Capítulo 10
Capítulo mais soft (o meu soft), porque vocês merecem depois dos últimos, esse é mais para relaxar. Só tomem cuidado onde vocês vão ler, por causa do inicio...
Danny soltou a toalha e entrou na banheira que já estava ligada. Ele tinha colocado o sabonete líquido que formava aquelas espumas, a embalagem dizia que era relaxante e ele precisava relaxar mesmo. Se não bastasse um caso complicado, onde eles tiveram que ficar atentos pelos últimos dias inteiros, seu namorado resolveu que era melhor assumir o relacionamento deles na frente de boa parte da força policial havaiana.
Um relacionamento de apenas quatro dias!
— Danny? — Steve entrou no banheiro se fazendo de inocente — Tudo bem?
— Claro que está tudo bem, por que não estaria?
— Hmm — Steve disse no banheiro, com braços cruzados, olhando em volta. Danny estava com os olhos fechados, a cabeça encostada no suporte da banheira, apenas ouvindo o barulho da água e contando mentalmente até que Steve voltasse a falar — Eu precisava ter feito aquilo, ok?
— E por que?
— Porque aquele cara é um idiota e se ele encher o saco de novo eu vou soca-lo — ele respondeu revoltado, se sentado na beira da banheira — você não ouviu as coisas que ele falou de você. E, o pior, ele te quer, mas nem assume isso, aquele enrustido do caralho.
— Vou fingir que nem ouvi isso — Danny continuava com os olhos fechados.
— Danno, é sério, você queria que eu fizesse o que?
— Me perguntado talvez? Ignorado Banks? — o loiro sugeriu, abrindo os olhos e encarando o SEAL.
— Ok, ter te beijado na frente de todo mundo sem perguntar antes se você queria assumir o nosso namoro pode parecer um pouco precipitado.
— Um pouco? Claro, só um pouco.
— Certo, mas pense pelo meu ponto de vista — o moreno se justificava — as únicas pessoas que realmente importam são as nossas famílias, incluindo a equipe, certo?
— Sim, vamos ver onde isso vai parar.
— Não contamos paras seus pais e suas irmãs, nem para a minha irmã, porque ainda não seu tempo, a mesma coisa com o Max e Kamekona, coisas que resolveremos em breve. Mas já contamos para equipe e seus filhos. Fora eles, a opinião de ninguém mais importa. Então não tem problema nenhum outros saberem que estamos juntos. E, vamos lembrar, foi você mesmo que me perguntou se o problema para ficarmos juntos era o nosso trabalho, porque você não ficaria dentro do armário, dando a entender que se não fossemos assumidos, não iria querer ficar comigo.
— Ah, agora vai usar as minhas palavras contra mim? — Danny riu.
— Eu só estou pondo em pratica o que você mesmo falou.
— Que atencioso, muito obrigado por ter pensado em mim em tudo isso. E a outra parte?
— Que outra parte?
— A do Banks. Aquele cara que te irritou que você quase o socou.
— Ainda está nos meus planos.
— Você se lembra que ele é um agente federal, né?
— E?
— Nada não, só não espere visita intima na prisão — Danny voltou a encostar a cabeça na banheira.
— Visita intima? — Steve perguntou malicioso.
— A parte da prisão ele ignorou — o loiro revirou os olhos.
— Danno.
— Não, sai, ainda estou bravo com você.
— Danny — Steve se inclinou e beijou o rosto do namorado.
— Sai.
— Por favor — ele beijou de novo até que seus lábios de encontrassem.
— Você é um idiota — Danny exclamou.
Os dois começaram a se beijar, Steve apoiou sua mão ao lado de Danny para aprofundar o beijo. O beijo foi ficando mais agressivo, Danny aproveitou o momento para envolver o pescoço de Steve com seus braços e o puxar para dentro da banheira. O SEAL estava completamente vestido, apenas sem suas botas e meias, e caiu se molhando inteiro e jogando água para fora.
— Achou isso engraçado? — ele perguntou para o loiro que ria, que concordou com cabeça — Ok, minha vez.
A camiseta azul estava totalmente grudada, mostrando toda definição do seu corpo. Ele a tirou, deixando o abdômen molhado, e jogou a roupa no chão, Danny já não ria, mas sorria malicioso enquanto assistia a cena ao seu lado.
Steve abriu seu cinto e puxou com calma, deixando que o loiro aproveitasse o momento. Então abriu o botão da calma e desceu o zíper, mas antes de realmente tirar a calça, ele tirou um pequeno frasco de lubrificante do bolso e deixou do lado de Danny, no suporte da banheira.
— Prepotente — o loiro provocou.
— Esperançoso — o outro o corrigiu e atacou sua boca.
Eles se beijavam, Danny colocou ambas as mãos no peito de Steve e foi descendo, sentindo os músculos do namorado. Assim que chegou no seu quadril não hesitou em empurrar a calça e a boxer para baixo, o ajudando a se livrar das últimas peças de roupa que ainda estavam entre eles.
— Stevee... — Danny gemeu.
Eles se beijavam do jeito deles, daquela forma meio desesperada, lutando por dominância. As mãos apertando e arranhando qualquer ponto do outro que conseguissem alcançar. Os paus estavam duros e se friccionavam, fazendo que gemessem entre os lábios, mas sem parar de se beijarem.
A água e a espuma deixavam tudo mais escorregadio, eles deslizavam um contra o outro. Quando precisavam mesmo de ar, mudavam o foco dos seus lábios para o pescoço, mas logo as bocas voltavam a se encontrar. A sensação era de que nunca era o suficiente, mas eles tentariam saciar o desejo, mesmo que isso durasse por anos.
Steve não estava mais tímido, ele sabia o que fazer e como fazer. Sua mão foi até a entrada do namorado, a massageando e circulando com calma, pressionando aos poucos. A respiração de Danny já estava ofegante, mas quando o SEAL penetrou o primeiro dedo, ele jogou a cabeça para trás, ofegando e gemendo baixinho.
O moreno passou a beijar e morder de leve a pele. Um dedo se tornou dois e os gemidos e ofegos não estavam mais tão baixos. Ele queria tanto estar dentro de Danny, que aquilo o consumia, como se queimasse.
Danny colocou sua mão na nuca de Steve e o puxou contra si, mas não para que o beijasse. O loiro deixou seus lábios próximos ao ouvido do SEAL, fazendo com que o moreno ouvisse muito bem cada ofego e cada gemido.
Isso motivou o moreno ainda mais, os sons que saiam da boca de Danny o deixavam ainda mais excitado. Ele acertou o ponto exato dentro do namorado que o fez gemer mais arrastado e ficou acertando ali, vez atrás de vez.
— Já chega — Danny esbravejou se afastando e os virando, fazendo que Steve ficasse sentado no degrau de entrada na banheira, acima do nível da água.
— Eu que sou o controlador? — Steve zombou.
— Sim, é — Danny respondeu pegando o tubo de lubrificante e passando o gel pelo pau de namorado, que gemeu e encostou o corpo na parede de azulejos brancos — Vamos ver quanto tempo você aguenta ficar por baixo?
— Não se preocupe — o SEAL respondeu com aquele sorriso de canto, enquanto o loiro se encaixava e descia vagarosamente — eu não preciso estar sempre em cima, porque eu já tenho o controle o tempo todo.
Danny nem precisou se preocupar com a força para fazer os movimentos, Steve o abraçou fortemente e guiou tempo todo. Seus corpos estavam grudados e o pau do loiro se friccionava contra os dois abdomens. O SEAL não se deu por satisfeito até achar o ponto sensível do namorado e acerta-lo repetidamente ali.
Ele gostava assim, com o namorado perdido em tanto prazer, que estava entregue, ele poderia fazer o que quiser. Sua vontade era de marcar aquela pele perfeita, mas ele sabia que Danny o mataria se fizesse isso em algum lugar visível. Bem, ninguém nunca disse nada sobre ombro e clavícula.
O detetive arranhava suas costas, o puxando ainda mais e ele descobriu que gostava daquilo, mas só quando era Danny que o fazia. O prazer foi aumentando, as estocadas eram mais rápidas, eles mal respiravam e mesmo assim não paravam.
— Danny... eu...
— Eu sei, eu também — o loiro disse e o beijou.
Danny gozou primeiro, ele sentiu o prazer vindo e nem teve chance de segurar, não que ele quisesse. Veio com força, tanto que ele jura que se Steve não o estivesse segurando com força, ele poderia ter caído. O loiro encostou sua testa no ombro do namorado, tentando respirar enquanto os espasmos de prazer ainda vagavam fortes pelo seu corpo.
Steve não demorou a gozar, principalmente depois que entrada do namorado o apertou tanto. O prazer se tornou quase doloroso, ficando no limite e deixando tudo mais delicioso. E as expressões de Danny quando gozava, o jeito que ele gemia seu nome e ofegava, empurraram o SEAL até a beira sem chances de voltar.
— Porra — ele exclamou quando conseguiu voltar a falar.
— É, foi esse o objetivo — Danny riu, ele sorria e Steve o beijou.
Dessa vez o beijo foi mais calmo, apenas curtindo um ao outro. Não tinha mais o desespero, só carinhos e suspiros entre os lábios.
— Vamos tomar banho — Danny disse depois de um tempo.
— Não vai voltar para a banheira? — Steve perguntou seguindo o namorado para o chuveiro.
— Eu pretendo, mas me recuso a limpar toda essa sujeira e ficar nela depois — ele indicou a confusão que estava o abdômen dos dois e Steve riu.
— Isso aí é tudo seu — ele o provocou, mas o ajudou a se limpar.
— Eu sei e pretendo fazer isso de novo em breve, mas não só porque eu quero gozar, que pretendo ficar mergulhado nela — o loiro falou com nojo da imagem — por isso vamos nos limpar e podemos voltar para a banheira.
Eles tomaram um banho que poderia ser muito mais rápido se não ficassem se beijando o tempo todo. Após estarem completamente limpos, voltaram para a banheira. A água estava morna, quase fria, mas eles nãos e importaram.
— Você não está mais bravo comigo, né? — Steve perguntou, ele estava com as costas encostadas na banheira e Danny no seu peito.
— Não, eu sabia que em algum momento todos saberiam sobre nós. Achei que seria hoje? Não, não achei, mas com você tudo é assim, a única coisa previsível em você é que você vai fazer algo imprevisível em algum momento — ele brincou — e tanto faz mesmo, ninguém tem nada a ver com nossas vidas.
— Então eu estava certo? — Steve perguntou sorrindo de canto e Danny revirou os olhos.
— Não, porque você tem que falar comigo antes de tomar uma decisão sobre nós dois, entendeu?
— Tá — o SEAL respondeu emburrado.
— Você ficou mesmo com ciúmes do Banks? — Danny perguntou se virando para o namorado — Porque eu não quero que se sinta assim. Você fica todo sexy com ciúmes, mas ciúmes é a sensação que você pode perder algo e não quero que se sinta como se pudesse me perder.
— Eu sou sexy? — ele sorriu malicioso.
— Foca na conversa!
— Ok — ele bufou — Não acho que você me trocaria por ele ou até que me trairia, não é isso. É o jeito que ele te olha ou fala de você, como se pudesse ter você para ele. Mas ele não te quer como companheiro, ele quer só para prazer e isso me irrita. Ele pensa em você como um objeto que o dê prazer e eu não gosto que ele pense assim. Toda vez que ele olhava te secando, me dava vontade de queimar os olhos.
— Hey — o loiro segurou o seu rosto com as mãos — eu sou um garoto crescido, detetive da polícia, membro da Five-0. Se ele fizer qualquer gracinha comigo, eu mesmo posso quebrar algum osso dele. E Banks é só um idiota, nós já encontramos vários e encontraremos todos eles.
— E é por isso que eu ando armado.
— Não foi isso que eu quis dizer — o loiro suspirou — Enfim, eu só queria que você tivesse a certeza que eu não vou a lugar nenhum, não precisa ter ciúmes ou achar que eu te trocaria por alguém, entendeu?
— Por ninguém mesmo? — ele brincou.
— Nem pelo Brad Pitt ou George Clooney — Danny respondeu sorrindo — talvez o Henry Cavill, porque parece que o superman é o meu tipo.
— Vamos encontrar a equipe? — Danny perguntou.
Já era a manhã seguinte, eles tinham arrumado todas as suas coisas e estavam deixando o hotel. Deveriam se encontrar com o resto da equipe para fazerem o check out, irem para aeroporto, entregarem os carros alugados para a empresa e pegarem o voo de volta para casa.
— Sim, só preciso levar as malas para o carro — Steve respondeu pegando os objetos.
— É só deixar na recepção, eles têm serviço para isso — o loiro falou enquanto trancava a porta e andavam pelo corredor.
— Eu sei, mas digamos que tem material sensível na minha mala.
— Material sensível? Do que... Steve — Danny disse massageando o rosto — Quantas armas você trouxe?
— O suficiente — ele garantiu.
— Não vou conversar sobre isso agora — o detetive suspirou entrando no elevador.
— Quando voltarmos temos que passar no escritório e depois podemos ir para casa, temos o resto do dia de folga. O que quer fazer hoje?
— Por mim eu passo o dia inteiro na cama, eu mereço isso.
— Por mim tudo bem — o SEAL deu de ombros — podemos fazer isso.
— Você? Você vai mesmo passar o dia inteiro na cama? — o loiro riu.
— Vou, por que?
— Quais as chances de você ficar quieto na cama e não fazendo alguma das suas atividades radicais?
— E quem disse que eu vou ficar quieto e não fazer nenhuma atividade física? — Steve perguntou malicioso.
— Idiota — Danny empurrou seu ombro e o SEAL riu.
Eles saíram do elevador, Steve ainda ria, mas assim que Danny foi se afastar, o puxou e o beijou. Enquanto o detetive foi para a recepção do hotel, o SEAL foi para o estacionamento guardar as malas.
Mas quando ele estava voltando, subindo pelas escadas que dariam na área externa do hotel, ficando próximo da recepção, ele viu alguém descer pelos degraus. Steve respirou fundo, ele ia manter a calma, não precisava fazer nada. Ia apenas passar pelo agente Banks e seguir seu caminho. Ok, sem problemas.
— McGarrett, eu queria falar com você — Banks disse.
— Não acho que tenhamos nada para conversar — ele respondeu seguindo seu caminho.
— Por favor — Banks entrou na sua frente e Steve respirou fundo, de novo — não é um assunto oficial, pense em nós dois como duas pessoas comuns conversando.
— Então somos dois civis conversando, só isso? — Steve perguntou.
— Exatamente — o agente concordou — acho que podemos conversar, sem problemas.
— Ok, fale — Steve cruzou os braços, esperando.
— Eu não sei o quanto você sabe sobre a minha, digamos, relação com o Danny. Nós nos conhecemos há muito tempo e pode ter dado a entender que eu passei os limites. Não queria que ficasse um mal entendido entre nós, porque sempre o vi de uma maneira respeitosa. Nunca passou de admiração do quão bom profissional ele é.
— Claro, admiração profissional.
— Sim, que bom que nos entendemos — o agente sorriu — não quero que pense que eu seria um obstáculo para o relacionamento de vocês.
— Não se preocupe, eu nunca pensei nisso.
— Que bom, eu não pretendo interferir em nada, nem faria isso mesmo se todos estivéssemos solteiros, não é desse lado que eu jogo — Banks riu e deu um tapinha no ombro de Steve, que nem se mexeu — Admiro também, a coragem de vocês se assumirem na frente de todos, as consequências disso podem ser bem negativas para a carreira de vocês.
— Não precisa se preocupar com isso, nem Danny e eu nos preocupamos.
— Certo, cada um sabe o que faz, não é? — ele riu de novo.
— Sim, sabemos — o moreno concordou — posso falar agora?
— Claro.
Steve socou Banks com tanta força que o derrubou no chão.
— Sim, eu sei do seu passado com Danny, mas você nunca seria um obstáculo, porque não tem nenhuma relevância para nós. O que me irrita é como você olha para o meu namorado como se ele fosse um objeto sexual. Você não passa de um covarde, mimado, que usa o seu distintivo como desculpa para não assumir quem realmente é. Só que comigo as coisas são diferentes, eu não quero te ouvir nunca mais falando sobre o meu namorado ou suas desculpas ridículas, ok? Se tivermos que ter essa conversa de novo, eu não vou parar em um soco, você me entendeu?
— Sim — o agente disse limpando o sangue do rosto.
— Que bom que nos entendemos — Steve disse sarcástico, então subiu as escadas, deixando Banks ainda no chão.
Chin, Kono e Danny estavam na recepção conversando, eles riam de algo e Steve sorriu, ele amava sua Ohana.
— Tudo certo? — Steve perguntou passando seu braço por cima dos ombros de Danny.
— Tranquilo, estávamos só te esperando para ir embora — Kono falou — hoje à noite vamos fazer noite da pizza, o que acha?
— Eu gosto — o comandante deu de ombros — pode ser em casa, se quiserem.
— Você está oferecendo sua casa para nos reunirmos lá, incluindo as pessoas que vamos chamar? — Chin perguntou.
— Sim, o que tem?
— Você bateu em alguém, não foi? — o policial sorriu.
— O que?
— Chefe, você está de bom humor, mas o Danny estavam conosco, então não foi por causa dele que você está assim — Kono explicou e o detetive a olhou revoltado — Em quem você bateu?
— Eu não bati em ninguém — ele garantiu — eu não considero como uma pessoa então não é alguém.
— Você bateu no Banks, não é? — Danny passou a mão pelo rosto — Steve, a gente conversou sobre isso.
— Ele que chegou até mim falando que queria ter uma "conversa como dois civis", ele que propôs esquecermos nossas patentes — Steve disse como se aquilo explicasse tudo.
— Eu vou querer saber? — Danny suspirou.
— Não sei você, mas eu, com certeza, quero — Kono falou enquanto eles saiam do hotel para ir até o aeroporto — temos um voo de quase uma hora, dá para contar com detalhes.
Nisso outros agentes passaram, entre eles Banks, que tinha uma marca roxa no rosto. O agente olhou para eles, seus olhos foram de Steve para Danny, que ainda estavam abraçados, então desviou e saiu de perto. A partir daquele momento, eles não encontraram mais com o agente.
— OI — Grace disse quando Steve abriu a porta — desculpa a demora, tive que arrumar a mochila do Charlie.
— Tudo bem princesa — o SEAL beijou a testa dela, depois trocou soquinhos com Charlie — como está, campeão?
— Ganhei uma estrela na aula de educação física —o menino disse orgulhoso de si mesmo.
— Parabéns! — Steve o levantou e o pequeno ria — Que tal surfarmos esse fim de semana?
— Sim!
— Tudo bem dormirmos aqui hoje, né? — Grace perguntou, enquanto eles entravam na casa. Charlie estava pendurado no braço de Steve, mas o SEAL pegou as duas mochilas que ela carregava com a outra mão.
— Claro, tem dois quartos aqui para vocês.
— Eu estava pensando nas férias em pegar um trabalho temporário. Minhas amigas vão trabalhar na praia aqui perto, tudo bem se eu meio que morar aqui durante as férias? É muito mais perto que da casa da minha mãe.
— Por mim não tem problema nenhum, se seus pais aceitarem pode ficar — ele garantiu.
— Obrigada tio... não, papa — ela riu e o abraçou.
— Princesa — Danny foi abraçar os filhos — por que o Steve está com esse sorriso bobo?
— Acho que foi porque o chamei de papa — ela riu — eu não quero cortar o momento, mas estou morrendo de fome.
— Vamos na cozinha, eu estava servindo os pratos — o loiro respondeu.
— Você que cozinhou? — Grace perguntou preocupada, o que fez Steve rir alto.
— Parem com isso, sério, vocês precisam parar com isso — Danny esbravejou e foi para a cozinha.
— Não se preocupa, a gente pediu pizza — o moreno falou para a garota, que respirou aliviada.
O resto da equipe chegou logo depois, trouxeram mais comida e bebidas. Eles comeram na área externa enquanto conversavam, a maioria gostou de focar no recente relacionamento de Steve e Danny, mesmo que todos tenham chegado ao consenso de que os dois demoraram muito para assumir seus sentimentos.
— Até eu já sabia que vocês eram apaixonados um pelo outro — Max comentou — na verdade, desde o dia em que nos conhecemos.
— Sim, eles ficavam tendo relacionamentos com outras pessoas e eu ficava pensando "o que eles estão fazendo?" — Kono riu.
— Já pararam com a humilhação ou ainda tem mais? —Danny perguntou tomando sua cerveja.
— Irmão, tem muito mais. Anos de momentos que guardamos para jogar na cara de vocês, isso é só o começo — Chin garantiu rindo e o loiro revirou os olhos.
— Sinceramente, eu também pensava que vocês eram um casal, mas quando Steve apresentou a ex namorada, eu fiquei muito confuso — Adam contou e as risadas só aumentaram.
— Eu cresci confusa com eles — Grace deu de ombros — por isso eu nunca me apegava a nenhuma namorada que eles apresentavam. Algumas eram até legais, mas eu sabia que iriam embora logo.
— É — Kono concordou — era tipo peixinhos de aquário, você se apega, mas logo eles partem.
— Ah, não, aí já é demais, podem parar — Danny exclamou revoltado.
— Irmão, relaxa, o importante é que mamãe e papai estão juntos — Kamekona falou e as risadas voltaram com força.
— Até você? — o loiro revirou os olhos — Não vai falar nada?
— É que meio que eles têm razão — Steve se justificou e Danny bufou traído. O SEAL riu e abraçou o namorado.
— Tanto tempo esperando por isso, mal posso acreditar — Kono fingiu chorar e Danny olhou feio.
— Danno, papa, eu estou com sono — Charlie chegou esfregando os olhos e se jogando contra eles.
— Também, né, você não parou de brincar um minuto desde que chegou. Até o Eddie está cansado — Danny indicou o cachorro que se deitou perto deles — Vamos tomar um banho antes de dormir, vem.
O loiro saiu com o filho, o levando para o andar de cima. Steve até perguntou se precisava de ajuda, mas o detetive falou que não precisava, Charlie estava tão cansado que se chegasse até o final do banho sem dormir, já era uma vitória.
— Ele o chamou de papa? — Kono perguntou.
— Sim, nós conversamos sobre isso — Grace respondeu bebendo seu refrigerante — parecia errado continuar chamando o Steve de tio, vocês são meus tios, é diferente.
— A gente entende totalmente — Chin falou sorrindo.
— É, tinha que ter outra palavra, só que estávamos com medo de usar "pai" e o Danno ficar chateado, porque o chamamos mais de Danno do que de pai.
— Isso fez sentido — Adam concordou — foi muito legal terem pensado nisso.
— Obrigada — ela sorriu, Grace estava sentada ao lado de Steve que fez carinho nos seus cabelos e a menina colocou sua cabeça no ombro dele — então eu li um livro que as crianças chamavam os pais de "papa", eu sugeri isso para o Charlie e ele gostou.
— Como você chama seu outro padrasto? — Max perguntou.
— De Stan.
— Pelo nome? Mas por que? — o médico ficou confuso.
— Porque o Stan é isso, só o Stan — ela respondeu como se fosse obvio.
Steve não fez questão nenhuma de esconder o sorriso orgulhoso.
— Pronto, todos já foram e as crianças estão na cama — Steve disse deitando na própria cama horas mais tarde.
— Eu estava pensando, como você gosta de acordar cedo, você que deveria levar Charlie e Grace para a escola amanhã cedo — Danny falou, ele já estava deitado, coberto e bem aconchegado.
— Por que eu?
— Bem, você se tornou oficialmente o "papa" deles, agora ganha as responsabilidades também — o loiro sorria provocando — Então eu vou dormir até um pouco mais tarde, tomar meu café com calma, depois vamos trabalhar.
— Você levou a sério a ideia de tirar vantagens do nosso relacionamento, não é?
— Eu passei anos quase morrendo do coração para sua causa, eu chamo isso de reparação histórica — ele riu, Steve negou com a cabeça, mas o abraçou.
— Grace me falou que quer pegar um emprego temporário na praia — o SEAL disse fazendo carinho no braço do namorado.
— Sim, ela já tinha me falado isso antes. Os amigos também vão participar, eu disse que era uma boa, ela ganha o próprio dinheiro e já vai ganhando experiência.
— Ela me perguntou se podia morar aqui durante as férias, porque fica mais perto de onde vai trabalhar — Steve estava daquele jeito quando ele rodeia um assunto antes de falar o que realmente quer.
— Grace me perguntou se podia e eu disse para conversar com você, tem algum problema nisso?
— Não, mas eu acho que se ela vai morar aqui, você podia também, né?
— Você está me chamando para morar com você? — Danny perguntou se sentando e o encarando surpreso — Você não gosta que ninguém invada seu espaço.
— Pelo nosso histórico, já deu para entender que isso não se aplica a você — Steve comentou e Danny foi obrigado a concordar — desde que começamos a namorar, dormimos todas as noites juntos.
— Sim, nesses longos quatro dias.
— Você me entendeu. E por que você vai continuar a pagar aluguel, se nós já passamos praticamente o tempo todo juntos e eu tenho uma casa? Você pode trazer todas as suas coisas para cá, que nem sem tantas.
— Seu modo sútil me encanta — o loiro ironizou — Eu entendi o que você falou, mesmo sendo delicado como coice. Morar juntos implica em muita coisa, como, por exemplo, quando a gente brigar você não vai poder simplesmente ir embora. Se vamos morar na mesma casa, você vai precisar conversar comigo para resolver os problemas.
— Eu sei dessa parte, eu estou tentando — Steve falou e Danny levantou a sobrancelha — eu vou tentar mais.
— Ok — o loiro suspirou — desde que a gente se conheceu, não teve um ano que não morássemos juntos, não importar o motivo. Por um lado, eu penso que é muito rápido, mas por outro nos conhecemos há tanto tempo, que parece até besteira esperar.
— Então isso é um sim? — Steve perguntou sorrindo.
— Sim, eu me mudo para cá — Danny respondeu sorrindo de canto — mas não ache que isso te livra dos jantares semanais e do conserto do carro.
— Danno — ele bufou, mas depois beijou o namorado.
As referencias, como eu amo referencias...
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