014
˖࣪ ❛ MUNDO PEREGRINO
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WINNIE SUSPIROU, ela estava ao lado de Enid e Yoko mas não parecia estar prestando muita atenção nelas. Sua mente estava lembrando que Wandinha foi com Xavier assim que chegaram na cidade, ela não queria ficar como 'porta-vela' então foi com as meninas.
Embora ao mesmo tempo se arrependesse de ter ido embora, e se estivessem fazendo algo errado?
Inferno, ela tinha que ir.
Ela se virou, mas se assustou quando Wandinha já estava atrás dela.
─ Oh, Lua! — ela colocou a mão no peito, se acalmando. — Avise-me da próxima vez, por favor, você vai me dar um ataque cardíaco.
— Quero trocar de lugar com Enid. — Wandinha informou, e Winnie sorriu animadamente.
─ Você está fazendo isso para ficarmos juntas?! Eu sabia que você queria ficar comigo.
Wandinha desviou o olhar. O principal motivo foi um retumbante sim, mas o desenho de Rowan foi adicionado.
─ Recebi informações de Xavier e preciso ir para Pilgrim World. ─ ela desviou o assunto mas Winnie não ligou, isso significava que ela estava certa e agora ela sabia por que ela foi com isso. ─ O homem ao nosso lado no desenho é Cracsktone, deve haver muito dele naquele lugar. Vamos dar uma olhada.
Winnie estremeceu ao pensar que Enid poderia não concordar com a troca.
─ Seu plano é muito bom, mas... Acho que Enid não vai aceitar, ela tem me dito que este lugar é chato e até ela mesma chantagearia qualquer um para não ir.
─ Mãozinha me disse que o Ajax vai estar lá, é óbvio que ela vai aceitar. ─ a ruiva franziu os lábios, murmurando um 'tudo bem' e as duas se calaram ao ver que o prefeito ia falar.
─ Bem-vindos alunos da Academia Never More. ─ ele sorriu, Winnie achou um pouco forçado mas não a surpreendeu depois de tantos encontros e olhares que a cidade lançou sobre ela. ─ Bem, em nome de toda a amada comunidade de Jericho, estamos muito gratos por você se juntar a nós hoje. Sua generosidade e esforços são realmente... Extraordinários. — ele riu e limpou a garganta quando Weems se aproximou dele.
— Ok, escutem, vamos encontrá-lo aqui para almoçar à uma. Apreciá-lo! — ela exclamou e todos se levantaram, Winnie só percebeu que só as duas estavam de pé.
★
Depois que Wandinha conseguiu trocar com Enid, elas entraram no Pilgrim World, Winnie ficou surpresa ao ver que havia mais pessoas do que ela pensava. Percebendo Eugene tirando uma foto de Bianca e Yoko, elas o abordaram.
─ Ei, vamos tirar algumas fotos em grupo? ─ Eugene perguntou-lhes quando as notou, com grande emoção, mas caiu ao ver a expressão de Wandinha. ─ Creio que não.
Winnie estava prestes a falar, sentindo-se mal por ele, mas uma mulher a interrompeu.
─ Bom dia. ─ todos os Never More abordaram com essa atividade, Winnie pensou que ela tinha uma personalidade um tanto falsa. ─ Meus jovens de Never More. Eu sou a donzela Arlene, uma verdadeira CO. Colônia original. Rogo-vos que coloquem os telemóveis a vibrar e depressa, porque vão viajar no tempo até ao ano do Senhor: 1625. A Jericó e à sua primeira povoação de peregrinos.
Ela começou a andar e todos a seguiram, Winnie trocou um olhar com Wandinha, ela pensou que graças àquela mulher ela não iria gostar do passeio.
─ Ali. — falou de novo. ─ O Templo das Reuniões. Dentro há uma coleção de itens relacionados a Jericó e seu fundador mais amado e piedoso, Joseph Cracsktone. E ali está a vitrine, o primeiro banheiro neutro em termos de gênero em todo o país.
─ Uma dúvida me invade. ─ Wandinha falou e a mulher olhou para ela, não muito feliz.
— Fala agora, menina.
─ No Templo da Reunião, quais artefatos de Joseph Cracsktone estão em exibição?
— É um tesouro de grande valor. — respondeu ela. — Há ferramentas agrícolas originais, baldes e até o mictório da família Cracsktone. — Winnie fez uma careta para este último, que obsessão.
— Oh, que fascinante. — Wandinha disse sarcasticamente. — Nós nos oferecemos para trabalhar lá. ─ ele agarrou o antebraço de Winnie e elas fizeram o movimento de ir, mas a mulher interrompeu novamente.
─ Meninas, não! Essa exposição está em reforma. Hoje todos vocês irão trabalhar bem no coração do Mundo Peregrino.
─ A velha confeitaria? ─ Eugene exclamou entusiasmado quando chegaram ao local onde iriam trabalhar.
— Mais como o velho diabetes acumulado. — comentou Wandinha.
─ Voluntários, levantem as orelhas. ─ disse a mulher segurando suas roupas. — Candy é a força vital de nossa humilde comunidade e eles verificam seis vendas. Então pegue um uniforme e uma caixa e deixe seus ancestrais orgulhosos.
─ Isso é para amordaçar os turistas? — Wandinha perguntou segurando a parte da cabeça, a mulher apenas lhe lançou um olhar.
★
Winnie observou enquanto Wandinha espantava os clientes, deixando sua bandeja intocada com todos os doces. Ela se aproximou com um sorriso ligeiramente divertido.
─ A mulher vai acabar te expulsando se continuar assim. ─ brincou ela, embora possa acontecer.
— É exatamente por isso que eu faço isso, aliás, estou falando a verdade. — ela deu de ombros e observou enquanto Winnie comia os doces em vez de distribuí-los. — Se você continuar assim, acabará com diabetes.
A ruiva suspirou e relutantemente largou o doce, estava triste e comer era como um conforto.
─ Desculpe, você sabe que quando estou assim só como... Mas acho que dessa vez comer não me deixa feliz. ─ ela baixou a voz, Wandinha suavizou ao lembrar. ─ Eu só queria ter acordado e aquele lugar nunca tivesse existido.
— Sinto muito, Winnie. — ela simpatizou, sem saber muito o que dizer.
Winnie deu de ombros, tentando fingir que estava tudo bem para que ninguém se preocupasse com ela ou olhasse para ela com pena. Ela não sentiu que isso importava muito.
─ Não é sua culpa, graças a você eu aprendi a verdade. Quando a mamãe... Bem, ela vier a gente conversa. Mas vou deixar ela começar, talvez ela não esteja pronta e eu entendo... Eu também não estava.
Wandinha estava prestes a falar, mas a mulher se aproximou delas, reclamando com as duas, Wandinha por assustar seus clientes e Winnie por comer os doces.
Wandinha aproveitou e as duas foram para o Templo do Encontro, mas antes pararam ao ver os três meninos incomodando Eugene. Winnie ficou tensa ao perceber aquele que ia contra ela, dessa vez só ele incomodava Eugene, os outros apenas observavam.
Winnie acabou limpando Eugene de seu próprio vômito, o mais novo sentado no chão, Winnie ajoelhado e Wandinha ao lado dele. A ruiva usou o lenço que trazia na mochila da morena.
─ Ninguém havia me defendido antes. ─ ele se dirigiu a Wandinha que foi quem deu uma lição no menino, os outros dois apenas deixaram o amigo sozinho. Winnie sorriu ao ver que ele a incluía.
— As abelhas sempre se ajudam. — disse Wandinha.
─ Sei que isso pode te surpreender, mas... A verdade é que não tenho amigos.
Winnie olhou para ele com tristeza, ele era um menino muito bom.
— Bem, agora você tem duas. — ela sorriu, e Eugene ficou feliz.
— Você me lembra meu irmão. — comentou Wandinha. — Não querendo estrangulá-lo a cada momento. ─ Eugene sorriu pensando que era uma coisa boa, Winnie finalizou e se levantou. ─ Agora siga-nos, precisamos saber mais sobre o Cracsktone. Temos que entrar no Templo das Reuniões.
Eles foram para trás tentando não serem vistos, Winnie até ouviu umas galinhas mas ela se impediu de ir vê-las, ela adorava animais. Wandinha usou o retentor de Eugênio para abrir a porta e as duas entraram, sendo o menino o zelador para que ninguém entrasse.
─ Nossa, parece muito real ─ Winnie comentou em frente a uma estátua do Cracsktone, muito bem detalhado. ─ O que exatamente estamos procurando?
─ Algo que você pode nos dizer sobre o desenho, não faz muito sentido os três juntos se for assumido que ele está morto há milhares de anos.
— Uhm, talvez nós viajemos no tempo, ou ele o faça. — ela brincou, nem mesmo fazendo sentido.
─ A garota que aparece em minhas visões tem uma aparência de tempos antigos, talvez tenha algo a ver com isso. ─ informou e foi até uma pintura quando Mãozinha apontou para ele. ─ Lá está ela, venha.
Winnie aproximou-se, a menina segurava o famoso livro de que Wandinha tanto lhe falava.
Ele observou enquanto Wandinha se aproximava de uma caixa de vidro atrás da estátua.
─ Este é o livro. ─ abriu o vidro e pegou, folheando-o. ─ Perfeito, é falso.
— Era óbvio, acho que não colocaram o verdadeiro sabendo que correm o risco de serem roubados. — Winnie murmurou, parada ao lado dele, olhando outros artefatos. ─ Assim como agora.
A porta se abriu e Winnie jogou fora um artefato que ela queria ver de perto, Wandinha continuou com o livro na mão como se nada tivesse acontecido. A mulher entrou relutantemente agarrando Eugene.
— Que doces vocês estão fazendo aqui, donzelas?
— Donzela Arlene, como você está? — Wandinha perguntou como se nada tivesse acontecido.
─ Como estou? — ela repetiu ironicamente. — Digo-lhe, proclamei que o Salão de Reuniões estava em reforma e sei que você me ouviu.
— Eu disse a ela que não estava fechado e... Que elas estavam morrendo de vontade de saber mais sobre o Cracsktone. — disse Eugene.
— Exatamente... E esta vitrine já estava aberta. — Winnie continuou, mas a mulher não acreditou nela, deixando Eugene sozinho e vendo que Wandinha estava segurando o livro.
─ O livro é uma réplica.
─ Não me diga.
─ O original foi roubado há um mês durante o julgamento das bruxas dos dois.
─ Talvez seja o único autêntico que eles têm aqui, e mesmo assim eles cobram 29,95 por entrada.
─ Controle sua língua. Vou refinar ambas para a produção de caramelo.
─ O Meeting Temple original, o da pintura, onde fica?
A mulher suspirou. — E como vou saber? Eu me mudei de Scottsdale para cá em abril.
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