11 - Deleite e Pecado
Os dias iam passando bem lentamente. Dazai acolheu Hana em sua casa enquanto seguia com a investigação. Os trabalhos fornecidos pela agência rendia a ela alguns trocados, mas ela não tinha contato com ninguém de lá. Dazai levava a tarefa, ela executava e a agência a pagava por isso. Normalmente era investigação, rastreio e captura. Nada mais que isso.
Nas horas vagas, ela preparava o jantar, lavava as roupas e cuidava da casa. Ele chegava a noite e se deparava muitas vezes com a comida pronta.
-Hum, o cheiro está bom.. - Ele disse ao entrar na porta do apartamento.
-É soba.- ela disse sorrindo.
-Huum. Não precisa fazer isso.
-É para pagar pela hospitalidade. Aprendi a fazer quando... enfim. Quando tudo aconteceu... - ela se entristeceu.
-Você não quer mais me matar? - Ele disse com cara de bobo
-Por enquanto não.
-Ainda acha que fui eu? - Ele disse em tom mais sério.
Ela parou por um instante e ficou pensativa. Depois suspirou e respondeu calmamente.
-Não sei de mais nada.
-Eu ia trazer um vinho, mas você tem problemas com álcool. - Ele debochou.
-Como se você pudesse falar sobre problemas!
-Não posso! Mas, falo assim mesmo!
-Idiota!
Ela serviu o jantar em silêncio. Ele observava que até a cor da pele dela estava melhor. Ela normalmente era pálida e opaca. Ele estava sentado encarando a jovem. Os olhos muito azuis pareciam as vezes brilhar como estrelas.
-Por que esta me olhando, idiota? - Ela perguntou constrangida.
-Nada demais. -Ele se curvou para frente e escorou sobre a mesa. -Na verdade... Você é bem bonita.
Ela ficou vermelha e arregalou os olhos.
-Para com isso idiota!
-Brincadeirinha... - Ele debochou.
-Seu ridículo! - Ela se levantou furiosa.
Recolheu os pratos e foi para pia para lavar a louça. Ele se levantou e se aproximou dela lentamente, se abaixou até seu ouvido e disse sussurrando.
-Você gostou do elogio?
Ela se virou bruscamente com a mão armada para um soco e tentou golpeá-lo. Ele segurou seu pulso, ela tentou novamente, e ele segurou seus dois braços.
-Não me faça acertar suas bolas! - Ela disse furiosa.
-Eu te ofendi somente com uma pergunta?
Ela tentou golpear as partes íntimas dele, ele a jogou no chão num golpe de judô e se pôs por cima dela travando suas pernas e segurando seus braços.
-Não tente me agradar! Eu te odeio! Eu ainda não aceitei que você não seja o culpado e quero ver seu coração nas minhas mãos! Eu te odeio! Te odeio!
Ela se rebatia e chorava furiosa. Ele ergueu os braços dela sobre a cabeça e continuou a segurando firme. Dazai se aproximou de seu rosto e disse olhando nos olhos dela.
-Tem certeza que me odeia?
-ME SOLTA!
-Hana...tem certeza de que me odeia?
-Sim!
-Mentira. - Ele chegou bem perto dos lábios dela. Ela segurava as mãos com tanta força que ele teve que fazer um esforço maior para mantê-la imobilizada.
-Eu prefiro morrer. Eu te odeio com todas as minhas forças.
Ele deu um selinho de leve nos lábios dela. Ela estremeceu e afrouxou as mãos.
-Mentira. Eu conheço bem. Suas grandes pupilas se dilatam toda vez que olha para mim, e mesmo nessa situação, seu coração tá batendo tão rápido que mais um pouco você vai ter um colapso. E eu sou atraente para você. Você me olha discretamente pelo canto dos olhos e desvia quando eu retribuo o olhar para você.
-Me solta... me deixa enforcar você com as minhas próprias mãos.
-Ah.. isso é tentadoramente sexy. Vamos fazer o seguinte: eu vou te soltar. E em troca você pode fazer comigo o que você quiser. Eu prometo que não vou impedir.
-Seu arrogante!
-Eu vou soltar... - Ele afrouxou as mãos dela e levantou-se com as mãos para cima em sinal de rendição.
Quando ela sentiu as pernas livres, passou as pernas sobre o tronco dele e num golpe se pôs sobre ele. Os olhos em fúria, ela pôs as mãos sobre o pescoço dele na intenção de esganar o atrevido. Quando começou sentiu o corpo dele reagir.
-Seu pervertido, tá ficando excitado?
-Me esganando desse jeito não posso me segurar.
Ela soltou o pescoço dele e ficou sobre ele o encarando com a respiração ofegante. Ele não estava errado. Ele era atraente para ela. Talvez fosse toda a pose de arrogante ou a forma elegante que servia o chá. Era inteligente e falava de uma forma muito sedutora. Ela estava sozinha a um bom tempo e sentia mesmo uma vontade imensa de fazer coisas com ele que não deveriam ser ditas. Ela ainda o detestava, mas como ele mesmo disse uma vez, do amor ao ódio era apenas um passo. Além, do mais, para ela, era só sexo.
-É bom fazer bem feito! - Ela disse tirando a blusa e deixando os pequenos seios a mostra.
-Vai ser tão bom que você vai pedir de novo.
Ele segurou firme na cintura dela e a puxou para si a apertando firme sobre seu corpo. Ele a beijou intensamente a segurando pelos cabelos. Ela nem se incomodou com as inúmeras faixas pelo corpo dele. Ele era exatamente o oposto do que aparentava. Era selvagem e intenso e lhe deixou mordidas em locais que nem sabia que era possível. Ele fez ela chegar ao clímax com as pernas tremendo.
Eles terminaram exaustos deitados no chão. Hachi olhava para ele com uma mistura de luxúria e raiva misturados. O miserável que ela devia matar e odiar a deixou exausta e completamente satisfeita de um jeito que ela nunca imaginou que aconteceria.
-Eu te disse. - Ele disse ofegante. - Depois de hoje, você vai pedir por mais.
-Seu cretino.
-É só eu me recompor um pouquinho, e eu cuido de você de novo.
-Maldito.
-Vou considerar um sim, Hana. - Ele deu um beijo nos lábios dela.
Hachi estava entrando numa zona perigosa. Se envolver com um homem como Dazai era o mesmo que entrar num navio só de ida para um lugar desconhecido. E ela sabia disso.
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