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022

˖࣪ ❛ VERDADE
— 22 —

A CHUVA CAÍA, mas isso não os impediu de realizar o enterro do prefeito.

Winnie estava lá, ela não queria usar guarda-chuva, mas Enid ainda segurou o dela entre elas para não acabar pegando um resfriado.

Apesar de estarem conversando com suas típicas falas e despedidas, Winnie apenas olhou para Wandinha, ela queria que ela olhasse para trás, mas parecia evitá-la a todo custo.

Elas estavam sempre bem e de repente os obstáculos apareciam. Mas ela supôs que Enid tinha razão, se Wandinha não mudasse de atitude, aquele lindo relacionamento não duraria muito.

Talvez para Winnie, mas não para alguém que ainda não entendia bem o que significavam amizades, muito menos relacionamentos românticos.

Ela viu que Wandinha se virou e foi para a floresta, ela queria ir atrás dela inconscientemente, mas sentiu uma mão detê-la.

— Winnie, não.

— Enid... — Winnie olhou para ela suplicante, mas a loira apenas balançou a cabeça. — Preciso saber o que há de errado com ela, sinto que algo está se escondendo de mim desde que ela teve suas visões.

─ Visões? — Enid perguntou, mas rapidamente balançou a cabeça como se Winnie estivesse tentando manipulá-la para ir atrás dela. — Winnie, nós já conversamos sobre isso, se Wandinha não fizer nada a respeito então... Me desculpe, mas não é justo com você.

Winnie olhou para baixo com o pensamento. Se Wandinha não resolvesse nada, significava que... Só de pensar nisso, ela queria chorar como a pessoa sensível que ela era.

─ Prometo que será só isso, não vou tocar no assunto. Por favor, Enid...

Enid hesitou, mas acabou concordando. — Tudo bem, mas nada sobre você ser a única a se desculpar, se ela não falar nada você fica calada. Eu vou esperar por você com Yoko, e é melhor você voltar com a verdade.

Winnie sorriu agradecida e a abraçou, correu para onde Wandinha havia ido, ignorando completamente que Enid a chamava para pegar o guarda-chuva.

A loira suspirou ao não vê-la mais, só esperava que acabasse bem para as duas. A relação delas era complicada, mas sempre havia obstáculos para que tudo acabasse por se equilibrar.

Ela só esperava que Wandinha reconsiderasse antes que fosse tarde demais.

Demorou alguns segundos até Winnie encontrá-la andando como se nada tivesse acontecido sob a chuva que já parava aos poucos, parecia o típico momento em que sempre chovia em um enterro.

─ Wandinha! ─ a morena ficou tensa ao ouvi-la, não queria parar mas suas pernas não a ouviam, Winnie finalmente chegou ao lado dela. — Eu...

— Por que você nunca me ouve? ─ a ruiva calou-se ao interrompê-la, olhando-a confusa até sentir que a chuva não caía mais sobre ela. ─ Não tenho tempo para falar, Winnie. Pegue o guarda-chuva.

— Espere, por favor... — Winnie a parou antes que ela retomasse seu caminho, parando na frente dela, mas Wandinha não devolveu o olhar. — Não estou aqui para pedir perdão ou tocar no assunto se você não quiser, estou aqui apenas para descobrir algo que não entendo.

— Winnie, conversaremos mais tarde.

─ Chega de me evitar, Wandinha; pensei que te entendia mas já vi que não. ─ a morena olhou para ela um tanto surpresa com sua reação. ─ Não vim tocar no assunto, então vou direto ao assunto, o que você está escondendo?

─ Do que você está falando?

─ Suas visões, desde que chegamos e você tem essas visões escondidas, algo que você não quer me contar. Naquela vez na Poe Cup, você olhou para mim depois de ter uma visão, e posso dizer que era um olhar vazio, como se você tivesse visto algo. Dei-te a bandeira quando a tinha. Mais tarde no baile, quando fomos procurar Eugene, você insistiu que eu não fosse com você, que ficasse com Enid ou com Yoko, e eu tinha acabado de tocar sua mão quando você teve a visão. O que você realmente está escondendo?

Wandinha olhou para baixo, absorvida pelas memórias.

─ O que eu tenho a ver com suas visões? ─ Winnie perguntou novamente, desesperada para que Wandinha lhe contasse a verdade para que ela pudesse entender, mas Wandinha nunca respondeu a ela. ─ Achei que nunca iríamos esconder nada uma da outra... Mas parece que só eu quero que tenhamos um bom relacionamento.

─ Winnie...

─ Você realmente me ama... Ou apenas fingiu por pena? ─ Winnie olhou para ela com os olhos já nublados pelas lágrimas, Wandinha desviou o olhar sem ousar vê-la naquele estado.

─ Você sabe como eu sou.

─ Eu sei mais do que ninguém, mas ultimamente sinto que não posso fazer isso. Wandinha, apenas me diga a verdade.

— Sinto muito. — Wandinha deixou escapar depois de segundos de puro silêncio, Winnie meio que sorriu com seu pedido de desculpas. — Sinto muito, mas não sei me expressar, não sei nada sobre estupidez adolescente e não sei nada sobre como tratá-la adequadamente, não posso fazer isso mesmo se eu forçar eu mesma. Isso não combina comigo, e mesmo sabendo que te machuquei por essas ações, não posso evitar. Mas também não quero... P-perder você.

Winnie riu, mas a deixou continuar.

─ Eu realmente... Você... O mesmo que você diz.

─ O que?

─ Aquela coisa. ─ a ruiva olhou para ela falar. ─ Nunca fingi, e você sabe muito bem que sempre digo o que penso. Você gosta de contato físico, sempre me disse que era assim que mostravam que te amavam de verdade, mas isso não combina comigo. Sempre foi você quem começou, não eu.

─ Talvez, mas você nunca me afastou e permite que eu me aproxime de você além dos limites. Isso já mostra mais do que suficiente.

─ Nos seus aniversários eu nunca te dou nada, enquanto você gasta o que for preciso para me dar alguma coisa.

─ Mas você me dá sua companhia.

─ Parece que eu te insulto ao invés de te lisonjear.

─ Bem... Está entendido por você, mas se eu fizer isso, parece um insulto. ─ Winnie riu ao se lembrar daquela vez no dia dos pais. ─ Mas não me incomoda, além do mais, gosto quando você me chama de Cara mia.

— É a única coisa não tão horrível que eu te dei.

─ Você se lembra que começou no primeiro beijo, ou quando sorriu para mim? ─ Winnie sorriu meio tímida, Wandinha quase sorriu ao se lembrar disso. ─ Isso também é algo não tão horrível que você me deu.

─ Mesmo que você diga coisas para consertar, eu continuo dizendo que isso não é assim, Winnie. ─ a ruiva olhou para ela com algum medo do que poderia acontecer. ─ Você não merece isso.

— Então... Você nem lutaria por isso?

─ Eu... ─ Wandinha hesitou, Winnie esperou com alguma paciência, mas ela se assustou com a resposta dela. ─ Não sei.

─ É sim ou não, Wandinha ─ Winnie viu que ainda Wandinha estava pensando nisso, algo lhe dizia que não era bom. ─ Posso esperar por você, mas... Se for um não, seria muito doloroso fazê-lo.

— Minhas visões. — ela comentou, finalmente se soltando, Winnie prestando muita atenção nela. — Eu vou te dizer a verdade. Goody me disse coisas, como que eu sou a âncora, que Crackstone está chegando, entre outras. Mas há uma que nunca me deixa em paz, e tem a ver com você. Não quero que te aconteça nada de mal, por isso tem vezes que o caso eu resolve sozinha e não te levo. Naquela hora do baile, não só eu vi Eugene sendo ferido, mas você estava lá, sendo perseguida por ele, eu não queria que nada acontecesse com você, então insisti para que você ficasse.

─ E na Copa Poe?

─ Quando agarrei a bandeira, também toquei sua mão, suponho que tive duas visões juntas, mas ao mesmo tempo conectadas em uma. Goody me disse uma coisa, que se eu não acabasse com isso logo, você iria se machucar. Você é a chave de algo que ainda não consigo descobrir, e que sem você não iria se realizar.

─ A chave?

─ Pelo que entendi, você é como o começo de algo, e sem você isso não será alcançado. Tem algo a ver com Crackstone e desenho, você sai por aí por um motivo.

─ Não sei o que dizer.... Nunca pedi isso. ─ ela passou as mãos pelos cabelos frustrada. ─ E se eu for a causa de tudo?

─ Se você fosse eu saberia, mas não acho que você seja. Eu sei que você não é.

─ Como você tem tanta certeza?

─ Eu nunca desconfiaria de você. ─ a ruiva olhou para ela e deu um meio sorriso, agradecida.

─ Obrigada, Wandinha... ─ um silêncio se formou, a chuva já havia parado então ela fechou o guarda-chuva. ─ Então... Agora que eu sei de tudo, você não vai me evitar como antes?

─ Não mais. ─ ela balançou a cabeça, desta vez decidida a não estragar mais.

─ Que bom.. ─ Winnie se mexeu um pouco desconfortável por não saber o que dizer. ─ Mesmo assim... Você me deixaria chegar perto de você uma última vez, por favor?

─ Não... Você não, eu sim.

Winnie olhou para Wandinha um tanto confusa e magoada com sua resposta, percebendo que ela se aproximava com passos lentos, mas determinados.

─ Sinto muito, mas desta vez estou dizendo isso por causa daquela noite. ─ Wandinha parou quando quase não havia separação entre os dois corpos. ─ Você teve um ataque de pano de novo, e eu fui a causa dela voltar. Queria tranquilizá-la, mas foi imatura e estúpida da minha parte ter ido mais longe com alguns frascos que no final desapareceram como nada e estragaram todas as provas que eu tinha. Então Enid estava lá para você quando eu estava com o xerife em vez de ficar com você. Fiquei tão cega com o caso que esqueci o que realmente importava. Sinto muito, e direi quantas vezes forem necessárias.

— Eu te perdôo, Wandinha. — Winnie sorriu para ela. — Por um lado, eu entendo, mas doeu quando Enid me deu seu ponto de vista.

─ Agora eu sei o que quero. — as duas se entreolharam, Wandinha finalmente entendeu. ─ Mas só se você concordar.

─ O principal em um relacionamento é a comunicação, se algo te incomoda, outra de suas visões ou algo que tenha a ver conosco, você vai me dizer?

— Prometo.

─ Você promete, Wandinha Addams?

─ Eu prometo. ─ Wandinha repetiu, desta vez com mais determinação, não recuaria por falta de experiência. ─ Desta vez vou aprender com você, mas deixe-me dizer-lhe que não vou fazer coisas cafonas, dá vontade de vomitar só de pensar nisso.

Winnie riu e assentiu. — Sempre tive isso em mente. Mas eu não quero que você mude completamente, eu só quero que você confie em mim e possamos resolver as coisas juntas da maneira que deveríamos.

─ Agora eu entendo. ─ Winnie sorriu ao sentir que ela estava pegando suas bochechas, acariciando-as com o polegar. ─ Eu morreria por você, se você me pedisse para matar alguém eu o faria sem hesitar, embora saiba que você nunca faria isso... Eu faria o que você pedisse, mesmo que minha dignidade desaparecesse completamente. Mais ainda, eu viveria por você, morrer é fácil, tolerar todo mundo é insuportável, mas eu viveria. Cara mía.

Mon cheri. ─ Winnie olhou para ela emocionada, era a primeira vez que Wandinha dizia algo tão... Lindo, à sua maneira, mas lindo.

Wandinha se aproximou ainda mais, seus lábios se tocaram, mas ela parou antes de juntá-los.

─ Eu... V-você quer? Deixe-me ser você... ─ ela suspirou de frustração por não poder dizer isso, Winnie riu ao vê-la.

— 'Você vai me deixar ser sua namorada, Winnie Cowen?' — ela perguntou divertida, a garota de cabelos negros olhou para ela com raiva de sua zombaria.

─ Winnie.

─ Pois bem!

Ela tentou se afastar, mas Wandinha a puxou de volta e desta vez os poucos milímetros restantes desapareceram.

E, finalmente, qualquer obstáculo desapareceu. Ou talvez não realmente, mas em sua comunicação.

Elas se separaram depois de alguns longos segundos, mas continuaram se tocando. Winnie com um grande sorriso sabendo que estava tudo bem, que elas finalmente conseguiram progredir. Wandinha sorriu, desta vez não foi pequeno, o que a deixou ainda mais feliz se isso fosse possível.

─ Eu quero mesmo que você seja minha namorada, Wandinha Addams. ─ ela concordou, ainda um tanto divertida com a cena.

─ Você zomba de novo e eu não falo com você por um mês.

— Você não faria isso. — Winnie disse zombeteiramente.

— Quer apostar?

— Mhm... Vamos deixar assim. — Winnie riu e se lançou sobre ela novamente, dando-lhe um beijo rápido. — Eu te amo, mon cheri.

Wandinha estava prestes a responder, mas algo se movendo atrás dela a fez perder a concentração. Ela pegou o guarda-chuva e tirou a tampa, usando-o para se defender. Mas ao usá-lo contra um homem vestido de preto e com chapéu, ele colocou as mãos contra o objeto e um choque elétrico a fez deixá-lo cair e recuar surpresa.

─ Perspicaz como sempre, minha pequena protegida com tranças.

Wandinha sorriu como só fez com a única pessoa que conseguiu fazê-lo e, a propósito, Winnie estava ficando com o segundo lugar.

─ Tio Fester?

─ Careca!

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