Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 13


:)


— Não está tudo bem... eu vou até lá e descubro, depois te aviso... é claro que o Steve não tem nada a ver com isso — Danny falava no celular com Rachel — Como assim "como eu posso saber"? Rachel como que Steve teria a ver com um acontecimento na escola do Charlie?

Eles estavam no carro indo para a reunião de pais da turma do Charlie, Danny fazia questão de estar o máximo envolvido com qualquer coisa sobre a vida dos filhos, por isso fazia questão de ir às reuniões. O diferente dessa vez é que Rachel foi notificada que tinha havido uma pequena confusão envolvendo Charlie e outro menino, por isso Danny teria que resolver isso também.

— Sim... eu entendo... certeza. Eu ligo assim que sairmos de lá — ele garantiu se despedindo da ex e se virando para o namorado, que dirigia o carro — O que você fez?

— Como assim? Eu não fiz nada — Steve falou se fazendo de inocente.

— Steve, por favor, eu te conheço muito bem e conheço o Charlie muito bem. Vocês dois ficaram de segredinhos a semana inteira e agora Rachel recebe notificação da escola? — Danny cruzou os braços — Então você vai me responder agora o que aconteceu, para eu chegar na escola já sabendo.

— Danno...

— Steve!

— Ok — o Seal bufou — Não sei se foi isso, pode ter sido outra coisa, mas tinha um colega de sala sendo desagradável com o Charlie. Eu só dei dicas de como ele poderia resolver a questão.

— Ah Meu Deus — Danny passou as mãos pelo rosto — Dicas? Que dicas?

— Coisas simples, como se proteger — o comandante deu de ombros.

— Por favor, me diz que não ensinou meu filho a atirar ou lançar granadas.

— O que? Claro que não! Danno, eu não colocaria granadas na mão de uma criança — ele respondeu revoltado e o detetive respirou aliviado — primeiro tem que ensinar a atirar, depois ir para coisas maiores.

— Ah, não — Danny massageou a têmpora — o que você ensinou ao Charlie?

— Só coisas básicas, como bloquear um soco, rolar se for derrubado, chutar, deixar seu adversário atordoado....

— Desmaiar alguém? — o detetive perguntou irônico.

— Não, Charlie ainda não está preparado para isso. Talvez em alguns meses — Steve comentou — Só ensinei golpes que possam deixar o adversário atordoado, assim ele teria tempo de escapar e chamar algum responsável.

— Você sabe que ele deveria chamar algum responsável ANTES de tentar deixar o colega "atordoado", né?

— Mas ele falou, Charlie disse que contou para a professora e para Rachel, que ninguém fez nada — o Seal justificou.

— A Rachel não fez nada? — Danny perguntou confuso.

— Ela foi na escola reclamar e falou com a professora, mas ninguém teve outra atitude, só falavam para ele ignorar. Sabemos que isso de "ignorar" geralmente não resolve — Steve bufou.

— Eu não sabia que tinha alguém perseguindo o Charlie — Danny falou pensativo.

— Ele não te contou? Danno, se eu soubesse eu teria te contado — o moreno falou preocupado — não quero que pense que eles me procuram antes de você para resolver algo, acho que até o Charlie pensou que você já sabia.

— Steve, pare com isso, eu não estou chateado por Charlie ter te contado. Na verdade, é até um alívio saber que ele se sente tão confortável e confia tanto em você para te contar essas coisas.

— Sério? — Steve sorriu orgulhoso e Danny revirou os olhos.

— Foca no problema — o loiro pediu — Rachel não me contou o que estava acontecendo. Ela tem essa mania irritante de não me contar tudo relacionado aos nossos filhos.

— Espera, "nossos filhos" quer dizer seu e dela ou "nossos filhos" querem dizer, tipo, nossos, sabe, todos nós? — ele girava o dedo os indicando.

— Faz diferença? — Danny zombou.

— Claro que faz — o outro retrucou — você os enxerga só como seus filhos ou somos uma família nós quatro?

— É essa sua preocupação? Estamos indo para a escola do Charlie, porque ele revidou agressões de um colega, coisa que eu não sabia que estava acontecendo. Mas você quer saber como eu enxergo você em relação aos meus filhos?

— Sim! — Steve disse convicto, manobrando o carro dentro do estacionamento da escola.

— Se eu não quisesse que você fosse o Papa deles, eu deveria ter me preocupado antes, porque agora esse barco já partiu — Danny resmungou saindo do veículo, ignorando o sorriso feliz do namorado.

Eles foram conduzidos para a sala de aula de Charlie, mas sua turma não estava lá. A grande maioria das pessoas presentes em si eram mães, alguns casais, mas nenhum pai desacompanhado.

— Vai ficar com esse sorrisinho besta no rosto mesmo? — Danny perguntou para Steve que concordou.

— Sabe, eu estava pensando...

— Não — o detetive respondeu.

— Não o que?

— Seja lá o que você esteja pensando a resposta é não.

— Você nem sabe no que eu estou pensando — Steve disse indignado.

— Mas sei que resposta vai ser não — Danny respondeu sorrindo e o Seal revirou os olhos.

— Bom dia, me perdoem pelo atraso, eu sou a Senhora Maxon, professora dessa turma — a mulher falou entrando na sala e se sentando na sua mesa — irei falar de um modo geral da classe, depois posso passar avaliações individuais a quem se interessar, tudo bem? Ótimo, vamos conversar.

— Ela não deveria marcar horários individuais com cada responsável para falar dos alunos? Seria mais fácil, falaríamos só dos assuntos importantes e não íamos perder tanto tempo com tanta baboseira — Steve sussurrou.

— Steve, são crianças do primeiro ano, esses são os assuntos importantes — Danny respondeu sussurrando.

— Alguma dúvida? — a professora perguntou para os pais.

— Eu tenho uma — uma das mulheres levantou a mão e Steve revirou os olhos dramaticamente — vi na grade curricular que as crianças terão aula sobre o sistema solar.

— Sim — a professora respondeu confusa, ela tinha acabado de explicar o conteúdo que trabalharia naquele bimestre — está na nossa introdução as ciências.

— Mas vai explicar só sobre o sistema solar ou vão falar também dessas teorias de evolução? Porque isso é uma escola católica, não quero meu filho aprendendo nada que não esteja de acordo com nossas crenças.

—Oh Meu Deus — Danny suspirou, ele não sabia quem perderia a cabeça primeiro, Steve ou ele.

— Me perdoe, creio que não entendi a pergunta corretamente. Mas tudo que irei abordar sobre esse tema é o que está estipulado pelas diretrizes do colégio e foi o que lhes apresentei agora há pouco — a professora disse o mais educada possível.

— Mas isso é uma escola católica —a mulher arrogante repetiu.

— É uma escola para católicos, não para idiotas — Steve bufou e Danny apoiou o seu rosto nas mãos. É, Steve perdeu a paciência primeiro.

— Perdão? — a mulher se virou para eles.

— Se você quer criar seu filho alienado é o seu direito, mas você não pode colocá-lo numa das melhores escolas da ilha querendo que as pessoas adaptem o ensino para as besteiras que você acredita.

— Besteiras? — Danny perguntou para o namorado.

— Não estou falando da religião, só das idiotices anti ciência que ela acredita — o SEAL se explicou.

— Você vive falando que não precisa de remédio, isso não é anti ciência também? — Danny o provocou.

— Mas isso é porque eu não preciso na maioria das vezes, não que os remédios não sejam necessários.

— Então é só porque você é um maluco teimoso e arrogante? — o loiro fingiu entender — Agora muita coisa faz sentido.

— Com licença — a mulher falou, mas não com educação — por que estão por aqui?

— Isso não é uma reunião de pais? — Danny perguntou — Acho que até você consegue adivinhar "porque estamos aqui", não?

Os outros pais e a professora tiveram que segurar a risada, a mulher ficou vermelha e bufou revoltada. Steve sorriu se divertindo.

— Mas por qual criança estão aqui? — ela insistiu.

— Você trocou de trabalho com ela e eu não percebi? — o detetive perguntou para a professora, que negou com a cabeça — Então por que a senhora quer saber?

— Imagino como deve ser a educação dessa criança — ela respondeu arrogante.

— Bem melhor que a sua, isso todos temos certeza — Danny comentou tranquilamente e Steve riu alto — podemos continuar a reunião ou a senhora quer interromper por mais alguma besteira?

— Eu falei que era besteira — Steve resmungou.

— Continuando, no final do semestre faremos uma ação em conjunto com a comunidade. Cada turma trabalhará com algum tipo de agência que presta serviços de atendimento aos cidadãos, nossa turma escolheu a polícia — a professora falou e Steve e Danny sorriram orgulhosos.

— Quem escolheu? — uma das mães perguntou.

— Foram as crianças, eles estavam entre bombeiros e policiais, mas um dos alunos explicou para os colegas que os policiais trabalham em diferentes coisas e alguns são melhores que super-heróis — a professora explicou sorrindo.

— Que fofo — a maioria comentou e Danny riu, ele sabia que tinha sido Charlie.

— Eu não concordo — a senhora irritante voltou a interromper — policiais, em geral, são grosseiros e violentos.

— Como? — Steve se virou para ela revoltado.

— Eu não acho, certo de que tem alguns que podem ser, mas generalizar desse jeito é perigoso. Porque se for assim, há padres com histórico criminoso ao redor do mundo, então temos que tirar nossos filhos dessa escola, por ser católica — uma das mães argumentou e muitos concordaram.

— Como será esse projeto? — Danny perguntou interessado.

— Vamos marcar uma visita para as crianças visitarem a delegacia e tentaremos trazer pelo menos um policial para vir na sala conversar com eles. Queremos que eles entendam como funciona o processo e a importância da polícia. O objetivo é mostrar as diferentes áreas de atuação e que se eles precisarem, saibam como entrar em contato.

— Podemos ajudar nisso — Steve disse animado e Danny sorriu, porque sabia que se a professora desse uma brecha, Steve ia controlar o projeto, montar uma força tarefa infantil e capaz dessas saíram da escola com empregos garantidos nas forças armadas — podemos falar com alguns policiais e mostrar como a perícia funciona. Talvez mostrar como acontecem algumas investigações.

— Obrigada, isso seria muito bom — a professora agradeceu.

— Não vai mostrar como se atira, nem falar sobre munição e armas, entendeu? — Danny sussurrou para o namorado.

— Danno — resmungou cruzando os braços.

— Ainda não gosto da ideia — a mulher bufou.

— Senhora, nós somos policiais — Danny a avisou — então acho melhor ter cuidado com o que fala.

— Vou entregar os relatórios do desenvolvimento de cada aluno e alguns trabalhos que as crianças fizeram, para caso queiram levar para a casa — a professora continuava a reunião, agora ela entregava para os pais algumas folhas de papel com desenhos das crianças — se quiserem falar comigo individualmente esperarei na minha mesa. Alguns eu já notifiquei que precisávamos conversar por situações que aconteceram durante as aulas.

— Olha, a gente — Steve apontou para o desenho que tinha Charlie, Steve, Danny e Grace na praia, ou pelo menos era para serem eles.

— Ótimo — um dos únicos pais presentes falou alto — quero falar com a mãe de um tal de Charles, Charlie, sei lá.

— Oh Meu Deus — Danny suspirou passando a mão pelo rosto e Steve já encarava o homem.

— Senhor, por favor, questões pessoais resolvemos diretamente com os envolvidos — a professora tentou evitar a confusão — falar assim no meio de todos pode constranger as crianças.

— Tudo bem, tudo bem, mas quero conversar com ela, temos que resolver a situação das crianças. O moleque não pode mandar meu filho para enfermaria e ficar por isso mesmo — o pai falou de novo e a esposa parecia querer se esconder de vergonha — Agora meu filho tem de andar com um curativo no rosto.

— Para enfermaria? Steve, o que você ensinou para o Charlie? — Danny olhou o namorado que se fazia de inocente.

— Se o garoto está andando normalmente, acho que não ensinei o suficiente — o SEAL deu de ombros.

— Ah não, vamos ter uma conversa muito séria quando chegarmos em casa — Dany o fuzilava com os olhos, mas então se voltou para o pai que continuava falando — Senhor, eu sou o pai do Charlie, assim que a professora nos chamar podemos conversar.

— E quem é esse outro? Seu guarda costas? — o homem zombou.

— Não, ele é o outro pai — Danny respondeu calmamente e viu algumas pessoas arregalarem os olhos surpresas.

— Eu sei que os pais do Charlie são separados — uma mãe comentou confusa — você é casado com a mãe dele?

— Não! — Steve disse como se fosse uma grande ofensa — Com ele — apontou para o Danny.

— Desculpa, como? — o loiro perguntou para o namorado que revirou os olhos.

— São apenas nomenclaturas, que diferença faz?

— Como assim "que diferença faz"? Quer saber? Esquece, esse é outro item que vamos conversar mais tarde — Danny negou com a cabeça, depois voltou a falar com o homem — Como eu disse, não precisamos de todo esse show. Daqui a pouco conversamos como pessoas civilizadas e resolvemos isso.

— Agora você quer ser civilizados? E quando seu filho mandou meu filho para a enfermaria? — ele falou de um jeito agressivo.

— Querem, é plural porque somos dois — o loiro indicou Steve e ele — então a frase é "querem ser civilizados". E não adianta tentar me ameaçar, se nem falar corretamente consegue. Se o seu objetivo é era me assustar, você falhou miseravelmente. Nem se apontasse uma arma na minha cara agora, eu teria medo de você, talvez eu até desse risada.

— O que? — o homem se levantou e Steve se levantou também, encarando o outro.

— Pronto, viu o que você fez? — Danny brigou com o homem — Se ele quebrar a tua cara, eu não tenho nada a ver com isso. Eu tentei conversar, muito mais fácil de resolver as coisas, mas não, tem que ser um imbecil.

— Senhores, precisamos nos acalmar — a professora disse quase desesperada.

— Essa é a melhor reunião que já fomos — uma das mães comentou e várias delas concordaram sorrindo.

— Calma, por enquanto eles estão só se encarando, pode até parecer ruim, mas não tem o que se preocupar — Danny falou para a professora e algumas mães ficaram decepcionadas.

— Vai mesmo querer arrumar briga comigo? — o homem desafiou Steve — Sou faixa preta em taekwondo.

— Ah é? — Steve cruzou os braços sorrindo de canto — Então você acha que vai bater em mim?

— Talvez eu deva.

— Ok, acho que você pode começar a se preocupar — o loiro avisou a professora que arregalou os olhos.

— Eu adoraria ver você tentar — o Seal aceitou o desafio sorrindo.

— Já chega — Danny se levantou — Steve, aqui não. Estamos dentro de uma escola, a escola do Charlie, não vamos fazer isso aqui só porque tem um idiota mexendo com a morte.

— Foi ele que me desafiou.

— Eu sei, ele é um imbecil, todo mundo já concluiu isso. Mas se querem se matar, a vontade, mas lá fora. Aqui vamos respeitar o nosso filho, ok?

— Certo — Steve respondeu com um sorriso no rosto e Danny revirou os olhos, mas também sorria, ele sabia que a alegria era por causa do detetive ter dito "nosso filho".

— Isso, deixe o "marido" mandar em você, já sabemos quem é a esposa da relação — o homem riu. Steve e Danny se viraram para ele.

— Como é? — o detetive perguntou devagar, o silencio reinava ali, a esposa do homem puxava a manga de sua camisa, implorando para que o marido se sentasse e acabasse com aquilo.

— Foi o que eu disse — o homem respondeu.

— Eu ouvi bem o que você falou, só estou dando tempo para você mudar o que disse e podermos fingir que isso nunca aconteceu — o detetive estava sério.

— Por quê? Eu sou homem de verdade, assumo o que digo — ele bateu no peito — não sou uma bichinha que fica dando por aí. Eu crio meus filhos parem serem homens e não franguinho. Ganhou musculo com anabolizantes, né? Porque duvido que aguentem o trabalho duro de treinar, aliás sabem o que é isso? Vocês são doentes!

— É melhor calar a boca — Steve o avisou.

— Eu não tenho medo não, desde quando homem de verdade tem medo de bicha? Aliás, não quero meu filho estudando com o seu filho não, eu não quero que contaminem o meu filho com esse jeito sem moral que vocês criam o de vocês.

Steve deu um passo à frente, mas Danny colocou a mão no seu peito, o fazendo ficar parado no lugar.

— Então, de acordo com você, pelo fato de sermos gay, somos fracos, inúteis, não deveríamos estar em sociedade, somos doentes, temos moral questionável e criamos nosso filho de maneira errada e sem moral? — o loiro perguntou.

— Isso mesmo — ele o encarava.

— Ok, foi bom falar e deixar registrado que você pensa e disse sobre nós — o detetive disse calmamente — Só para eu saber, qual o seu nome?

— Por que você quer saber?

— Está com medo de me dizer? Você não disse que era "homem de verdade"?

— Levi Timothy — o homem respondeu orgulhoso.

— Ok, obrigado — Danny falou se aproximando, então torceu o braço do homem e bateu seu rosto contra a mesa da escola, causando um grande barulho — Levi Timothy você está preso por injúria agravada por homofobia, ameaças e desacato a dois policiais.

— O que? Como assim? Você não pode — ele se debateu enquanto o detetive o algemava.

— Você acha? Sou o Detetive Danny Williams e aquele é o Comandante Steve McGarrett, chefe da Five-0. Nas próximas reuniões você deveria prestar mais atenção no que os outros pais dizem — Danny sussurrou empurrando o homem algemado em direção a porta — Você está preso, tem direito a ficar em silêncio, tudo o que falar pode e deverá ser usado contra você no tribunal. Tem direito a um advogado e se não tiver condições para contratar, o estado lhe encarregará um.

— Isso é uma humilhação, não podem fazer isso comigo!

— Melhor ficar quieto — Steve avisou — quando aquela senhora disse que todos os policiais são grosseiros e violentos, ela errou dizendo que todos são. Alguns são só grosseiros como o Danny, outros são violentos, como eu.

— Isso quer dizer que enquanto for eu que estou te prendendo, você ainda tem alguma chance de chegar inteiro na delegacia — o detetive o empurrou porta a fora.

— Nós temos que ir agora — Steve falou calmamente para a professora, recolhendo os trabalhinhos de Charlie e o relatório sobre ele — eu entro em contato para combinarmos a visita, tudo bem?

— Claro... — ela respondeu desnorteada.

— Até mais então — ele sorriu e saiu da sala.



— Aí o Danno levou o pai do Devon algemado pro carro — Charlie contava rindo. A ohana tinha se reunido na casa de Adam e Kono para jantar, afinal estavam tendo muito trabalho ultimamente. Como logo chegariam as férias de verão, as coisas tendiam a ficar ainda mais agitadas.

— Eu não acredito que vocês prenderam o pai do colega do Charlie, depois do Charlie bater no menino — Grace riu

— Charlie só se defendeu, não é? — Steve perguntou e o menino, que estava no seu colo, concordou animado.

— Claro, foi só isso — a garota respondeu rindo enquanto digitava no celular.

— Você não vai largar esse celular, não? — Danny perguntou.

— Estou contando para os meus amigos o que aconteceu, vocês sabem o quanto eles amam vocês. Serena, Alicia, Makayla e Ian falam tanto de vocês, que mais gente da escola entraram para o fã clube "McDanno" — ela contou — até estou pensando em um jeito de monetizar isso. Talvez cobrar para eles passarem o fim de semana com a gente.

— Essa é a minha garota — Kono e Grace deram um high five.

— Irmãzinha, ofereça pacote para festa do pijama e coloque alguns adicionais mais caros, como manhã surfando, dia no parque aquático — Kamekona sugeria e Grace prestava muita atenção — cada adicional é um valor a mais.

— O mais caro tem que ser pesca no barco, Danny odeia e eles vão discutir o tempo todo — Chin sugeriu e a maioria concordou.

— Levem todos para comer camarão, que eu dou um desconto para vocês — Kamekona falou e ele e Grace deram as mãos em um acordo.

— Eu tenho algumas fotos deles da minha última festa a fantasia, posso te passar para fazermos brindes temáticos — Max sugeriu e a garota aceitou.

— Vão parar com isso? — Danny perguntou revoltado.

— Danny, em breve a Grace vai para faculdade, tem que juntar dinheiro — Adam a defendeu.

— É Danno, é para a faculdade! — a garota repetiu rindo maldosa.

— Engraçadinha — o pai empurrou seu ombro — se concentra nos seus estudos para chegar até a faculdade, nós já fizemos uma poupança para pagar e estamos juntando dinheiro há anos.

— Nós? Você e a mamãe? — ela perguntou confusa.

— Não, nós — ele respondeu distraído, indicando Steve que brincava com Charlie.

— Vocês dois? Desde quando?

— Uns meses depois que mudei para o Havaí, não sei ao certo, você sabe? — ele perguntou para o namorado.

— Acho que fazia uns seis meses que você estava aqui — o moreno pensou — foi depois daquele caso do serial killer de recém-casados. Porque no Natal a conta já estava ativa.

— Verdade — Danny concordou — eu estava confundindo com o caso daqueles universitários sequestrados daquela festa no barco, mas foi bem antes disso. Enfim, nós temos depositado uma quantia todo mês, por isso a senhorita tem que focar nos estudos.

— Fizemos uma Charlie também — Steve completou — Só que como o dele vai demorar, focamos mais na Grace.

— Espera — Grace interrompeu a conversa — vocês dois, juntos, fizeram uma poupança para que Charlie e eu possamos ir para a faculdade. Contando que Charlie está com seis anos, isso quer dizer que vocês assumiram um compromisso de ainda estarem um do lado do outro por, pelo menos, mais doze anos, e ainda assim não sabiam que estavam em relacionamento? Eu não acredito nisso! — a garota bufou revoltada.

— Se levar em consideração que essa conta é para que Charlie complete os estudos e um curso de graduação tem, em média, quatro anos de duração — Max comentou — eles assumiriam que ainda estariam juntos por, pelo menos, dezesseis anos.

— A verdade é que eles nunca imaginaram em se separar — Kono falou bebendo seu drink — O que me admira é o tempo que levaram para perceberem que já estavam juntos.

— Vocês vão fazer isso toda vez? — Danny perguntou revirando, mas Steve riu.

— Você contou a ele que aquele oficial fica fazendo gracinhas com você? — Chin perguntou para Danny quando Steve foi jogar bola com Charlie e Adam.

— Não e não pretendo, pelo menos por enquanto. Kalani é só um idiota e se Steve souber vai persegui-lo.

— Te entendo, mas ele vai ficar bravo de qualquer jeito.

— Eu sei, só estou adiando a dor de cabeça que ele vai me dar — Danny bebeu sua cerveja — as "piadas" de Kalani não me ofendem, só fazem ele parecer ainda mais patético.

— Concordo, na Steve não vai pensar isso — Chin avisou, mas encerrou o assunto quando os outros se aproximara. Charlie estava cansado e suado.

— Vamos ir embora e o senhor vai tomar um banho antes de ir para cama — Danny falou para o filho que fez careta.

— Dano, Papa — Grace os chamou distraída — a professora convidou vocês para irem na minha apresentação do seminário sobre Pearl Harbor, vai ser na sexta da semana que vem. Ela leu a prévia do trabalho e gostou muito, disse que seria muito bom se vocês pudessem ir.

— Claro, princesa, nós vamos — o moreno sorriu orgulhoso.

— Eu também quero ir — Kono reclamou.

— Todos nós queremos — Max a corrigiu.

— Pronto, a Five-0 inteira vai na escola me ver apresentar o trabalho.

— Ohana — Kamekona deu de ombros.

Horas mais tarde, Danny estava em seu banheiro, sentindo a água quente do chuveiro caindo sobre ele e percorrendo seu corpo. A porta do banheiro se abriu e fechou, ele não precisou abrir os olhos para saber quem era. Um leve barulho de roupas sendo retiradas, a porta do box e braços o envolveram.

— Tudo bem? — Steve sussurrou em seu ouvido.

— Sim, só aproveitando meus minutos de paz e relaxando — ele respondeu sorrido, porque sabia o que viria depois.

— Posso te ajudar com isso — o moreno garantiu.

Os lábios tomaram os seus, suas costas bateram contra os azulejos, as mãos de Steve vagavam por seu corpo. O beijo não era carinhoso calmo, era como a eterna disputa de poder entre eles, como se até nesse momento eles brigasse por quem estava certo, mesmo que ambos soubessem que um estava rendido pelo outro.

Seus corpos se esfregavam, as ereções friccionavam uma na outra, eles gemiam por entre os lábios, sem de fato nunca afastarem suas bocas. Danny colocou sua mão sobre os dois paus, os apertando contra o outro, os fazendo gemer.

Eles não podiam gemer alto, afinal os filhos dormiam em seus quartos próximos ao quarto deles, por isso beijavam agressivamente para conter os sons. Seus corpos se batiam sem eles precisarem pensar, como se o desejo que sentissem percorresse tão rápido por suas veias, que seus corpos tivessem vontade própria.

Se arranhavam e se mordiam no processo, não se importavam se haveriam algumas marcas no dia seguinte. Secretamente eles gostavam de admirar suas sobras no corpo do outro.

A sensação era quase desesperadora, eles estavam tão próximos. O coração disparado, ao mesmo tempo que parecia que não sobreviveriam se não gozassem logo, queriam prolongar o máximo o prazer.

— Steve... eu...

— Sim... eu também — eles gemiam.

Danny mordeu o ombro do moreno com força na hora que sentiu que atravessou o limite e seu prazer chegou com força. Steve atacou o pescoço do namorado, calando o gemido grunhido que queria soltar quando gemeu.

Eles ficaram embaixo da água sentindo os últimos espasmos de prazer e retomando o controle da respiração.

— Precisamos aprender a fazer isso como pessoas normais para eu não ter a sensação de que vou ter um ataque cardíaco toda vez — Danny murmurou enquanto terminavam o banho.

— Mas assim que é divertido — o outro sorriu malicioso.

— Não — o loiro o avisou.

— Não o que? Eu não falei nada?

— Mas eu conheço esse sorriso, sei que assim que formos para cama você vai querer continuar isso. Já é tarde e precisamos acordar cedo — Danny falou se enxugando e Steve riu.

— Aposto que te faço mudar de ideia em menos de cinco minutos.

— Consegue é? — o loiro debochou indo para cama.

Ele conseguiu.



— Mas que saco, eu mandei parar! — Danny resmungou, ele e McGarrett perseguiam um suspeito que estava carregando um rifle nas costas e uma pistola na mão.

— Segue ele que eu dou a volta — Steve gritou, o suspeito corria em direção ao parque, passando por entre um beco.

— Saiam da frente! — Danny gritava com as pessoas que passavam na rua, eles não sabiam se as armas eram reais ou se o suspeito atiraria, mas tudo que ele não precisava era de um inocente levando um tiro porque um idiota resolveu pular a janela do quarto e fugir, em vez de responder as porcarias de perguntas sobre o colega de quarto.

Danny pulou uma cerca ainda em perseguição, ele odiava isso, McGarrett era o ninja, não ele. Ele viu o suspeito próximo, a única coisa que ele precisava era continuar correndo, ele sabia o namorado tinha dado a volta e os encontraria no parque, então o jovem não escaparia.

Ele ouviu as sirenes da polícia, pelo canto de olho viu pelo menos duas viaturas se aproximando, ótimo, agora o reforço aparecia. Danny tinha uma teoria que os policiais ficavam de boa dentro do carro esperando a confusão acabar para só aí aparecer. Ou talvez fossem porque sabiam que era McGarrett no comando e queriam ver qual seria sua nova loucura.

Por exemplo, naquele momento Steve subiu em uma cerca, correu por ela, pulou em um galho de uma grande arvore e usou ele para girar o corpo e acertar um chute bem nas costas do suspeito. O rapaz nem viu de onde veio, apenas sentiu o impacto, rolou alguns metros pela grama e ficou vários minutos tentando voltar a respirar corretamente.

— Você está bem? — Steve perguntou para Danny.

— Eu estou ótimo, quem deu uma de ninja, de novo, foi você — o detetive respondeu um pouquinho ofegante.

— Estou tranquilo — McGarrett deu de ombros.

— Claro que está, por que não estaria? — Danny resmungou algemando o suspeito — olha isso, armas de airsoft.

— Você é burro? — Steve gritou com o rapaz — Além de correr da polícia, você ainda fez isso com armas de airsoft? Sabia que podíamos ter matado você?

— Calma aí, esse idiota deve ter um bom motivo para fazer uma besteira dessas, não é? — Danny zombou.

— É, escutem o detetive Williams — um dos oficiais que chegava à cena riu.

— E o meu dia só melhora — Danny revirou os olhos — olá oficial Kalani, podemos trabalhar em paz pelo menos hoje?

— O que você quer dizer? — Steve perguntou confuso.

— Hoje? Algum dia especial? — o oficial provocou de novo — A princesa está comemorando alguma coisa? — outros policiais riram e o detetive bufou.

— Princesa? — McGarret estava bravo — Danno, o que ele está falando?

— Não é nada Steve, só ignora esse babaca.

— Que bonitinho, vocês usam apelidos carinhosos mesmo no serviço. Bem, não é muito profissional, mas essa é a vantagem de "namorar' o chefe, não é?

— "Namorar' — Danny negou com a cabeça — eu tentei fazer isso acabar de um jeito pacífico, mas o que acontecer a partir de agora é tudo culpa sua, eu não tenho nada a ver com isso.

— O que está acontecendo? — o sargento Duke perguntou se aproximando deles, Chin e Kono vindo junto.

— Esse idiota está me provocando há dias com suas "piadinhas" homofóbicas por eu estar namorando um homem, agora ele se encheu de coragem e resolveu me provocar na frente do Steve — Danny suspirou entregando o suspeito, que ainda estava respirando chiado, para Kono o levar na viatura.

— Você é um idiota? — Duke perguntou para o oficial Kalani.

— Não é só namorar um homem, ele está namorando o chefe. Deve ter ganho tratamento especial.

— Eu acho que preciso ir para o hospital — o suspeito algemado disse.

— Já vamos, eu quero ver isso — Kono respondeu e Chin cruzou os braços, só esperando o que ia acontecer.

— Há quanto tempo isso está acontecendo? — Steve perguntou sério para Danny.

— Não sei, um mês talvez.

— E por que você não me disse?

— Porque eu sei o animal louco que você é e não queria que fizesse nenhuma bobagem — Danny respondeu suspirando — eram só provocações estúpidas de um idiota, eu ignorei a maioria.

— Não faça isso, eu já disse que se alguma coisa afeta um, afeta todos os outros — McGarrett disse sério, isso não era bom.

— Vocês formam um casal tão bonitinho — o oficial zombou, se afastando do lugar com seus companheiros.

— O animal, ele estava falando sobre a equipe — o detetive falou para o oficial que desdenhou.

— Antes de ir, Kalani, preciso falar uma coisa para você — Steve disse de forma tranquila, pegando o rifle de airsoft do chão.

— O que? — assim que o oficial se virou para o comandante, McGarrett deu cinco tiros no seu peito.

O movimento foi tão rápido que pegou todos de surpresa, o susto de Kalani foi tão grande que ele escorreu na grama e caiu no chão. Outros oficiais até chegaram a sacar suas armas e Duke gritou para ninguém atirar. Steve estava sério, ele andou até onde Kalani estava caído, o oficial respirava fundo, afinal tiro de airsoft pode não matar, mas doí.

— Danny é meu namorado sim, assim como também é um membro da Five-0. Ou você passa a respeitar ele ou os próximos tiros não serão com uma arma de airsoft, você entendeu?

— Sim...

— Ótimo — o comandante se virou para os outros policiais — mais alguém tem algum comentário sobre o meu namorado ou sobre mim?

Todos negaram.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro