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˖࣪ ❛ EVANGELINE COWEN
— O2 —

NEVER MORE FOI fundado em 1791 para pessoas como nós. Párias, aberrações, monstros, qualquer grupo marginalizado que você possa imaginar. — explicou Enid enquanto desciam as escadas para a sala principal.

— Você pode se poupar do chato discurso promocional. — Wandinha a interrompeu, parando ao lado de uma vitrine que Winnie olhou com determinação. — Não pretendemos ficar muito tempo.

Winnie olhou para ela com o canto do olho para ver que ela a levava em consideração, pelo que ela sabe, ela nunca disse que iria com ela. De sua parte, ela não se importava de estar ali, sabia que seus pais faziam isso por um bom motivo e era hora de sair um pouco do confinamento.

Mas ao mesmo tempo ela queria ir com Wandinha, era a única com quem se sentia confortável e estar rodeada de desconhecidos lhe dava vontade de se enrolar e mergulhar em livros de ficção para esquecer aquela realidade em que ela nem sequer ouse dizer 'olá'.

Wandinha sempre falava por ela, era isso.

E isso a machucava, ela sabia. Mas não foi fácil para quem passou anos na mesma casa e sempre conversou com as mesmas onze pessoas.

A família Addams e sua família. Nada mais.

─ Por que não?

Ela saiu de seus pensamentos ao ouvir a voz de Enid, olhando novamente para cada troféu e foto que havia dentro do armário.

─ Isto foi ideia dos nossos pais, ou pelo menos minha. Ah, olha, lá está minha mãe tirando sarro de mim. Eles encontraram desculpas para me mandar para cá. É tudo parte de seu plano nefasto e totalmente óbvio.

Enid sorriu animada ao saber. ─ Que plano?

─ Tornar-se uma versão de si mesmos.

─ Bem, nesse caso, talvez você possa esclarecer algo. ─ Enid estava prestes a fazer outro tour até que percebeu como Winnie estava submersa em algumas fotos. ─ O que você vê? ─ ela se curvou e Wandinha recuou ao sentir que estava invadindo demais seu espaço. ─ Oh, sua mãe é Evangeline Cowen! ─ exclamou como se estivesse vendo seu maior ídolo.

Winnie olhou para ela intrigada.

─ Você a conhece?

— Obviamente eu a conheço. — ela respondeu como se fosse óbvio. — Todos nós a conhecemos. Foi uma das melhores alunas de todos os tempos, além de ter boas notas, era uma ótima companheira de todos. Tem até um quadro em homenagem a ela. ─ de repente sua expressão mudou e Winnie ficou preocupada.

─ Tem mais alguma coisa? — Wandinha perguntou ao perceber, e também pela expressão de Winnie, sabendo que ela não iria perguntar a ela quando ridiculamente pensou que estava 'invadindo' os sentimentos dos outros.

─ A pintura em sua homenagem foi porque de um momento para o outro desapareceu, sem rastros ou explicações. Eles a deixaram para morrer. Você é mesmo filha dela? Ou você tem uma irmã ou irmão? — ela perguntou a Winnie pensando que era uma loucura.

─ Eu...

— Não é da sua conta. — Wandinha disse rapidamente, vendo-a desconfortável e assustada com o que ela estava dizendo. — O que você sabe sobre Evangeline aqui?

─ Corria o boato de que ela desapareceu porque colocou um feitiço em Taylor Ollivander e ambos fingiram sua morte para irem embora. Também porque seus pais a maltratavam e ela não aguentava mais, ela sempre aparecia no primeiro dia com hematomas ou no festas para as quais os pais foram convidados.

— Taylor Ollivander é meu pai. — Winnie murmurou, imersa em pensamentos. Enid olhou para ela com tristeza, não esperava que ela descobrisse assim. — Mas minha mãe não seria capaz de lançar um feitiço em ninguém mesmo que você fosse o maior inimigo dela, além disso, papai nunca deu sinal disso. Quer dizer, eu sei que meu avô costumava colocar um feitiço nas pessoas, mas era porque eram pessoas más e mereciam, não porque ele era um avô ruim, muito menos abusivo.

Será?

— Existe algo onde eu possa ler sobre ela? ─ ela perguntou com certo desespero.

Sua família era tudo para ela, eles não podiam ser ruins. Ou talvez eles tivessem um passado sombrio e soubessem como consertá-lo, certo?

─ A pintura está em um corredor, então posso levá-la até ela. Talvez haja uma dedicatória dela em um livro, posso te ajudar a procurar. ─ ela tentou tranquilizá-la, estava começando a se sentir mal por ser ela a contar algo que já esperava que ela soubesse.

Mas tudo o que conseguiram foi o silêncio dela.

─ Winnie. ─ Wandinha a chamou com uma voz mais suave sabendo o quão sensível ela era, se ela falasse com ela como costumava fazer ela ficaria pior pensando que ela estava sendo repreendida. ─ Vai ficar tudo bem.

Winnie acenou com a cabeça um pouco mais calma e seguiram Enid que levantou a mão para apoiá-la mas parou antes de tocá-la lembrando que ela ainda era uma estranha.

─ Bem, uh... ─ procurou rapidamente um assunto diferente até se lembrar do que ia dizer a Wandinha antes de todo aquele momento triste. ─ Espalhou-se o boato de que você matou uma criança em sua outra escola e seus pais usaram a influência deles.

─ Na verdade eram duas crianças, mas quem as conta?

Enid parou por alguns segundos, sua expressão de medo fazendo Winnie sorrir para ela de forma tranquilizadora.

As portas na frente delas se abriram e terminaram em um pátio, aparentemente o pátio principal.

Estar cheio de alunos fez com que Winnie subconscientemente se aproximasse de Wandinha para se sentir mais confortável. A mulher de cabelos negros ficou tensa até perceber que era ela, deixando-a quebrar seu espaço para não ser sobrecarregada.

─ Bem-vindo ao pátio quadrangular. ─ a loira abriu os braços, voltando a sorrir.

— É um pentágono. — contra-atacou Wandinha.

─ A coisa sarcástica da garota gótica pode ter funcionado com os normies, mas é diferente aqui. Vou fazer um tour pela cena social.

─ Não estamos interessadas ​​em participar de clichês tribais adolescentes.

— Então você pode usá-lo para encher seu barril sem fundo de escárnio. Há muitos sabores de excluídos aqui. ─ a atenção de Winnie foi completamente tomada por uma garota completamente sem rosto, ela virou a cabeça em sua direção e rapidamente desviou o olhar. ─ Mas os principais grupos são: Presas, Peles Densas e Escamas. Esses são os Presas.

Pararam a poucos metros de uma mesa onde estavam cerca de sete pessoas, a maioria meninas.

─ Vampiros? — Winnie perguntou enquanto os observava beber de um saco com um líquido vermelho, pensando automaticamente em sangue.

Enid cantarolou em concordância.

─ Alguns estão aqui há literalmente décadas. ─ ela murmurou para as duas e elas caminharam pelo local novamente. — Aquele bando de imbecis são Skins vulgo Lobisomem. ─ ele apontou para outro grupo que aparentemente os notou e resolveu uivar para provar isso, principalmente diante da filha da Lua, alguém admirável diante deles... Ou não tanto quanto esperavam. ─ A Lua Cheia é muito barulhenta aqui, eles gostam de uivar. Sugiro que você obtenha fones de ouvido com cancelamento de uivo.

─ Acho que as sereias são as escamas. ─ Wandinha comentou quando elas pararam a poucos metros de alguns meninos sentados na fonte que ficava bem no meio.

— Você aprende rápido. E aquela ali. ─ ela apontou para uma menina de olhos muito lindos que chamou a atenção de Winnie. ─ Bianca Barclay, é a coisa mais próxima da realeza em Never More. Mas ultimamente sua coroa afundou. Ela estava namorando o artista residente torturado, Xavier Thorpe. Mas eles se separaram quando o semestre começou. Razão? Desconhecido.

─ Fascinante.

─ Ah sim, eu sei! ─ exclamou emocionada, Winnie sorriu de lado ao ver que ela não havia notado seu sarcasmo. ─ Meu blog é a principal fonte de fofocas do Never More.

— Oi, Enid! ─ uma voz masculina foi ouvida e Enid virou-se um pouco assustada, cobrindo as meninas antes estranho. ─ Você não vai acreditar no que ouvi sobre suas novas colegas de quarto. Uma come carne humana, comeu uma criança que ela matou, e a outra parece uma decepção para todos os Lobisomens. Todos lamentam que você tenha ficado presa com a filha da Lua que se envolve com uma assassina, e há rumores de que ela faz o mesmo.

Enid deu alguns passos para trás e o menino ficou petrificado ao descobrir que as duas meninas ouviam cada palavra sua.

─ Não é inteiramente verdade, na verdade eu corto todos os corpos de minhas vítimas para alimentar minha coleção de animais de estimação. E vou te dizer uma coisa, eles falam sobre Winnie assim de novo e eu vou te mostrar que não estou mentindo.

O menino nem piscou, nem se atreveu a olhar para a ruiva. Com aquela demonstração era de se esperar que ela até arrancasse os olhos por olhar para a amiga.

Enid sorriu um pouco e tentou aliviar o clima.

─ Ajax, essas são minhas novas colegas de quarto, Wandinha e Winnie.

Ambas as meninas estavam acomodadas para enfrentar o rapaz. Um gorro escondia todo o cabelo, ou até onde Winnie podia ver, o cabelo de uma cobra. Só de ver uma estremecia, com mais de uma desmaiava.

─ Nossa, parecem duas versões, uma em preto e branco e outra colorida. É como um filtro do instagram. — comentou, mas Enid o dispensou com um gesto.

─ Ignore isso, as górgona sempre parecem ter ido embora. É fofo, mas lento. ─ fez uma careta. ─ É uma escola pequena e não sabíamos muito de você, da Winnie sim mas não tanto. Ah, vocês têm que abrir uma conta no Instagram, Snapchat e Tik tok!

─ O que é isso? — Winnie perguntou, e Enid olhou para ela como se ela fosse louca.

— Como você pode não saber o que são?

Winnie piscou com o tom dela.

— Acho que a mídia social é um vazio de validação sem sentido que engole a alma. — comentou Wandinha e se virou, começando a se afastar com Winnie ao seu lado.

Winnie correu para os braços do pai. Literalmente passar a vida inteira, vinte e quatro horas por dia com sua família e agora ficar longe deles sabe-se lá quanto tempo seria difícil para ela.

─ Aproveite e lembre-se, você é jovem, não deixe que as consequências o impeçam de tornar seu dia amargo. ─ Taylor segurou suas bochechas e Winnie assentiu. — Claro que não a ponto de ser expulsa, mas aí eu cuido caso você bata em alguém. Você se defende. Estou orgulhoso de você.

A filha riu e voltou a abraçá-lo, indo com a irmã mais nova que a apertou soluçando por ter se afastado da irmã que considerava um exemplo a seguir.

─ Prometo enviar-lhe muitos presentes e gomas como você gosta deles. ─ ele se ajoelhou na frente dela e gentilmente enxugou suas lágrimas, embora continuassem a cair. ─ Estaremos juntos de novo e brincaremos com Péricles, prometo, ok? O tempo vai passar mais rápido do que você espera, calma, boneca.

A garota soluçou e tentou enxugar o rosto sozinha.

─ Posso ir visitá-lo? — ela murmurou.

─ Infelizmente não cabe a mim decidir, boneca, mas quando puder, não conseguirá se livrar de mim.

A garota riu de suas cócegas e eles compartilharam outro abraço.

─ Minha Lunita, sentiremos muito sua falta. ─ Winnie fechou os olhos sentindo-se em paz nos braços de sua mãe. ─ Por favor, tome cuidado e se algo acontecer, não se esqueça de me avisar. Não se esqueça de se conectar com a Lua, você sabe que ela me avisa se algo acontecer.

─ Sim, mãe, acalme-se. Farei check-in todas as noites para que você saiba que estou bem.

Elas se separaram e ela sorriu ao sentir os lábios de sua mãe em sua testa. Ela olhou para ela e abriu a boca pronta para falar sobre o que descobriu, mas nada saiu disso.

Certamente a coisa típica que uma mãe diria a ela em uma situação como essa seria 'não sei do que você está falando', ou que ela não estava pronta para descobrir. Talvez fosse melhor saber um pouco mais a fundo.

Talvez fossem apenas rumores e ela não queria estragar a despedida terminando com um sentimento amargo e uma discussão até quem sabe quando eles poderiam se encontrar novamente para consertar as coisas.

Ela não queria que a última coisa que eles tivessem fosse uma briga ou um mal-entendido.

Ela os abraçou novamente e observou o veículo desaparecer, segundos depois do dos Addams.

Ela olhou por cima do ombro, Wandinha já estava olhando para ela. Winnie balançou a cabeça, indicando que não conseguiria, e ambas retornaram ao local.

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