon, muito menos para um menino tão doce quanto o Tae. — vi uma lágrima escorrer por sua face e um soluço abafado inundar nosso silêncio.

Olhei para o outro lado, segurando minhas próprias lágrimas e dando privacidade ao meu amigo que já havia se resignado a perder seu menino muito mais rápido do que eu.

━━━━━━━ ⟡ ━━━━━━━

Será que eles vão mesmo me seguir? — eu disse olhando para ele.

— Sim, nos veremos depois de amanhã em Cambridge, ok? — Nam me disse, eu não podia acreditar, eu realmente iria para os Estados Unidos da América para estudar medicina? E não para qualquer universidade, para Harvard. Olhei para ele nervoso, mas animado e agora aliviado, porque sabia que Tae e Nam iriam me seguir. — Não se esqueça que haverá alguém esperando por você no aeroporto de Massachusetts. — balancei a cabeça e ele sorriu para mim. — Vá agora, eles já estão embarcando, vou esperar meu bebê aqui. — acrescentou olhando para a direita, eu sorri e sem dizer nada dei um beijo em sua bochecha, ele piscou surpreso.

— Obrigado, Nam, Tae tem muita sorte de ter você. — disse e sob o olhar do meu amigo, entrei na porta seis.

Ao entrar no avião, as pessoas guardavam suas bagagens e se acomodavam em seus assentos, eu procurava meu lugar nervosamente, nunca tinha estado em um avião e aquele em particular era exageradamente grande.

Finalmente me acomodei ao lado de uma mulher mais velha e seu marido, sorri para eles quando eles sorriram de volta para mim e, alguns minutos depois, o vôo decolou. Seria um dia inteiro de viagem, quase dezesseis horas.

Dormi, comi, assisti a vários filmes, e até os velhos ao meu lado me ajudaram uma vez, porque disseram que de repente eu comecei a tremer. Isso foi fofo.

Não pensei nele durante a maior parte da viagem, mas quando escureceu e as pessoas ficaram em silêncio, não pude deixar de pensar nisso. Meus sentimentos sombrios e confusos eram tão agridoces quanto tudo o que ele representava agora.

Era um misto de lindas lembranças que agora só pareciam distantes e impossíveis de repetir, porque ele não estava comigo, eu o havia deixado para trás e queria que ele ficasse ali, não queria perdoá-lo, mesmo sabendo que havia prometido a ele que o perdoaria. Mas por que eu deveria cumprir minhas promessas se ele não cumpriu as dele?

Uma lágrima caiu pelo meu rosto, enquanto eu olhava para as minhas mãos em forma de punho no meu colo e suspirando, eu a enxuguei. Não choraria mais, faria uma ficha limpa, mesmo que demorasse, ficaria bem.

Fizemos várias escalas, estiquei as pernas, dei uma olhada em várias lojas do aeroporto onde estava e embarcamos novamente. Aconteceu três vezes, talvez quatro, não me lembro ao certo, e quando finalmente cheguei a Massachusetts chovia terrivelmente lá fora, mas fazia calor. Olhei em volta e então vi uma garota com feições asiáticas segurando uma placa que dizia meu nome em letras cor de rosa.

Sorri levemente e caminhei em sua direção, ao mesmo tempo em que vi o sorriso radiante da loira que carregava o pôster. Uau, ela parecia uma barbie.

— Min Yoongi? — ela questionou com um sorriso duradouro, uau, ela era linda e eu não estava falando sobre seu sorriso: — Sou Tiffany Young, o senhor Kim me enviou para pegá-lo.

— Obrigado. — lhe disse.

— Está chovendo muito lá fora, infelizmente vamos nos molhar. — me explicou enquanto caminhávamos em direção à saída do aeroporto.

Resumindo, foi um alívio ter apenas uma mala média e uma bagagem de mão, pois tinha sido rápido e fácil sair de lá, ainda mais com o cansaço que sentia.

— Vou levá-lo para a faculdade de medicina, perto de lá estão os dormitórios da universidade. — explicou ela enquanto me olhava atentamente. — O senhor Kim disse que você era jovem, mas sério, você parece muito mais novo do que imaginei. Quantos anos você tem?

— Dezesseis. — respondi, e seus olhos se arregalaram.

— Oh meu Deus. — ela disse. — Então ele estava falando sério sobre o menino gênio, hein?

Eu não disse nada, honestamente não me sentia bem em me gabar disso, porque não havia nada para se gabar, eu apenas me senti envergonhado. Daquele momento em diante eu mostrava um pouco de humildade, tudo bem, ainda mais para quem tinha comido todo o pote da arrogância e por causa disso acabou engasgando e sendo motivo de chacota de todos.

Suspirei e olhei para ela.

— Senhorita Young. — eu disse.

— Oh não, por favor. — disse ela, sorrindo e balançando a cabeça. — Pode me chamar de Tiffany.

— Mas você é mais velha do que eu. — eu disse lhe olhando.

— Isso não importa muito aqui. — assegurou. — Apenas Tifanny.

Eu sorri, porque aquela gentileza era exatamente o que eu precisava. Conversamos mais um pouco, para falar a verdade, o inglês dela era incrível e eu entendi quando ela me disse que era americana com pais coreanos.

— Seu inglês também é muito fluente. — me disse, e imediatamente pensei em Nam e em sua insistência em me ensinar inglês não básico.

— Tive um excelente tutor. — disse-lhe em inglês. — Embora ainda me falte fluência. — assegurei.

— Aqui você vai aprender ou se não, eu vou te ensinar. — me disse com o mesmo sorriso. — Eu te ensino inglês e você me ensina coreano.

— Você não fala coreano? — perguntei curioso.

— Sim, mas não sou muito fluente, há coisas que me confundem. — respondeu justo quando tínhamos a chuva pela frente, ela olhou para mim, sorriu mais largo e pegando minha mala na mão, gritou: "corra!" — e ela saiu correndo, assim mesmo, no meio do aguaceiro, pisquei surpreso e depois corri atrás dela.

Chegamos ao carro dela completamente encharcados, ela tinha deixado o automóvel um pouco longe devo dizer, porém ela ria sem parar enquanto a água fria caía sobre nós, não pude evitar e assim como ela comecei a rir, rir de verdade, como por mais de um mês não consegui. A risada dela era contagiante, cara, eu gostava dela.

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Sem mais nada a dizer, o segundo livro chega até aqui, o terceiro é chamado de "Olhos Diferentes".

Sim, sei que demorei com a atualização desta vez, espero que me perdoem por isso.
Obrigada pela paciência e pela leitura. Espero que vocês tenham gostado do capítulo.

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