07 - Investigação
Na manhã seguinte Dazai foi atrás do policial que estava de plantão na época. O homem havia se aposentado cedo para os padrões normais com uma gorda aposentadoria.
Estava morando em uma casa boa nos arredores de uma cidade vizinha, junto com a esposa e filhos.
Dazai aguardou o melhor momento e abordou o homem, sozinho.
-Boa tarde. - Dazai disse acenando.
-Boa tarde. - O homem aguava algumas plantas em frente a casa.
-Oficial Sato?
-Não escuto esse nome há anos. Quem é você?
-Eu sou da agência de Detetives Armados. Tenho umas perguntas.
-Sobre?
-O incêndio da Mansão Sihadeko.
O homem ficou pálido e começou a desconversar.
-Não sei do que está falando. Já estou fora a muito tempo.
-Esse caso foi único. Família rica, todos mortos num incêndio. O senhor estava de plantão.
-Incêndio? Claro. Mas, foi acidental! Vazamento de gás. - o homem desconversou.
-Sim. O engraçado é que segundo consta em alguns registros, o senhor dispensou a perícia.
-Não havia necessidade de perícia! Foi um caso acidental.
-Sei. Estranho também que a família pagava uma empresa que ficava por conta da segurança da mansão. Vistoria em partes elétricas, hidráulica e a tubulação de gás. Que havia sido vistoriada 3 dias antes.
-Senhor, peço que se retire. Não vou ficar desenterrando um caso triste de um ACIDENTE enquanto você mancha a honra daquela família!
-E logo depois você se aposenta, 5 anos antes do previsto e com uma gorda aposentadoria... - Dazai se mantinha na linha de raciocínio.
-Saia da minha propriedade!
-Só me responde quem foi! - A postura de Dazai ainda era a mesma.
-Não foi ninguém, não seja ridículo. - O homem começava a ficar nervoso.
-Como você sabe que foi acidental?
-A perícia! - O homem seguia para dentro da casa
-Mas, você dispensou a perícia! - Dazai o seguiu
O homem entrou em contradição.
-Você dispensou a perícia. E agora? É loucura da minha cabeça? - Dazai ironizou.
-Senhor, tenho mulher e filhos. Eu só recebi ordens. Eu só tinha que dispensar a perícia. E alegar acidente. Só isso.
-Quem? - Dazai estreitou os olhos.
-Eu não sei! A ordem veio para os bombeiros e um amigo de lá me disse isso. Que eu teria as costas quentes e receberia um bônus.
-Você devia se envergonhar. - Dazai olhou para o homem com desprezo.
-Por favor, minha mulher e meus filhos. Não posso ir preso.
-Eu sinto muito. A polícia foi acionada. Ficará sobre observação. Não será preso. Mas, não pode sair da cidade. Ocultou o serviço que era de extrema importância. Agora, se quiser uma pena menor, me diga o nome do bombeiro.
Dazai passou o resto do dia atrás de mais informações. Segundo o depoimento do policial aposentado, ele recebeu a tarefa de um amigo dos bombeiros que seguia ordem de alguma outra pessoa. O bombeiro em questão havia morrido de infarto três anos antes. O que voltava a investigação dois passos para trás.
Voltou para casa exausto. O caso seria mais desgastante do que pensava. Ao chegar em casa a jovem o aguardava, desta vez sentada do lado de fora.
-Não quis arrombar desta vez? - Ele disse sarcástico.
-Não faço essas coisas. - ela ironizou.
-Vamos entre. Fique a vontade. Não tem nada para comer.
-Que gentil. - ela deu um sorrisinho sarcástico.
-Sou muito hospitaleiro.
-Seu ridículo... E o policial?
-Estava me seguindo? Sua stalker!
-Babaca! Eu só quero saber sobre o caso. - Hachi disse furiosa.
-Demos um passo para frente e dois para trás.
-Ele não sabe quem?
-Recebeu a dica de um bombeiros, mas este está morto.
-Droga! - Hachi ficou frustrada.
-Você não sabe de nada da sua família? Algo que possa ajudar?
-Não... eu nem sabia desta história de Mantos Negros. E se tinha algum documento, tudo virou cinzas no incêndio.
-Uma pena. - Ele observou a jovem. Pálida, olheiras marcadas.
Ele havia percebido que ela tinha algum problema. Sempre irritada, aparentemente dormia pouco, problemas com ansiedade e pelo que ele havia percebido, ela bebia todos os dias.
-Você mora onde? - ele tentou ser cordial.
-Não te interessa! Eu vou embora.
Hachi ainda morava com Hiei em Suribachi. Mas, nas últimas semanas ela estava de lugar em lugar. As vezes dormindo na rua. Alguns dias atrás ela e Hiei tiveram uma briga feia.
Antes de resolver por o plano em prática, ela o consultou primeiro.
-Hiei. Eu tive uma ideia.
-Sobre? - Ele estava sentado à mesa folheando os jornais.
-Eu vou contratar a agência de Detetives.
Ele a encarou incrédulo.
-O que?
-Para resolver o caso.
-Que caso? - Hiei ficou bravo.
-Do incêndio que matou minha família.
-Mas, você já sabe quem. - Ele disse colocando o jornal sobre a mesa.
-Mesmo assim. Quero que ele seja pego.
-Por que não matá-lo de uma vez? - Hiei disse se referindo a Dazai.
-Eu tentei!
-Não tentou direito! Não é hora de brincadeiras, dedicou 7 anos da sua vida para agora você brincar de Detetives! - Hiei deu um soco na mesa.
-Hiei! Eu farei ele mesmo ir atrás deste caso!
-É a coisa mais ridícula que já escutei!
-Eu preciso saber como foi!
-Eles tinham uma rixa com a máfia do Porto e eles mandaram o melhor executivo deles para matar toda a sua família. Aí fez um incêndio para parecer acidente!
-E como foi? Ele invadiu minha casa, matou todos primeiro e depois incendiou? Os amarrou e depois incendiou vivos? Estuprou as mulheres? Teve briga? Ou eles simplesmente aceitaram o destino?
-E o que isso importa? - Hiei tinha o olhar furioso.
-TUDO! Eu preciso saber disso!
-Eu não treinei você para isso. Se quer isso para sua vida não posso ajudá-la.
-Esta me abandonando? - Hachi encheu os olhos de lágrimas.
-Você fez sua escolha. Agora, vá embora daqui.
Hachi saiu da casa de Hiei e depois pôs o plano em prática. Não abriu mão do seu objetivo, mesmo que respeitasse Hiei. Após o pedido da missão a Agência ficou de olho em Dazai todos os dias.
Naquela noite quando voltou do apartamento de Dazai, pediu um drinque com o pouco dinheiro que tinha e tirou um cochilo na mesa. Acordou com alguém batendo em seu rosto.
-Hey, mercenária. Tenho um trabalho para você. - Era um dos donos daquele bar, que normalmente arrumava este tipo de trabalho para Hachi.
-Que? - Hachi acordou balbuciando.
-Trabalho. Pelo menos para você arrumar onde dormir amanhã.
-Onde? - Hachi disse firmando o olhar.
-Neste endereço. A foto do alvo está dentro do envelope.
-Ok.
Ela seguiu o endereço até um beco escuro. Ela poderia ter esperado até o dia seguinte, para curar a embriagues, mas precisava de um lugar para dormir. Chegou devagar no local e uma luz, de farol de carro a deixou sem enxergar nada. Sentiu apenas um ardor nas costas e alguém dizer.
-Você pergunta demais.
Quando percebeu, havia sido esfaqueada pelas costas.
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