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38 - Uma mulher que ha muito tempo foi amada

Dazai chegou correndo no apartamento dele onde Kaoru estava. A mulher estava sentada aproveitando o pouco o sol que vem da janela.

-Kaoru!

-Estou aqui. - ela disse se assustando.

-Vamos. Preciso tirar você daqui agora!

-Por que? - Ela disse sem entender nada.

-Estão vindo, você não está segura.

-Quem?

-Não faça perguntas! - ele tocou nos ombros dela. - Seu portal leva para locais dentro do mesmo universo?

-Sim, eu só tenho que ter ido lá alguma vez, ou próximo.

-Ok, lembra do beco que te encontrei aquele dia?

-Sim.

-Leva a gente pra lá. De lá vamos para outro local. Ok?

-E-eu sei do container. - ela disse sem graça como se lembrasse de algo.

-É claro que sabe... - ele sorriu. - Então nos leve pra lá.

A jovem fechou os olhos e se concentrou. De repente um grande portal se abriu atrás dela. Ele ficou espantado com o poder.

-Fascinante.

-Vamos, não fica aberto muito tempo.

Kaoru e Dazai saíram numa casa container minúscula. Uma cadeira, um futom, uma pia, um fogão e uma geladeira. Era só isso.

Embora parecesse não ter morador, estava limpo e sem poeira.

-Você vem para cá quando quer ficar sozinho e isolado. - Ela disse com muita certeza do que dizia.

-Sim... já esteve aqui?

-Já...

Ele ficou a expressão nostálgica dela e arriscou um palpite.

-Você não pode dizer, mas, em uma dessas realidades somos bem íntimos, não é?

Ela não negou nem confirmou. Era a regra. Qualquer coisa que ela dissesse podia interferir a linha temporal em todo multiverso.

-Tudo bem. Eu entendo. - Ele disse sorrindo.

-Bem, vai me dizer que está me procurando?

-Eu disse pra você, gente perigosa. E nós não podemos deixar que você caia em mãos erradas.

-Ah. Estou cansada disso. - Ela disso sentando-se no chão.

-De fugir? - Ele disse sentando-se na única cadeira daquele lugar.

-É. Estou farta. Queria ter nascido normal.

-E... O que é normal pra você?

-Sei lá. Uma vida medíocre, um emprego medíocre, casar e ter filhos, netos e morrer de velhice em algum asilo.

Ele olhou a jovem sentada a sua frente, exausta. Viver parecia um peso.

-Você deve saber muito de mim, não é? - ele perguntou meio cabisbaixo.

-Está falando sobre seu pouco apresso pela vida? - Ela disse olhando fixamente para Dazai.

-Por que não diz a palavra certa? - Ele disse retribuindo o olhar de Kaoru.

-Não. Eu sou uma pessoa que lutou para viver, me recuso a ser conivente com isso.

-Então você é tola.

-Por que não faz a pergunta certa? - Ela questionou.

-Hum. Você sabe sobre mim mesmo. - Ele parou por um instante e o semblante foi de tristeza. - Você sabe o que Eu quero perguntar.

-Se você encontrou? Um sentido para viver, em algumas das milhares de realidades?

-...

-Não posso dizer. Mas... que diferença faria para você? Você ainda buscaria mais e mais. Homens como você são assim.

-Homens como eu?

-Racionais. Só acreditam no palpável, no real, na certeza absoluta.

-E no que você acredita?

-Não sei... Eu só vivo um dia de cada vez.

-Isso é muito ridículo. - ele desdenhou.

Kaoru ficou pensativa. Cada momento ali poderia ser o último. Não sabia quanto tempo levaria até os encontrarem.

-Sabia que eu tive uma família? - Ela começou a dizer. - Mãe, pai, irmão. A guerra trouxe muitas percas e deixou muitos órfãos esparramados pelo país. Eu fui um deles. Eu tinha... sei lá... 7 ou 8 anos. Quem sabe ao certo? Eu fui para um orfanato. Um lugar horrível. A gente é agredido, espancado, passa frio, fome. Quando o meu poder começou a aparecer eu acabei chamando atenção. A segurança pública me encontrou. Eu nem sei quanto tempo eu fiquei no orfanato. Mas... eu pensei que estava salva, eu estava errada. Naquela época eu ainda não sabia sobre o que era realmente meu poder. Quando se manifestou eu submetida a muitos testes. Alguns bem dolorosos. Quando eles perceberam que não podiam me controlar eles começaram a me drogar. Era isso ou ficar noites e noites ouvindo vozes, vendo coisas, e alterando a realidade. Aí um dia sabe o que aconteceu?

-Não...

-Eu fiquei tão vazia quanto você diz que é. Um vazio imenso. Como um abismo. Não havia sentido nessa porra de vida. Eu tomei todos os comprimidos de uma vez, tive uma overdose. Depois me disseram que fiquei tecnicamente morta por 4 minutos. E adivinha? Lá também não tinha nada. Como punição a nossa presidente Shikibu me levou para um hospital que atendia pacientes terminais. Crianças. Você pode dizer que é clichê. Mas fiquei lá por um mês. A esperança nos olhos dela, a vontade de viver. Eu me apeguei a uma garotinha fofa, chamada, Tomoe. Câncer na laringe, em metástase. Ela morreu duas semanas depois. Ela queria viver. Eu não. Qual delas morreu? ....Eu me senti um lixo.

Dazai ficou pensativo. Pela primeira vez na vida, não tinha palavras para aquele momento. Ela continuou:

-Sabe, Osamu. Existem infinitos mundos e possibilidades. Em algum lugar você escolheu um caminho totalmente oposto, ou você não gosta de saque ou você é um grande escritor, ou sei lá, um policial honrado, um pai de família. Quem sabe ao certo? Mas, você aqui neste mundo faz suas próprias escolhas. Vamos fazer o seguinte: se sobrevivermos, que tal você e eu vivermos apenas um dia de cada vez?

Ele sorriu discretamente e depois disse calmamente.

-Você é otimista. Vou pensar no seu caso. - Ele olhou para Kaoru. - E respondendo a sua pergunta: duas mulheres se uniram para capturar você. Elas já devem estar na porta do apartamento.

Ele não estava errado. Um dos capangas de Hana estava de vigia do lado de fora do apartamento. O homem estava a horas esperando alguém sair. Ligou para a chefe.

-Chefe?

-Sim. - Hana atendeu do outro lado da linha.

-Não saiu ninguém o todo. Depois que o tal Dazai entrou não saiu mais!

Moriarty que ouvia a conversa interrompeu:

-Venha embora! Ele não está aí. Usaram o poder dela!

-Aquele maldito! - Hana disse furiosa. - Ele estava um passo a frente.

-Sempre.

-Vasculhem a cidade inteira! Quero aquela garota a todo custo! - Hana disse ao telefone.

Jogou o celular na mesa e virou-se para Moriarty.

-Seu namorado vai atrapalhar nossos planos! Dê um jeito nele!

-Ex. E não é tão fácil assim lidar com ele, você sabe. Mas, vou dar um jeito.

As duas estavam decididas a mudar a história custe o que custasse.

(...)

Harumi

Hora de falar mais um pouco sobre mim e o senhor Chuuya.

Eu fui para casa tarde aquela noite. Eu poderia ter ficado lá com o senhor Chuuya, mas seria muito estranho. Até porque a gente não fez nada.

Eu cheguei no escritório toda acanhada e fofa. Eu entrei devagar e dei de cara com o senhor Chuuya com as mãos nas têmporas.

-Ah, b-bom dia senhor Chuuya. - eu disse toda meiga.

-Bom dia Hitsugaya. - Ele disse secamente. Mas, ontem não era Haru? Eu fiquei triste, eu confesso.

Eu abri as cortinas que estavam fechadas.

-Não, deixe fechada. Minha cabeça está explodindo!

De ressaca? Com 3 taças? Eu que sou anormal né?

-Eu tenho analgésicos. Vai ajudar com a res- com a dor de cabeça.

-Ah por favor. Eu me lembro de ter ido ao bar, tenho a impressão de ter te visto lá, mas devo estar ficando louco.

Ele não lembra? Sério?? Ele continuou.

-Eu acordei em casa. Só lembro disso. Nem sei quem me deixou em casa.

Sério? Eu te levei em casa, te coloquei na cama, o senhor me deu um selinho. Não lembra?

-Deve ter sido um dos MIB'S...

-MIB'S? - Nem disso ele sem lembra.

-Nada, é jeito de falar.

Meu mundo caiu. Eu fiquei arrasada. Pensei que estava fazendo progresso.

-Eu vou ter que sair. Cuide de tudo para mim, ok?

-Claro senhor.

Eu fiquei com tanta raiva que eu custei a me controlar. Eu tenho um probleminha na com controle de raiva. Eu acho que amor é uma coisa estranha, eu poderia simplesmente me confessar, mas, é se ele recusasse meus sentimentos?

Nos dias seguintes o abismo entre nós cresceu ainda mais. Pelo menos ele se esqueceu de pesquisar sobre meu namorado. Eu achava.

Naquele dia eu saí com o Kunikida. A gente se divertiu de verdade. Depois saímos um pouco da rotina e demos um passeio pela cidade.

-Que novidade é essa? Normalmente você é sempre tão ocupado. - eu disse toda alegre. Ele tinha me pagado até um crepe.

-Estou com tempo livre hoje a tarde. Mas, você parece triste.

Ele era um bom homem. De verdade, o problema é que algumas pessoas, como eu, sempre escolhemos o jeito mais difícil.

A gente riu, brincou, se divertiu muito. Paramos num dos pontos turísticos de Yokohama. A gente estava caminhando pelo Yamashita Park, apreciando toda a beleza do lugar. Depois paramos em um banco da praça e nos sentamos e ficamos mais um tempão conversando. Ele parou por um instante e depois ficou olhando nos meus olhos.

-A senhorita é tão interessante que eu acho que abriria uma exceção.

-O que quer dizer?

-Quem sabe a gente possa, se conhecer melhor. Mas... não como...

-Que casalzinho mais lindo! - Nós fomos interrompidos!

-O que você quer aqui? - Kunikida disse ajeitando os óculos furioso.

-S-senhor Chuuya? - Sim. Era ele. Bem ali no nosso clima romântico.

-Então este é seu namorado Hitsugaya? - Ele me perguntou muito bravo.

-Espera! De onde se conhecem? - Kunikida estava confuso.

-Ela é a minha secretária! - Senhor Chuuya disse MUITO irritado.

-Como assim? Haru? - Kunikida se virou para mim.

Eu estava em choque. Não conseguia nem me mexer.

-Então você é uma espiã? Tá trabalhando para eles? - Kunikida disse também MUITO bravo.

-Só se ela for espiã de vocês, Detetive.

Detetive? A Agência de Detetives Armados? Sério?

Os dois estavam discutindo e eu sem ter o que fazer ou dizer.

-Diz alguma coisa Hitsugaya! - Senhor Chuuya me cobrou explicações.

-S-senhor Chuuya, eu não sabia que ele era o inimigo.

-Se eu soubesse não tinha me aproximado de você! Não acredito que quase... Ah que ódio! - Kunikida não se perdoava.

-Hitsugaya. Você virá comigo. Darei a punição adequada. - Senhor Chuuya estava assustador.

Eu abaixei a cabeça e o segui. Aí senti Kunikida segurar meu braço.

-Não permitirei que faça mal a ela. - Ele disse sério.

-Tira essa mão da minha secretária. - Senhor Chuuya encarou Kunikida.

Eu me senti num dorama. Achei que ia desmaiar.

-Tudo bem, Doppo. Eu... vou ficar bem.

-Tem certeza? Eu não vou deixar que machuque você.

-Sim, o senhor Chuuya quer só conversar.

-Não acredito nesse daí.

-E nem eu em você quatro olhos.

-Por favor... Doppo. - eu disse cabisbaixa.

-Ok, qualquer coisa me liga. - Ele disse olhando bem fundo nos meus olhos.

-Venha Hitsugaya!

Eu juro que fui o caminho todo planejando meu testamento. Eu não tinha muita coisa, mas era bom eu deixar tudo escrito. A gente parou perto do Porto. Ele fez sinal para o motorista e deixou a gente sozinhos.

Ia me matar e me jogar no mar. Certeza. Ele estava olhando para a janela sem dizer uma palavra. E depois de um silêncio muito aterrorizante ele disse.

-Você mentiu.

-Me desculpe-.

-Ainda não terminei. O nome que você me deu é do criador do Street Figther. Omitiu o nome do Kunikida e estava saindo com o inimigo. Você quebrou minha confiança.

Eu não consegui conter as lágrimas e comecei a chorar. Eu realmente havia pisado na bola. Mas, eu tinha medo pelo Kunikida.

-Pelas nossas leis, você deveria ser severamente punida.

-S-Senhor, eu realmente não sabia. Eu só fiquei com medo pelo Kunikida! Medo de algo acontecer a ele!

-Silêncio! - Ele se virou para mim.

Eu simplesmente estava arrasada. Senhor Chuuya estava mesmo muito bravo comigo.

-Não Senhor! Me Mate! Eu aceito sua punição! Eu sou mesmo um lixo!

-Já chega. Não vou te matar. Mas, vai ser punida. Primeiro, vai parar de se encontrar com este Kunikida. Não quero correr o risco.

-Ok. - Eu disse isso chateada. Eu gostava de conversar com o Kunikida.

-Segundo, vai fazer hora extra. Muita hora extra. A partir de hoje, vai nos acompanhar em nossas operações.

-Senhor... eu não...

-Você só precisa se preocupar em não morrer. Mas, estará presente, verá tudo de perto. Eu me certificarei de que seja treinada e irá trabalhar no campo com a gente.

-Mas...

-Sem mais. Amanhã irá procurar uma certa pessoa. Vou te dar um papel e irá até ele.

-Senhor eu nunca fui agente de campo! - Senhor Chuuya estava furioso!

-Não me interessa. Você é minha secretária é esta com tempo de sobra. Tá podendo namorar até com o inimigo.

Caramba. Minhas chances com Senhor Chuuya foram por água a baixo....

(...)

Hana entrou no carro, ligou o som e acendeu um cigarro. Estava pensativa, ma sua mente memórias, planos, sonhos. Ela estava confusa, mas o desejo era um só: ter a família de volta, não importava o preço.

Apagou o cigarro e ligou o carro. Toda vez que se sentia assim, ela só poderia ir a um lugar.

Parou o carro em frente ao prédio de Himeno e desceu. Subiu as escadas com as mãos no bolso e tocou a campainha. A jovem surgiu já vestida de pijama e abriu um largo sorriso quando viu Hana.

-Está tarde.

-Desculpa. Eu devia ter avisado. - Hana disse sorrindo.

-Entra.

Hana tirou os sapatos e entrou na casa de Himeno.

-O que aconteceu para vir assim tão de repente, normalmente você avisa.

-Eu estou prestes a fazer uma coisa e preciso da sua opinião.

-Hum. Me diga.

-E se você descobrisse um jeito de mudar a realidade? Se teletransportar para um mundo paralelo ou trazer este mundo até você? O que você faria?

Himeno sentou-se à mesa e pôs a mão na nuca e ficou pensativa e depois de uma pausa respondeu.

-Nada.

-Sério?

-Eu sei o que você faria. Mas, tem coisas que tem que ser como são.

-Mesmo que sua família toda estivesse lá?

-Sim. Não devemos mexer com uma coisa que não sei as consequências. E você sabe que terá.

Hana abaixou a cabeça. E depois contou a Himeno tudo que sabia. A agora, jovem residente ouviu tudo atentamente e depois disse.

-Se eu fosse você eu desistia. Não será de graça. Não existe um mundo onde se pode ter tudo. Isso seria o paraíso.

-Eu não sei o que fazer. - Hana ficou pensativa.

-Não seja manipulada. Você é melhor do que isso.

-Como pode ter tanta certeza?

Himeno se levantou e se aproximou de Hana que estava encostada no balcão da cozinha. Ela tocou o rosto da mafiosa com as duas mãos e depois disse.

-Sei que fará a escolha certa.

Hana deu um beijo nos lábios de Himeno e a mesma se afastou.

-A última vez que ficamos juntas eu disse que não seria sua amante.

-Estou livre. Sou toda sua.

-Espero que não esteja mentindo.

-Não estou.

Himeno deu um beijo caloroso em Hana. Em algum momento da sua jornada, Hana percebeu que o amor ia além do que conhecia. Era sobre conectar-se com a pessoa amada. Ela amou Chuuya, isso não era mentira. Mas, o que ela precisava era de um mar calmo, um colo para deitar-se, precisava de tranquilidade, de uma vida normal, longe de toda aquela bagunça. Foi aí que ela percebeu que Himeno era tudo o que ela precisava naquele momento.

(...)

Ponto de vista de Harumi

Eu desci as escadas até o subterrâneo num dos prédios da Máfia do Porto. O local que era um tipo de prisão, acabou virando local de treinamento. A maioria dos membros da Máfia do Porto treinaram ali. Eu me aproximei do local com o papel que o senhor Chuuya havia me dado. Os MIB's deste andar era terrivelmente assustadores.

Eu entreguei o papel e um deles balbuciou alguma coisa e depois abriu passagem para que eu entrasse. Meu estômago revirava, o que eu encontraria ali?

Eu vi a silhueta de um homem. Alto, magro, cabelos longos. A cor do cabelo dele era igual a minha, um loiro claro. Ele era elegante. Vestia um Yukata branco com belos desenhos, ele parecia ser estrangeiro.

A pele do homem era pálida, provavelmente não saia daquele local a muito tempo. Ele ao me ver descruzou as pernas e se levantou. Andou devagar até mim e eu pude finalmente ver seu rosto direito.

-Ora. Se não é um fantasma.

Eu gelei. De todas as pessoas do mundo, ele era a última pessoa que pensei ver. Eu até desconfiei pelo nome, mas juro que pensei ser uma infeliz coincidência.

-Verlaine?

-Em carne e osso.

-Pensei que tivesse morto! - Eu não consegui esconder minha surpresa.

-Infelizmente não. E você? Pensei que eu fosse treinar uma novata.

-E-eu sou a novata.

Ele deu uma gargalhada tão alta que me deixou constrangida.

-Me poupe. Esta em missão?

Eu não podia responder essa pergunta.

-Tudo bem. Fingirei que te treinei. Pronto. Não abro a boca todos saímos ganhando. Nós podemos relembrar nosso último combate... já faz quanto tempo mesmo?

-Uns 15 anos.

-É... não envelhece como os outros né? Você já tem o que? Quando te conheci naquela época, você já era como hoje.

-Não se pergunta a idade de uma dama. - Eu blefei.

-Qual é? Me tira essa dúvida.

-Eu já nem sei mais, contando tudo Devo ter uns 100, com este rosto intacto, 75.

-E o rostinho de 20! Caramba! Sortuda do caralho.

-Seu francês ridículo.

-Da última vez, eu quase ganhei. Se não fosse o seu poder, eu teria ganhado. No fim, foi um empate.

É isso, sou velha. Eu ainda tenho que explicar meu poder para vocês, é que ainda é cedo e complicado de explicar. Mas, não desistam!

-E você? Perdeu para o pequeno Chuuya? Eu soube da sua derrota.

-É, ele é impressionante. Acho que nem você da conta dele.

-É o que veremos. Embora, eu queria estar entrelaçada naquele corpo em um outro tipo de luta.

-Ahhh, quer ser minha cunhada? Sua safadinha, dentre tantas escolhas, escolheu a menor?

-Não fale assim dele! - Eu realmente virava o bicho quando falava do meu Senhor Chuuya.

-Ok, seja lá o que for, ele ainda é meu irmão. Tire ele de seus planos seja lá qual for.

-Eu amo o senhor Chuuya.

-Você é surpreendente... que nome está usando? Não quero estragar seu disfarce.

-Harumi. Harumi Hitsugaya.

Ele me olhou desconfiado.

-O que fez com a verdadeira Harumi?

-Melhor você não saber.

Eu não sou um anjo. Gostaria muito de ser. Mas não sou. Espero que entendam.

-Vem, vamos lutar. Eu estou um pouco enferrujado, mas, lutar com uma lenda como você é uma honra.

E nós lutamos. É isso. Não posso entrar em detalhes. Vai estragar minha missão. Em breve contarei pra vocês.

(...)

Ogai Mori chamou Chuuya na sala dele. Quando isso acontecia de maneira esporádica podia ter certeza que algo era ruim. O ruivo chegou rapidamente atendendo ao chamado do chefe.

-Senhor. Vim assim que pude.

-Chuuya, é urgente. Primeiramente preciso que vá atrás de uma moça. - Ele entregou a foto - Kaoru Kurimoto.

-E ela é...? - Chuuya disse analisando a foto.

-Uma usuária de Portais.

-Isso não é comum?

-Portal interdimensional. Entre mundos paralelos.

-Sério?

-Pesquise o que puder sobre ela e a encontre. Quero ela na Máfia do Porto.

-Ok e a segunda coisa?

-Sua namorada está agindo sozinha, quer por as mãos nela primeiro.

-Ex... - Ele disse secamente.

-Então não há problema em tirá-la do caminho..

Chuuya engoliu seco. Lembrou-se da promessa feita quando Mori questionou sobre ela. Ele mesmo cuidaria dela se a mesma virasse um problema.

-Darei um jeito.

-Que bom.

Chuuya saiu da sala com o coração apertado. Ele podia não estar com Hana, mas ainda a amava apesar de tudo. Com a mente a mil caminhou até o escritório e tombou com Harumi no caminho.

-Me desculpe senhor Chuuya!

-Tudo bem Harumi... - Ele olhou para a secretária, alguns pequenos arranhões que ele deduziu ser do treinamento.

Ficou orgulhoso de certa forma e depois disse um pouco nervoso.

-Ta livre hoje a noite? - Ele disse já se arrependendo.

-Sim. - ela sorriu não escondendo sua alegria.

-Vamos sair para beber... - Ele pensou por um instante. - Melhor a gente não sair.

Ele se lembrou que das duas últimas vezes foi carregado.

-Ok... - Ela disse triste.

-Sabe onde eu moro né? Te espero lá as oito.

Harumi ficou confusa e depois ficou emocionada.

-Claro senhor, será um prazer.

O pedido do chefe foi atendido. Harumi não se produziu como uma adolescente. Mas, escolheu agir com naturalidade. Foi até o apartamento de Chuuya e levou um garrafa de vinho.

O ruivo abriu a porta e deu um sorriso de lado e agradeceu pela visita. A loira entrou discretamente e sentou-se no sofá da casa do chefe. Não era exatamente um encontro, mas poderia ser

Enquanto isso, Dazai mantinha Kaoru escondida. Ninguém sabia de seu paradeiro, nem mesmo o presidente. Ele saia discretamente e voltava tentando não ser visto. Qualquer deslize era o fim.

Enquanto isso, Hana, Moriarty, a Segurança Pública e a agora a Máfia do Porto estão procurando a garota por toda a cidade.

(...)

Harumi

Senhor Chuuya pegou o vinho que levei e sorriu.

-Caramba, onde encontra esses vinhos? São raros e quase nunca encontro para comprar.

Alguns eu tenho numa Adega particular que cultivo a uns 50 anos, mas você não precisa saber disso.

-Ah, sabe como é, eu tenho bons contatos. Guarde este para uma ocasião especial. Que tal tomarmos cerveja? Eu também trouxe algumas.

Sem álcool em sua maioria, mas como a escrita estava em alemão eu rezei para ele não perceber. Queria ele sóbrio aquela noite. Misturei as garrafas e ele ia tomar uma com álcool no máximo.

-Ah, vamos. Você gosta mais de cerveja né?

-É... - não faço seleção de bebidas. Não sou preconceituosa.

-Eu precisava beber hoje. Estou com uma missão complicada pela frente.

-Se eu puder ajudar em algo senhor.

-Não... É algo que eu tenho que fazer.

Eu fiquei olhando para ele e não disse nada. Não queria pressioná-lo a me dizer nada. Mas, acho que ele estava tão tenso com isso que acabou soltando a língua.

-Eu vou ter que enfrentar a minha ex-namorada.

Ex? Você disse Ex?

-Mas, por que senhor? - Eu disfarcei.

-Ela está agindo pelas costas do chefe.

-É a mesma do jantar?

Fiz de boba. Lógico.

-Sim. Hana. - Ele pareceu meio nostálgico, acho que ainda a amava. - A gente costumava dar certo. Ela era uma pessoa diferente. Era inocente, doce. Aí... ela mudou e de lá para cá...ela parece cada vez mais distante do que era. Mesmo que eu saiba que seja por toda a tragédia que lhe aconteceu.

Eu suspirei bem fundo e pensei na melhor resposta para aquele momento. Quando se vive tanto quanto eu vivi a gente acaba tendo maturidade para certas coisas.

-Sabe, Senhor...

-Me chame apenas de Chuuya. - Ele me interrompeu, achei o máximo.

-Chuuya, as pessoas tendem a agirem de formas diferentes para a mesma situação. Você disse que ela perdeu a família.

-Sim e depois iniciou uma jornada de vingança.

-E ela conseguiu?

-Sim. - Ele ficou triste. Eu sabia o que veio depois. Aconteceu comigo. Muitas vezes.

-Depois ela ficou vazia. - Eu disse quase no impulso. -Ou algo assim.

-Não preenche o vazio. Na verdade só fica pior. Ela ainda está buscando sentido na vida.

-Acho que não estou incluso nisso.

-Chuuya, a gente tem a mania de achar que o outro nos pertence, mas infelizmente não. As escolhas são dela, a vida é dela e ela decide se quer compartilhar ela com você ou não. E vai doer? Vai. Vai doer pra caralho! Mas, um dia você descobrirá alguém novo, em algum lugar do mundo, que estava esperando a muitos anos por alguém como você. - Eu me referi a mim mesma. Isso era verdade.

-Você tem razão. - Ele abaixou o olhar e ficou triste. Eu fiquei com muito pesar e resolvi arriscar.

-Ouvi uma história uma vez. Sobre uma mulher. Ela tinha um poder como você. Nasceu num país estrangeiro, na verdade, ela foi criada. Não tinha pai ou mãe. Um experimento de guerra. Forte como um touro, se regenerava. Lutou desde pequena, não conheceu outro mundo, ou teve outras escolhas, era uma máquina. Ela cresceu normalmente até os 20 e poucos anos. E depois como num estalo, ela parou de envelhecer. Ela chegou a fazer amigos, companheiros de guerra. Eles foram envelhecendo, envelhecendo e depois morreram e ela continuou com o mesmo rosto, por 75 anos! E ela descobriu que não era fácil para ela morrer. Quando a guerra no país dela acabou, ela vagou pelo mundo todo. Conheceu muitas pessoas, travou centenas de batalhas. Até que um dia, ela conheceu alguém. Ela se apaixonou, ele trouxe a ela toda humanidade de que precisava, ela viveu com ele por um bom tempo. Até que um dia, ao perceber que envelhecia, ele um homem na casa dos 35 e ela ainda uma jovem de 20 e poucos anos. Ela saiu da vida dele e deixou que ele seguisse sua vida. Ele se casou com uma moça oriental muito bonita, de 1,50 de altura, chamada Sachiko. Eles ficaram juntos até a velhice. Tiveram, filhos, netos, bisnetos. Aí ele morreu. A mulher que assistiu tudo de longe, voltou a sua jornada e depois de muitos anos, ela se encontrou com um homem muito parecido com ele... - Eu nem preciso dizer de quem é essa história né? Eu não pude dizer que se chamava Jack, um polonês com os cabelos de fogo igualzinho ao do Senhor Chuuya e baixinho como ele. - E aí, ela se apaixonou de novo.

Ele me ouviu atentamente e ficou um tempo em silêncio e depois disse:

-O que aconteceu com essa mulher?

-Bem, aparentemente ela ainda está por aí. Mas, não se sabe onde. Provavelmente ela decidiu viver o amor com esta nova paixão, porque diferente do homem frágil que o outro era, esse é um homem forte e destemido.

Ele recostou na cadeira e ficou me olhando. Depois deu um breve sorriso como se ele soubesse que o que eu estava falando era mentira. Ele se levantou e se aproximou de mim. Sentada eu ficava um pouco mais baixa que ele. Ele tirou as luvas que calçava e depois tocou meu rosto com seus dedos finos. As mãos dele eram delicadas e pequenas, a pele muito pálida.

Ele tirou o chapéu e pendeu para frente a cabeça ainda mantendo contato visual comigo e depois se aproximou do meu pescoço e sussurrou no meu ouvido.

-Qual a possibilidade desta mulher ser você?

Eu realmente me surpreendi.

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