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36 - A secretária

Tengen e Kyoshi subiram até o escritório de Hana e no caminho ouvia-se barulho de coisas quebrando e sendo destruídos. Além dos gritos de raiva vindo de lá. Uma das secretárias veio correndo em direção à eles e disse assustada.

-A Lady Sihadeko enlouqueceu tá quebrando tudo!

-A quanto tempo ela está assim? - Kyoshi perguntou.

-Desde ontem, quando ela discutiu com o senhor Chuuya, primeiro ela se isolou e depois começou a quebrar tudo. Ele não atende o telefone e se recusa a vê-la.

-Caramba... - Tengen disse preocupado. - Vamos Kyoshi eu vou na frente.

Tengen abriu a porta devagar e observou antes de entrar. Hana estava transtornada e furiosa. Mataria qualquer um que naquele instante por qualquer motivo. A sala estava destruída do chão ao teto. Móveis revirados, janelas quebradas, papéis jogados para todo lado.

-Hana... - Tengen disse calmamente. - Há algo que possa ajudar?

-Não! Não tem! Eu estou farta disso! Estou cansada!

-Hana, diga o que quer que façamos... nós atenderemos suas ordens.

-Não tem como. Eu queria que tudo voltasse a ser como era antes. Minha família. Um lugar sem arrependimentos, uma vida.

Tengen a olhou com pesar. Já haviam se passado quase 8 anos. Mas, a morte da família ainda estava presente em seus sentimentos e nem mesmo a vingança foi capaz de superar.

-Eu vou deixar você sozinha. Quando puder leia esta correspondência que acabou de chegar. - ele deixou mais um envelope preto em cima da mesa toda destruída.

Saiu sem dizer nada e deixou a chefe das Vespas chorando como uma criança. Hana estava triste mais consigo mesma do que qualquer outra coisa.

Quando ela finalmente se acalmou pegou o envelope e leu cuidadosamente. O conteúdo a deixou perplexa. Olhou o relógio, o horário seria em 20 minutos. Largou tudo do jeito que estava e foi ao encontro do lugar solicitado. O envelope preto com um escorpião dourado em alto relevo.

O local escolhido: o galpão do primeiro confronto. Hana foi sozinha, depois dos últimos acontecimentos ela havia perdido o medo de morrer, para falar a verdade ansiava por isso. A noite estava extremamente bonita aquela noite. A lua cheia iluminava as ruínas do galpão abandonado. Hana entrou devagar desconfiada. A mente dela fervilhava finalmente iria se encontrar com quem mandava cartas a 8 meses sobre a alcunha de Alacran. Se o miserável estivesse vivo estava pronta para matá-lo ali mesmo..

A pessoa no escuro manteve-se em silêncio apenas observando Hana se aproximar.

-Apareça. Se for um fantasma estou pronta para exorcizar.

A pessoa saiu no clarão do luar.

-Sou um fantasma, mas não o que você esperava.

Hana observou a pessoa a sua frente e se recusava a acreditar. Seria uma piada de mau gosto?

-Jane Moriarty? - Ela perguntou perplexa.

-Você não achou mesmo que era o Alacran né? - de cabelos mais curtos, de óculos retangulares e a mesma expressão fria de sempre. Ela se aproximou de Hana.

-Você esteve se divertindo as minhas custas durante esses meses? - Hana falou de forma direta.

-Não. Que isso? Eu só estive te lembrando de coisas que não se pode esquecer.

Hana riu e depois se aproximou de Jane e lhe deu um longo abraço.

-Pensei que tinha me abandonado, sua vagabunda.

-Nós tínhamos um trato. Eu só tive um pouco de dificuldade.

-Eu tive muito trabalho para achar aquele corpo, Jane! E ainda tive que ficar fingindo para os outros integrantes e para o Mestre das Armas.

-E a Máfia do Porto?

-Sem informações.

Jane ficou pensativa e depois continuou.

-Tenho certeza que um integrante da Segurança Pública está infiltrado na Máfia do Porto desde de antes de você se associar a eles. Só não sei quem.

-Por enquanto sem suspeitas. E você?

-Eu encontrei ela. A usuária dos portais.

-Eu mandei que roubasse os documentos a respeito dela em Kyoto, mas, a pasta principal foi roubada! - Hana disse andando pelo galpão.

-Dazai chegou primeiro.

-Aquele maldito!

-Mas, eu sei nome, rosto. Sei de tudo e se sei bem ela deve estar com o Dazai.

-Então temos que tirá-la dele.

-Hana, é impressão minha ou ficou mais impiedosa?

-Eu quero uma nova vida. Um lugar onde minha família esteja viva.

-Nós vamos conseguir!

Hana e Jane haviam formado esse plano dias antes do confronto com o Alacran. Jane Moriarty estava atrás do livro, mas aparentemente havia sido destruído ou estava perdido. Mas, esperta como era descobriu a existência da usuária de Portais interdimensional e decidiu ir atrás dela.

Para isso, Hana sacrificou sua equipe a vendendo para Mori, líder da Máfia do Porto, com quem Moriarty havia combinado com antecedência e matou Hiei para poder ficar livre e ir atrás de informações. Jane, para fugir de Holmes, se envolveu com Dazai e fez com que ele trouxesse o detetive inglês e com isso forjou sua morte para que ganhasse mais um tempo.

Hana e Tengen foram cúmplices da sua "morte".

Todos envolvidos em um jogo de manipulação em busca de uma pessoa que podia literalmente mudar a história.

(...)

A contratação de Harumi, pela visão dela.

Eu olhei fixamente para os olhos azuis dele. O homem mais bonito que eu já tinha visto na vida. O corpo esguio e pequeno os cabelos cor de fogo. Eu fiquei tão ofuscada por ele que simplesmente não consegui abrir a minha boca. Ele passou vestindo um sobretudo preto e um chapéu de gosto duvidoso e fez uma cara de pouco caso e seguiu em frente. Absolutamente maravilhoso.

-Haru? - Alguém chamou minha atenção. Eu estava imersa em meus pensamentos. Um homem mais velho e extremamente elegante, acho que seu nome era Mori ou algo assim.

-Me desculpe senhor.

-Este é Chuuya Nakahara. Será seu chefe. Seja educada e respeitosa.

-Ah claro! Me desculpe! - Eu me curvei respeitosamente. - Senhor, isso não vai se repetir!

-Esta é a Haru, ela será sua secretária. - ele me apresentou.

-Por que eu preciso de uma secretária? - Ele fez uma terrível cara de nojo que me deixou constrangida.

-Porque sim.

Eu ouvi o senhor Nakarara fazer um "tsc" e depois desviou o olhar.

-Que seja... - ele se virou para mim com um certo desdém. Meu rosto corou no mesmo instante. - É Haru?

-Sim.. - eu falei tão baixo que juro que nem mesmo as formigas me ouviram.

-Haru? Só Haru?

-S-sim...

-Não tem sobrenome? - ele me olhou desconfiado.

Putz! É mesmo! Me chamar pelo primeiro nome é estranho! Eu me esqueci.

-Harumi Hitsugaya.

-Não me sinto confortável te chamando pelo seu primeiro nome.

-Perdão senhor. - Eu tinha acabado de levar um sermão do homem por que eu sou obcecada. Parabéns stalker!

-Se vai ser minha secretária é melhor andar rápido. Não gosto de molengas na minha equipe.

-Claro senhor, irei me esforçar!

-Então vamos!

Ele começou a dar passos largos (apesar das pernas pequenas) e eu tive que correr de verdade. Ele nem olhava para os lados, com as mãozinhas no bolso e cara de bravo. Parecia um mini mafioso. Que fofinho!

Nós chegamos até o escritório dele em um dos andares superiores. A pilha de papel transbordava, aparentemente ele não gostava de secretárias e havia recusado todas elas. Ou seja eu seria a primeira. E claro que nem surtei internamente... mentira, surtei sim. Ele entrou na sala e eu cheguei perto dele e toquei o seu sobretudo.

-O que está fazendo? - Ele estava sempre furioso.

-Vou guardar seu sobretudo... - Disse sem graça.

-Por quê? - a sobrancelha dele formava um V. Ou seja furioso.

-Porque sou sua secretária. Estou aqui para servir ao senhor.

Ele ficou um pouco resistente, mas eu não tirei a mão daquele sobretudo! Não mesmo.

-Que seja...

Eu virei as costas e discretamente senti o perfume dele. Que cheiro bom!

-Bem, eu pedi para trazer uma mesa para você. Já que vamos trabalhar juntos.

Sim! Juntinhos!

-Sim.

-Enquanto isso, puxe uma cadeira e sente-se aqui diante de mim. Vou te passar um pouco do que eu quero que faça. - Ele me olhou e continuou a falar. Eu desviei o olhar, ele me deixava muito sem graça. - Já trabalhou com isso antes, quero dizer. Sabe o que fazemos ne?

Obviamente eu sabia.

-Sim senhor. - Eu disse calmamente

-Ok... - Ele me olhou de novo, algo ainda estava o incomodando. - Você poderia se sentar?

-Claro! Desculpa senhor. - Eu me sentei rapidamente.

-Eu não consigo me concentrar com você em pé o tempo todo e... - Ele franziu ainda mais o cenho e disse como se fosse algo terrivelmente constrangedor quase sussurrando. - Por que você é tão alta?

Você percebeu??? Não! Não! Por favor, não se incomode com isso. Eu não me importo se você tem só 1,60!

-Bem, eu sou estrangeira... - Eu disse em pânico. Eu nem tinha ido de salto para não constrangê-lo.

-Não, você é enorme! Eles te contrataram só para me zoar! Só pode! Tem quanto de altura?

-E-eu tenho... 1,85... Vai me demitir?- Eu disse segurando o choro. Era isso. Eu era uma gigante, ele nunca me notaria, quer dizer, notaria, mas não do jeito que eu queria.

-Tudo bem... desculpa. Não quis te constranger... fazer o que. Se o chefe mandou você fica. - Ele olhou para os meus pés - Foi por isso que veio sem salto?

-Eu... bem. O tamanho me incomoda. Sou alta demais. Queria passar despercebida. - Não era mentira. Todo cara que eu gostava era versão compacta.

-Padecemos do mesmo infortúnio... se eu pudesse trocava com você. - Ele abaixou o olhar. -Enfim. Façamos assim: não falo da sua altura, você não fala da minha. Ok?

-Ok. - que delicinha de homem! Deu vontade de avançar nele e abraçar. Seu lindo. - Sim senhor.

O resto do dia ele me passou o que seria o meu trabalho. A minha altura o deixava mesmo constrangido. E isso me deixava triste. Eu queria ser delicada como uma flor e eu nem contei a ninguém o que sou capaz de fazer. Enfim.

Me lembrei que não me apresentei. Vocês vão me chamar de Harumi, ou Haru. Harumi Hitsugaya. Eu vou contar como fui ser a secretária de um mafioso ruivo lindo por quem me apaixonei a primeira vista.

Meu nome mesmo é outro. E o que eu fazia antes, bem eu conto depois. Eu acabei de ser contratada para trabalhar com o Senhor Chuuya. Ele é um dos dirigentes da Máfia do Porto está muito atarefado.

Eu tenho mesmo 1,85 de altura, sou alta. Eu tenho os cabelos loiros e tenho olhos verdes. A minha genética é estranha. Como eu disse, sou estrangeira, alguns me disseram que sou alemã, por causa dos meus traços e porque era meu idioma fluente quando cheguei aqui a alguns anos, mas não sei exatamente.

A minha vida trabalhando com o senhor Chuuya era intensa. Ele não parava um minuto. Quando saia para trabalho em campo eu ficava no escritório preenchendo a papelada. O resto do dia eu corria o tempo todo.

-Hitsugaya! Cadê os relatórios, Hitsugaya?

-Tô levando, Sr. Nakahara. - Eu disse respeitosamente.

Ele fez uma cara feia e disse:

-Isso soou estranho demais. Pareço um velho de 50 anos. Pode ser Chuuya.

-Senhor... Chuuya..? - Eu disse ainda mantendo o profissionalismo. Não queria que ele achasse que sou uma leviana.

-Ainda é ruim, mas pode ser...

Desde então ele virou o Senhor Chuuya.

Eu estava me esforçando. As vezes, eu buscava café, almoço e até jantar. Ele não tinha hora de parar. Um trabalho bem exaustivo, mas para mim, era um prazer.

Eu fazia tudo por aquele ruivo lindo. Ele sempre mantinha a expressão séria e nunca tirava a carranca. Eu fui paciente e me dediquei exclusivamente ao meu chefe.

Eu tinha tanta esperança. Até aquele dia... Cheguei cedo do trabalho e fiquei o dia todo e nada do Senhor Chuuya chegar. Quando eu sai encontrei com um dos subordinados que nem o nome eu sabia (para mim eram todos iguais, então para facilitar minha vida eu os nomeei como os MIB's, seguido de um número).

-Onde está o senhor Chuuya, MIB 23?

-Eu sou o Sato...

-Que seja.

-Eu fiquei sabendo que ele tirou o dia de folga.

Eu fiquei PERPLEXA. Como assim ele tirou folga? EU comando a agenda dele!

-Folga...? - Eu engoli seco.

-Ele faz isso de vez em quando. Não avisa ninguém e tira o dia de folga. Já fazia um tempo que ele não fazia. - MIB 23 sabia do que estava falando.

Meu olho esquerdo tremeu.

-O que ele costuma fazer e onde ele costuma ir? - Eu realmente virava uma stalker quando se tratava do senhor Chuuya.

-Não sei... às vezes pode ser um encontro..

ENCONTRO? ENCONTRO?! COM QUEM?

Eu tentei manter a calma e respirei fundo. Mantive a compostura.

-Ah sim, obrigada MIB 23.

Eu voltei para casa decidida. Eu ia descobrir que era a vagabunda e acabar com a vida dela! Como ela podia se apossar do senhor Chuuya?

Eu passei a noite em claro. Não conseguia dormir pensando na vadia tocando o corpinho delicado do senhor Chuuya. Aposto que era uma bela mocinha delicada de 1,50 cm e deve se chamar Sachiko. Que ódio!

Cheguei cedo no escritório (com o maior salto que eu tinha) e meti a cara nos papéis. Eu nem sabia se ele ia, afinal ele faz o que bem entende com a agenda que EU tomo conta!

Ele chegou com a cara relaxada. Nem quero saber o que a Sachiko fez com ele. Caminhou lentamente pela sala. Eu, como boa funcionária que sou, me levantei e forcei um sorriso.

-Bom dia Senhor Chuuya. - Eu disse me curvando e me contendo para não tirar satisfação.

-Bom dia Hitsugaya. - Ele olhou diretamente para meus pés e depois me encarou.

Toma! Pela sua insolência.

Ele não disse nada e depois eu o ajudei com o sobretudo e coloquei no mancebo.

Eu normalmente sou muito Calada. Mas, naquele dia me esforcei ao máximo. Virei um túmulo. Eu só falei o necessário.

-Hitsugaya, como está minha agenda hoje?

Aquele atrevido teve a pachorra de me perguntar isso. Eu, obviamente não aguentei e cutuquei.

-Não sei Senhor...

Ele encarou com surpresa.

-Como assim você não sabe? - Ele disse perplexo.

-Não sei. - Eu mantinha a postura fria. Receba.

-Hitsugaya, é algum tipo de brincadeira? Ser a minha secretária não é o seu trabalho?

-Eu achava que era Senhor Chuuya, até o senhor desaparecer ontem o dia todo e não me dar satisfação nenhuma.

-Mas, o quê? - Ele disse meio surpreso.

-O dia todo fiquei aqui esperando o senhor Chuuya que estava com a agenda cheia e eu tive que desmarcar todas.

Nem olhei para o cretino. Vai lá, com a sua Sachiko. Continuei digitando minhas planilhas.

-Me desculpa... Nossa. Realmente Hitsugaya eu não te avisei. Me perdoe. Foi um caso extraordinário.

Um caso extraordinário? Seu sem vergonha!

-Ah. - Eu me contive. Não queria dar o gostinho de que me importo.

-O que foi esse "Ah"? - Ele retrucou. Lindo como sempre. Mas, eu vou resistir.

-Nada.

Ele ficou me encarando um bom tempo e depois fez um beiço.

-O que foi? - Eu perguntei parando o que estava fazendo.

-A minha secretária me dando sermão.

-Senhor Chuuya, eu controlo a sua agenda e quando coisas aleatórias acontecem eu preciso saber. Ou o senhor vai me dizer que não desempenho bem o meu trabalho.

-Que absurdo Hitsugaya! Eu jamais falaria isso! - Ele desistiu de discutir. - Tudo bem! Da próxima vez te aviso.

Vai ter próxima vez? Que ódio dessa Sachiko.

-Você também deveria tirar folga de vez em quando Hitsugaya. Trabalha tanto.

Será que? Não. Não. Eu tô criando expectativas.

-Sair sabe... - Ele continuou. Ele vai me convidar. É isso. - Conhecer uns caras. Sei lá.

Conhecer uns caras? Senhor Chuuya eu só quero você.

-É mesmo. O senhor tem razão. - eu custei a terminar esta frase.

-Tire o resto do dia hoje. Aproveite e descanse.

-Claro. - Não quero folga senhor Chuuya. Quero você. Só isso. É tão difícil assim.

Eu obedeci o senhor Chuuya, tirei o resto do dia de folga e saí me arrastando pela cidade. Eu estava tão frustrada que nem consegui pensar em nada para aproveitar. Sentei num banco da praça e fiquei olhando para o tempo, sem fazer absolutamente nada. (Sou muito boa nisso). Quando percebi um homem com um de cavalo de gosto duvidoso sentou ao meu lado. Ele usava óculos, tinha uma espécie de agenda nas mãos ao qual ele lia e anotava um monte de coisa. Vestia um terno amarelo mostarda e cara de preocupado sempre.

Eu observei sua concentração e simplesmente ignorei. Simples assim. O silêncio acabou me deixando um pouco incomodada. Resolvi ler, ficaria menos feio para mim. Tirei da bolsa um livro que eu estava tentando terminar de ler a uns 2 meses e comecei a ler. Eu gostava de livros de estratégia, de ideais e filosofias, meu antigo trabalho exigia muito isso de mim e nem era o meu setor. Mas, acabei gostando.

-Isto aí é Schelling? - O homem me disse com a voz grossa. Que sexy.

-Sim... - Eu respondi, depois fiquei surpresa porque ele não tinha tirado os olhos da agenda dele.

-Gosto de Shelling. Miyamoto Musashi também é legal.

-Li os 5 anéis. Realmente formidável.

Ele tirou os olhos da agenda e finalmente olhou para mim. Tinha os olhos de um verde musgo e a expressão séria debaixo de um óculos retangular.

-Fico surpreso que uma moça como a senhorita gostar destas coisas. - Senhorita? Que cavalheiro.

-É. O trabalho me exige muito disso, mas particularmente gosto.

-O que você faz, senhorita...? - Gente, ele era bonito. Meio quadradão, mas era bonito. Nada que se compare ao senhor Chuuya.

-Hitsugaya. Harumi Hitsugaya.

-Ah, eu sou Doppo Kunikida.

-Muito prazer, senhor Kunikida. Respondendo a sua pergunta: sou secretária.

-Secretária? Bem... - Ele pensou um pouco antes de me responder. - Também sou um tipo de secretário.

Obviamente estava mentindo. Mas, eu também não ia dizer Secretária de quem exatamente e nem o que esse alguém fazia da vida. Enfim.

-Então somos colegas de profissão.

-Sim. - Ele parou olhou para o relógio de pulso. - Preciso ir. Tenho um compromisso e estou 1 minuto atrasado.

Assim do nada? Meu papo tava tão chato assim?

-Não quero te atrapalhar. Fique a vontade.

Ele se levantou rapidamente e depois parou no meio do caminho e olhou para mim todo sem graça.

-Eu tenho as Filosofias de Schelling, se quiser depois podemos trocar livros. Você me fala quais você tem. Posso marcar um horário na minha agenda.

Ele tava muito vermelho. Parece que não era muito bom em flertar. Não, ele era péssimo, "horário na agenda"? Isto era o que? Uma consulta?

Eu não devia embarcar nesse jogo, meu objetivo ainda era o senhor Chuuya, mas... ele estava com a Sachiko né? Além do mais eu me lembrei de um fato importante: eu não tinha nenhum amigo.

-Você... quer anotar o meu número...? - Perguntei de um jeito não comprometedor. Sem segundas intenções, ele nem deve ter espaço na sua agenda apertada....

-Quero! - Ele respondeu tão rápido que até me assustei. Trocamos números de telefones e depois ele seguiu. Não era de se jogar fora. Alto, loiro.

Meu dia de folga acabou comigo fazendo absolutamente nada. Queria ter ficado no escritório com o senhor Chuuya. Eu cheguei no meu apartamento. Não. Mentira. Era só um quarto mesmo. Um quarto e um banheiro. Só isso. Eu comia fora e levava as roupas para a lavanderia. Deitei na cama e fiquei olhando para o teto. A noite ia demorar pra caramba. Ah! Não mencionei né? Eu não durmo.

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