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21 - Memória Póstumas

A vida de Chuuya ficou vazia. Tudo o que ele sentia por Hana foi jogado no vale do esquecimento, como se dessa maneira ele sofresse menos. Era uma coisa que ele estava acostumado a fazer. Saiu com muitas mulheres, mas nenhuma delas preenchia o vazio que Hana havia deixado. Hana trazia o que de melhor havia nele. Com ela, Chuuya se sentia humano de verdade.

Já havia se passado alguns anos. Ele agora era conhecido como o Rei das Joias e era um dirigente respeitado na Máfia do Porto.

Naquela noite depois de um trabalho complicado, parou em um bar da Máfia do Porto e pediu um pouco de saque. Ele encostou no balcão e viu uma moça de cabelos pretos com as raízes brancas, olhos muito azuis bebericando um Whisky sem gelo. Quando viu o rosto da moça ficou em choque. Hana?

Não, Hana estava morta. Era apenas uma mera coincidência. Ou o álcool agindo em seu corpo. Era o que ele pensava.

A semelhança entretanto chamou sua atenção. Acabou puxando papo. Era como Hana. O sorriso, os olhos. Ela estava viva? Mas, se fosse ela, o procuraria, não é?

A encarou por um tempo, o álcool subia muito rápido para ele, e com isso agia ainda mais por impulso. A convidou para ir na sua casa, queria aquela mulher.

Eles passaram a noite juntos.

Podia ser o álcool, a saudade. Mas, tudo naquela mulher lembrava Hana: o cheiro, o beijo, o toque macio de sua pele. Tudo ainda fresco em sua memória.

Quando terminou abraçou a jovem com tanto amor, como se tivesse medo de deixá-la ir, adormeceu abraçado ela.

No outro dia quando acordou, a bela mulher havia desaparecido. Ele resolveu voltar ao bar e ela estava lá novamente, ela deu um largo sorriso, depois daquele dia eles se encontravam com frequência.

Ele se sentia mais uma vez como aquela época. Com o seu coração queimando de dentro para fora.

Mas, a felicidade dura pouco para homens como Chuuya, depois de uma discussão ela desapareceu, por dois anos.

Ele pensou muito nela desde aquele dia. O rosto era muito parecido. Tudo era parecido. Mas, ele se recusava a acreditar que de fato ela estivesse viva. Não queria alimentar falsas esperanças.

Os dias se passaram. Naquele dia, ele estava com alguns subordinados aguardando para resolver um trabalho. Eles conversaram discretamente entre si. Chuuya estava encostado fumando um cigarro. Ele fumava raramente, na maioria das vezes quando estava nervoso. O que era o caso, o trabalho estava mais complicado do que ele imaginava.

-Hey, vocês estão sabendo? - Um dos capangas disse.

-O que? - Disse o segundo.

-O Dazai agora é detetive.

-Fala baixo! O chefe não suporta nem ouvir nome dele. - O que era de verdade. Chuuya tinha um enorme rancor por Dazai, por variados motivos, mas o que mais detestava nele era a maneira como ele o ludibriava e se divertia à suas custas.

-Mas, é sério. Um amigo meu disse que eles estão investigando um caso antigo.

Chuuya parecia não ouvir, mas estava atento a cada palavra. Ele era muito bom.

-Caso antigo? - O outro capanga perguntou tragando um cigarro.

-É... lembra da família Sihadeko?

Chuuya se lembrou do nome da família dito algum tempo atrás por Hachi, a bela mulher com quem se relacionava.

-Sihadeko?

-É do incêndio de alguns anos atrás?

-Sim! Eu fazia parte dos Mantos Negros na época. Depois, eu recebi a proposta irrecusável da máfia do porto. Mas, eu me lembro bem. A família Sihadeko era a base dos Mantos Negros e do dia para a noite todos morreram em um incêndio. Mas, o burburinho que rolava é de que a filha mais velha não tinha morrido. Eles nunca acharam o corpo dela.

-Será?

-Sim. E sabe de uma coisa interessante? O Dazai estava carregando uma moça bêbada nas costas um dia desses, perto de um bar aqui perto. Cabelos platinados. E sabe qual é a característica da família Sihadeko?

-Cabelos platinados?

-E olhos azuis. Lady Sihadeko era igualzinha.

Chuuya parou de fumar e ficou um longo tempo processando informações. Tudo veio na sua mente como uma avalanche. Não era uma mera coincidência, a mulher que esteve com ele, era sem dúvida, Hana Sihadeko. Então... por que ela Mentiu? Será, que havia se esquecido dele?

Ele passou a ficar de olho nos arredores de onde havia a encontrado. Ele queria ver ela mais uma vez e ter certeza.

Ele estava sentado em seu escritório batendo os dedos na mesa e olhando para o colar de rubi que ia presenteá-la a sete anos atrás, pensando na vida que teria com ela. Por ela, ele teria feito tudo. Teria dado tudo a ela, até mesmo o mundo se ela pedisse. E sofreu muito com a "morte" dela.

Ele estava imerso em seus pensamentos quando um de seus subordinados entrou.

-Senhor. A moça que o senhor pediu para ficarmos de olho, está em um dos nossos bares neste momento.

-Onde?

-Naquele a duas quadras daqui.

Ele mal terminou de ouvir e pegou o sobretudo e as chaves do carro e saiu diretamente para lá.

O resto da história, foi ele se encontrando com a jovem mais uma vez. E quando a viu com os cabelos todos platinados, ele não tinha dúvida de que era Hana a mulher a sua frente. Ele seguiu o jogo, não queria pressioná-la, mas queria ela dissesse da boca dela. Apesar de extremamente sangue quente, ele sabia agir com frieza quando necessário.

-Chuuya? - a forma aveludada que ela pronunciava seu nome o deixava arrepiado.

-Você por aqui significa problema. - Ele disfarçou.

-Eu estou no bar. Não posso? E você?

-Aqui é minha área. Os seguranças me informaram sobre uma mulher muito perigosa rondando por aqui. - Mentiu

-Eu? Nem sou perigosa. - Ela fez um charminho

-Nós sabemos que você é.

Ele ficou a encarando por um tempo, era mesmo a Hana. Ele queria dizer a ela que a amava e sentiu falta dela todos os dias, mas, ela parecia outra pessoa. Os olhos brilhantes de outrora, agora estavam opacos e sem vida. Ela tinha sempre o semblante triste e seu largo sorriso, agora era raro e tímido. Sem dúvidas a tragédia afetou sua vida.

Ele a guiou até o carro. Ele iria esperar até que ela dissesse.

-Vai me matar? - Ela disse enquanto o seguia.

-Claro que não! Mas, eu deveria.

-Poxa, Chuuya a gente não se vê há... uns...

-Dois anos! Você desapareceu e nunca mais deu as caras. - Ele disse visivelmente irritado. Sentia-se abandonado por ela.

Ele abriu a porta de seu carro e pediu para que ela entrasse.

-Eu tenho opção?

-Não! - Ele disse secamente.

-Onde vamos?

-Vai saber quando chegar lá.

Ele seguiu viagem. A mente dele fervilhava só de pensar que ela estava brincando com seus sentimentos.

Chuuya parou o carro em um local alto. De onde estavam dava para ver a cidade inteira. Ele gentilmente abriu a porta do carro para que ela descesse, encostou no capô e ficou contemplando a vista.

-E depois de me matar de tédio vai me jogar ribanceira a baixo? - Ela disse sarcástica.

-Não seja boba. Foi só uma desculpa para dar uma volta com você por aí. Eu não te vejo a impressionantes dois anos! Sabia que eu voltei no bar todos os dias por quase dois meses?

-Foi mal... - Ela disse constrangida.

-E tudo por uma coisa que eu nem tinha culpa! - O jeito dele falar era de alguém sempre furioso.

-Me desculpa. Eu fiquei transtornada.

-Você poderia ter pelo menos me dado seu número. - Ele disse desviando o olhar.

-Mas, era o nosso lance, né? A gente se via, se curtia e pronto. - Ela realmente estava tentando se esquivar da situação.

-Pra você foi só isso? - Ele disse visivelmente chateado.

-Não... quer dizer. Eu pensei que era isso que você queria. Você é um executivo da Máfia! Romances não entram no vocabulário de vocês!

-Não somos animais! Nós temos sentimentos! E você magoou os meus! Nenhuma carta, nenhum bilhete pelo menos! - Chuuya parecia as vezes uma criança com medo de ser abandonado.

-Chuuya... me perdoa. De verdade. Eu... vivo assim...

-Por que?

-Porque é a única coisa que posso oferecer... - ela abaixou a cabeça. - Não sobrou mais nada.

Hachi não estava mentindo. Realmente ela se sentia um lixo. Como se sua alma tivesse queimado junto com sua família.

-Então, você só tem seu corpo para me oferecer? Eu pensei que tinha seu sorriso, sua simpatia, o seu carinho.

Ela abaixou o olhar e ficou pensativa. Ele continuou:

-Tá vendo aquele local ali? - Ele apontou para um local mais baixo que parecia ser uma cratera.

-Sim. Suribachi.

-Eu surgi ali, no meio de uma explosão. Antes daquele dia, não me lembro de mais nada. Nem família, nem amigos. Tudo o que aprendi foi nas ruas. Eu não sou como você, que tinha família, pais. Eu não tinha nada. O meu poder é forte, sou um tipo de reencarnação de um Deus, ou algo do tipo. Isso é o que eu sou. O que eu tenho. E fora isso, eu sou o que? Mesmo assim me esforço para ser o melhor.

-Você é o Chuuya. Uma pessoa intensa.

-Isso é um elogio?

-Acho que sim.

Ela se aproximou dele e deixou que ele passar o braço em volta dela com um abraço. Ela se estremeceu com o toque dele e todas as lembranças dos momentos juntos vieram a sua mente.

-Eu acho que devo a você uma apresentação formal. - Ela disse olhando fixamente para seus olhos.

-Sou digno de confiança agora?

-Não há nada mais que eu tema neste mundo. Então, se você me matar quero que saiba quem eu sou.

Ela sabia que não havia para onde correr. Desde o princípio ela sabia do risco de voltar a se envolver com ele, mesmo assim aceitou tudo por amor a ele.

-Hachi com certeza não é seu nome né?

-Não. É Hana. Ou pelo menos era. Antes de tudo. Hoje nos meus documentos está uma tal de Misaki. Mas, meu nome é Hana Sihadeko. Eu morava numa casa imensa num condomínio de luxo. Aí, um dia voltando pra casa da escola eu me deparei com minha casa em chamas com toda a minha família dentro. Hachibu foi o nome que o homem que me resgatou me deu. Aí ficou Hachi...isso foi a sete anos. Acostumei tanto com o nome que Hana as vezes soa estranho. E o seu nome? É Chuuya mesmo?

-Chuuya Nakahara. Mas, acho que você já sabe né?

-É. Eu sei. - Ela mantinha o olhar fixo nos olhos dele. E um por um breve instante lacrimejou.

Ele engoliu seco e ficou um bom tempo em silêncio, até dizer calmamente.

-Que tal a gente ir para outro lugar?

-Eu tenho uma missão para terminar, que inclusive você atrapalhou.

-Me desculpe. Eu não sabia que sua missão estava naquele bar. Vou te levar de volta. Mas, antes....

Ele a puxou pela cintura e deu um beijo intenso. O rapaz era pequeno mas tinha uma pegada tão forte que Hachi estremecia só de lembrar.

-Me leva de volta seu safadinho.

-Aqui, que tal se você passar a noite comigo hoje?

-Que proposta interessante.

-Nós precisamos conversar. - Ele disse meio triste.

-Sim. Eu devo isso a você.

No fim do dia ela foi até o apartamento dele. O coração batia tão acelerado como se fosse a primeira vez que estivesse indo ao encontro dele. Se arrependeu de não ter o procurado antes. Mas, o arrependimento só vem depois. Agora era tarde demais.

O ruivo a recebeu com uma garrafa de vinho e um sorriso largo.

-Achei que não viria. - Ele disse a guiando para dentro de casa.

-Você é muito convincente.

-Vinho? - Ele ergueu a taça.

-Aprendeu a beber agora? Ou você ainda se embriaga com o cheiro?

-Não enche!

-Eu vou tomar só uma taça. Tô tentando maneirar na bebedeira. - Hana disse.

-É bom também. - Ele ficou um tempo em silêncio, depois disse olhando fixamente nos olhos dela. -Você, se esqueceu de mim?

Ela ficou pensativa por um instante. E depois respondeu calmamente.

-Eu nunca poderia.

-Eu sofri muito com a sua morte. Por que nunca me procurou?

-Eu sinto muito. Foi necessário. - Era a desculpa que ela repetia para si mesma

-Eu confesso que mal a reconheço as vezes. Devia ter me dito, me procurado. Eu mesmo arrancaria o coração do Dazai!

-Não foi ele. - Ele disse dando um suspiro.

-Eu mataria quem fosse por você! Eu te amava de todo o meu coração, Hana. E você me tratou como um estranho, como se eu não representasse nada para você.

-Eu perdi toda a minha família. Estava assustada e com medo! Não poderia arriscar perder você também! - Ela não Mentiu nisso também. A perca da família foi traumática que ela isolou todo mundo que amava. Até mesmo Himeno, sua melhor amiga na época.

-Hana... eu queria ter apoiado você. Ter te protegido.

-Era assim que tinha que ser. - Ela voltava a repetir as desculpas para se convencer.

-Me diga quem e eu mato pra você. Depois, venha morar comigo. Deixe tudo para trás. Tenha uma nova vida!

-Chuuya... eu amo você. Isso nunca mudou. Mas, aconteceram muitas coisas nestes últimos 7 anos. Não existe nova vida!

Ele deu um leve suspiro e disse:

-Eu aceito o que você me dar. Qualquer coisa. Só... fique comigo. Serei seu cachorro se me mandar, seu escravo.

-Ah... Chuuya. O chefão da máfia se curvando a mim desse jeito?- Ela disse olhando intensamente em seus olhos.

-Desde o primeiro dia...

-Chuuya, minhas mão estão sujas. Eu me sinto imunda. Eu... nem sei mais quem eu sou! Hana, Hachi... minha alma foi destruída.

-E você acha que as minhas mãos estão limpas? Faz ideia de quantos matei? Das coisas que fiz? Você sabe o que Eu sou?

-... - Ela negou com a cabeça.

-Eu também não sei quem eu sou ao certo. Um dia um cara veio e me disse um monte de coisas sobre o passado que nem me lembro. Verlaine. Eu não sou humano aparentemente. Criado num tubo de ensaio. Eu nem sonho Hana! Nunca sonhei. Eu apago e acordo como se liga e desliga uma TV. Não tive pais, nem uma infância. Sou um produto da mente doente de algum cientista. Mesmo assim, luto todos os dias pela minha individualidade e minha "humanidade." - Ele fez as aspas com os dedos.

-Para mim, você é único.

-É por isso que eu amo você. Mas, Hana, seu coração é bom, você ao contrário de mim, teve outra vida além desta que vivemos, você pode ser melhor que a vingança. Lembre-se disso.

-Eu me lembrarei.

-Agora... eu ainda estou bravo por ter mentido para mim...

-É... e se... - Ela se aproximou dele e sentou-se em seu colo. - Se eu te compensasse pela minha insolência.

-Mal posso esperar por isso. - Ele a beijou intensamente.

Entre beijos e promessas de amor eles se amaram mais uma vez. Chuuya não queria deixá-la ir. Queria que ficasse com ele. Ela seria protegida, amada, teria tudo o que ela pedisse. Mas, infelizmente a vingança havia tomado conta do coração dela.

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