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Sempre


Ofélia, como em todas as manhãs depois de seu retorno, entrou no quarto de Marcel e abriu a janela para deixar o ar fresco adentrar o cômodo. Na noite que passara foi Camila quem cuidou dele, o que significava que ela não tinha dormido por cerca de vinte horas seguidas, sendo assim ela estaria de folga por dois dias. Um para dormir e o outro porque era sua folga de fato. Ofélia olhou a vista do jardim lá embaixo, onde tudo estava sendo arrumado para que Mirtes tomasse aulas com sua professora de francês.

Ofélia deu bom dia para Marcel, como havia feito nas seis manhãs anteriores. Desde a cirurgia ele não acordara, nem por míseros segundos, o que fazia o coração da mulher bater lento em angústia. Em contraste, era curioso como o rosto do homem ficava sereno naquele tempo em que descansava em sono profundo demais. No fundo do coração ela temia que ele nunca retornasse já que parecia confortável naquele lugar inconsciente.

Ofélia pegou os utensílios para limpar o corpo dele, principalmente os fármacos que deviam ser colocados sobre as feridas e cortes que cicatrizavam em rapidez promissora. Alguns unguentos não tinham cheiro muito agradável, mas ela não se importava.

Começou limpando o rosto do homem. Passou o pano úmido pelos cabelos lisos que caíam desarrumados e depois barbeou a face dele, devagar e com precisão. Sempre pensava que devia estar atenta, pois se ele acordasse no meio do barbear e fizesse algum movimento brusco, seria ruim.

Também não se importava com o tempo, afinal passaria o dia todo ali, em vigília. Diante da situação na qual se via, era possível se dedicar às minúcias mais inúteis. Levava também em consideração o quanto Marcel era vaidoso quando estava consciente, uma vez que trazia o rosto sempre bem barbeado. Com calma sem igual Ofélia limpou braços, tronco e extensões dele, até chegar aos pés. Pegou um pente, e, com suavidade, organizou os fios dos cabelos dele sem fazer um penteado de fato, apenas dividiu a franja em duas partes.

Depois aplicou os fármacos com todo cuidado.

Quando terminou o ritual de cuidados, o cobriu com um fino lençol para que ele fosse protegido das picadas de insetos, mas sem sentir muito calor.

— Você acha que meu mamilo estará para sempre torto?

— Ora não seja bobo... — Ofélia demorou a perceber que estava respondendo a uma pergunta de Marcel. Também pudera porque às vezes se perdia na imaginação onde o via falando e sorrindo. Assustada saiu de sobre o corpo dele e ficou em pé. — Marcel!

Mon coeur. — Marcel disse com voz fraca.

— Finalmente você acordou. — A mulher falou emocionada. Sua voz era um misto de gratidão e surpresa.

— Faz alguns minutos. — Ele sorriu mortiço. — Fiquei com medo de abrir os olhos e ver outra mulher. Ou Julião...

Marcel fez uma careta de dor. Suas costelas ainda não estavam curadas por isso sentia pontadas ao respirar ou conversar.

— Não se desgaste, diga apenas coisas importantes. — Ofélia clamou.

Marcel anuiu com a cabeça. Tinha concordado em dizer apenas coisas importantes.

— Meu mamilo ficará torto? — O homem questionou e Ofélia soltou um bufo enquanto rolava os olhos.

Marcel riu, mas depois fez caretas de dor enquanto se arrependia. Não tinha a visão do próprio mamilo porque justamente aquela parte estava enfaixada para segurar as costelas.

— Seu mamilo está no mesmo lugar onde sempre esteve. — Ofélia respondeu mal humorada.

Marcel sorriu.

— Deixe eu me ver no espelho, mon coeur. — Solicitou com suavidade.

Ofélia saiu do quarto pisando duro, irritada por ele se desgastar à toa. Por que ele não era mais sério? No fundo ela nem podia reclamar porque o amava por ser como era. A mulher pediu para chamar o médico a fim de examinar Marcel e para avisarem a todos que ele estava acordado. Depois passou no próprio quarto e pegou o espelho de mão que Mirtes normalmente usava.

Andou até o quarto de Marcel, ainda pisando duro. Ele sorriu ao ouvir o som alto que as botas faziam ao bater no chão, mas quando a porta se abriu, tratou de por no rosto uma expressão neutra.

— Aqui está. — Ela fez um bico enquanto estendia o espelho para que ele se visse.

— Sinto-me aliviado, pois estou tão belo quanto sempre fui. — O homem pronunciou as palavras de forma vagarosa, mesmo com esse cuidado ainda sentia muita dor. A questão era que, acima de tudo se sacrificaria para falar coisas que deixassem Ofélia mais feliz ou animada, porque ele já tinha perdido ela para a morte uma vez, e não deixaria brechas para perder novamente, principalmente sem falar o que queria. — Você é boa barbeando. Faça comigo sempre, bem de perto.

— Vai lhe custar os olhos da cara a oferta de meus serviços. Agora fique quieto. — A mulher cruzou os braços na frente do busto.

— Ofélia... — Marcel falou enquanto olhava para ela.

A mulher tratou de por o espelho sobre a mesa de cabeceira e depois voltou sua atenção.

— Fique quieto, Marcel! — Ralhou, seu rosto ganhou uma tonalidade avermelhada devido a raiva por ele não se aquietar.

— Eu te amo. — Ele disparou as palavras com intensidade, paixão, e viu a guarda dela baixar instantaneamente enquanto os olhos da mulher marejavam. — Aceita se casar comigo?

Lágrimas escorreram pela face Ofélia enquanto ela lembrava que só tinha dito aquela mesma primeira frase quando estava já à beira da morte.

— Caso-me. — Ofélia respondeu entre o choro, o mais rápido que pode. O tempo é precioso afinal. Não negaria aquela segunda oportunidade. Nunca.

— Ficaremos juntos por toda a eternidade. — Marcel jurou com amor e alegria, ao mesmo tempo se sentia emocionado.

— Fique quieto, Marcel. — Ofélia ralhou outra vez. E depois de algum tempo de silêncio falou: — Eu também amo você.

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