Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

34 - A hora do chá

Moriarty voltou para casa vitoriosa. Ela entrou no apartamento e tirou os sapatos e antes de acender a luz deparou com uma figura conhecida.

-Está aqui a muito tempo, Dazai, meu amor?

-Não. Acabei de chegar. - Ele estava sentado em uma das poltronas no completo escuro.

-Veio para nos divertirmos?

-Não. Vim para ter certeza do quão diabólica você pode ser... - Ele disse a frase sem esboçar nenhuma emoção.

-Assim me ofende, querido.

-Achei seu plano incrível para falar a verdade. A minha única dúvida era o que você ganharia com isso? Até que eu entendi finalmente, após uma certa atitude de Hana.

-Diga-me o que sabe... direi se está certo.

-Hum. A quanto tempo planejou isso?

-Bastante tempo. - Ela mantinha-se inexpressiva.

-Quando contratou o Tengen?

-Dois meses antes de vir para cá.

-Ahh. Vamos lá então. Uma estrangeira surge do nada acompanhada de uma suposta irmã de criação e se oferece de graça para ajudar uma jovem mulher em sua vingança. Dá a ela toda a sua assistência pessoal e financeira e traça toda uma estratégia. A estrangeira é simplesmente a Rainha do Crime mais procurada da Europa e cai aqui em Yokohama por causa de um caso de amor não correspondido. Uma verdadeira balela.

-Não... de fato Sherlock nutre sentimentos por mim.

-Aí você pesquisa toda a vida de Hana previamente e descobre sobre a cartada de Hiei através de uma pessoa infiltrada dentro da organização dele. Alguém que te passava todas as informações. E você sabia de tudo que iria acontecer aí você liga para mim e para o Chuuya para que fossemos até o local, porque você não queria que ela morresse só queria ela desestruturada.

-Pelo visto você é bom mesmo.

-Aí a jovem já não desestabilizada o suficiente você diz sobre a perca de um filho na batalha que ela tinha perdido. E é aí onde a sua destreza e crueldade supera tudo. Você e o chefe da Máfia do Porto se encontram dias antes e negociam uma forma de anexar as vespas a Máfia do Porto, porque era interessante para você e para ele. Com um plano seu ele manda Chuuya para fora do país sem comunicar com ninguém e deixa a jovem Hana afundar em tristeza. Ela simplesmente se desvincula de tudo.

-Acha que sou tão cruel assim? Pelo que eu saiba, você também não foi nenhum santo. Sabia desde o início do amor que eles sentiam um pelo outro mesmo assim se envolveu com ela! Fazendo juras de amor... isso também não é crueldade?

-É não me isento da culpa. É que eu não resisto quando se trata de perturbar o Chuuya. Mas... estamos falando de você. Ainda tem mais. Onde eu estava? Ah! Com isso todos começam a questionar a sanidade da líder criando rachaduras dentro da organização, forçando Hana a procurar a sua ajuda e você dá a cartada final: sugere a união com a Máfia do Porto.

-Interessante, você também sabe o porquê não sabe? - Jane tinha o olhar sereno.

-Claro! Você quer apoio quando um certo alguém chegar aqui. Na Máfia do Porto você se torna praticamente intocável.

-E este certo alguém estará aqui em breve. Afinal, você mesmo escreveu uma carta para ele a alguns dias, quando você descobriu todo o meu plano.

-Só antecipei sua chegada. Até porque você me usou, Ne?

-Não era mentira.

-Claro que não, você deixou para usar na hora certa.

-Soube que era um mulherengo.

-Ele te contou tudo não foi? - Dazai mantinha o olhar frio.

-Quem?

-Fyodor. Sabia de cada detalhe antes mesmo de pisar aqui em Yokohama. A sua falta de jeito com nossos costumes indica que você nunca esteve aqui antes. E o leve sotaque que você tem indica que você aprendeu recentemente, por ser inteligente como é aprendeu em pouquíssimo tempo o nosso idioma.

-Você é mesmo formidável.

-Sabia que eu daria um jeito de ficar com você.

-Por que diz isso?

-Jamais perderia no xadrez.

-O que mais sabe sobre mim, Dazai?

-Você não teria como perder no primeiro confronto. Teria ganhado, suas estratégias são incríveis, e você jamais erraria um cálculo, afinal você é professora de matemática. Uma mulher absurdamente intelectual. Você se envolveu comigo para me manter entretido. E tem o que você busca aqui em Yokohama...

-O que seria?

-Um certo livro que esta aqui e você pode reescrever a própria realidade.

-Você é mesmo incrível Dazai. Uma pena não termos nos conhecido antes, teríamos dominado o mundo. - A expressão dela de fria e calculista deu lugar à um semblante triste. - Depois ela olhou para cima e suspirou. - Tenho quanto tempo?

-Sherlock Holmes desembarcou esta tarde no Porto de Yokohama.

-Tenho pouquíssimo tempo então.

Ela abaixou a cabeça e ficou pensativa por um longo momento. Depois disse a ele calmamente.

-Você sabia sobre o meu poder? - Ela disse séria.

-Persuasão.

-Você foi o único a ficar livre. Você e o Sherlock. Você graças ao seu poder, Sherlock teve seus próprios métodos. - Ela se abaixou diante de Dazai e pela primeira vez deixou seus sentimentos reais transparecem. - Quero que saiba, que nem tudo foi mentira.

Ele a beijou intensamente nos lábios.

-Eu sei. - Ele disse com a expressão triste.

Ele saiu do apartamento triste e saiu andando pelas ruas de Yokohama. O amor é um sentimento tão traiçoeiro que muitas vezes é pior do que qualquer veneno. Em seu coração Dazai sentia que a mulher de cabelos longos que o olhava chorando da janela, era de fato alguém que o amava de verdade. Mas, nem mesmo amor dela era suficiente para preencher o vazio em seu coração.

(...)

Para falar sobre Sherlock e Moriarty não é necessário apresentação. Dois rivais inteligentes que se enfrentaram em jogos de dedução um mais complexo que o outro. De um lado, Sherlock Holmes, um homem elegante e muito bonito, extremamente inteligente. Cabelos muito pretos e olhos azuis, alto, forte. Bom em artes marciais, violinista. Do outro, Jane Moriarty, cabelos avermelhados longos e ondulados, olhos verdes. Excelente atiradora, professora de matemática, excelente lutadora, muito boa em esgrima, muito astuta e rainha do crime em Londres.

Os dois se conheceram em meio a inúmeras tentativas de captura de Sherlock Holmes. Cada um tentando entender e decifrar melhor a mente do outro. E foi assim por muito tempo.

Até que um dia Moriarty se entediou. Já havia feito tudo. Deixou Londres em chamas por inúmeras vezes. A verdadeira rainha do caos.

Sherlock Holmes desceu a rampa do navio acompanhado de um jovem loiro, também muito elegante. John Watson era médico aposentado do exército e colega de apartamento de Holmes. Os dois já haviam resolvido juntos inúmeros casos.

Ele foi recepcionado por um dos integrantes da Agência de Detetives Armados, Tanizaki.

-Bem vindo senhor Holmes! - O jovem disse em um inglês arranhado.

-Obrigado meu jovem, mas podemos falar no seu idioma. - Respondeu em japonês.

-Ah, que bom. Meu inglês é péssimo! O Dazai pediu para que eu viesse recepcioná-lo e levá-lo a agência.

Dazai enviou uma carta a Sherlock cerca de 10 dias antes. O mesmo estava a procura de Moriarty a bastante tempo.

-Vamos Watson!

O homem elegante chegou na agência. Dazai o aguardava sentado com seu olhar com pouca expressão.

-O senhor deve ser Osamu Dazai... - Ele disse olhando fixamente para o jovem magro sentado à mesa.

-O que fez pensar nisso? - Ele apoiou os cotovelos na mesa.

-O único homem que olhou para mim sem cara de surpresa. Estava me esperando.

-Sim.

Ele sentou-se diante dele e ficou olhando para Dazai fixamente e depois continuou:

-Onde ela está? - Holmes perguntou se referindo à Moriarty.

-Acho que deveríamos conversar em outro lugar, o que você acha?

-Como preferir senhor Dazai.

Os dois saíram pela cidade de Yokohama sem muito diálogo. Ambos estavam se analisando da maneira que podiam. O que hesitasse primeiro perdia.

Pararam num café em frente ao mar. Um local público, escolhido por Dazai. O homem não era o melhor detetive do mundo a toa e Dazai sabia disso.

-Bem... já me levou para um passeio turístico, agora vamos direto ao ponto. - Holmes começou.

-Claro. - A expressão de Dazai mantinha-se a mesma.

-Eu realmente fiquei intrigado. Eu recebo uma carta de Yokohama escrita em inglês me falando exatamente onde Jane Moriarty estava. E chegando aqui me deparo com você, que escreveu a carta, e se identificou.

-Somos colegas Detetives. É o mais certo.

-Sei... - Holmes se apoiou na cadeira e depois cruzou as pernas. O jeito despojado era o oposto de Dazai.

Holmes era atlético, forte, alto, elegante. Chamava a atenção das mulheres. Era inglês. Dazai, embora não menos elegante, era esguio e franzino. Era a contrapartida japonesa do inglês a sua frente.

-Somos colegas de profissão, não somos Holmes? - Dazai disse calmamente.

-Claro, embora o que você fazia antes era diferente. Não era?

-O senhor é o melhor detetive do mundo, diga o que descobriu.

-Osamu Dazai, sua ficha é mais extensa do que o mar à nossa frente. Pode ter dado um jeito de se esquivar, mas um dia, você cairá.

-É uma ameaça? - Dazai estreitou os olhos.

-Um aviso. Na verdade, um conselho.

-Está sóbrio hoje senhor Holmes?

-O que quer dizer com isso? Dazai... - Holmes mudou o semblante.

-O senhor tem uma certa dependência química, não tem?

-Você é bom também, pelo visto. Quer saber de algo mais? Você era um mafioso, respeitado e temido, pelo visto. Não tem apresso por nada, nem mesmo pela própria vida, o que justifica a quantidade de ataduras. E pelo que vi de você, é extremamente inteligente e calculista.

Dazai deu um sorriso fino.

-Sou um novo homem agora...E quanto a você, toca violino, gosta de artes marciais, faz diversos experimentos e é de fato dependente químico.

-Vamos parar com os joguinhos. Eu sei que não vai me entregar Moriarty.

-O que faz pensar isso?

-O seu envolvimento amoroso com ela.

Dazai manteve a expressão.

-Isso é uma calúnia.

-É mesmo? - Ele se aproximou de Dazai e fechou os olhos como estivesse sentindo cheiro de algo. - White Rose. O perfume dela, esparramado por todo o seu corpo. Esteve com ela, provavelmente na noite anterior. Deve ter dormido com ela, acordou e veio direto para o trabalho.

-Talvez. Te incomoda?

-Depende. Vai entregar a mulher com quem está transando?

Dazai ficou em silêncio por um longo tempo. E depois continuou.

-Eu disse que ela está aqui em Yokohama, o resto agora é com você.

-Por que entregá-la assim? Não estão envolvidos?

-Pelo mesmo motivo que você não se envolveu com ela. Poderiam ter ficado juntos. Mas, algo aconteceu, não foi?

Holmes mudou a expressão e ficou pensativo.

-É você sabe, não é? Eu realmente amo a Jane. De todo o meu coração. Eu gostaria que ela fosse diferente, mas talvez, eu não a amaria se fosse assim. Porém, ela passou do limite. E é por isso que estou aqui hoje.

Dazai ficou em silêncio e depois apenas se levantou e saiu andando. Depois virou-se para Holmes e disse:

-Não irei te impedir. Vá em frente.

(...)

Hana acertava os últimos detalhes da transação que havia feito com Ogai Mori, o chefe da Máfia do Porto. Chuuya chegou e se deparou com a namorada com as mãos na cabeça e a expressão triste. Ele bateu de leve na porta e foi entrando. A situação entre eles, embora tivessem voltado, estava estranha. Pareciam ter um abismo entre os dois que por nada diminuía.

-Hana...

-Oi meu amor... entra.

-Estão se mudando? - Ele disse observando as caixas.

-Não, exatamente.

Chuuya sentou-se diante de Hana, e com a expressão séria ele perguntou.

-Sem mentir para mim. OK?

-Ok...

-Qual foi o acordo, Hana? Seu e do meu chefe.

Ela abaixou a cabeça e ficou triste. Deu um longo suspiro antes de continuar.

-Eu... As Vespas agora pertencem a Máfia do Porto. Eu, pertenço a Máfia do Porto.

Ele ficou em silêncio. Já havia passado por aquilo antes. Sabia o sentimento que ela tinha. Ela continuou a falar.

-Eu não tinha opção... Chuuya, você tinha razão. Todos tinham. A vingança consumiu meu coração. E agora Hiei está morto e eu não sinto nada! Não preencheu o vazio!

Ele suspirou e depois disse calmamente.

-Eu não entrei exatamente por opção. Eles não me deram uma. Era isso, ou todos os meu amigos... Não. Meus companheiros seriam mortos. Porque eu fui um péssimo líder. E um dos membros das Ovelhas, me esfaqueou pelas costas, com uma faca envenenada. E mesmo assim, eu implorei pela vida deles. Foram esparramados pelo país, para servirem de exemplo e nunca mais formarem as Ovelhas de novo. Eles eram a minha família. Me encontraram faminto embaixo de uma ponte. Se não fosse por eles talvez eu estivesse morto. Eu devia isso a eles. Sete anos depois ainda estou aqui e acredito que sempre estarei. Foi o que eu aprendi a fazer. A vingança, Hana, não é saborosa. É como uma faca de dois gumes, ninguém sai ileso de uma vingança. Eu sei disso.

-Chuuya... - Hana parecia arrependida.

-Eu, estarei aqui. Segurarei sua mão, te abraçarei, te protegerei, nem que custe a minha vida. - Ele também tentava dizer isso para si mesmo.

-Eu sou uma péssima líder. Arrastei todos para um poço sem fundo.

-Olhe por outra perspectiva. No futuro, talvez agradeça por isso. Se lamentar só torna tudo mais difícil. Além do mais, você foi manipulada do início ao fim.

-Hiei era muito bom nisso.

-Não, Moriarty é melhor. - Ele disse com absoluta certeza do que dizia.

-Jane? - Hana estava confusa, mas não pareceu surpresa.

-Unir à Máfia do Porto foi ideia dela não é?

-Como você sabe?

-Porque o Dazai faria a mesma coisa.

-Eu sou muito burra mesmo. - Hana encostou exausta na poltrona. - Eu sou muito manipulável.

-Seu coração é bom. É por isso que as pessoas te enganam. Mas, não se culpe por isso. E... O que vai fazer com relação à Moriarty?

-Nada. Eu estou farta vingança por um tempo. E sendo como ela é, ela saberia cada passo que eu daria. Eu só queria saber o que ela ganha com tudo isso...

Chuuya achava estranho. Hana parecia confortável com a manipulação de Moriarty, como se soubesse de tudo.

-Então... - Ele mudou de assunto, sabia que isso a machucava. - A partir de hoje, você é família. Sua dor será minha dor, sua luta será minha luta. Bem vinda à Máfia do Porto.

Hana descobriu a duras percas que vingança é um prato servido frio, porém você o saboreia sozinho. O sabor que ficou para ela foi amargo e triste. Ela não ficou feliz com a morte de Hiei. No fim, ela não pôde trazer ninguém de volta. Nem mesmo a sua dignidade. E além de tudo ainda teve que aceitar as consequências. Entrar na Máfia do Porto era o mesmo que vender a alma ao Diabo.

(...)

Jane levantou-se cedo. Tomou um banho quente em uma banheira cheia de sais de banho. Hidratou os cabelos, passou perfume, White Rose, passou cremes e fez skin care. Escolheu a sua melhor roupa. Para o almoço, escolheu carré de cordeiro, purê de batatas e para se lembrar de casa, um prato de Chicken tikka masala. Um prato à base de frango marinado em curry e iogurte, depois assado e misturado ao iogurte.

Para a sobremesa tiramisù. Depois de descansar, assistiu uma maratona de episódios de Doctor Who. Escreveu uma longa carta e para finalizar ela subiu as escadas e foi até o terraço. Uma pequena mesa estava preparada. Ela solicitou a um dos empregados que levasse chá, Golden Tips Imperial, e um pedaço bem grande de Victoria Sponge Cake, um delicioso bolo que é um dos acompanhamentos tradicionalmente servidos no chá da tarde inglês. Leva esse nome em homenagem à Rainha Victoria, que não dispensava a guloseima em seu chá da tarde. É um bolo com massa bem fofinha, cortado em pedaços pequenos antes de servir, e recheado de geleia de morango ou framboesa e creme de baunilha. O favorito de Moriarty.

Ela sentou-se, olhou para o relógio, 17 horas, a hora do chá. Ela serviu-se do bolo e do chá e ficou aguardando. Depois virou-se para a porta e viu o belo homem de quem fugia a anos se aproximar sem dizer uma palavra.

-Está atrasado, Sherlock.

-Nunca fui muito pontual para a hora do chá. Me desculpe.

-Sente-se. Vamos conversar. - Moriarty não mudava sua expressão.

-Não, obrigado. Além do mais, não temos nada para conversar.

-Ainda está chateado comigo?

-E você ainda pergunta, qual é? Você é mais inteligente que isso.

-Sherlock, estou perguntando se ainda está bravo. Afinal já se passou algum tempo.

-Jane... O que você veio fazer aqui? Londres ficou pequena para você e decidiu vir infernizar Yokohama?

-Fala como se eu fosse um monstro.

-E você não é?

-E você? Engraçado não é Sherlock. Como se fossemos diferentes um do outro.

-Somos diferentes. Lutamos de lados opostos.

-Não. Somos idênticos. Apenas estamos em lados opostos. Somos dois egocêntricos que gostamos de brincar com a mente frágil dos menos inteligentes que nós!

-Eu não sou uma psicopata.

Ela deu um soco na mesa.

-VOCÊ GOSTA NÃO É SHERLOCK? DOS ENIGMAS, DAS CHARADAS, DAS NOSSAS BRIGAS DE GATO E RATO! SEM MIM VOCÊ É O QUE? PRECISA DE MIM, PARA QUE SEU NOME CONTINUE ESTAMPANDO AS MANCHETES DOS JORNAIS! - Moriarty se levantou e jogou a xícara no chão. Hipocrisia era o que mais odiava.

-NÃO FALE COMO SE SOUBESSE TUDO O PENSO! ACHA QUE EU ME DIVIRTO COM A PILHA DE CORPOS DEIXADA POR VOCÊ?

-Sherlock, me poupe. Sua Hipocrisia me enoja. - Ela se aproximou dele lentamente e tocou seu rosto. - Você me amava. Não amava? Não. Você ama.

-E você, só ama a si mesma. Não. Tem aquele homem né? Osamu Dazai. Foi por causa dele que você veio.

-Está com ciúmes, Sherlock?

-Você saiu de Londres, atrás de um homem, cujo nome chegou aos seus ouvidos. E você, cansada se brincar comigo, veio atrás de outra presa, porque pra você é isso? Descarta as pessoas! Ele foi o bastante para você?

Ela soltou o rosto dele e depois o esbofeteou. Os dois trocaram socos, em uma luta formidável. Moriarty era uma exímia boxeadora e Holmes era bom em outras artes marciais. Por se tratar de dois estrategistas era impossível sair um vencedor dali, a não ser que alguém desistisse.

-Chega Jane! Entregue-se! Pague por seus pecados!

-Diga você os seus, suas mãos estão mais sujas que as minhas!

-Estava certa, Jane. Eu amava você. Este é um dos meus pecados. E eu tentei seguir em frente, mas nem isso você me permitiu. Você a matou! Irene.

Moriarty arregalou os olhos como se tivesse visto um fantasma. Irene Adler, era uma habilidosa ladra que trabalhou para Moriarty com o intuito de seduzir e enganar Holmes. A mulher acabou de fato se apaixonando por Holmes e ele também por ela. Entretanto, quando se voltou contra Moriarty, a mesma acabou morrendo.

-Queria que eu fizesse o que? Deixasse ela me enganar, matar 35 pessoas e tudo bem?

-Não precisava tê-la matado!

-Não? Sabia que ela me chantageou? Era só eu ter dobrado o preço! Ela estava disposta a te matar se fosse preciso. Quando ficou num impasse, ameaçou um prédio inteiro com uma bomba, para não morrer, e não matar mais ninguém, matei ela primeiro. Não porque eu sou legal. Mas, porque ela poderia ter arruinado tudo!

-Seus planos em primeiro lugar! Você é doente!

-E você Sherlock, a segunda mente mais brilhante de Londres, frustrado e viciado em drogas!

Ele a segurou pelos dois braços.

-Por que? Eu podia ser feliz, sabia?

-Não, pessoas como nós nunca estarão felizes, é por isso que você é um dependente químico, e eu uma psicopata.

-O que sobra para nós então?

-Nada. Vazio. É só isso.

Ele a beijou intensamente. Depois de anos de conflito. Ela retribuiu mesmo relutante.

-Queria que me amasse, pelo menos, nossas lutas teriam mais graça no fim da noite.

-Eu sinto muito. Eu estou cansada, Sherlock.

Ela se soltou de seus braços e se aproximou da beirada do prédio. Contemplou a vista da cidade.

-Já está na hora de aparecer, Dazai. - Sherlock disse.

-Ahhh, a quanto tempo percebeu minha presença? - Dazai disse saindo do ponto cego em que estava.

-Já tem um bom tempo.

-Então, estamos aqui os 3. Faltou só a Irene, mas... você a matou, não é Jane?

-Já chega... O Dazai sabe bem da minha ficha suja. - Ela disse ainda olhando para baixo.

-Afinal, vocês dois se merecem. - Sherlock disse com mágoa.

-Sim. - Ela sentiu a brisa no rosto e depois se virou para os dois. - Sherlock, nosso joguinho foi legal. Eu gostei muito dos nossos conflitos. Espero que encontre alguém ou algo para preencher o vazio que você sente. Apesar que sabemos que não vai encontrar.

-Não diga essas coisas. - Sherlock deu um passo para a frente.

-Osamu... eu sabia que você viria. Eu queria que a gente tivesse se divertido mais. - Ela sorriu. Dazai sabia o que aquilo significava. - Não há outro jeito. Te vejo do outro lado querido.

Jane Moriarty abriu os braços e deixou o corpo cair para trás.

-Não! Jane! - Holmes ainda tentou impedir.

Dazai ao vê-la cair, correu para se jogar junto com ela, mas Holmes o segurou.

-Vocês são malucos?

-Me solta! Não vou deixar que ela morra sozinha. Me solta! - Dazai tentou se soltar, mas depois ficou quieto.

Quando Holmes criou coragem olhou de cima do prédio, mas era alto demais e não viu nada.

-Tomara que a maldição que ela jogou em você realmente funcione. - Dazai disse cheio de rancor.

Holmes ficou em choque. Ainda não acreditava que Moriarty havia mesmo se jogado.

Dazai caminhou devagar em direção à saída. Depois deu um sorrisinho de lado e voltou para casa.

Holmes ainda ficou lá em cima, no terraço e chorou como uma criança.

(...)

Hana recebeu a notícia da morte de Moriarty em choque. Ela não podia acreditar que uma mulher tão esperta poderia ter se jogado de um prédio.

-Como aconteceu?

-Ela se jogou. - Tengen começou a dizer. - Dizem que o prédio era tão alto que o corpo ficou irreconhecível.

-Não consigo acreditar.

-Soube das últimas? - Tengen perguntou enquanto lia os jornais.

-Primeiro o conflito com a Guida né? O que você viu?

-Não está nos jornais. Uma fonte me disse a Segurança Pública está na cidade.

Hana olhou a janela e depois disse para Tengen.

-Vamos nos preparar então. Sem a Moriarty agora, temos que nos esforçar mais.

-Serão disse turbulentos.

O vermelho sangue tingiu mais uma vez o céu de Yokohama. Era o prelúdio de uma marcha triste e sangrenta. A história de Hana, não termina por aqui. Na verdade, está só começando.

Hana se virou e pegou atentamente as correspondências. Entre elas, um envelope preto com escritas em douradas.

As letras em alto relevo diziam:

"ESTÁ PRONTA PARA UM SEGUNDO ROUND?"

E Embaixo, o desenho de um escorpião.

Hana ficou pensativa e depois guardou o envelope.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro