Capítulo 9
Hey
— Espera, isso não faz sentido — Steve falou, fazendo a equipe parar de correr — tem algo errado.
— Tem muita coisa errada em tudo isso — Chin concordou — esse encontro com os compradores está estranho.
— Vamos pensar — Danny sugeriu — a informação é que o encontro para a venda seria Malokai, que é uma ilha vizinha. Por que eles viriam para um hotel em Kihei, se o encontro seria em Malokai? Não seria mais fácil fica lá direto?
Era a noite seguinte, enquanto a equipe de policiais fazia a vigília algo saiu do controle, aparente os suspeitos souberam que estavam e o encontro foi adiantado. Os agentes saíram correndo e tinham helicópteros os esperando para levar a outra ilha, já que a informação que tinham conseguido era que a venda seria em um deposito em Malokai.
— Se foi para desviar a atenção, para que vir para um hotel luxuoso e ficarem desfilando por aqui? Eles não foram discretos e a namorada de um deles já chama muito atenção por si só — Kono concordou.
— Tem algo errado, mas eu não consigo ver — Steve passou a mão pelo rosto frustrado — eles são bem organizados o tempo todo, já escaparam em todas as operações anteriores, porque ficariam desleixados agora?
— Não ficaram — Danny falou — passamos parte do dia com eles, eles são controladores, verificam tudo ao redor, não são desleixados e tudo é muito bem organizado. Jonathan disse que essa viagem já estava programada há meses, então já organizaram isso antes mesmo do roubo acontecer. Eles não teriam entrado em pânico e mudado todos os planos de uma hora para outra.
— Jonathan? — McGarrett perguntou cruzando os braços.
— Não começa — o detetive revirou os olhos.
— Se a viagem estava programa há meses, eles já deveriam ter mapeado a cidade, saberiam onde fazer a transição — Chin continuou.
— Espera, se eles não soubessem que estavam sendo vigiado de tão perto, poderiam ter feito a transição dentro do hotel — Kono observou — aqui tem vários lugares, como o spa, até mesmo a sauna.
— Eles tinham toda a informação sobre a operação desde o começo — Chin concordou — os encontros que eles tiveram e as pequenas reuniões foram só para nos distrair, nenhum dos investigados deu em nada. Eles já tinham um comprador certo desde o começo, esses foram peixes pequenos para desviar a atenção.
— Tem outra coisa — Danny se lembrou — na primeira vez que conversei com Lucy, ela disse que o namorado tinha alugado um carro com antecedência, mas para ir para Malokai precisaria de um avião ou helicóptero.
— Evan Miller me falou que não gosta de voos — Steve disse — então ele não teria vindo aqui para que a operação fosse em outro lugar. Eles ainda estão nessa ilha.
— McGarrett — o agente responsável o chamou pela escuta — o tempo acabou, estamos partindo.
— Steve — Danny sussurrou tirando a própria escuta — se eles já tinham toda as informações, eles tem alguém dentro da operação policial.
— Não sabemos em quem confiar — Chin concordou.
— Então vamos resolver nós mesmo — o SEAL respondeu.
— Danny? — Lucy perguntou surpresa quando abriu a porta do quarto, mas seu sorriso morreu quando viu o acompanhado de Steve, Chin, e Kono, todos com armados e com coletes a prova de balas — O que está acontecendo?
— Precisamos conversar — o loiro disse a ela.
A equipe entrou no quarto, a mulher estava sozinha e enquanto Danny contava sobre a verdadeiro trabalho do namorado, os outros investigavam o quarto a procura de pistas de onde seria transição.
— O Evan? Meu Evan? — ela perguntou assustada — Oh Meu Deus, eu vou ir presa por causa dele?
— Não, não ligamos seu nome as operações ilegais e se você cooperar na investigação não terá problemas — o loiro a tranquilizou.
— Claro, podem investigar tudo — ela avisou, como se a equipe já não estivesse fazendo isso.
— Qual é a senha do computador? — Kono perguntou.
— Alyssa, ele disse que é o nome da irmã, mas eu tenho quase certeza que é a ex namorada — a mulher disse brava, Kono já estava logando e acessando as informações — eu não acredito que sou tão idiota! Burra! Eu achei que ele era o cara perfeito e é um criminoso internacional — ela se sentou no sofá segurando as lágrimas — Eu já namorei alguns caras duvidosos, mas esse foi demais!
— Tudo bem, todo mundo tem alguém do passado que se envergonha — Danny se sentou ao seu lado e ignorou a cara de zombaria de Steve.
— Espera, se vocês estavam investigando, então tudo era encenação? Tipo, você não é gay e ele não é seu namorado?
— Essa parte é verdade, bem, na verdade eu sou bissexual, mas isso não vem ao caso. O fato é que Steve e eu realmente somos namorados — ele explicou.
— Ah, tudo bem, não custava tentar.
— Ela supera rápido, né? — Kono perguntou. Chin segurou a risada e Steve olhou de canto para o namorado — Achei, é um endereço em Kahului, fica a menos de uma hora daqui.
— Vamos — o comandante ordenou e eles correram para o carro, seguindo as coordenadas que Kono havia encontrado.
— Não é melhor chamar reforço policial? — Danny perguntou, como sempre ele estava no banco do passageiro e Chin e Kono no banco traseiro, enquanto Steve dirigia.
— Danny tem razão, sabemos que Miller e Tripp tem informações, mas para escaparem tantas vezes devem vir do alto.
— Como do FBI? — Steve insinuou olhando para o parceiro.
— Eu sei o que você está pensando, Banks pode ser um idiota sem noção, mas não é corrupto — o loiro respondeu.
— Como você pode saber? E por que está o defendendo?
— Eu não estou defendendo, eu só acho que ele não é inteligente o suficiente para fazer parte de um esquema de milhões de dólares e ainda sair impune por anos.
— Isso eu posso concordar.
— Gente, sem querer interromper a discussão de papai e mamãe, mas o que o primo falou é verdade. Se a informações vem do FBI e como eles passaram pouco tempo por aqui, não tem como ter ligações tão fortes com a polícia local. Nós precisaremos de reforços, porque não temos ideia do que encontraremos nesse lugar — Kono observou.
— Ela está certa — o detetive disse e Steve concordou com a cabeça, pegando o celular e discando para a polícia.
— Sou o comandante Steve McGarrett da Five-0 e preciso de reforço policial em Kahului.
— O reforço chega em trinta minutos — Chin falou.
Eles estavam do lado de fora de um restaurante em Kaluhui, o lugar era pequeno e discreto, eles mesmos poderiam ter perdido o lugar se Kono não tivesse o endereço. O ambiente estava fechado, mas haviam luzes lá dentro. Os quatro se esgueiravam pela escuridão, rondando o lugar.
— Tem dois vigias ali em cima — Kono indicou a sacada do primeiro andar — e achei mais três em volta, esses são só o que estão por fora.
— Vamos esperar o reforço ou agir? — Danny perguntou.
— Temos que interferir, se eles entregarem as informações não sabemos quanto tempo demorará para ela ser enviada para outro lugar — Steve respondeu já bolando o plano para invadir o lugar.
— Sim, mas com todas as portas trancadas, nossa única opção é o primeiro andar — Danny falou e quando McGarrett concordou, ele já inspirou fundo. Lá iam eles escalar algum lugar para invadir. De novo.
Seu celular vibrou e ele estranhou, quando a tela identificava um número de NY, o que era mais estranho ainda. Ele se afastou um pouco para atender, poderia ser alguém da sua família e aquele seria o pior momento para ter alguma notícia ruim sobre seus familiares.
— Williams.
— Danny? Onde você está? — a voz de Banks soou — Byrnes disse que vocês desistiram, como assim?
— Não é isso, é complicado explicar — o loiro olhou para trás, Steve, Kono e Chin conversavam sobre como invadir o prédio — só estamos guindo outras pistas.
— Como assim outras pistas? Estamos prestes a fazer uma grande prisão, que pode promover todo mundo, e vocês correndo para o lado errado? Isso é tão típico desse tipo de equipe — o agente bufou.
— Tipo de equipe? De que merda você está falando? — Danny se afastou um pouco mais para que os outros não escutassem o quão irritado ele estava.
— Deram controle de uma equipe que possui imunidade a um homem que nunca foi policial — ele explicou como se fosse obvio — ele nem sabe seguir as regras. Age impulsivamente e não pensa nas consequências. Vocês poderiam ser promovidos em breve, até liderarem as próprias equipes, mas ficam se prendendo a alguém que só os puxa para baixo.
— E é o capacho do FBI que está me falando isso? Engraçado que nos já trabalhamos juntos antes, quando você ainda era policial, me lembro bem do Seu modo de agir e nunca fiquei impressionado. Quando eu soube que passou para o FBI fiquei até espantando, porque se espera que só os melhores sejam escolhidos, não os que hesitam em confronto ou que não verificam o local direito e deixam que seus parceiros quase sejam baleados, ou você achou que eu tinha me esquecido?
— Danny — o agente falou sem graça — eu sei que...
— Não, você não sabe. O que você sabe é seguir ordens e agir como se soubesse o que está fazendo. Nunca mais se atreva a falar de ninguém da minha equipe, você não entende o suficiente do conceito de lealdade para falar sobre qualquer pessoa, ainda mais um comandante que levaria um tiro por qualquer um do seu time, enquanto você seria o primeiro a fugir.
— Perdão, eu não quis ofender — o outro disse a contragosto.
— Não foi o que pareceu e tem mais uma coisa, você pode pensar o que quiser, mas pelo menos o Steve não depende de álcool para fazer o quer e tem coragem suficiente para ser quem é — Danny falou pausadamente.
Ele estava de costa para a equipe, mas viu a sombra atrás de si. Quando se virou Steve estava de braços cruzados, a pergunta estava em seus olhos, sem que ele precisasse pronunciar.
— Porém como acredito que isso é uma ligação profissional, você deveria conversar com o meu comandante, não comigo. Não se preocupe, vou passar o telefone para ele e você pode repetir sua crítica a nós, tenha uma boa noite — ele não esperou resposta e estendeu o telefone para Steve, que apenas levantou a sobrancelha — É para você.
— McGarrett — o SEAL falou ríspido ao telefone e Danny voltou para Kono e Chin.
— Está tudo bem? — o policial perguntou preocupado.
— Só um idiota — Danny respondeu dando de ombros.
— Se precisar de ajuda para resolver qualquer coisa — Kono disse colocando munição na sua arma — é só avisar.
— É até lindo, de um jeito um pouco assustador, como eu sei que isso é verdade — o loiro comentou e a policial sorriu.
— Tudo pronto? — Steve perguntou voltando ao grupo e os outros concordaram.
— O FBI queria alguma coisa? — Chin perguntou e Danny agradeceu mentalmente por ele ter dito "FBI" e não "agente Banks".
— Só encher o saco — o SEAL respondeu.
— Que arma é essa? — Danny perguntou para Chin só então percebendo a arma que ele segurava.
— Uma escopeta — o policial respondeu olhando da arma para o detetive.
— Eu sei, mas de onde você tirou uma escopeta?
— Seu namorado que me deu — Chin deu de ombros.
— Steve como, raios, você arranjou uma escopeta?
— Eu trouxe de casa — ele respondeu como se fosse simples.
— Você passou pela segurança do aeroporto com uma escopeta? Como? — Danny perguntou indignado.
— Só passei — ele deu de ombros
— Você trouxe só isso ou tem mais coisas? — Danny perguntou com os olhos cerrados.
— Não podemos mais esperar a polícia, estamos perdendo tempo aqui, vamos entrar — Steve respondeu.
Kono se escondeu entre uma lixeira e um carro, ela apoiou seu fuzil com mira no capo do carro, usando a mira para enxergar os criminosos que ficavam na sacada. Chin deu a volta para pegar um dos criminosos que fazia a ronda, Steve e Danny foram atrás dos outros dois.
Todos com armas em punho, a ideia era que apenas os de cima fossem abatidos a tiros, os de baixo deveriam ser imobilizados, com uso da força se necessário, para que ninguém ouvisse. Steve chegou por trás do primeiro, o estrangulando com o braço e o puxando para as sombras. Danny imediatamente o algemou e revistou, tirando um rádio, mais uma arma, cigarros e telefone celular.
Depois de todas as ameaças eliminadas, os quatro silenciosamente escalaram o prédio ao lado pela grade lateral e pularam para a sacada, onde estavam caídos os dois corpos dos homens que Kono tinha acertado anteriormente. Os dois estavam fortemente armados, inclusive com uma metralhadora.
— Ainda bem que sua mira é perfeita, eu não ia querer descobrir se a dele era boa — Danny comentou indicando o criminoso caído.
— Estamos dentro — Steve informou a polícia.
— Já estamos cercando o local — o policial respondeu.
McGarrett indicou com a cabeça e os outros três o seguiram. Eles seguiram pelo corredor que estava semi escuro. O salão de cima estava vazio, as cadeiras por cima das mesas, como se o restaurante não fosse abrir naquela noite. Steve levantou dois dedos e indicou a parede oposta, Chin e Kono seguiram encostados por ela, enquanto Danny seguia atrás de Steve,
Eles eram silenciosos, um passo de cada vez para não fazer barulho. Chegaram em uma parte que dava para enxergar o salão maior que ficava em baixo, tendo um grande balcão que circulava o lugar, dando uma visão privilegiada. Steve indicou a escada de serviço, Kono e Chin entenderam e desceram por ela. O comandante contou até três e ele e Danny apontaram as armas para os bandidos lá em baixo.
— Five-0, abaixem as armas e fiquem no chão — Steve gritou.
Obviamente ninguém obedeceu e houve troca de tiros. Dois bandidos subiram pela escada principal, indo diretamente para Danny, que lutou com um e conseguiu balear o outro.
O bandido baleado caiu no chão, mas conseguiu pegar a arma, antes que ele atirasse no detetive, Steve atirou nele, mesmo que ainda trocasse tiros com as pessoas no andar de baixo. Então mais três bandidos irromperam.
— Qual é? Por que sempre tem mais? — Danny resmungou e teve que se esconder atrás de uma porta para não ser baleado.
Steve bateu com a coronha da sua arma no rosto de um deles e o outro o atacou. Danny estava lutando com o terceiro, brigando para reaver sua arma, quando teve que rolar pelo chão para escapar de um ataque, ele bateu no bandido morto e puxou a arma de sua mão, atirando no seu atacante.
Seu sangue gelou quando viu que Steve lutava com dois criminosos perigosamente perto da proteção que os impedia de cair no andar de baixo. Ele teve que pensar rápido, porque estavam tentando jogar seu namorado lá de cima. Como ele não poderia atirar em ninguém, já que Steve poderia ser atingido, ele atirou perto deles, apenas como distração. Os bandidos se distraíram, mas foi tempo suficiente para Steve conseguir se virar, jogando o bandido no vão e nocauteando o outro.
Os dois se encararam, estavam em pontas opostas do espaço, mas eles sorriram. Como sempre, um tinha acabado de deixar sua vida na mão do outro e não tinha se decepcionado.
— Eu deveria ter percebido que você estava fingindo — Jonathan Tripp esbravejou com Danny enquanto era preso.
— Mas não percebeu, que coisa — o detetive respondeu.
— Você e seu namorado falso vão pagar por isso — ele cuspia as palavras
— Ô idiota, a única história verdadeira disso tudo é que ele é mesmo meu namorado — Danny suspirou — Antes todo mundo acreditava que estávamos juntos, agora que estamos, esses idiotas não acham que somos um casal — ele revirou os olhos — e, por favor, "vamos pagar por isso"? Você acha que está em um episódio de Scooby Doo, por acaso?
— Seu...
— Blablabla, leva ele — ele o entregou para o policial.
— Tudo certo? — Steve perguntou.
— Eu estou tranquilo.
— Certo, as provas foram entregues para a perícia, o HD com as informações roubadas do consulado está aqui e nós lacramos, só estamos esperando o FBI chegar para que levem tudo — Kono informou.
— E eles ainda vão levar créditos na captura — Danny bufou.
— Pensa pelo lado bom, podemos passar mais uma noite naquele hotel, nosso voo só parte amanhã de manhã — Chin o lembrou.
— Se o meu quarto, que é o simples já é maravilhoso, imagina o deles — Kono brincou e eles riram.
— Só digo que vou passar horas naquela banheira — o loiro respondeu a provocação.
— Comandante McGarrett — O Agente Supervisor Byrnes se aproximou, junto da sua comitiva com agentes — bom trabalho, mas nós assumimos daqui.
— Claro senhor, só mais uma coisa — Steve respondeu — o senhor está preso.
— O que? — o homem perguntou revoltado.
— Agente Supervisor Byrnes, o senhor está preso por conspiração, traição, associação a terroristas, venda de informações, formação de quadrilha e contrabando — Steve disse em voz alta — deve ter mais coisas, mas foi o que eu me lembrei agora.
— Mãos para trás — Danny informou o agente.
— Isso é ultrajante, eu vou falar com o governador, suas carreiras acabaram aqui — o agente gritava.
— Isso mesmo, aproveita e fala para ele que encontramos troca de mensagens entre o senhor e dois contrabandistas internacionais onde você passava informações confidenciais sobre as investigações e que foi graças a isso que eles escaparam por tanto tempo — o detetive avisou — Deveria saber que não existe honra entre ladrões, eles já te entregaram em troca de acordo.
— Tomara que suas informações sejam melhores dos que as deles — Steve falou e indicou para um policial levar o agente para a viatura.
— Quando disseram que as coisas são intensas no Havaí, eu não achei que fosse tanto — um dos policiais de Nova York comentou.
— Você nem faz ideia — Chin comentou sorrindo.
Depois de uma ida para a delegacia de Kahului, onde deram um rápido depoimentos e todas as medidas tiveram que ser tomadas, alguns agentes e policiais tiveram que ficar com os presos, já que eles seriam transferidos naquela noite mesmo para Honolulu e depois extraditados.
Os liberados resolveram voltar para o hotel e descansar as horas que restavam antes do voo de volta para casa. Porém, como eles tinham combinado, pararam no bar do hotel. Todos estavam cansados e mereciam curtir o momento, só que algumas pessoas se convidaram e o agente Banks era um deles.
— Ao caso finalizado — alguém sugeriu o brinde e todos aceitaram, tomando suas bebidas.
— Ao nosso caso finalizado — Kono sussurrou e sua equipe concordou.
Quando eles chegaram no bar já era mais de meia noite, tudo o que Steve queria era voltar para o quarto com seu namorado. Na noite anterior eles tinham dormido juntos, era a segunda seguida noite que isso acontecia e ele descobriu que gostava. Não era como quando dormia com alguma ex, que queriam dormir no seu braço e ele acabava ou com o braço dormente ou cheio de cabelos no seu rosto.
Os dois se entendiam e por mais repetitivo que possa soar, parecia que sempre fizeram isso. Já sabiam o lado da cama que o outro gostava. Eles ficavam abraçados até dormir e mesmo que acabassem se soltando do abraço durante a noite, sempre estavam de tocando e isso era legal. Eles se sentiam confortáveis juntos.
Só esperava que quando voltassem para Honolulu, dormissem na sua casa. Não que a casa de Danny fosse ruim, mas a sua era melhor.
— Se dedicaram mesmo ao papel, né? — Banks riu batendo no ombro do Steve, que não estava achando graça nenhuma.
Depois de toda confusão, o agente resolveu fingir que nada tinha acontecido e que era amigo de todos. Steve o olhou se sentando do seu lado, depois para o bar, onde Kono e Danny tinham ido buscar mais bebidas.
— Do que está falando? — o SEAL perguntou.
— Sabe, de você e do Dany se beijando para distrair os suspeitos — o agente riu de novo — Se bem que foi com o Danny, aí nem é muito esforço beijar, né?
— Isso vai ficar interessante — Chin comentou.
— Não? — Steve respirou fundo.
— Não, é até besteira não aproveitar a oportunidade — o outro riu.
— Wow — Chin soltou olhando para Steve, que não estava feliz — irmão, é só brincadeira, calma.
— O que? — Banks perguntou confuso.
— Ele estava falando que é brincadeira que você beijaria o Danny — Steve falou controlado.
— Não, quer dizer, não é bem o meu estilo, sabe como é, mas ele é bonito, mesmo que eu goste de mulheres, sei lá né, vai que um dia estou bêbado — ele fingiu a risada.
— Bem, eu tentei — Chin deu de ombros e tomou mais um gole da sua cerveja.
— Vou ser bem claro — Steve disse calmamente para o agente — se você falar dele assim se novo, eu vou quebrar seus ossos. Ok? O máximo de ossos que eu conseguir no tempo que eu tiver. Ele já deixou claro que não te quer, ele não corresponde aos seus avanços, eu considero isso assédio. Então se você repetir isso, eu não vou te denunciar e acabar com sua carreira, eu vou acabar com a sua vida, você me entendeu?
Banks estava sorrindo, mas seu sorriso foi morrendo quando ele percebeu que Steve estava falando sério. Ele olhou assustado para Chin que apenas deu de ombros, bebendo.
— Ele vai mesmo fazer isso — o policial avisou — e não vai ser bonito.
— Ok ... entendi...
— Que bom — McGarrett sorriu perigoso.
— Trouxemos cervejas — Kono falou animada, chegando com Danny na mesa.
— Aconteceu alguma coisa? — o detetive perguntou, ele estava de pé, ao lado de Steve que estava sentado na cadeira.
— Nada não, amor — o SEAL disse se fazendo de inocente, pegando na mão do loiro e entrelaçando seus dedos — eu estou um pouco cansado, vamos para nosso quarto?
— O que? — Danny perguntou fingindo que não estava quase tendo um ataque cardíaco, porque não era só a sua mesa que os observava, eram todos os agentes e policiais presentes. Incluindo policiais que trabalhavam com eles no Havaí.
— Vamos para o quarto? — Steve refez a pergunta como se nada estivesse acontecendo.
— Claro...
— Ok — o SEAL disse se levantando,
Steve teve a cara de pau de beijar Danny na frente de todo mundo. Não foi um leve encostar de lábios ou um selinho. Ele colocou sua outra mão envolta da cintura do loiro e o beijou com vontade. Tanto que Danny, acabou colocando suas mãos no ombro do comandante para se apoiar.
Depois de deixar claro para todos que eles eram realmente um casal, Steve se virou para os demais e desejou "boa noite". Então passou seu braço pelos ombros do loiro e os guiou de volta para o hotel.
Todos na mesa estavam calados, observando os dois voltarem para o prédio. Ninguém comia ou bebia, depois que eles sumiram de vista, olharam para Kono e Chin, que continuavam conversando tranquilamente e comendo suas porções de batatas fritas.
— Ah, qual é, vão dizer que ninguém aqui nunca imaginou que eles eram um casal? — Kono perguntou revirando os olhos.
— Eu nem sei porque demoraram tanto — Chin comentou e sua prima concordou — quer mais batatas?
— Quero sim, obrigada primo.
Pergunta: Se os personagens de outra série de investigação fossem aparecer em Ohana para um croosver, quem seria? Eles tem são um shipp?
Não prometo que alguém vá aparecer, é só uma duvida, mas vai que...
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