Capítulo 7
Só lembrando que todas as minhas histórias são +18, ok?
:)
Eles estavam se beijando, o calor foi crescendo, o beijo ficando mais profundo, os corpos se esfregando no outro, Steve já se sentia muito duro. Danny estava deitado no sofá e Steve por cima, eles se beijavam furiosamente o ar começou a faltar, mas eles não se importavam.
— Tira isso — Danny resmungou irritado puxando a camisa de Steve que estava o atrapalhando.
Steve nem pensou, só afastou o suficiente para puxar a própria camiseta e suas bocas se chocaram de novo. As mãos vagavam por cada pedaço de pele disponível e quando o ar foi necessário de novo, o moreno começou a beijar e morder o pescoço do loiro. Como o cheiro da pele dele poderia ser tão perfeito e tão excitante? E como os suspiros e gemidos baixos conseguiam o deixar ainda mais duro?
Danny abriu a calça do outro e sua mão invadiu o espaço. Seus dedos acariciaram a pele, duas unhas arranhando levemente, descendo cada vez até chegar onde queria. Ele segurou o pau duro e acariciou com calma, sentindo as reações do corpo acima do seu e como a respiração dele se alterou.
— Danny... — Steve gemeu no ouvido do loiro.
Ele não sabia se foi por toda aquela espera, se era o contexto ou simplesmente por ser Danny, mas ele estava sentindo cada toque de um jeito absurdo, como se choques elétricos corressem pelo seu corpo. Talvez fossem todas as alternativas.
— Danny — ele murmurou — eu nunca... eu...
— Tudo bem, eu sei — o loiro disse sorrindo de canto — você quer continuar?
— Nem é mais questão de que se eu quero ou não — ele respondeu um pouco ofegante e indicou o próprio pau, que ainda estava na mão de Danny e completamente duro.
— Idiota — Danny riu — qual o problema?
— Eu só não sei muito bem o que fazer — Steve disse com um pouco de vergonha.
— Certo, vamos — Danny respondeu batendo no ombro de Steve, pedindo que ele se levantasse.
— Onde? — o moreno perguntou sem entender.
— Sua primeira vez com um homem e a nossa primeira vez não vai acontecer no sofá da minha sala — o loiro falou pegando Steve pela mão e puxando escadas acima.
— Minha primeira vez com um homem? Por que você já?
— Eu não vou discutir isso com você — Danny falou alto.
O moreno o abraçou por trás e mordeu seu pescoço, o detetive tombou a cabeça e suspirou baixinho. Suas costas estavam encostadas no peito de Steve, o que fazia com o pau do comandante estivesse pressionado contra sua bunda.
— Não sabe o que fazer, mas sabe me provocar? — o loiro bateu Steve contra a parede, que apenas sorriu de canto.
Eles voltaram a se beijar e foram as cegas para o quarto, não precisaram desgrudar os lábios, os dois conheciam muito bem aquele cômodo, então caíram na cama juntos. Danny sentou nos quadris de Steve e beijou seu peito, subindo até chegar no seu pescoço.
— Se você não sabe o que fazer, eu te ensino — ele sussurrou em seu ouvido.
O loiro movimentou o quadril, fazendo Steve gemer. Ao mesmo tempo que era extremamente excitante, ainda não parecia real, depois de tudo que passaram, depois das últimas semanas infernais e todas as dúvidas, eles estavam ali, juntos, fazendo aquilo. Ele passou tanto tempo achando que estava perdendo sua mente, que agora estava entregando a sua sanidade de bom grado para o outro.
Mas o momento de reflexão acabou quando Danny lambeu o pau de Steve.
O loiro foi deixando que o SEAL de acostumasse cada novo toque, o engolindo em lentos e torturantes movimentos. Ele o deixou ansiando por cada vez mais e dando a certeza que era aquilo mesmo que eles deveriam estar fazendo. E do jeito que Danny o chupava, esfregando sua língua, não sobrava dúvidas mesmo.
Steve gemeu alto, ele colocou a mão nos cabelos de Danny, mas ele não sabia o que fazer. Ele já tinha estado com várias mulheres, mas nunca com um homem. Ainda tinha o fato que ele nunca tinha amado de verdade e ele já estava completamente apaixonado pelo loiro estressado que no momento o dava um prazer de um jeito que ele ainda não tinha sentido.
— Primeira lição — Danny sussurrou no ouvido de Steve — eu não sou frágil, sou tão resistente quanto você. Então não precisa ficar pensando em como me tocar ou até em ser delicado. Se quer algo, apenas faça.
O sonho bateu em sua mente com força e foi como algo se acordasse dentro dele. Ele os virou na cama, ficando por cima de Danny e devorou sua boca. Podia até nunca ter estado com um homem, mas ele era um e sabia do que gostava.
Ainda se beijando furiosamente, eles empurraram as roupas fora. Os lábios mal se desgrudavam. Os paus entraram em contato e os dois gemeram, um nos lábios do outro. Eles estavam completamente duros e sensíveis. Steve mordeu o pescoço de Danny e se pudesse deixaria várias marcas ali.
— Aqui — o loiro esticou a mão para a gaveta da mesa de cabeceira e puxou um pequeno frasco de lubrificante — não pergunte.
— Depois eu vou sim — o moreno respondeu sorrindo de canto e voltou a beijar o parceiro.
Danny abriu o frasco e encheu a mão, esfregou lubrificante no pau de Steve, que gemeu e depois no seu. Isso fez com o que esfregassem melhor, mas para deixar tudo mais intenso, ele segurou um contra o outro, aumentando a fricção.
A boca de Steve passou dos lábios para o pescoço de Danny e desceu ainda mais, ele queria explorar o corpo inteiro do outro, queria conhecer cada pedaço, lamber cada parte e deixa-lo nunca se esquecer que agora, mais do que nunca, um pertencia ao outro.
— Steve... — Danny e gemeu isso era combustível.
Ele mordeu o mamilo do loiro, as costas de Danny arquearam enquanto ele ofegava, pedindo por mais. Os dois movimentavam os quadris, buscando mais contato e mais prazer.
— Danny, eu preciso estar dentro de você — ele murmurou mordiscando o lóbulo da orelha do outro.
— Eu também preciso que você faça isso — o loiro ofegou. Eles se agarravam tanto que não sobrava muito espaço. Se arranhavam e beijavam sem parar, mesmo assim não parecia suficiente.
— Me mostra como faço isso... eu não quero te machucar — o pedido foi tão sincero e simples, que Danny sorriu. Mesmo no meio daquela loucura, Steve estava preocupado com ele.
— Eu vou te mostrar — só porque o pedido foi fofo, não quer dizer que ele ia perder a oportunidade de provocar Steve.
Ele colocou lubrificante nos dedos e começou a rondar a própria entrada, suspirando e vendo o SEAL engolir em seco. Ele se acariciou por alguns momentos, até penetrar o primeiro dedo, devagar, sem pressa nenhuma. Steve acompanhou cada movimento, quase hipnotizado.
Danny aproveitou a distração e começou a beijar o pescoço do parceiro. Eram beijos leves, mas combinado com o que mais acontecia, fazia o comandante gemer baixinho.
Quando o loiro já estava com o segundo dedo, o SEAL colocou sua mão por cima, também fazendo carinho, se sujando com o lubrificante e penetrando com um dedo. Ele virou seu rosto e voltou a beijar o detetive. Enquanto o beijo era esfomeado e feroz, os toques na entrada do loiro eram calmos, sutis e cuidadosos.
Danny o empurrou contra a cama e subiu no colo, ele já tinha cansado de esperar.
— É sua última chance para desistir — o loiro zombou do SEAL, posicionando o pau dele em sua entrada.
— Nem morto — Steve respondeu gemendo, sentindo contato da pele do parceiro.
— Sem mais dúvidas?
— Nunca mais — ele sorriu.
O loiro desceu devagar, se acostumando, sentindo seu corpo se adaptar ao do outro. Steve só percebeu que estava prendendo a respiração, quando sentiu as coxas de Danny pressionadas contra as suas e ele respirou fundo. Se existisse um momento perfeito, era aquele.
— Eu sonhei com isso — ele acabou murmurando e o loiro sorriu de canto.
— Sonhou? — perguntou se movimentando um pouco.
— Danny... — Steve gemeu alto.
— Sonhou ou não? — ele se mexeu de novo.
— Sim... — ele ofegou, o movimento tinha sido maior.
— Então você já bateu uma pensando em mim? — o loiro jogava sujo, seus movimentos iam aumentando gradativamente e ele ainda queria que Steve conseguisse ter pensamentos coerentes.
— Sim... algumas vezes...
— Tudo bem — o loiro se inclinou até que sua boca estivesse sobre o ouvido do outro — eu já bati muitas pensando em você.
Aquilo foi demais, Steve os virou na cama de novo e ficou por cima. Os movimentos eram bagunçados, mas cada vez mais intensos. Eles não ligavam se estavam suando, se estavam fazendo barulho, se a cama rangia, eles só queriam mais.
— Aí, Steve não para — Danny praticamente gritou quando Steve acertou o ponto certo dentro dele, fazendo que o moreno só acertasse ali a partir desse momento. Danny gemia de prazer e sua entrada apertava tanto o pau do outro, que nenhum deles sabia quanto tempo mais aguentariam.
No único momento de quase lucidez que o SEAL teve, em que pensou que poderia estar machucando Danny, o loiro ameaçou atirar na sua cara se ele parasse. Era essa uma das coisas que Steve mais amava no seu parceiro, não importava o quão intenso fosse ou quão forte ele batesse, Danny seria tão intenso quanto e bateria mais forte de volta.
E isso era sobre qualquer aspecto de suas vidas.
— Porra — Danny gemeu alto — eu vou gozar...
— Então vamos — Steve grunhiu, ele lambeu o pescoço do loiro e o mordeu.
Os orgasmos vieram rasgando, levando toda tensão e raiva das últimas semanas. Eles não se importarem se estavam gritando ou fazendo muito barulho, a sensação era bagunçada e confusa. Um prazer intenso demais para conter, muita loucura e uma liberdade quase desesperadora.
Então veio a paz e ficou só o prazer.
Demoraram um tempo para conseguir falar algo coerente. Os corações disparados, as ondas de prazer ainda percorrendo seus corpos e as respirações totalmente desreguladas. Os dois estavam jogados na cama, praticamente sem se mexer.
— Precisamos tomar um banho — Danny comentou depois de um tempo que eles estavam em silêncio.
— Daqui a pouco — Steve respondeu um pouco sonolento.
— Não, estamos nojentos — o loiro tentou se sentar, mas os braços do moreno o puxaram de volta — Steve?
— Mais tarde a gente levanta, sério — ele disse beijando os lábios do loiro e o aninhando em seus braços.
— Eu falei para tomarmos banho àquela hora — Danny resmungou.
Eles tinham acordado tarde, principalmente para os padrões do SEAL. Mas estavam tão cansados e a cama parecia tão confortável, que ficaram o máximo de tempo lá. Ao contrário do que pensou a manhã foi tranquila, Danny até teve receio que pudesse ficar um clima estranho, mas Steve agiu como se eles sempre tivessem dormido juntos e fossem um casal há anos.
— Pare de rir — o loiro reclamou — isso parece cola, mas que merda.
— Deixa que eu te ajudo — Steve disse pegando a esponja de banho da mão do outro e esfregando por seu abdômen, limpando os vestígios da noite anterior.
Eles acabaram se beijando e o beijo foi evoluindo, aí usaram o sabonete líquido para outra coisa, já que ficaram se esfregando e beijando até que gozassem. O que resultou em outro banho.
— Vou fazer algo para comer — Danny falou se enxugando e colocando um boxer.
— Deixa que eu cozinho, troca o lençol enquanto isso — Steve sugeriu e o loiro revirou os olhos.
— Só porque eu queimo a comida de vez em quando, não quer dizer que eu faço isso sempre — ele resmungou, Steve sorriu e o beijou antes de sair do quarto.
Ele arrumou a cama e Steve fez o café da manhã, tudo foi natural, bem parecido em como eles já agiam. A única diferença era que haviam mais toques e um sempre acabava beijando o outro.
— Oi princesa, tudo bem? — Danny disse atendendo a ligação da filha, ele e Steve estavam jogados no sofá assistindo TV.
— Oi Danno — ela falou — vocês estão de folga hoje?
— Sim, aconteceu algo? — ele perguntou preocupado e Steve abaixou o som da TV, também ficando alerta.
— Não, mais ou menos — ela bufou — Stan e mamãe iam levar o Charlie em um clube, mas eles brigaram. Agora o Charlie está arrumado aqui com a roupa para nadar, mas não vão mais sair. Eu marquei com meus amigos de jogar vôlei na praia, vocês não querem ir?
— Sua mãe não vai ficar brava? É o final de semana dela com o Charlie — Danny perguntou, mas Steve revirou os olhos e já tinha se levantado, separando o que levariam.
— Não se preocupa, eu me resolvo com ela — a menina garantiu — Danno, o Charlie está triste aqui e eu lembrei que vocês falaram de ensina-lo a surfar.
— Você não, o Steve que vai ensinar, eu vou ficar de boa na areia — Danny resmungou vendo o SEAL sorri separando até as bermudas para eles surfarem.
Eles passaram na casa do moreno para trocar o carro, já que o carro se Steve era melhor para transportar as pranchas, e verificar a comida a água de Eddie. Depois buscaram Grace e Charlie para ir à praia, o menino sorriu imensamente quando os viu e estava muito animado para as aulas.
— Tem certeza que não quer ir — Steve perguntou para Danny, que estava se estendendo a esteira de praia.
— Sim e estou ótimo com isso — Danny sorriu.
— Você que sabe — o SEAL revirou os olhos, roubou um beijo rápido e chamou Charlie — Vamos lá, campeão, vamos aprender a surfar de verdade.
— Vamos! — o menino comemorou e eles foram para perto do mar.
Danny ainda estava paralisado no lugar, Steve tinha feito mesmo isso?
Ele olhou do lado e Grace já estava sentada na esteira, mexendo no celular e agindo normalmente. O detetive se sentou ao lado dela e ficou esperando que a filha fosse perguntar algo, mas ela não pareceu se importar.
— Pronto, depois que eu apresentei vocês para os meus amigos, agora eu não posso ficar um tempo com vocês, que eles querem vir atrás — ela reclamou respondendo a mensagem — tudo bem se a Serena, Alicia, Makayla e Ian ficarem aqui com a gente?
— Tudo bem, mas por que eles querem ficar com a gente? — ele perguntou ainda esperando alguma pergunta, algum surto. Ele abriu a garrafa de água tentado disfarçar, será que ela não tinha visto que Steve tinha o beijado?
— Os quatro tem um crush gigante em vocês — ela revirou os olhos — ao mesmo tempo que eles shippam vocês, também tem essa paixãozinha. Eu disse que é nojento, por favor, meu pai e meu... segundo pai? Como eu me refiro? Padrasto ou continuou mesmo com tio?
— O que? — ele quase se engasgou com água que bebia.
— É que agora que vocês resolveram demonstrar em público, eu posso começar a chamar o tio Steve de padrasto? Se bem que é estranho ficar chamando alguém assim — ela disse distraída — enfim, depois eu converso com ele, talvez Charlie e eu devemos chama-lo de Papa ou algo assim — ela deu de ombros.
— Espera, vamos por parte, "demonstrar em público"?
— É, vocês se beijaram na nossa frente — ela respondeu como se fosse obvio — não entendo porque não faziam antes.
— Grace, nós não estávamos juntos antes — o loiro disse a a menina abaixou o celular, o olhando espantada.
— Sério? Eu sabia que no começo vocês não estavam, mas vocês agem como casal há tanto tempo que eu achei que já estivessem juntos... quando que vocês começaram?
— Ontem.
— Ontem? — ela perguntou e começou a rir — Oh, Meu Deus, Danno, sério? — o pai cerrou os olhos e ela escondeu a risada com as mãos — Quer dizer, que fofo vocês finalmente conversaram sobre isso e estão à vontade para demonstrar os sentimentos em público.
— Não que a gente tenha conversado sobre essa parte — Danny bufou.
Ele olhou para a frente e Steve estava ensinando a Charlie como ficar de pé na prancha, os dois riam bastante. O loiro respirou fundo e acabou sorrindo com a cena.
— Danno, você está feliz? — Grace perguntou chegando mais perto dele.
— Sim, agora estou — ele disse envolvendo a filha com os braços.
— Você entendeu? — Danny perguntou de novo e Steve revirou os olhos.
— Sim.
— Então me fala qual é o plano?
— Não chamar atenção — McGarrett disse como uma criança repetindo ordens — precisa disso mesmo?
— Precisa sim, porque eu te conheço e você só tem dois modos: ou vai fingir que não tem nada acontecendo ou vai chegar jogando na cara do todo mundo.
— E você escolheu fingir que nada está acontecendo, isso quer dizer o que? Que você não está pronto para assumir um relacionamento assim ou, pior, não está pronto para assumir um relacionamento comigo?
— Não, não. Você não vai jogar isso para cima de mim. Eu estou falando que temos que ir com calma e contar aos poucos. Você é o chefe, a autoridade maior na equipe.
— Então eu mando em você? — Steve perguntou com sorriso malicioso.
— Steve! Foca na conversa!
— Mas foi você que falou — ele se justificou.
— Isso vai ser mais difícil do que pensei — Danny passou as mãos pelo rosto — Vamos tentar de novo, antes de contarmos para todo mundo precisamos ter certeza dos nossos sentimentos, de qual é o nosso relacionamento e se isso vai dar certo. Temos que pensar muito bem.
— Por que? — Steve perguntou revoltado.
— Como assim por que? Porque é assim que pessoas racionais fazem, elas pensam antes de agir e tomam decisões responsáveis. E se não der certo entre a gente? E se daqui há algumas semanas você perceber que não é isso que você quer?
— Por que sou eu que "perceberia que não é isso o que quer"?
— Jura que de tudo isso, você só ouviu essa parte?
— Você precisa parar de ser tão pessimistas. Acho que na verdade você está surtando com tudo isso e está me usando de desculpa para o seu medo.
— O que? Steve, eu... — Danny parou e respirou fundo, ele podia até amar o SEAL, mas haviam momento que atiraria nele se pudesse — Só foi um exemplo, o que eu estou querendo dizer é que tudo isso é muito novo, devemos curtir o momento e decidir um passo de cada vez.
— Eu discordo.
— É claro que ele discorda — o detetive revirou os olhos.
— Olha, nós nos conhecemos há anos, eu já vi o seu melhor, seu pior e você o meu, sabemos tudo um sobre o outro — o comandante falava e o loiro levantou a sobrancelha — Ok, AGORA realmente sabemos tudo um do outro.
— Você se lembra que toda essa história começou assim, não é? — Danny provocou.
— Uma hora tinha que acontecer, acho que enrolamos demais — Steve disse sinceramente.
— Agora ele acha isso, mas foi o mesmo idiota que passou semanas estranho e mal falava comigo.
— Você está desviando do assunto — McGarrett falou fazendo Danny rir — nós estamos juntos.
— Juntos como? Somos parceiros? Amigos? Amizade colorida? Um relacionamento real?
— Vamos ter essa conversa de novo? — foi a vez de Steve revirar os olhos — estamos juntos e é isso que importa.
— Você fala como se fosse simples.
— Mas é. Você e eu estamos namorando. Ponto. O que mais precisa?
— Você demorava anos para assumir relacionamentos, agora resolveu tudo em uma noite?
— Contando que somos parceiros há anos, acho que até demoramos — ele deu de ombros e Danny negou com a cabeça — ok, mas eu não vou mentir para ninguém.
— Não estou falando para mentir, só para pensar muito bem antes de tomar uma decisão.
— Certo, eu consigo fazer isso — McGarrett garantiu e Danny suspirou, ele não ia conseguir.
A sede do Five-0 estava calma, o que era estranho para eles, mas existiam alguns dias de paz. O fato é que eles usaram esse dia para finalizar todos os casos que tinham trabalhado nas últimas semanas. Como tudo era sempre uma correria eram nesses momentos que eles usavam para resolver a burocracia. Porém, o telefone de Steve tocou e eles sabiam que a paz tinha acabado.
— O que será que aconteceu agora? — Kono perguntou para Danny e Chin quando se encontraram no corredor.
— Não sei, mas Steve está sério, deve ser algo de alto escalão — Chin respondeu.
— Não sendo terroristas, de novo, eu já agradeço — Danny comentou, os três indo até a mesa inteligente, onde sabiam que seria a reunião.
— Não quer bater o recorde de vocês? Vocês já quase morreram em duas explosões no mesmo antes, mais uma e vocês batem o recorde de explosões em menos de trinta dias — Kono brincou.
— Só se dessa vez você ficar na linha de explosão com ele — o loiro riu.
— Todo mundo sabe que esse é o seu dever — Chin falou fazendo os outro rirem.
— Temo um caso — Steve avisou acessando as informações do caso e jogando as telas — Esse são Evan Miller e Jonathan Tripp, são acusados de vender informações internacionais. Chegaram no Havaí ontem, vindos de Nova York, o FBI e a polícia de Nova York acreditam que eles roubaram informações sigilosas do consulado japonês e pretendem vender aqui para um grupo extremista de terrorismo.
— Por que sempre tem terroristas? — Danny resmungou e Chin colocou a mão em seu ombro, em solidariedade.
— Vai ser uma investigação em conjunto? — Kono pergunto.
— Sim, vamos trabalhar tanto com o FBI, quanto com investigadores de Nova York. O governador quer que fiquemos de olho em tudo e lembrem-se que aqui é o nosso território — Steve respondeu sério — Vamos tentar trabalhar sem brigas e com cooperação.
— Nós sabemos disso, mas você vai se lembrar quando estivermos em campo? — Danny perguntou — Você socou o ultimo que trabalhamos em conjunto, lembra?
— Se ninguém me der motivo, não tem razão para eu socar alguém — o comandante deu de ombros.
— Quais as chances do chefe não se irritar com alguém? — Kono se virou para o primo.
— A mesma do Danny não reclamar de algo que o Steve fizer — ele respondeu e eles trocaram um soquinho rindo.
— Vocês são hilários — o detetive revirou os olhos.
— Antes de irmos, eu preciso falar uma coisa com vocês — Steve falou sério e Danny inspirou fundo — sei que fui meio distante nas últimas semanas e acabei não os agradecendo direito. Não sou muito bom com as palavras, mas quero agradecer a todos, se vocês não tivessem sido tão rápidos, eficientes e, principalmente, não tivessem insistido em mim, eu teria morrido. Tenho muito orgulho de chamá-los de "ohana".
— Ow, o chefe está emotivo hoje — Kono brincou.
— Pelo menos sabemos que ele realmente tem sentimentos — Danny completou e os dois riram. O loira estava aliviado que Steve falou sobre outra coisa e não o que ele estava pensando que era.
— Não precisa agradecer irmão, somos família — Chin disse abraçando McGarrett.
— Eu realmente amo vocês — Steve sorriu — Que tal saímos para comemorar depois desse caso terminar?
— Mas dessa vez você vai pagar? — Kono provocou.
— Ele vai, porque dessa vez eu que vou esquecer minha carteira — Danny respondeu a amiga.
— Vocês são muito exagerados, até parece que eu nunca convidei vocês para nada. Ah, Kono, Chin, antes de irmos quero contar que Danny e eu estamos namorando.
Danny, Kono e Chin ficaram em silêncio, apenas olhando Steve que parecia a vontade, como se não tivesse falado nada demais.
— Espera, o que? — Chin perguntou.
— Danny e eu estamos namorando — McGarrett repetiu, não entendendo a confusão dos amigos — um com o outro, sabe?
— Steve! — Danny falou passando a mão no rosto, ele tinha falado mesmo — E a história de "pensar bem antes de agir"?
— Eu pensei bem, nós somos uma família e não precisamos esconder coisas um dos outros — ele se justificou.
— Só um minuto — Kono falou — você só está nos contando agora que estão namorando ou vocês começaram a namorar agora?
— Ontem, para ser mais exato — o detetive resmungou.
— Ah, agora eu fiquei surpresa — ela exclamou. McGarrett e Danny a olharam confusos — eu achei que vocês estavam namorando há tempos, mas era tão obvio que ninguém falava disso. Como se fosse algo subentendido, sabe?
— Sendo sincero, eu também achei — Chin comentou — principalmente depois do dia que vocês ficaram presos nos escombros daquela explosão. Quando resgatamos vocês, o Steve não queria largar o Danny, não era coisa de amigo. Então só confirmou para mim o que eu já achava.
— Ótimo, realmente ótimo, todo mundo sabia que estávamos juntos, menos a gente — Danny resmungou — Ninguém poderia ter falado?
— Mas era obvio — Kono respondeu — nós até chamamos vocês de papai e mamãe.
— O que? Quem chama a gente assim? — o loiro estava um porquinho revoltado, já Steve ria.
— Todo mundo — Chin e Kono falaram juntos.
— Tem como esse dia piorar? — Danny perguntou revirando os olhos.
— Irmão, não aprendeu que nunca pode dizer isso? Os deuses devolvem a provocação — Chin avisou.
Danny nem acreditava muito nisso que o "karma volta contra você", mas quando chegaram para encontrar os outros agentes que trabalhariam no caso e a primeira coisa que escutou foi "Detetive Danny Williams? Eu não acredito que é você!", ele começou a acreditar.
— Agente Holt Banks — Danny disse respondendo o abraço, mas bem menos empolgado do que o outro — Sim, faz muito tempo que não nos vemos.
— Cara, você está ótimo — o agente Banks sorria para Danny e tinha sua mão no ombro do detetive.
— Obrigado, você também — Danny respondeu um pouco sem graça, ele olhou para o lado e Steve estava de braços cruzados com os olhos cerrados — esse é o meu parceiro, Steve McGarrett.
— Ah, olá — Banks estendeu a mão para Steve, que não sorria — então você é o parceiro do nosso Danny.
— Sim, Danny é o Meu parceiro — Steve respondeu.
— McGarrett também é o comandante da Five-0 — Danny esclareceu rapidamente.
— Sério? Eu já ouvi muito sobre vocês, dizem que vocês são radicais — Banks comentou — que resolvem as coisas de um jeito que os outro não fariam.
— Você nem faz ideia — McGarrett sorriu de canto.
— OK, melhor conversamos sobre o caso, não? —Danny sugeriu.
— Eu avisei — Chin disse passando por ele.
A reunião com as três forças policiais aconteceu sem problemas, mesmo que Steve fechasse a cara toda vez que Banks se inclinava em direção a Danny para comentar qualquer coisa. Porque é claro que o agente teve que se sentar bem do lado do detetive para complicar tudo.
Em um momento Danny fez um gesto para Chin, quase implorando por ajuda. O policial revirou os olhos, mas acabou aceitando. Os dois se levantaram para pegar café, mas na hora de voltar para seus lugares, Chin se sentou onde Danny estava antes e Danny no lugar de Chin, ficando entre Steve e Kono.
O caso era simples em teoria, os dois suspeitos se encontrariam em um hotel em Kihei, que fica na ilha Maui, uma das ilhas do Havaí. Então alguns agentes se infiltrariam como hospedes, outros como funcionários, para observar e prender todos os envolvidos. Porém, fora todo o perigo envolvido, isso queria dizer que todos teriam que pegar um voo de cerca de 40 minutos onde Danny estaria preso com Steve e Banks dentro de um avião
— Alguns policiais já estão infiltrados no hotel e podemos colocar alguém na suíte no mesmo corredor que eles — um dos agentes sugeriu.
— Que tal eles? — Banks apontou para Kono e Chin — Eles podem se passar por um casal.
— Não, nós somos primos, seria muito estranho — ela recusou — mas eu posso ir com o Danny, trabalhamos juntos há anos, seria fácil.
— Por mim tudo bem — o loiro concordou.
— Então precisamos saber o que os outro farão — um dos agentes falou.
— Chin eu quero você no bar — Steve tomou o controle da situação — eu preciso que você verifique todos que entrem em contato com eles, eles não viriam aqui sozinhos. Se escaparam até agora, é porque eles sempre têm planos para isso. Eles devem esperar que estaremos observando, então temos que ir com calma.
— Aqui diz que Jonathan Tripp gosta de massagem, posso entrar no studio de massagem e usar isso para clonar as informações — Kono sugeriu e Steve aceitou.
— Quem estará no quarto do mesmo corredor que eles? — o policial de Nova York perguntou e Danny suspirou, ele sabia o que Steve falaria em seguida.
— Danny e eu vamos — o comandante respondeu.
— Dois amigos vão chamar atenção — Banks tentou falar.
— Você não precisa se preocupar — Steve o interrompeu — Danny é meu parceiro, agir como casal não será nenhum problema para nós.
Opinião sobre o capítulo!!!
No capítulo passado eu perguntei Steve ou Danny, mas agora vou perguntar qual seu maior crush na série/fic? Valendo qualquer pessoa!!
Me: continua sendo o Danny
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