Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

40 - Um preço alto a se pagar

Hana seguiu desesperada ao encontro de Himeno. Seu coração batia tão rápido que sentia que podia parar a qualquer momento. Ela pensou no dia em que sua família foi morta. A sensação de perder Himeno era a mesma. Ela era tudo que havia sobrado daquele tempo.

Ela abriu a porta com as mãos trêmulas rezando para não ser verdade. Entrou tão rápido que nem tirou os sapatos.

-Hime! - Ela gritou desesperadamente por todos os cômodos. - Himeno! Não pode ser... - ela levou as mãos à cabeça.

Procurou por toda a casa e depois ligou no celular dela. Nada. Era mesmo isso. Himeno havia sido levada.

-Droga!

Hana pensou no que fazer. Ela não podia hesitar, a vida de Himeno estava em risco. E para piorar, provavelmente a maioria dos familiares de sua organização também. Ela não podia correr o risco de que todos morressem por sua causa. Ela tomou a única decisão possível. Ligou para Chuuya, marcou um encontro com ele no local onde ele mostrou de onde veio. Ele chegou de moto, cara de poucos amigos e um olhar triste.

-Oi. - Ele disse secamente.

-Chuuya... eu preciso saber de uma coisa. - Ela disse tentando não transparecer seu desespero.

-Ah... depois de tanto tempo resolve me procurar? - Ele disse ironicamente.

-Vocês estão com ela... ?- Ela disse lá do fundo da garganta.

-Ela quem? - Ele disse ajeitando o chapéu.

-A Himeno. - Hana tinha os olhos marejados.

Chuuya ficou em silêncio por um longo tempo aumentando ainda mais o desespero de Hana.

-Ora... - Ele disse calmamente. - uma pessoa com quem se importa.

-Por favor, Chuuya. Me responde. Eu não tenho tempo para justificar nada pra você.

-Não quero justificativas. E respondendo a sua pergunta EU não estou com ela. - Ele observou ela suspirar aliviada.- Mas, eu não posso garantir que o Lagarto Negro não tenha feito nada. Não é meu departamento.

-Chuuya! Eu estou jurada de morte, ela não tem nada a ver com isso! Por favor por tudo que já vivemos!

-E o que exatamente nós vivemos? Eu correndo atrás de você?

-Chuuya, a Himeno é boa. Não é como nós.

-Então você deveria ter ficado longe da vida dela.

-Chuuya, eu realmente ainda tenho sentimentos por você, mas se fizer mal a Himeno eu nunca vou te perdoar. E se preparem, porque nem que eu morra eu vou tirar ela de vocês.

-Pode tentar.

Ela levou as duas mãos ao rosto e depois disse em um tom amargo e arrependido

-O que nós nos tornamos? A gente parecia tão feliz.

-A gente nunca foi feliz. Tivemos momentos. Nossa trajetória foi marcada por tragédias e tristezas e foi tão insignificante que você já seguiu em frente.

Ela arregalou os olhos ao perceber que ele sabia da relação das duas.

-Você sabe...?

-Sobre você e a Himeno? Claro. A sua fila segue rápido mesmo. Eu tinha dúvidas até você confirmar aqui para mim.

-Ah, por favor! Você não quis mais! E além do mais, este não é o foco da nossa conversa.

-Foi você que desistiu da gente... E eu realmente sinto muito por isso.

O silêncio reinou soberano no fim daquela conversa. Tanto Chuuya quanto Hana tinham mágoa um do outro. E um grande abismo havia se instalado entre eles. E não havia pontes, cordas, escadas que pudessem diminuir aquela distância. Ele respirou fundo e disse a ela com a voz baixa.

-Eu não sei sobre isso Hana. Mas, você está jurada de morte. E nada posso fazer. Eu tenho que matá-la. Mas, pelo respeito que tenho por você e por tudo que sentimos um dia pelo outro, vou te dar meia hora de vantagem. Pode ir embora. Mas, a próxima vez que eu ver você, não terei piedade.

Ela abaixou a cabeça e deixou as lágrimas rolarem. Os sentimentos que ela tinha por ele eram reais, mas tantas coisas aconteceram até ali que ela já nem sabia mais o que pensar.

-Chuuya... eu realmente amava você.

-Não começa Hana. Por favor. Não quero ouvir coisas assim de novo, não de você. Me iludi o suficiente.

Ela virou as costas tentando disfarçar as lágrimas insistentes que não paravam de cair. Ele ficou lá imóvel olhando a jovem se afastar pensou em como arrancar um sentimento daquele do peito.

Decidido ele subiu na moto e foi até o apartamento de Bettina. Ela abriu a porta, agora já totalmente recuperada e se assustou ao vê-lo.

-Que foi agora? - Ela disse ao perceber a ansiedade dele.

Ele entrou sem dizer nada e fechou a porta atrás dele e manteve contato visual com ela e depois se aproximou.

-Está me assustando kleine.

-Preciso que faça uma coisa para mim.

-Se estiver ao meu alcance. - Bettina disse ainda desconfiada.

Ele tirou as luvas e o sobretudo e depois tocou o rosto de Bettina com as mãos nuas. Acariciou de leve a bochecha dela e aproximou o rosto dela do seu, porque havia uma grande distância entre eles, e com o rosto bem próximo ao dela disse quase sussurrando.

-Fique comigo, Giganta.

Ela arregalou os olhos e depois do choque conseguiu formular uma resposta.

-Ficar comigo não vai tirá-la do seu coração.

-Eu sei. Mas, vai amenizar a dor. Eu não consigo beber mesmo.

-Espero que não se arrependa. - Ela disse triste.

-Não vou.

Ele a puxou para si num beijo lascivo. Bettina se curvou para ficar mais fácil de beijar o ruivo. Em questão de minutos eles se despiram com precisão e depois se amaram sem reservas. Chuuya descobriu que o que ela havia dito era mesmo verdade: ele se surpreendeu com a experiência.

(...)

Kaoru olhava fixamente para o teto do esconderijo, que era um tipo de igreja. Já havia se passado muitas horas desde o embate com as Vespas e ela só pensava em como sair daquela situação. Dazai ao ver a preocupação da moça se aproximou e sentou-se ao lado dela.

-Vamos dar um jeito.- Ele tocou de leve a mão dela.

-Estou cansada Osamu. Não aguento mais fugir. - Ele tinha os olhos cheios de lágrimas.

-Logo vai acabar.

-Não, eu vou embora e deixar vocês em paz.

-E vai para onde? Fugir mais ainda? Sair do país? Ou deixar que algum dos abutres que ponham as mãos em você?

-Não quero mais. - Kaoru disse triste.

Ele ficou pensativo e depois continuou.

-Vamos por um ponto final nisso. De uma vez por todas.

-O que vai fazer?

-Deixe comigo.

(...)

Moriarty estava furiosa. A cada momento que passava mais ela se irritava. Hana chegou correndo no escritório.

-Jane! Eles pegaram ela! - Hana disse apavorada

-Isso era óbvio. - Moriarty disse impaciente.

-Sabia que seria assim? - Hana disse nervosa.

-Claro. Você não pode simplesmente desobedecer a Máfia do Porto e ficar por isso mesmo.

-Isso tudo é culpa sua!

-Minha culpa? Você fez as escolhas!

-Porque você me persuadiu!

As duas iniciaram uma discussão quando Nana entra correndo com o telefone celular.

-Hana, é uma ligação para a Moriarty.

-Ligação? - Moriarty pegou o celular e colocou no ouvido.

-Jane, meu amor. - ela gelou ao ouvir a voz de Dazai do outro lado.

-Dazai?

-Está surpresa? - ele disse ironicamente.

-Não esperava que me ligasse tão cedo.

-É algo de seu interesse... É hora de pôr um ponto final nesta história.

-Vai me entregar a garota? - Moriarty disse apreensiva.

-Vamos negociar. E por falar em negócios, diga a Hana que intermediei por ela, temos um acordo em troca da liberação de Himeno.

(...)

O encontro foi marcado no Porto de Yokohama. O que aconteceria ali poderia ser uma guerra, independente de que lado estivessem. Hana, Moriarty, Nana, Kira, o Mestre das Armas e mais um número grande pessoas estavam de um lado. Qualquer movimento em falso, podia ser fatal. Do outro, estava Agência de Detetives Armados, compostos por Atsushi, Tanizaki, Kyouka, Kunikida, Dazai e pela jovem Kaoru, que mantinha os olhos arregalados em Hana como se visse o próprio diabo em pessoa.

Moriarty, se aproximou do centro a uma distância segura da Agência. A mulher ajeitou os óculos e observou tudo ao redor. A Máfia do Porto estava lá, ela tinha certeza disso.

-Dazai, me entregue a garota. E todo mundo sai ileso.

-Não confio em você. - Ele disse ainda sorridente.

Hana estava impaciente, ela pensava em Himeno, era sua única preocupação agora. Ela se aproximou de Moriarty e tocou seu braço.

-Não estou com tempos para os joguinhos de vocês. Pergunta logo pela Himeno!

-Não seja apressada! - Moriarty disse calmamente.

-A vida da Himeno está em jogo.

Dazai observava tudo calado. Ainda do lado de Kaoru.

-Hey, vocês! Vamos continuar?

-Me entrega a garota. - Moriarty disse mais uma vez.

-O que exatamente vocês pretendem fazer com ela?

Moriarty deu um sorriso fino e maquiavélico e depois respondeu calmamente.

-Eu conheço umas pessoas que vão extrair este poder dela ao máximo. E depois eu posso até mesmo negociar, vender, engarrafar! Ela vai pertencer a nós e nós iremos viajar pelos mundos e dominar todos eles!

Dazai ficou olhando fixamente para Moriarty. A sensação que ele tinha era a mesma de quando viu Ogai Mori matar o antigo chefe. Não. Era o mesmo que ver Fyodor outra vez. Hana estava calada, já não sabia em que acreditar. O buraco aberto no meio do peito dela era grande demais e não havia nada para curar.

Dazai suspirou e ergueu a mão direita.

-Eis minha resposta.

Do alto dos containers, atrás deles. Centenas de homens vestidos de preto saíram portando armas de calibre pesado.

-Você nunca teve intenção de negociar. - Moriarty disse entre os dentes.

-E nem você. O seu desejo de mudar tudo é tão grande assim?

-Você é um tolo! Sabe muito bem que este mundo é uma merda. Uma sociedade doente!

-E você vai sacrificar uma vida para isso? Porque a Kaoru não sairá ilesa disto.

-Uma vida por milhões. Um preço pequeno a se pagar. Concertaremos tudo. Não haverá tristeza, desigualdade, famílias mortas!

Hana abaixou a cabeça com a frase de Moriarty.

-Já chega! Eu não vou ficar aqui e esperar a Himeno morrer.

Hana partiu para cima de Dazai para pegar a Kaoru, neste meio tempo algo escureceu sobre Hana, ela olhou para cima e viu uma mulher de cabelos loiros ir em direção à ela.

-Você não toca na Kaoru. - Bettina tinha a expressão séria.

Junto com ela estava o Lagarto Negro e Chuuya que olhou para Hana com pesar. Hana encarou a grandona a frente dela com ódio.

-Você foi a grandona que deixou o Tengen em coma? - Hana olhou fixamente para Bettina.

-Tá falando do cara das espadas? Foi.

-Eu vou matar você. - Hana disse entre os dentes

-Você pode tentar.

Hana desviou o olhar para Chuuya, estava furiosa.

-É a sua nova namorada? - Hana perguntou sarcástica.

-Isso não diz mais respeito a você. - Chuuya foi ríspido.

Hana ativou o seu poder e tentou golpear Bettina que parou a foice com o braço, atravessando-o.

-Boa tentativa. Eu vou repetir, você não encosta na Kaoru.

-Ela é a minha segurança. Minha família, Himeno. Tudo pode ser como era antes.

-Não seja iludida garota. - Bettina disse tirando a foice do braço que se regenerou rapidamente.

Kaoru saiu de trás de Bettina meio receosa, a loira ainda tentou impedir.

-Tá tudo bem, Bettina. - a morena disse calmamente e depois se virou para Hana. - Não existe lugar perfeito. Em todos os lugares se perde alguma coisa. Até mesmo a sanidade.

-Cala a sua boca. - Hana virou-se para Chuuya. - Cadê a Himeno?

Chuuya manteve-se em silêncio.

-Cadê ela Chuuya? - Hana chorava desesperada.

-Segura, por enquanto. - Ele disse finalmente. - O resto vai depender de você.

Hana, furiosa. Tocou seu comunicador.

-Atenção, minhas ordens são para atacar. Não quero que nenhum destes putos saiam vivos daqui hoje. Eu só quero a Himeno e a garota dos portais, o resto podem ir todos para o inferno!

Os subordinados de Hana começaram a atacar. Uma guerra começou no porto de Yokohama. A Máfia do Porto e A agência lutando juntos contra as Vespas.

Dazai aproveitou pegou Kaoru pelo braço e saiu correndo.

-Vamos logo.

-Ela vai vir atrás da gente. - Kaoru disse se referindo a Moriarty.

-Vai, mas, talvez ganhamos um tempo.

Bettina e Chuuya derrubaram adversários como pinos de boliche, Hana ao ver o ruivo partiu em direção à ele e tentou desferir um soco.

-Hana, eu não vou fazer isso. - Ele disse com a expressão séria.

-Eu precisava de você. E você me deu as costas! - Hana disse com os olhos cheios de lágrimas.

-Você que não lutou por nós Hana. Eu sinto muito. E eu não posso compactuar com o que você está fazendo...

-Chuuya eu- - Hana foi interrompida por um chute de Bettina que a mandou a 5 metros de distância.

-Girafa! Ela ia dizer algo! - Chuuya disse bravo.

-Garota chata do caralho! A gente tá no meio de um confronto e ela quer lavar a roupa suja? Qual é!

-Podia ter pegado leve! - Ele fez uma cara de pena.

-Eu peguei leve!

Kaoru corria junto com Dazai e ao olhar para trás viu Moriarty se aproximar. Decidida, ela para bruscamente e olha para Dazai.

-Kaoru... - Ele disse preocupado. - Vamos..

-Não queria fugir. Não mais.

Em seguida ela virou as costas e correu em direção ao confronto. Moriarty já aguardava pronta para atacar, junto com Kira e Nana.

-Já chega garota! - Moriarty disse se aproximando.

Kaoru não disse nada. Ergueu os braços e de repente surgiu na sua mão uma naginata, uma lança comprida com uma espécie de espada na ponta. A morena girou a arma com destreza. Junto com a arma seu cabelo ficou maior e a roupa anterior deu lugar à um macacão justo e preto. Nina e Kira lutaram com Kaoru, mas a jovem parecia ter feito aquilo a vida toda. Após derrotar as duas, ela transformou a naginata em uma katana e sua roupa deu lugar à um kimono branco e seus cabelos ficaram curtinhos. Kaoru parecia brincar, ela mudava a todo instante, como se trouxesse todas as suas personalidades de todos os mundos para um único momento.

Enquanto isso Hana levantou com dificuldade, o golpe de Bettina foi forte, ela mal conseguia respirar. Olhou Bettina e Chuuya lutando a lado a lado, rindo um do outro como duas crianças e sentiu o coração apertar. Ela pensou em levantar e continuar a luta, mas, ao ver tanta gente morrendo, seus amigos sendo derrotados, ela pensou em tudo que tinha levado ela até ali. Tudo o que havia perdido. Pensou em Himeno. Lembrou das palavras que ela havia dito, nada seria como antes. Não tinha como voltar atrás, a família dela havia morrido. Lembrou-se das palavras de Chuuya sobre família e pela primeira vez Hana sentiu que ela realmente havia perdido a pior de todas as lutas. Ele levou a mão ao comunicador.

-Atenção, recuem. Fujam todos para o mais longe possível. Eu vou me render.

Moriarty ouviu tudo incrédula e deu um grito furiosa.

-HANA! NÃO PODE DESISTIR! HANA!

Hana desligou o comunicador. Um a um seus subordinados foram se afastando. Alguns ainda olharam para a jovem com pesar, mas ela balançou a cabeça negativamente.

Chuuya e Bettina se entreolharam, sem entender nada. Assim como todos os outros aliados. Moriarty estava furiosa.

-Eu não vou desistir! Não sou uma covarde como você Hana! - Ela se virou para Kaoru e se aproximou dela. - você vem comigo...

Antes que pudesse tocar em Kaoru, a garota abriu um portal atrás de Moriarty, e a empurrou com o pé. Jane Moriarty sumiu num portal interdimensional. Dazai ficou estagnado sem entender nada.

-Kaoru... - Ele disse com a voz baixa.

-Não se preocupe Dazai. Ela não vai morrer. - Kaoru disso calmamente.

-Para onde você a mandou?

Kaoru ergueu os ombros no sentido de "quem sabe?" e depois seguiu caminhando em direção à Bettina.

Chuuya se aproximou de Hana sentada no chão olhando tudo ao seu redor desolada.

-Você se rendeu? - Chuuya disse olhando para a ex-namorada.

-Disse que a segurança de Himeno dependia de mim.

O ruivo olhou para a jovem com pesar e depois deu a ordem para que a levassem. A batalha terminou ali.

Kaoru correu até Betina e abraçou a loira. Betina com os olhos cheios de lágrimas disse a garota.

-Menina, estou tão feliz que esteja viva.

-Tenho a melhor guarda costas de todas.

Betina se emocionou ao ouvir isso. Kaoru era a herança do homem que mais amou na vida e ver a menina segura era tudo o que importava para ela.

(...)

A Agência de Detetives conseguiu com o governo a custódia permanente de Kaoru, alegando que ela precisava de cuidados constantes de Dazai, para desgosto da Segurança Pública.

-A partir de hoje, você faz parte da Agência. - Dazai disse sorridente.

-Sou muito grata a você por isso. De verdade. - A morena disse calmamente enquanto levava as coisas para o apartamento de Dazai.

-Parece que vamos dividir o AP. Teoricamente sua custódia é minha na verdade. - ele disse sorrindo.

-É sim. Estou feliz por isso.

Dazai olhou da janela e ficou pensativo.

-Ainda quer saber onde ela está? - Kaoru disse tirando as coisas da caixa.

-Não sei ao certo... ela tinha suas qualidades.

-Não fique triste por ela. Mandei ela para o único lugar possível para ela. Diretamente para Sherlock Holmes. Só que não neste tempo, ou neste mundo.

Dazai arregalou os olhos e depois deu um sorriso.

-Você é bem esperta... - Ele olhou para os olhos dela. - E quanto a nós?

-Vivendo um dia de cada vez que tal? Pode ser assim, ou você ainda quer morrer?

Ele suspirou e olhou para Kaoru. Sentia por ela um amor tão grande que ninguém podia explicar. Ela lembrava a ele seu amigo Odasaku. A simplicidade, o sorriso, a bondade em seu coração. Talvez por isso gostasse tanto dela.

-Se você estiver comigo talvez a vida seja menos dolorida. Quero ver o mundo pelos seus olhos.

Kaoru sorriu e depois foi até ele o abraçou.

-Que bom.

(...)

Longe dali, no subterrâneo da Máfia do Porto, Hana seguia presa. Chuuya se aproximou da cela e observou a ex-namorada ainda cabisbaixa.

-Veio rir da minha desgraça? - Hana disse com a voz baixa.

-Jamais faria isso.

-A Himeno? - Hana perguntou com o olhar fixo nas grades.

-Ela foi liberada.

Hana não esboçou muita reação.

-Ok. Obrigada. Ela está bem?

-Sim. - Chuuya suspirou e se aproximou das grades. - Hana... eu, Dazai e seu pai, Fukuzawa negociamos sua liberdade. Vai depender de você.

-Seja o que for, eu vou me foder mesmo.

-O chefe vai te liberar e perdoar sua desobediência e traição. Mas... - Ele tirou o chapéu. - Vai ter que sair do país e nunca mais voltar. Sua equipe será desfeita e remanejada para a Máfia do Porto, tudo que pertencer as Vespas será da Máfia do Porto, ele deixará sua herança. Mas, não o poderá nunca mais montar uma organização. Ou todos morrem.

Hana engoliu seco e depois sentiu o nó na garganta do choro que insistia em sair.

-E quanto a você? Ele vai punir você?

-Vai... não posso nunca mais entrar em contato com você. - A expressão dele foi de tristeza.

Hana começou a chorar copiosamente.

-Não posso me despedir de ninguém?

-Não. O navio sai hoje a tarde. Passagem só de ida para o Canadá.

-Não posso nem escolher para onde ir?

-Não.

-Ok.

(...)

Hana seguiu de carro até o porto com Chuuya e Bettina. O silêncio no carro era como um luto doloroso. Hana pensou em tudo ao mesmo tempo, ela queria saber onde havia errado para ter um destino assim. Não estava morta, nem viva. Mas, devia agradecer ao pai, Dazai e Chuuya por intercederem por ela. Era o preço pela insolência, pela vingança, pela irresponsabilidade.

Chuuya abriu a porta do carro e Hana desceu com apenas uma mala. Olhou para Bettina com certo desdém que devolveu da mesma forma. Depois ela parou diante de Chuuya e tentou não chorar, mas era inevitável.

-Eu queria que a gente tivesse se conhecido em outra vida. De outro jeito, sem crime, sem Máfia.

Bettina revirou os olhos e fez uma cara de nojo. Chuuya fez sinal para ela se afastar, ela obedeceu receosa.

-Eu... sinto muito Hana. Pensei que pudesse tirar você desta escuridão. Que a gente pudesse ser feliz.

-Eu ainda te amo Chuuya. E vou rezar todos os dias pela sua felicidade. - Ela olhou para Bettina que olhava para eles com cara de poucos amigos. - A grandona parece gostar de você.

Chuuya sorriu.

-É, até demais pra te falar a verdade.

-Você merece alguém como ela.

-Está me desejando bem ou mal? - Ele disse sorrindo. Depois seu semblante mudou para triste. - Eu não me arrependo Hana.

-Eu também não. Apenas, de não ter feito mais por nós dois.

Ele a abraçou fortemente tentando disfarçar as lágrimas que saiam de seus olhos.

-Se cuida. - Ele disse se afastando.

Hana seguiu para o navio sem olhar para trás. Ela respirou fundo, ia deixar Yokohama para sempre.

-Espera! - Himeno correu para a rampa do navio.

-Himeno?? - Hana disse surpresa.

Himeno correu até Hana com um largo sorriso no rosto.

-Himeno, o que está fazendo aqui? - Hana abraçou a médica.

-Vou com você.

-Tá maluca? Eu nem sei direito onde eu vou.

-Não interessa, vou com você.

-Himeno, eu... só te fiz mal, ficou presa por minha culpa. A Máfia..

-Chega! Eu tô bem. Já passou.

-Himeno, não precisa fazer isso.

Himeno segurou o rosto de Hana com as duas mãos. E disse olhando nos olhos dela.

-Eu te amo e não vou perder você de novo. E... - ela deu um selinho em Hana. - Estou orgulhosa de você. Eu sabia que faria o que é certo. Nós vamos recomeçar, juntas. Aqui ou onde quer que seja.

-Eu te amo Himeno. Obrigada por não desistir de mim.

O navio zarpou naquela tarde, levando consigo Hana e Himeno. No porto Chuuya viu as duas se afastarem. Bettina ainda com cara de poucos amigos.

-Quer um lencinho? - ela debochou.

-E você está fazendo o que aqui mesmo? - Chuuya perguntou furioso.

-O senhor Mori quer os meus serviços. Oficialmente faço parte da Máfia do porto agora.

-Tsc. Que merda.

-Além do mais, Kaoru ficou aqui, vou ficar de olho.

-Hum. - ele olhou para a ex-secretária. - Vai fazer o que mais tarde?

-Nada. Literalmente.

-Vou na sua casa. Me espere. - Ele disse desviando o olhar.

-Pra que? - Ela debochou.

-Pra que você acha que é? - ele ficou vermelho.

-Aaaaaaa, quando o mel é bom a abelha sempre volta. Eu disse que a minha experiência ia te fazer pedir bis.

-É! Eu confesso! Que coisa! Posso ir ou não? - ele disse irritado.

Ela se curvou e deu um beijo no ruivo.

-Claro que pode.

Chuuya alguns anos depois tornou-se o líder da Máfia do Porto, junto com a esposa Bettina que era seu braço direito, depois que Mori se aposentou. Bettina e Chuuya acabaram tendo um filho, que era criado por eles, mas, longe de todo mundo da Máfia.

Dazai e Kaoru viveram um dia de cada vez. Eles ainda trabalham para a Agência de Detetives. Com o passar dos anos Dazai parou de tentar suicídio e começou frequentar a terapia. De certa forma Kaoru ensinou ele a ver a vida através de seus olhos.

As notícias que se tiveram depois foi que Himeno se tornou uma médica muito respeitada, uma cirurgiã de primeira. Hana, resolveu abrir uma cafeteria. As duas moravam em Toronto e adotaram juntas dois meninos e duas meninas. Uma casa bem numerosa do jeito que Hana queria. Elas se casaram alguns anos depois disso.

Himeno observava as crianças correndo no gramado da casa enquanto uma Hana pensativa olhava a foto da família Sihadeko.

-O que foi querida? - Himeno perguntou abraçando a esposa.

-Engraçado não é? Eu reclamei da sorte. Pensei que minha vida tinha acabado. 8 minutos...

-Salvou sua vida?

-Você salvou minha vida. Quando me lembrou do caderno. No fim, devo a minha vida a você.

Hana beijou Himeno. Depois abraçou a foto com força contra o peito. Depois olhou para o céu.

-Estão vendo daí, estou feliz agora.

Hana nunca mais pisou em Yokohama. Também não precisava. Tinha tudo que queria bem ali, junto de Himeno e seus 4 filhos.


Nota Final

Então, é isso. Chegamos ao fim desta história. Muito obrigada a você que acompanhou até aqui. Peço desculpas pelos erros de português e de coerência que possa existir. Me esforcei para entregar a melhor história possível. Espero que a próxima seja ainda melhor.

😘 obrigada e até a próxima.
Beijinhos da Jojow


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro