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Epílogo


Pelo menos era para ser, mas vocês não aceitaram...
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— Não, por favor não! — Danny implorou quando viu os homens armados — Isso só pode ser brincadeira.

— Danno? — Grace perguntou chegando do pai, vendo a cara dele.

— Escuta aqui princesa, vai ficar tudo bem — ele disse com a mão no ombro da filha e discando para o noivo — Steve vai me matar.

— McGarrett — ele ainda estava em reunião com o governador, por isso precisava ser mais formal.

— Oi amor — Danny disse tentando soar casual.

— Danny, já terminou aí? — Steve perguntou estranhando o noivo o chamando de "amor" desse jeito.

— Então, nem fomos atendidos ainda, mas sabe como é muita burocracia. Acontece que temos um imprevisto e vamos demorar um pouco mais de tempo que eu pensei.

— Imprevisto? Danny, o que está acontecendo? — Steve conhecia seu noivo bem demais para saber quando algo estava errado.

— Todos para o chão! — o cara com a metralhadora gritou.

— Esse — Danny suspirou — ainda estamos na prefeitura.

— Passem os celulares — um dos encapuzados passou recolhendo os aparelhos e jogando em um saco.

— Danny, eu estou indo aí, não se preocupa, eu vou resolver tudo — Steve gritou correndo até sua equipe.

— Eu sei, Grace e eu estamos esperando — o detetive suspirou.

— Eu disse para passar o celular — o encapuzado arrancou o celular da mão de Danny, o desligando e jogando no saco — seja mais rápido da próxima vez — e empurrou o loiro contra o balcão com força;

— Calma aí — o detetive reclamou.

— Papa está vindo? — Grace perguntou, ao contrário das outras pessoas, ela e o pai estavam tranquilos. Na verdade, a garota até achava graça da expressão do pai.

— Sim, querida, ele e toda a equipe estarão aqui daqui a pouco e tudo vai ficar bem.

— Eu não estou preocupada, você devia estar. Você sabe que ele vai brigar com você. Ele disse para virmos outro dia, você que teimou.

— Eu sei, não precisa ficar me lembrando disso — Danny suspirou.

Naquela manhã tinha sido tudo normal. Steve acordou mais cedo que Danny porque ele tinha aquela mania horrível de não agir como uma pessoa normal e ficar o máximo de tempo possível na cama. Então ele saiu para suas corridas matinais, enquanto Danny aproveitava ao máximo seu tempo dormindo, como qualquer pessoa decente.

Então Danny se levantou, ligou a cafeteira e, caso algum dos filhos estivesse na sua casa, os acordaria. Mas como naquele dia nenhum deles estava lá, ele apenas deixou as coisas prontas para o café da manhã, colocou água e ração para o cachorro e foi tomar seu banho.

Como sempre, Steve chegou a tempo de encontrar Danny ainda no banho, se juntou ao noivo e acabaram demorando mais do que o tempo necessário, já que sempre se empolgavam. Aparentemente o "fogo" não tinha apagado ainda e eles sempre descobriam novas formas de dar prazer ao parceiro, o que resultava nos dois gozando.

Então eles tomaram café da manhã e foram trabalhar. A diferença naquele dia era que Steve tinha reunião com o governador e Danny ficaria na sede do Five-0, porém Grace estava na casa da mãe e ele precisava levar a filha na prefeitura para acertar sua carteira de motorista.

— Vamos amanhã — Steve insistiu — aí eu vou com vocês.

— Não precisa, Rachel já está me enchendo o saco com isso, aproveito e resolvo aquela multa que você fez questão de ter com o meu carro.

— O que? Eu não tive culpa — o comandante se defendeu.

— Ah não, vamos ver: Você estava dirigindo o meu carro, você passou a mais de 100 km/h em uma via de 70 km/h, fechou o outro carro e fez ele bater contra um muro.

— Era uma perseguição, eu evitei que bandidos escapassem.

— Evitou com o meu carro, agora eu tenho que ir até a prefeitura com uma papelada para provar que: 1 – eu não estava dirigindo, 2 - meu noivo, a pessoa que estava dirigindo não é um completo idiota, mesmo que pareça isso a maior parte do tempo e 3 – vou ter que provar que aquilo foi necessário, assim eu não preciso pagar uma multa exorbitante e perder o meu carro.

— Ninguém vai tirar o nosso carro — Steve bufou.

— Meu carro Steve, meu carro — Danny o corrigiu, mesmo que todo mundo soubesse que quem sempre dirigia o camaro era o Steve e não o Danny.

— Nosso, vamos nos casar, lembra? O que é meu é seu e vice e versa.

— Mas ainda não casamos, então esse continua sendo o meu carro.

— Por que a minha casa é nossa, mas o carro é seu? — Steve perguntou indignado.

— Porque eu moro naquela casa e a não ser que você tenha planos futuros de se mudar para esse carro, ele ainda é meu.

Os dois ficaram em silêncio, mas o detetive contou mentalmente os segundos, ele sabia que McGarrett nunca deixaria a discussão morrer ali.

— Quer dizer que o carro só não é meu também porque ainda não casamos?

— Sim — o detetive sorriu vitorioso.

— Ótimo, vamos hoje mesmo na prefeitura e casamos.

— Sabe que assim parece que você só quer casar comigo por causa do carro, né?

— O que? Não, eu quero me casar com você porque te amo e toda essa merda que a gente já conversou. O carro é um bônus.

— "Toda essa merda", meu noivo é tão romântico — Danny suspirou e Steve bufou.

— Você me entendeu — Steve estava batendo os dedos no volante.

— Tirando esse rompante de romantismo, onde você está começando a me fazer acreditar que só está casando comigo porque quer meu carro oficialmente, essa discussão começou porque vou levar Grace até a prefeitura.

— Por que você não pode fazer isso mais tarde?

— Por que eu não faço isso agora, quando tem menos gente?

— Se você for mais tarde, eu posso ir junto, é só esperar a reunião com o governador acabar — McGarret insistiu.

— Steve, essas reuniões podem durar horas, até o mesmo dia inteiro. Vou com Grace agora de manhã e volto a tempo de almoçarmos juntos, ok?

— Eu ainda não gosto disso — ele bufou de novo.

Quando eles entraram na sede da Five-0, como esperado, eles não tinham nenhum caso novo, então seria um dia burocrático. Danny só foi para pegar a pasta com documentos que provavam que seu carro tinha sido usado em uma operação policial e depois iria buscar Grace.

— Danno — Steve disse quando entrou na sala do noivo e fechou a porta — você tem mesmo que ir?

— Estou começando a ficar ofendido, eu sei me virar, vai ficar tudo bem — o loiro respondeu, se sentando ao lado noivo no pequeno sofá da sua sala.

— Eu sei, você é um policial incrível, só não sei explicar, preferia que você esperasse.

— Steve, é só burocracia chata. Você devia estar mais preocupado com a sua reunião no escritório do governado, do que comigo que vou passar a manhã na prefeitura resolvendo uma multa e ajudando a Grace com a carta de habilitação.

— Certo, mas promete que vão se cuidar e que se acontecer alguma coisa vocês vão sair de lá na hora, além de me ligar?

— Steve, qual é o problema? Você não é de agir assim.

— Sei lá, um mau pressentimento.

— Relaxa — Danny disse pegando na mão do noivo — é só uma ida na prefeitura, o que pode dar de tão errado?



Os reféns estavam todos com as mãos amarradas, sentados no chão do corredor enquanto os criminosos procuravam por algo nos balcões e nos escritórios. Danny estava revoltado, ele não acreditava que isso estava acontecendo. Quem assalta o setor de trânsito da prefeitura?

— Danno, você está bem? — Grace sussurrou a pergunta, ela estava sentada ao seu lado.

— Claro que não — ele respondeu — eu nunca vou parar de ouvir sobre hoje.

— Cara — um rapaz com roupa social e identificação da prefeitura de Honolulu tentou acalmar — depois que esses caras encontrarem o que querem, eles vão ir embora, aí a polícia vai nos soltar.

— Ou vão matar todos nós — um dos reféns disse desesperado, o que causou a comoção dos outros.

— Todo mundo quieto — Danny falou mais alto — não queremos chamar a atenção dos assaltantes. E não, "cara" eu não estou preocupado com eles.

— Então por que você está assim? — o rapaz insistiu na pergunta.

— Por causa do papa — Grace segurou o riso e o pai olhou feio para ela.

— Como você pode rir em uma hora dessas? — o mesmo refém desesperado perguntou para a garota — Não percebe que podemos todos morrer?

— Primeiro, ninguém aqui vai morrer. E quando eu me refiro aqui, estou dizendo os reféns, já os criminosos eu não sei. Segundo, fale assim com a minha filha de novo, que eu mesmo atiro em você. Ou deixo o Steve atirar, tanto faz.

— Quem é Steve? — uma das mulheres perguntou.

— Meu noivo — Danny respondeu.

— Você e gay? — uma senhora perguntou com desprezo.

— Jura, minha senhora? Todos nós aqui sendo reféns e você vem com homofobia para cima de mim? — ele revirou os olhos — Escuta Grace, se os assaltantes vierem tentar pegar alguém como escudo, a gente indica a homofóbica e o desesperado, ok?

— Certo — a menina concordou.

— Que horror — a senhora falou, mas mais reféns concordaram em entregar a senhora para os criminosos.

— Escuta aqui, ô... Nalu? — Danny leu o crachá — você é o responsável por qual setor?

— Multas — o garoto respondeu — Por quê?

— Que bom, é com você mesmo que eu queria falar — o detetive se ajeitou — eu tenho uma multa, mas preciso entregar uns documentos que, por acaso ficaram lá no balcão. Então, depois que tudo isso acabar, você pode cancelar a minha multa?

— Bem, eu... preciso avaliar a situação, mas posso... eu acho que sim...

— Que bom, porque eu vim hoje para resolver isso e para corrigirem a carteira de habilitação da minha filha que veio errada. Com quem eu falo?

— Com a Christina, aquela ali — Nalu indicou uma loira que estava passando mal.

— Bem, acho que não vai ser de muita ajuda agora — Danny suspirou — aliás, sistema demorado o de vocês.

— Na verdade, foi culpa dela que demorou — Nalu indicou a homofóbica — ele tem muitas multas e veio fazer o recurso de todas.

— Jura? Além de homofóbica é barbeira no trânsito? A lista de qualidade só aumenta.

— Sua...

— Olha o que você falar, porque homofobia é crime e eu posso te prender assim que formos libertados — Danny avisou, mas a senhora revirou os olhos.

— Na verdade, ela fez um escândalo tão grande que eu nem pude contabilizar as multas do fim de semana ainda — Nalu contou a fofoca em voz mais baixa, mas a maioria ouviu — tudo ainda está no envelope na minha mesa, porque aquela senhora não podia esperar cinco minutos. Eu vi as multas dela, não sei como conseguiu tirar a carteira de motorista.

— Coisa de gente idiota — o detetive respondeu.

— Papa dirige como louco — a garota deu de ombros — mas é divertido.

— Olha onde estamos agora — o loiro indicou as mãos amarradas.

— É a primeira vez que o multaram — ela o defendeu.

— Claro, o defenda, sua traidora — o pai empurrou a filha brincando.

— Merda, a polícia já chegou — um dos bandidos gritou, eles ficaram um pouco desesperados e começaram a revirar tudo.

— Falando nele, papa chegou — Grace comentou — até que ele demorou, devem ter tentado segurar ele lá fora.

— Pele menos ele não invadiu o lugar ainda — Danny suspirou, as pessoas o olharam confusas e ele revirou os olhos — Ele é policial, pelo amor de Deus.

— Ainda não invadiu — Grace cantarolou — Espera mais uns minutos.

— Não conte para ele que eu insinuei que isso é culpa dele — ele avisou a e filha sorriu igual Steve fazia antes de aprontar. O detetive suspirou.

— Pegue os reféns e coloquem nas janelas — o criminoso que parecia ser o líder ordenou.

— Ah, não — Danny revirou os olhos.

Os criminosos os puxaram com brutalidade, empurrando contra as janelas fechadas com as cortinas. Se os policiais do lado de fora tentassem invadir ou atirar pelas janelas, acertariam os reféns.

— Vão logo — empurraram um senhor que estava com dificuldade de andar, provavelmente o estresse estava piorando a situação.

— Ow, calma aí, não vê que ele está machucado? — Danny interferiu.

— Cala a boca — o criminoso o empurrou com força, fazendo o detetive cair no chão — não tente dar uma de herói!

— Precisamos de um dos reféns para ajudar nas negociações — o líder disse olhando nos rostos dos reféns que tremiam de medo — Quem será? Que tal você?

Ele agarrou justo a senhora homofóbica, que se debateu.

— Não, pega ele, o noivo dele é policial — ela apontou para Danny.

— Mas que vaca! — o detetive exclamou.

— Danno!

— Desculpa princesa — Danny resmungou.

— Então você é bichinha e seu noivo é policial? — o líder o puxou.

— Além de bandido é homofóbico, eu mereço — ele revirou os olhos — Sim, podemos dizer que meu noivo é policial, por isso eu acho melhor vocês pegarem leve, se não ele não vai pegar leve com vocês.

— Estou morrendo de medo — o bandido zombou e o empurrou para se sentar em uma cadeira, quase o fazendo cair — Senta aí.

— Você podia ter pedido por favor — ele se sentou na cadeira e o bandido trouxe o telefone para perto. O detetive negou com a cabeça desacreditado, Steve ia matar os bandidos, depois matá-lo.

— Com medo? — um dos criminosos zombou dele.

— De vocês não, mas o que vai acontecer em breve — ele suspirou.

— O que você acha que vai acontecer? — zombaram dele.

— O que eu sei que vai acontecer é que a qualquer momento Steve, o meu noivo, vai fazer alguma maluquice. Ele vai invadir esse lugar, explodir alguma coisa ou sabe-se lá o plano mirabolante que ele vai criar dessa vez. No final vocês vão acabar presos ou mortos, depende se reagirem. Então por que não facilitamos as coisas e se entregam? Quanto mais cedo encerrarmos isso, melhor para todo mundo.

— E se matarmos você? — encostaram uma arma na cabeça de dele.

— Você não ouviu o que eu falei? Se Steve já vai interferir só por eu estar aqui dentro, o que ele iria fazer com vocês se me matassem?

— Acho melhor escutar ele — um dos criminosos disse engolindo em seco.

— Cara, ele só está tentando assustar a gente.

— Não, estou sendo completamente sincero — o detetive interferiu — se vocês fizerem algo contra mim, vão ter um psicopata rastreando cada passo de vocês, até encontrá-los, um por um. Steve vai fazê-los sofrer e não achem que serem presos ou se esconderem do outro lado do mundo os manteria a salvo, porque não vai. Ele irá encontrá-los e irá matá-los da forma mais dolorosa que conseguir, mas o destino pior será de quem puxar o gatilho, esse não terá perdão.

Eram cinco criminosos, os três que cercavam Danny engoliram em seco, sentindo o peso das palavras. O que estava mais atrás, mexendo nos armários ficou parado no lugar, olhando para os outros, pedindo pôr orientação. Apenas o líder se seu aproximou e golpeou o detetive com o punho da arma.

— Cale a boca, você só está tentando nos assustar — ele gritou e deu uma coronhada no detetive.

— Filho da puta — a força tinha sido tanto que Danny caiu da cadeira, ele imediatamente olhou para filha, implorando que ela não tivesse reação — O lado bom disso, é que talvez ele se concentre em você e esqueça que eu só vim aqui hoje porque fui teimoso.

— Espera aí, eu conheço esse — outro bandido veio e puxou o rosto de Danny — Ele é do Five-0!

— Deixa eu adivinhar, eu já te prendi? — o loiro zombou.

— Porra! — um dos bandidos se desesperou — Esses caras são doidos.

— Na verdade, só um de nós é e, por acaso, é o que está do lado de fora agora planejando invadir — Danny respondeu se sentando — eu disse que era melhor se entregarem.

— Já achou? — o líder gritou com o bandido que procurava por algo — Vai ajudar ele — ele empurrou outro.

— Sério, o que vocês tanto procuram aí? Porque ninguém invade o setor de trânsito da prefeitura para assaltar.

— Cala a boca! — ele iria bater em Danny, mas o telefone tocou. O líder levou o aparelho até o detetive e o entregou — atende!

— Claro, depois desse pedido tão educado — Danny revirou os olhos. Ele só estava tentando ganhar tempo, sabia que sua equipe, principalmente Steve, os resgatariam a qualquer momento, ele só precisava manter os reféns longe da linha de tiro, por isso estava chamando toda atenção para si.

— Aqui quem fala é Agente Stuart, sou o responsável pela negociação e...

— Corta essa — Danny o interrompeu — sou o detetive Danny Williams do Five-0. Estamos sendo mantidos reféns, por enquanto ninguém se machucou — ele resolveu ignorar a coronhada que tinha recebido — os reféns estão nas janelas, mas vocês devem saber disso porque, provavelmente, já fizeram a leitura de calor. Só para lembrar mesmo.

— Ah, sim, certo — o negociador respondeu um pouco desconcertado. Eles não tinham feito? O detetive revirou os olhos.

— Quais são as suas exigências? — Danny perguntou para o líder.

— Um carro com tanque cheio e sem rastreador — o criminoso falou.

— Claro, o clichê — ele revirou os olhos de novo — e o que mais?

— Como assim o que mais?

— Vocês invadiram a prefeitura da capital do estado e só querem um carro abastecido? Mais nada? Ok.

— Eles têm uma hora para o carro chegar aqui na frente, sem motorista e sem rastreador — o bandido gritou e Danny repassou a mensagem.

Se os bandidos tinham invadido o lugar, eles estavam a procura de algo. Eles não estavam interessados em dinheiro, então que quer que seja valia mais, mas o que podia ser?

Danny observou os criminosos, eles estavam bem armados, mas não eram tão profissionais, então alguém pagou por tudo isso. O líder parecia ser o único com experiencia em crimes do tipo, mas os outros, apesar de já terem serem envolvidos em atividades ilegais, já que o tinham reconhecido, não pareciam saber agir em situações com reféns.

— Vamos tentar entregar o carro no tempo pedido, mas precisamos que liberem os reféns — o negociador falou no telefone.

— A polícia quer que liberem os reféns — Danny os avisou.

— Acha que sou idiota? — o líder perguntou e Danny se segurou muito para não responder.

— Cara, temos gente de mais idade e algumas pessoas estão passando mal, libere eles e eu fico aqui — ele se ofereceu, Grace o olhou em pânico, mas ele fez sinal com a mão para se acalmar — convenhamos, o que vale mais? Um agente da Five-0 ou uma homofóbica, que eu pretendo prender em algum momento, ou um senhor com problema de locomoção?

— Como sabemos que você não vai tentar nenhuma gracinha? — outro bandido perguntou.

— Não sou eu que faz loucuras, é o meu noivo — ele repetiu — pensem assim, vocês estão procurando por algo que não estão encontrando, liberem os reféns para ganhar tempo.

— Cala a boca, você não sabe de nada — o líder o empurrou e ele bateu contra o balcão.

— Melhor escutar ele, se der ruim, pelo menos podemos dizer que cooperamos — um dos bandidos disse alarmado.

— Cal, escuta ele, eu já vi o comandante McGarrett em ação, ele é um tipo demônio. Se esse cara é o noivo dele, a gente está muito ferrado.

— Vocês estão exagerando — o líder bufou.

— O Comandante da Five-0 já explodiu um prédio inteiro e saiu do lugar que estava pegando fogo sem nenhum arranhão, ele é doido!

— Você está falando de qual das vezes? — Danny perguntou — Porque da vez das docas não foi ele que explodiu o lugar, os criminosos jogaram querosene no lugar para matar o Steve carbonizado, no fim ele foi quem sobreviveu. Mas ficou com cheiro de combustível por uns dias, foi horrível.

— Não, eu estava falando dos prédios abandonados em Pupukea.

— Qual foi esse? — o detetive tentou se lembrar — Ah, no ano passado? É, Steve explodiu o lugar mesmo. Tinham sequestrado a nossa colega de trabalho.

— Cara, se ele explodiu um prédio inteiro por causa da colega de trabalho, o que ele vai fazer com a gente por causa do noivo dele? — um dos bandidos parecia que ia chorar.

— Liberem os reféns.



— Então, seu noivo é tudo isso mesmo? — Nalu, o atendente, perguntou para Danny. De todos os reféns, só tinham sobrado eles, os outros, incluindo Grace, tinham sido liberados.

— Na verdade, ele é bem pior. Não me admira se ele aparecer aqui do nada. Aposto que ele já invadiu o prédio e está prestes a explodir alguma coisa.

— Você parece chateado, não preocupado.

— Ele vai me encher o saco por ter vindo aqui — o loiro bufou — que merda, eu vou escutar sobre hoje para o resto dos meus dias.

— Então você acha que ele não vem?

— Ah, ele vem. Ele vai invadir esse lugar, deve ter sabotado algo ou descobriu o verdadeiro plano de fuga dos bandidos e está armando alguma coisa. Steve nunca ia deixar de vir e vai surtar quando ver que eu estou com um machucado no cabeça. Mas depois que passar a preocupação e ele tiver certeza de que eu estou bem, vou ouvir um sermão gigante e ele sempre vai jogar na minha cara "Você duvidou dos meus instintos Danno, eu te disse que não era para ir, olha o que aconteceu" — ele fez uma péssima imitação do noivo.

— Você falou verdadeiro plano de fuga dos bandidos? Como assim?

— Estamos na prefeitura de Honolulu, não tem rota de fuga viável aqui. E eles só pediram um carro com tanque cheio, sabendo que teria um rastreador. Foi só uma distração — o loiro deu de ombros — Mas também eles ainda não encontraram o que estão procurando e nem vão, porque eu escondi.

— Como assim? — ele perguntou espantado.

— Você me disse que ainda não registrou as multas do fim de semana e eles invadiram aqui na segunda de manhã, mexeram em tudo. Eu esperei se distraírem, os assustei com histórias sobre meu noivo e peguei o envelope na sua gaveta. Tem uma abertura mínima de espaço entre o balcão de atendimento e parede, joguei o envelope lá. Enquanto eles perdem tempo procurando, Steve invade e tudo resolvido.

— Mas por que estão atrás das multas?

— Não sei, a polícia que vai ter que descobrir, eu já vou ter que lidar com um SEAL furioso.

— E como vamos recuperar o envelope? — Nalu estava empolgado, se sentindo em um filme de ação.

— Aquele animal vai estar tão puto da vida, que é capaz de arrancar com as próprias mãos.

— Cal, vamos embora, deixa eles aí e vamos dar o fora — um dos bandidos implorou para o líder.

— Comandante McGarrett vai nos matar! — o outro choramingou.

— Ele não vai matar logo de cara, se se entregarem ele só vai prender. Mas não esperem bom humor, porque eu sei que ele já está bravo — Danny só não ia explicar que Steve bravo com ele.

— Viu? Vamos embora!

Nesse momento as luzes foram apagadas e o lugar ficou no escuro. Danny puxou Nalu o chão, o protegendo. Uma fumaça branca começou a sair pelos dutos de ventilação e, segundos depois, a porta da seção, que estava trancada e com cadeiras a tampando, explodiu.

Lascas de madeiras voaram por todo o lugar, os bandidos foram acertados, mas Danny e Nalu estava no chão, atrás do balcão, então nada aconteceu com eles. De primeiro momento houve silencio, mas então tiros vieram. Nalu estava assustado, abraçando sua cabeça para se proteger, Danny só suspirou de novo.

A confusão demorou cerca de dez minutos e então o silêncio voltou.

— Danno — Steve o chamou

O loiro negou com a cabeça, então se levantou, Steve estava depois do balcão com a roupa tática completa e o rifle na mão. Ao seu lado estava Kono e Chin, os bandidos caídos no chão, alguns inconscientes e outros gemiam de dor.

— Bem, pelo mens ninguém morreu — ele deu de ombros.

Steve foi sério na sua direção, ele abraçou o noivo com força, depois começou a vistoria para saber se ele estava bem, ficando irado quando viu o machucado na cabeça.

— Você está ferido! Quem fez isso? Vamos para o hospital!

— Calma aí, eu estou bem, só foi uma coronhada e nem foi tão forte assim.

— Quem fez isso com isso com você?

— Steve, não precisa, já foi resolvido. Não precisamos de mais drama, já basta eu sendo dramático.

— Danny, quem foi? — ele perguntou entre dentes, ele parecia disposto a mata alguém.

— Ele — Nalu apontou para o homem desacordado no chão.

— Chin, esse daí vai para a sala de interrogatório — Steve apontou para homem no chão.

— Mas nós já descobrimos por que eles invadiram o lugar e o que eles queriam, por que vamos interrogar ele? — o policial perguntou confuso.

— Nós sabemos, mas eles não sabem disso — o comandante sorriu maldoso.

— Acho justo — Kono concordou.

— É claro que ela concorda. Fala sério, se não fosse por Chin e eu, vocês dois já teriam colocado fogo nessa ilha inteira ­— Danny apontou para Steve e Kono.

— Nós dois? Quando aqueles terroristas sequestraram e torturam o Steve, o que você fez mesmo? — Chin o provocou — Não acho que "calma" se encaixe em você matando um monte de gente com uma metralhadora.

— Ah é? E quando Kono foi feita de refém pelos contrabandistas? O que você fez mesmo com aquelas granadas? — Danny devolveu.

— Família — Chin apontou para a prima, que riu.

— Noivo — o detetive apontou para Steve, que sorriu orgulhoso.

— Cara, vocês são tão legais! — Nalu comentou sorrindo feliz.

— Ok, precisamos ir, mas antes temos que encontrar as provas que esses bandidos vieram buscar — Kono falou se aproximando da bagunça.

— Estão ali — Danny indicou a fresta entre o balcão e a parede — eu joguei ali, mas vai precisar quebrar o balcão... Steve!

O Seal arrebentou o balcão, arrancando parte do móvel da parede, o envelope com símbolo da prefeitura de Honolulu caiu no chão. Steve o pegou e ficou olhando o conteúdo, até achar uma multa especifica e entregar para Kono.

— Aqui, a multa de que Jeremy Anton levou no sábado, provando que ele estava na rua da casa da sua ex-namorada quando ela foi morta.

— É, agora não vai ter como escapar da prisão — Kono comentou guardando a multa no saco de evidências — não adiantou nada o papai pagar para um grupo de mercenários destruir o lugar e roubar a multa.

— Tudo isso para esconder um assassinato? — Danny perguntou e revirou os olhos.

— Tudo certo aqui? Podemos ir? — Steve perguntou com pressa — Ótimo, Danny temos que ir!

— Onde vamos? — o detetive pergunto, praticamente, sendo arrastado, pelo noivo.

— Vamos até o cartório mais próximo e vamos casar agora!

— O que?

— É isso mesmo que você ouviu. Você fica se metendo nessas confusões, quase morri do coração hoje, vamos casar agora!

— O que? Eu fico me metendo em confusões? Eu? Steve! Quantas vezes você saiu por aí como anjo vingador pulando em prédio ou entrando em tiroteios? Você fez isso hoje!

— Para te salvar!

— E agradeço por isso, mas não tente virar o jogo como se fosse eu que sempre fizesse isso — os dois estava dentro do carro discutindo.

— Você não entende — o SEAL explodiu, ele estava com a respiração alterada e parecia assustado.

— Você realmente teve medo de que algo acontecesse comigo — ele perguntou entendendo a profundidade do desespero do outro.

— Eu nunca senti tanto medo na minha vida, então se você acha que eu vou esperar por uma data que seja "convenientemente boa para toda a família", você está enganado. Nós vamos até o cartório mais próximo e vamos casar agora!

— Tudo bem.

— O que? — Steve perguntou surpreso.

— Eu disse tudo bem, vamos nos casar agora.

— Você está aceitando sem brigar comigo?

— Acho que isso, teoricamente, é uma briga. Mas eu entendi você e tudo bem, vamos nos casar, depois fazemos uma festa para comemorar — ele deu de ombros. — Porém, quando a Kono e a Grace surtarem porque não estavam junto, eu vou jogar toda a culpa em você, ainda vou alegar que eu estava mentalmente instável por causa do choque de ter sido feito de refém e confuso, porque eu sofri concussão.

— Eu posso aceitar isso — Steve sorriu e beijou Danny — Então vamos?

— Vamos — o loiro sorriu.

Quinze minutos depois eles entraram no cartório mais próximo, sobre os olhares espantados dos funcionários. Danny com sua roupa social toda amassada e um corte na cabeça, Steve com roupa tática cheia de pó e cheirando a fumaça. Mas sorriam felizes enquanto se casavam.


Aqui marca o ponto que a fic original termina. Eu tinha planejado e escrito boa parte do epílogo antes mesmo de escrever os primeiros capítulos, então ele é bem importante para mim.
Porém eu amei tanto escrever essa histórias, que seria muito difícil me despedir. Sorte minha que vocês também gostaram e quiserem continuar lendo.

As próximas atualizações serão bem aleatórias, podem vir a qualquer momento, por isso me sigam nas redes sociais ou sigam a equipe (links na minha bio), prometo sempre avisar que vou postar!! E também serão como pequenos contos independentes que seguem na linha temporal de Ohana. Eles poderão ser temáticos (tipo halloween, natal etc)ou só "vozes da minha cabeça" mesmo.

Eu já tenho ideias para as próximas, mas vou jogar para vocês: Qual o tema da próxima atualização?


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